Somos todos decoradores: O dia a dia de uma arquiteta
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Somos todos decoradores - Cinthia Liberatori
Copyright © Cinthia Liberatori, 2017
Proibida a reprodução no todo ou em parte,
por qualquer meio, sem autorização do editor.
Direitos exclusivos da edição em língua portuguesa no Brasil para:
Silvia Cesar Ribeiro editora e importadora ME. Rua Engenheiro Guimarães Valadão, 190 — Cidade Jardim 05671-010 — São Paulo — SP, tel. 11 3052-1812 contato@editoradash.com.br
www.editoradash.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação – CIP
L695
Liberatori, Cinthia
Somos todos decoradres: o dia a dia de uma arquiteta / Cinthia Liberatori Prefácio de Maria Helena Pugliesi. – São Paulo: Dash, 2017.
ISBN 978-85-9484-006-6
1. Literatura Brasileira. 2. Crônicas. 3. Arquitetura. 4. Decoração. 5. História de Vida. I. Título. II. O dia a dia de uma arquiteta. III. Novo olhar. IV. Pugliesi, Maria Helena.
Catalogação elaborada por Ruth Simão Paulino
Editores: Alice Penna e Costa, Ayrton Luiz Bicudo
Capa: Martha Tadaieski
Ilustrações: Suppa
Coordenação editorial e produção gráfica: Heloisa Vasconcellos
Preparação e revisão: Laura Moreira
Projeto gráfico e diagramação: Martha Tadaieski
2ª edição: maio de 2017
Para Pedro e Felipe, que sempre me seguram para que eu não saia voando...
Sumário
Agradecimentos
Novo olhar
Introdução
A vida é dura com os moles
Bronzeamento instantâneo
Cama quadrada
Chá com torradas
Compras com a mãe
Decoração na bagagem
De quem é a razão?
Dicas preciosas
Empregada de cliente para mim é sagrada
Entrando na intimidade
Haja paciência
Hora do desapego
Lidando com gente
Lindas meninas perfeitas
Love is in the air
Meu braço direito é uma veterinária
O barato que saiu caro
O engenheiro e o bidê
O mistério da mancha azul
O poder da sedução
Palavra de honra
Pintor e cantor de rock nas horas vagas (ou vice-versa)
Quando digo não
Quem confia merece confiança
Quem pode ser louco?
Reserva técnica: o monstro
Sem livros, sem estante
Somos todos decoradores
Supermãe
Temático sem ser traumático
Tomando um touché
Um dia de fúria
Vestida para malhar
Vidas passadas
Xis da questão
Trabalho não tem importância, nem a arquitetura tem importância pra mim. Para mim o importante é a vida, a gente se abraçar, conhecer as pessoas, haver solidariedade, pensar num mundo melhor, o resto é convrsa fiada.
Oscar Niemeyer
Agradecimentos
Minha mãe, Maria do Carmo, me despertou o interesse por decoração muito sem querer. Eu era criança e ela já era sócia, como até hoje, do Clube Paulista de Decoração. Era amiga e aluna do curso de decoração de Ivy Doreen Vilella, a fundadora do clube, uma senhora maravilhosa, filha de ingleses, que viveu até os 101 anos.
Sempre tive um carinho especial pela Dona Ivy. Quando minha mãe fazia alguma crítica – construtiva, que seja –, ela me apoiava nas poucas vezes em que estivemos juntas.
Promoviam para as associadas do seu clube de senhoras (costume bem inglês, diga-se de passagem) visitas a museus e a casas bacanas decoradas e também viagens culturais. Assim como minha mãe, quase nenhuma delas trabalhava na área, eram donas de casa interessadas pela arte de morar bem. Outra de minhas paixões infantis (é sério, juro!) era passar horas folheando a coleção de revistas House & Garden e Architetural Digest que mamãe sempre tinha ao lado da cama. Adorava principalmente ver as casas com piscinas – não é à toa que minha cor predileta é azul-turquesa, cor de piscina.
Fui estudar arquitetura para trabalhar com decoração, já tinha isso em mente. Logo no primeiro dia de faculdade já tinha arrumado um estágio no escritório do arquiteto Arthur de Mattos Casas, que naquela época engatinhava, praticamente só com projetos de decoração. Arthur, me vendo crua de tudo, perguntou se eu falava inglês (já que não sabia nada, podia ser útil traduzindo um texto) e eu disse que sim. Ele então me deu um texto do arquiteto Le Corbusier e perguntei quando ele vinha ao Brasil. Arthur, com seu jeito franco, ficou incrédulo com minha ignorância e comunicou que ele já tinha morrido fazia muito tempo, deu risada e debochou um tanto da minha cara.
Como ia saber? Nem arquiteta eu queria ser, não me interessava por isso. Digo que virei arquiteta, sim, mas com 19 anos queria ser decoradora!
Depois do Arthur, fui para o escritório do decorador Germano Mariutti, filho de italianos, com um gosto incrível. Foi um dos poucos decoradores, junto com Ugo Di Pace, onde fiz meu último estágio, que trabalhavam em São Paulo desde a década de 1960 (imagino eu, pode ser até antes).
Foi maravilhoso ter convivido com Germano. Com aqueles olhos verde-piscina, quase turquesa, quando chegava perto da gente, sério, olhando olhos nos olhos, sabia que deixava-nos hipnotizados. Era um artista e me lembro bem dele pintando o tampo de uma mesa para um cliente, ao estilo italiano, um verdadeiro afresco. O escritório era na sua casa e do seu companheiro Clemente Napolitano, muito simpático e sorridente. Eles davam festas maravilhosas, sempre com seu sobrinho Toninho Mariutti cozinhando delícias, com seu buffet que estava apenas começando.
Depois segui para o querido Ugo, que chamo de meu pai de profissão, meu padrinho, meu modelo de como agir com clientes, compor harmoniosamente um ambiente, criar. Perfeito nas