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Desejos do Coração
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Desejos do Coração
E-book202 páginas3 horas

Desejos do Coração

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Sobre este e-book

Até onde você seria capaz de chegar por um amor que não lhe corresponde?

A vida dá uma segunda oportunidade a Ellie Griffin; uma garota sonhadora que decidiu acreditar nas promessas de amor do homem errado. E esta segunda oportunidade a obriga a ter uma proximidade com o Dr. Sean Norton; um homem que realmente não a atrai e que tentou conquistá-la sem sucesso.

Ellie sabe reconhecer que Sean é perseverante, mas não está interessada. Tem uma grande ferida para curar e não quer complicar mais as coisas.

No entanto, Sean, que jamais se dará por vencido, elabora um plano mestre para permanecer ao lado de Ellie e ensinar a ela como é o amor de verdade e como ela merece ser amada.

Conseguirá Ellie abrir os olhos e perceber que Sean é este homem «perfeito» que sempre sonhou?

Conseguirá decifrar quais são os verdadeiros desejos que abriga em seu coração?

IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de mai. de 2019
ISBN9781547585519
Desejos do Coração

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    Desejos do Coração - Stefania Gil

    «Se o presente tenta julgar o passado, perderá o futuro»

    Winston Churchill

    Prólogo.

    Sean caminhava como um leão enjaulado no lado de fora do hospital na área de emergências.

    Ele sentiu uma forte pressão no peito quando viu a ambulância a caminho do lugar em que aguardava com uma equipe de enfermeiras.

    Ele também sentiu náuseas. Quis vomitar, mas não era o momento.

    Ellie precisava dele calmo e com seus sentidos em ordem.

    Quando as portas da ambulância se abriram e seus olhos cruzaram com os de Leah, a pouca calma que ainda tinha foi para o inferno.

    Os olhos de Leah estavam vermelhos e seu olhar não pressagiava nada de bom.

    Os paramédicos fizeram seu trabalho e desceram Ellie da unidade, que jazia inconsciente na maca em que estava sendo transportada.

    Estava pálida e sulcos escuros emolduravam seus doces olhos.

    — Overdose de benzodiazepínicos — comentou com rapidez um dos paramédicos enquanto levantava a maca para fazê-la rodar até a entrada do hospital. — Isso foi encontrado pela sua amiga, não são dela — o paramédico entregou um frasco cilíndrico de plástico alaranjado para Sean, que estava vazio. — Ela tem o pulso fraco, não sabemos quantos comprimidos tomou e provavelmente isso aconteceu há cerca de quatro — o homem continuou orientando Sean sobre a maneira como, junto com sua parceira, ele procedeu assim que chegou na casa de Ellie.

    Sean obrigou-se a prestar atenção embora sua concentração fosse pouca e desaparecesse ainda mais quando olhava para o semblante adoentado de Ellie.

    Ellie foi levada para um box de emergência em que os enfermeiros começaram a atendê-la de acordo com as ordens que o Dr. Norton lhes dava.

    E Sean mal conseguia pensar.

    Devido ao número de horas presumidas entre a ingestão dos comprimidos e a transferência para o hospital, uma lavagem gástrica seria inútil. Os comprimidos já haviam sido absorvidos e o estado de inconsciência de Ellie poderia complicar a eliminação de fluídos do seu estômago.

    Deviam aplicar o antídoto.

    — Dr. Norton, você está bem? — a enfermeira Sabine Smith olhou para ele com preocupação e ele assentiu, tentando demonstrar uma segurança que não tinha.

    Suas mãos e pernas tremiam. Mas não podia demostrar que se estava fora de si; a primeira coisa era a vida de Ellie e era ele quem deveria salvá-la.

    Não podia perdê-la.

    Seu coração se apertou ainda mais ao pensar nisso e ele sentiu novamente as náuseas.

    Engoliu em seco. Seus olhos ardiam.

    Ele se obrigou a dar algumas ordens para as enfermeiras, que naquele momento cuidavam de Ellie, enquanto ele se aproximava da garota que era a dona do seu coração desde a primeira vez que a viu em uma sala de emergência há vários anos.

    — Não vou deixá-la ir, Ellie.

    Os sinais vitais de Ellie se tornaram mais lentos. Ela parecia querer se entregar e isso enfureceu Sean que, por um momento, quis reclamar da idiotice do que acabara de cometer.

    Ele sentia raiva e dor ao mesmo tempo.

    O que a levou a fazer algo assim?

    — Sean — o médico de emergência que estava de plantão com ele naquele dia o trouxe de volta à terra. Ele continuava em pé, na frente de Ellie. Sentiu o rosto úmido e segurava a mão da garota. Seu colega colocou a mão em seu ombro. — Vou fazer isso. Eles não podem perder mais tempo.

    Sean compreendeu que seus sentimentos estavam jogando sujo. Prevalecia curar a vida da mulher que mais amava no mundo e estes mesmos sentimentos nublavam seu julgamento, anulando sua habilidade para curá-la.

    Ele assentiu, derrotado, olhando nos olhos do seu colega.

    — Vou pedir que você se retire.

    O Dr. Norton observou os seguranças do hospital aproximarem-se do box. Não podia culpar seu colega por ser exagerado. Ele já havia presenciado cenas assim no passado e sabia que a maneira como eles procediam era a correta. Ele não oporia resistência.

    Ele compreendia bem.

    Assentiu de novo e várias lágrimas escorreram pelo seu rosto.

    Ele deu um beijo suave na testa de Ellie.

    — Fique bem, querida. Por favor. Preciso de você saudável.

    Várias enfermeiras olharam para ele com absoluta compaixão. Outras deixaram ver ternura pelo homem que fazia suas colegas de trabalho suspirarem como adolescentes. Não sabiam quem era a mulher que ele amava em silêncio.

    Ele se afastou e saiu escoltado pelos seguranças que o acompanharam até a sala de espera onde Leah se jogou em seus braços para dividir a angústia que surpreendia ambos naquele momento.

    Quando o alarme do código azul foi ativado, isso fez com que ele sentisse um terror que nunca havia sentido na sua vida. E, de repente, tudo parou nos segundos mais infernais da sua vida.

    — Sean — A voz de Leah saía trêmula e suave. — O que é o código azul? Por que todo mundo está correndo? ELLIE! — o grito de Leah estava cheio de pânico.

    «Por favor, Deus. Não a tire de mim» foi a única coisa que Sean conseguiu pensar enquanto impedia que Leah saísse da sala de espera.

    «Não a leva ainda, eu imploro».

    Capítulo 1

    Ellie Griffin, desde pequena, foi uma criança romântica. Desde que aprendeu a falar e brincar sozinha, ela assumia o papel da noiva que chegava vestida de branco à igreja com um buquê de flores cheio de cores e arrastando uma cauda de vinte metros.

    Seus noivos imaginários sempre eram perfeitos. Tanto fisicamente como em relação aos sentimentos e ela, pois sabia que se tornaria a mulher da vida de algum deles, seria a coisa mais importante para ele. Ela seria independente e ao mesmo tempo cuidaria da casa com amor e zelo e ativaria a fábrica de filhos o máximo possível porque queria muitos filhos. Uma família imensa. Uma casa grande com um bonito jardim para cuidar e uma cozinha ampla em que poderia mimar seus entes queridos através do paladar.

    Sempre quis ser a dona de casa perfeita.

    E como costuma acontecer, as duras experiências da vida vão afastando cada vez mais aquilo que outrora sonhamos, fazendo-nos pensar que o que temos de viver é tudo que vamos conseguir.

    Ellie não teve muita sorte no amor.

    Desde adolescente foi incapaz de conseguir que o garoto que gostava prestasse atenção nela. Talvez porque colocasse os olhos nos garotos errados; tão caprichosas eram as flechas do cupido, não? E então, enquanto esperava por um namoro com toda a pompa devida, o que recebia era indiferença ou em outros casos pena porque a maioria dos garotos que ela escolhia era mais velho do que ela.

    Foi assim que sua necessidade de ser correspondida a levou a se tornar a casamenteira das suas amigas, do seu irmão e até dos seus animais de estimação. Não era justo que a vida brincasse com ela desta maneira, pelo menos ela se conformava em poder ver o amor refletido nos outros.

    Sim, ela era uma sonhadora e romântica sem remédio.

    Ela funcionava bem para servir de conexão entre outras pessoas.

    Menos com Leah e Ryan, melhor amiga e irmão respectivamente. Estes dois se tornaram um projeto amoroso pessoal durante anos para Ellie, que estava empenhada em unir as duas pessoas que mais amava no mundo.

    Nunca funcionou e agora seu irmão estava em outra cidade, feliz e sua melhor amiga estava na melhor etapa da sua vida. Depois de tudo que a garota sofreu, era o mínimo que ela merecia.

    Ellie também foi aplicada nos estudos, destacou-se entre os primeiros da sua turma na faculdade e atualmente tinha um dos negócios mais bem-sucedidos na produção de eventos, especificamente festas infantis e juvenis. Ellen Griffin & Co. nasceu em um momento da sua vida em que procurava se tornar independente de tudo.

    Seus pais, a quem adorava, mas com quem não conseguia conviver, a levaram a sair de casa recém-graduada da universidade. Passou por alguns momentos difíceis enquanto conseguia um trabalho fixo e começava a ganhar um salário decente para seguir em frente sem a necessidade de solicitar ajuda aos seus pais porque isso daria a eles o poder de controlar sua vida novamente e isso era impensável.

    Ellie nunca gostou de se sentir controlada e sua mãe era uma especialista em controle. Não sabia se seu pai acompanhava o jogo da Sra. Laureen Griffin para não acabar discutindo com ela ou talvez porque fosse tão controlador quanto ela.

    Ellie ainda não conseguiu decifrá-lo.

    Também não era um assunto que tirasse seu sono. Se eles eram felizes assim, melhor para eles.

    Para ela era mais do que suficiente ir vê-los uma vez por semana, tal como sua mãe mandava porque era impensável que a família Griffin não se reunisse aos domingos para almoçar como estabeleciam os costumes sociais mais corretos.

    Ellie odiava se sentir obrigada a ir todos os domingos da sua vida à sua antiga casa para ouvir sua mãe dizer que ela estava fazendo tudo errado e como deveria fazê-lo da maneira correta. Ryan também teve uma boa parte deste controle, no entanto, ele era um pouco mais inteligente e seguia o jogo da Sra. Griffin e ao sair dali fazia o que queria.

    Por outro lado, Ellie costumava contrariá-los pelo simples fato de não lhes dar a satisfação de sentir que estavam controlando sua vida de alguma maneira.

    E assim se viu metida em milhares de problemas e desgostos. Era uma dinâmica que não mudava com os anos e que, aparentemente, o que fazia era piorar.

    Quando Ellie viu Danny Harris pela primeira vez não conseguiu disfarçar a atração imediata que sentiu pelo homem que, naquele momento, se aproximava para cumprimentar sua mãe com toda a amabilidade e cavalheirismo que o caracterizava.

    Ellie jamais se esqueceria deste primeiro encontro. Sua mãe também não porque ela também percebeu o olhar que eles trocaram e quão desconfortável ficou com a situação. Por isso, Laureen interrompeu de maneira educada e seca o encontro e dedicou-se a dizer a sua filha que não pensasse em colocar os olhos naquele homem porque ele estava casado com a filha de uma vizinha da Sra. Griffin que Ellie quase não conhecia porque a mulher estava morando ali há pouco tempo.

    Este comentário por parte da sua mãe a incomodou e inclusive a magoou porque não compreendia como sua mãe poderia acreditar que ela se meteria no meio de um casamento. Não faria isso. Ou pelo menos, assim ela acreditava, porque quando se encontrou uma segunda vez com Danny todo seu mundo ficou de cabeça para baixo e começou a deixar de lado seus valores e seus princípios para sucumbir às garras da tentação que este homem lhe provocava.

    Estava errado e sabia disso, no entanto, aceitou o primeiro café; depois, o primeiro almoço, o primeiro jantar e assim continuaram até consumarem a paixão que se estabeleceu entre eles.

    Ele sempre falava como seu casamento era infeliz e ela acreditou nele como uma tonta desde a primeira confissão, dominada por algo mais do que uma simples paixão. Não queria admitir, mas sabia que Danny era seu ideal de príncipe encantado e não conseguiu evitar que os sentimentos por ele florescessem com tanta rapidez e sem poder fazer nada a respeito.

    Quando quis tomar uma atitude sobre o assunto, porque sabia muito bem que não estava fazendo as coisas da maneira certa, Danny a envolveu com suas palavras e com seus beijos, fazendo com que ela perdesse o rumo e desde então, seus sentimentos por ele se tornaram cada vez mais intensos, principalmente quando surgiam as promessas do divórcio iminente com sua esposa.

    Nasceu o amor por ele e Ellie não se sentia capaz de acabar com tudo porque sentia que perderia a vida só de tentar. Imaginar a vida sem Danny era como mergulhar em uma escuridão que a consumia por completo. Ele era toda sua vida. Por momento, por dias, compartilhados. Não importava, pelo menos ela o tinha e sabia que, muito mais cedo do que acreditava, o teria para sempre com ela.

    Não era isso o que ele sempre dizia? Que cada vez estavam mais perto de consegui-lo?

    «Logo, Ellie. Logo seremos felizes. Vou comprar a casa que você tanto quer e vamos enchê-la de crianças e animais de estimação.»

    E a tonta da Ellie acreditava em cada uma das suas palavras. Até que a realidade colidiu com ela da pior maneira, o que a levou a ser consumida pela escuridão que tanto temia.

    ***

    Era um domingo qualquer, saía da casa dos seus pais acompanhada por Ryan quando viu, no final da rua, uma figura que reconheceria a quilômetros de distância. Ele a viu e abaixou o olhar envergonhado. Ellie sabia que o simples fato de que ele estivesse saindo da casa da sua sogra em um domingo não era um bom sinal. Principalmente quando assegurava que as coisas com sua esposa estavam cada vez

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