Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

Horrores
Horrores
Horrores
E-book90 páginas21 minutos

Horrores

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

O livro contém 76 poemas, alguns deles são secos, sem o brilho caracte­rístico dos escritos canônicos e têm como objetivo causar uma sensação de desconforto no leitor. Luciano José é autor de mais quatro livros de poesia – Intromissão do Poema (2006), Grãos de Versos (2007), V(e)ia Poéti­ca (2009) e Conta-gotas (2011) –, e do ensaio Jacinto Silva: As Canções (2013), publicado pela Imprensa Oficial Graciliano Ramos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jan. de 2015
ISBN9788594650160
Horrores

Relacionado a Horrores

Ebooks relacionados

Poesia para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Categorias relacionadas

Avaliações de Horrores

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    Horrores - Luciano José

    (Belchior)

    PAPO DE ATRASO DO AUTOR

    Alguns já afirmaram que todos os trabalhos surgidos após a estreia nada mais seriam senão uma extensão da primeira obra. É esta a sensação que tenho ao lançar este livro, cujo propósito é provocar repulsa e ao mesmo tempo desmerecer uma forma particular de tratar a criação poética. Certos poemas apresentados no referido trabalho são secos, demasiadamente diretos, sem o brilho característico dos escritos canônicos e com a intenção de criar no leitor um sentimento de profundo desconforto. Parafraseando o anárquico Jorge Mautner, eu não peço desculpas, mas desejo mostrar que a poesia também pertence à morada do incômodo e da aversão. Como ela é uma forma de representação artística que reflete de forma sintética a nossa condição humana mais elementar e contraditória, acaba transmitindo algo que desagrada. No entanto, os horrores dessa produção são especialmente para leitores descolados, possuidores de espírito libertário, que buscam nas composições poéticas a possibilidade de sensações lúdicas e ácidas diferentes. De tais leitores quero muitas risadas e momentos nobres de silêncio. Não deixem de perceber nesse filme de terror pastelão o auxílio luxuoso do velho e bom ketchup.

    PROPOSTA

    Escrever, sim!

    Não para aceitar o estabelecido,

    mas enxugar a folha,

    bater o pano, espremer,

    deixar só o que é devido.

    Escrever, sim!

    Não para perder o rumo,

    mas caminhar decidido,

    evitar o óbvio, traduzir,

    retirar somente o sumo.

    Escrever, sim!

    Não para fazer o mesmo,

    mas cultivar o delírio,

    sair do bom estado, cambalear,

    viver a vida a

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1