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Brasas da escuridão: Através das cinzas, #2
Brasas da escuridão: Através das cinzas, #2
Brasas da escuridão: Através das cinzas, #2
E-book247 páginas3 horas

Brasas da escuridão: Através das cinzas, #2

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Sobre este e-book

Cautelosos. Enraivecidos. Motivados.

A espada está nas mãos dos elfos negros, e eles a estão usando contra o exército dos dragões, mas esse não pode ser o fim. Bells se recusa a acreditar nisso. A esperança pela qual procuram não está do lado de fora, mas dentro de si mesmos.

Perdido. Amargo. Incompleto.

Jakob se culpa pela espada ter sido roubada pelos elfos negros, por aumentar o número de mortos. Mas ele ainda não está convencido de que deve participar desta luta. Há melhores escolhas, Bells sendo uma delas.

Bells se mantém esperançosa. Ela irá extrair o poder da espada das mãos dos inimigos e irá trazer paz às suas terras e ao seu povo.

E Jaekob irá ajudá-la. Ele apenas não percebeu isso ainda.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento15 de jul. de 2019
ISBN9781547594344
Brasas da escuridão: Através das cinzas, #2

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    Brasas da escuridão - J.A. Culican

    Brasas da escuridão

    Através das cinzas — Livro 2

    J.A. Culican

    Através das cinzas © Copyright 2018 J.A. Culican

    Todos os direitos reservados.

    Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida em nenhum formato ou meio — eletrônico ou físico —, incluindo armazenamento de informações e sistemas de recuperação, sem o consentimento expresso e escrito da autora, exceto no caso de um crítico, que pode citar breves passagens em seus artigos críticos. Marcas registradas são citadas ao longo do livro. Ao invés de marcas registradas, nomes são usados em licença editorial, com nenhuma intenção de infringir as marcas registradas pertencentes a seus respectivos donos.

    As informações presentes nesse livro são distribuídas conforme estão, sem qualquer garantia. Apesar de precauções terem sido tomadas na preparação dessa obra, nem a autora, nem a editora, assumem qualquer responsabilidade a qualquer pessoa ou entidade a respeito de qualquer perda ou dano causado ou supostamente causado direta ou indiretamente pelas informações contidas nesse livro.

    Os personagens, locais e eventos retratados nesse livro são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas reais, vivas ou mortas, é pura coincidência e não foi intendido pela autora.

    Editora: Cassidy Taylor

    Capista: Rebecca Frank

    Tradutora: Mariana C. Dias

    Revisora: Izabela Oliveira

    ––––––––

    Dragon Realm Press

    www.dragonrealmpress.com

    Para Korie.

    RcABbEecL.png

    CAPÍTULO 1

    Bells e Jaekob caminhavam pelos subúrbios da Filadélfia, indo ainda mais fundo na cidade para chegarem ao protegido Distrito dos Dragões. Eles passaram por uma infinidade de quarteirões vazios, e o H, pichado na cor vermelha, cercado por um círculo, o símbolo dos humanos anarquistas sobreviventes, ficava cada vez mais comum quanto mais adentravam o território. Ela apontou para um dos desenhos quando passaram por ele, e Jaekob pressionou um lábio contra o outro até sua boca se tornar apenas uma linha fina, não dizendo nada em resposta.

    Bells ficou preocupada. Ela não o conhecia bem o suficiente para saber o que estava pensando, mas sabia como ele poderia descarrilhar o objetivo deles se colocasse na cabeça que encontraria e puniria todos que estivessem vandalizando a cidade. Seria melhor seguirem em frente antes que aquele pensamento ocorresse a ele.

    Ela disse:

    — Com esse fungo infectando a cidade e ameaçando escapar para o resto do mundo, precisamos que nossa maior prioridade seja chegarmos a sua mansão. Lá, poderemos fazer planos e talvez entender melhor o que estamos enfrentando. E também será mais seguro, certo?

    Ele pareceu apertar o passo.

    — Nossa prioridade mais alta precisa ser reencontrar a Espada de Fogo, e não ficarmos seguros. Se os elfos descobrirem o que a espada pode fazer, você consegue imaginar o dano que poderiam causar? Não só aos outros Puros, mas até mesmo aos dragões. Sem nós, vocês, fae, não terão ninguém para protegê-los e se tornariam escravos, não apenas servos.

    Bells não respondeu. Servos estava longe de ser a palavra certa para descrever uma raça inteira que os Puros poderiam matar sem qualquer repercussão, além de que o povo fae não podia nem deixar as vilas sem a permissão de algum outro Puro.

    — Não deveria ser aceitável forçar os fae a serem servos apenas por conta de nossa espécie — murmurou ela, baixinho o suficiente para garantir que ele não a escutasse. Mais alto, ela continuou. — Sua mansão está protegida pelas Barreiras mais fortes fora de Safeholme, certo? E a Filadélfia tem acesso aos Warrens, imagino. Seus túneis correm profundamente pela crosta da Terra, e sei muito bem que você poderia esconder todos os dragões do mundo lá embaixo.

    — E daí? Proteger o mundo é nossa responsabilidade. Você acha que os dragões vão fugir de uma luta pelo mundo apenas para se esconderem em túneis e cavernas escuras? — Ele estalou a língua contra os dentes, irritado.

    — Não. Mas se as coisas ficarem ruins, vocês tem um lugar para viver, para lutar por um outro dia e talvez até espaço para qualquer fae que seja libertado até então.

    — Talvez.

    — Mas antes que as coisas cheguem a isso, você deveria conseguir a ajuda do seu pai. Apenas você e o Primeiro Conselheiro são capazes de fazer todos os dragões trabalharem juntos para resolver esse problema, mas não antes de ele saber o que você sabe. Precisamos contar a Mikah.

    — Por isso estamos voltando a minha mansão. A não ser que você tenha algum outro motivo? — O tom dele soou cautelosamente neutro, porém sua aura brilhou em um tom de vermelho. Entretanto aquilo não refletiu em seus olhos — felizmente, eles estavam livres de qualquer brilho. Os olhos dele ficavam assustadores quando nervoso.

    — Quem você realmente acha que está por trás de tudo isso? O roubo da espada, o fungo, tudo isso deve estar conectado. Com isso tudo acontecendo assim tão perto não parece ser coincidência.

    Jaekob não respondeu, apenas encolheu os ombros. Ela não poderia culpá-lo. Era difícil ter a motivação para falar quando a desolação estava ao redor deles. A cidade estava um caos, e os humanos tiravam proveito daquilo para tumultuarem os subúrbios. Quando Bells viu uma pilha de cadáveres de Puros, ficou claro que os humanos estavam se vigando daqueles que haviam tomado seu mundo. Cada cadáver havia sido marcado com o símbolo rebelde.

    Pelo menos, Jaekob ainda a estava guiando até a Barreira que protegia o Distrito dos Dragões. Ele tinha feito parecer que aquele era o destino o tempo todo, mas ele ter mudado a direção provou o contrário. Mesmo se o orgulho o fizesse ficar com os créditos, ela estava feliz por ele ter ouvido, apesar de ela estar ficando cada vez mais irritada. Jaekob conseguia ser tão arrogante.

    Eles viraram em uma esquina, e ela e Jaekob pararam de repente. Ela observou incrédula, acima deles, três prédios conectados em um U que pareciam fervilhar com elfos e lobisomens. Trailers de carga haviam sido empilhados em todos os lados, bloqueando a entrada do U, deixando apenas uma pequena fenda na frente, guardada por lobisomens e elfos empunhando armas humanas. Pelo menos um dos elfos também era mago e guerreiro, a aura vermelha dele era visível para ela mesmo a cem metros de distância.

    Do lado de fora do portão improvisado havia dezenas de cadáveres, tanto humanos quanto Puros — até mesmo elfos. Jaekob deixou escapar:

    — Pela Criação, os elfos estão aquartelados. Como pode ser possível?

    — O que significa estarem aquartelados? — Aquilo soava como algo militar, mas ela não tinha certeza.

    — É quando um grupo em território hostil cria uma fortificação de defesa para sobreviverem até tudo ficar melhor ou serem dispensados, e eles controlam a área ao redor. Invernos pesados são geralmente quando aquartelamentos são construídos com a intenção de durarem, mas não contra outros Puros como neste caso.

    — Isso parece severo demais — respondeu ela, observando os pobres corpos. Também havia fae não armados entre os mortos. Ela imaginou os servos dos elfos, considerados inúteis para sobreviverem, deixados do lado de fora para serem mortos. Um arrepio percorreu a espinha dela. Aquela exibição também era um aviso efetivo aos outros, matando dois coelhos com uma cajadada.

    A temperatura dela subiu, e seus olhos se encheram de lágrimas, não de tristeza, mas de raiva desvalida.

    — Elfos são perversos. Eles são piores que os humanos. Jaekob, você e os dragões precisam dar a eles a justiça que merecem. Você precisa fazer isso. Olhe o que fizeram.

    Ele pegou o braço dela com delicadeza e a guiou pela esquina, saindo da perto da fortaleza urbana.

    — Não, nós não precisamos, e nós não iremos. Eu disse a você, não irei lutar. Você acha que elfos assustados se protegendo da praga é mais maldoso do que nós os matando?

    Naquele momento, ela teria respondido que sim.

    — Eles parecem estar causando bastante morte sozinhos.

    Um quarteirão depois, ele a assustou quando agarrou-a novamente, dessa vez na cintura. Ele pulou para um beco, puxando-a com ele. Ela soltou um gritinho surpreso quando foi jogada no ar e carregada como uma boneca de trapos, até chegarem atrás de uma caçamba de lixo amassada e enferrujada.

    Ele sussurrou no ouvido dela:

    — Fique quieta. — E a apertou com mais força.

    O coração de Bells acelerou novamente, dessa vez por medo, não raiva. Ele a machucaria? Ele já a estava machucando um pouco ao apertar forte demais, apesar de não parecer ter notado aquilo. Ela mordeu os lábios para se manter quieta com toda aquela surpresa e dor. Bells decidiu que ele estava dando um aviso por alguma outra razão, mas suas emoções confusas e amedrontadas diziam que ele a iria machucar, mesmo sabendo que o dragão nunca faria isso. Obediência era a melhor defesa, então ela não resistiu. Pelo menos, foi isso que disse a si mesma, para se convencer do motivo por qual não resistiu ao aperto.

    Eles deitaram juntos no chão atrás da caçamba em silêncio total, a não ser pela respiração apavorada dela. Porém, de repente, ela ouviu vozes. Vozes de lobisomens rosnando. Quando um pequeno grupo passou pela entrada do beco, eles estavam longe demais para que ela entendesse o que diziam, então, expandiu os sentidos até eles. Bells não tinha muita esperança de sucesso àquela distância, mas se pudesse ao menos ler a aura deles, ela poderia ter uma noção de quanto perigo estavam correndo.

    Quando seus sentidos alcançaram os lobisomens, ela prendeu a respiração, sobrecarregada por um auge de medo. Eles estavam caçando, e tudo na aura deles gritava raiva — mas, surpreendentemente, também mostrava medo. Essa era a combinação perfeita para desencadear o famoso e furioso desejo de sangue deles, mesmo com a lua cheia a semanas de distância.

    Em seu subconsciente, ela se perguntou o que faria uma matilha de lobisomens sentirem tanto medo a ponto de causar pânico. Eles eram predadores do topo da cadeia alimentar, então a fome os afetava de maneira diferente das outras espécies, o que poderia explicar a raiva. Mas isso levava a ainda outra pergunta, já que eles só poderiam estar com tanta fome assim se não comessem há dias: por que não haviam se alimentado?

    Pareceu uma eternidade a espera até os lobisomens sumirem de vista e do limite dos sentidos de Bells. Os músculos do pescoço e dos ombros dela estavam doendo ferozmente, apertados tão justos quanto cordas de violão, após terem ficado em uma única posição por tanto tempo.

    — Eles se foram — sussurrou ela, tentando manter o tremor longe de sua voz. Ela não queria que Jaekob soubesse o quão assustada estava.

    Ele resmungou quando ficou de pé e, então, ajudou-a a ficar de pé também.

    — Eu não sei se eles teriam nos atacado quando vissem quem eu era, mas com o caos na cidade, eu definitivamente não quis arriscar. Nós esperaremos alguns minutos antes de continuarmos, apenas para garantir que tenham ido embora.

    Pelo menos ele tinha bom senso.

    Ela disse:

    — Eles estavam caçando, mas também estavam apavorados. Eu acho que todos estão com medo, e parece que estão todos se unindo em pequenos grupos e então se posicionando contra o resto.

    Jakob tocou na ponta do próprio nariz e fechou os olhos.

    — Eu não posso culpá-los. Os outros Puros estão se voltando contra si mesmos, mas não é diferente do que os dragões estão fazendo com as Barreiras, deixando todos do lado de fora. E você pode culpá-los?

    — Não, eu não posso. Se eu fosse qualquer outra coisa além de uma fae, eu poderia ter o mesmo instinto.

    — Então precisamos tomar mais cuidado daqui em diante. Estamos correndo mais perigo aqui do que eu havia imaginado. Vamos — disse ele, então completou: — Bells, esteja pronta para usar sua habilidade de andar nas sombras a qualquer momento.

    Ela não poderia concordar mais.

    — Quanto antes alcançarmos as Barreiras, antes nos livraremos desse furacão de tragédias. Eu estou feliz por você estar guiando o caminho. Depois de você, ó, poderoso dragão.

    Ele expressou um sorriso fraco a ela, e então voltaram a andar pela cidade cada vez mais sem leis.

    * * *

    Não demorou muito para eles alcançarem as Barreiras. Ao invés de demonstrar alegria, Jaekob semicerrou os olhos em direção a proteção mágica, soltando pequenas lufadas de fumaça pelo nariz.

    — O que foi? — perguntou Bells. — Nós conseguimos voltar e finalmente estamos seguros. Não deveríamos correr para dentro?

    Ele balançou a cabeça, e seus olhos nunca deixaram as Barreiras.

    — Não. Olhe com mais cuidado. O que você vê?

    Ela olhou para o escudo, tentando enxergar o que ele estava vendo. Por mais que tentasse, não achou nada de errado. O poder mágico ainda estava funcionando, as Barreiras ainda estavam de pé, a mistura de linhas vermelhas e pretas entrelaçadas ainda pulsavam com energia. Espere... Linhas pretas?

    — O escudo mataria qualquer um que tentasse forçar a entrada, certo?

    — Sim, claro. Em uma crise, nós impedimos que as pessoas entrem matando qualquer um que tente fazer isso. É algo bastante comum.

    — Então, o que há de errado com as Barreiras? Acho que você terá que me explicar. — Bem, matar pessoas sem qualquer aviso era bastante errado, mas aquilo era problema dos dragões, não dela, e Jaekob certamente não foi o responsável por dar início a esse método.

    Ele enfiou as mãos nos bolsos, encarando a Barreira novamente.

    — Não — disse ele, virando-se para ela de repente. — Sem ofensas, mas você não está se esforçando o suficiente para ver. Quero dizer, olhe para ela. As vinhas do fungo cresceram uns três metros na parede sem nem ao menos morrer. Nada vivo pode tocar o domo agora sem queimar e virar cinzas, ainda assim, a infecção está fazendo exatamente isso.

    — Isso realmente parece estranho.

    — Mas o que quero dizer é que deveria haver um portão aqui. Você vê um portão? Porque eu não. A não ser que sua visão fae consiga ver coisas que eu não consigo, nós não iríamos entrar aí nem se conseguíssemos atravessar a infecção.

    Bells sentiu suas bochechas queimarem. Pareceu tão simples quando ele explicou. Ela se sentiu bastante tola. Mais do que qualquer outra coisa naquele momento, ela queria estar perto de uma sombra para que pudesse simplesmente desaparecer.

    — Por favor, não fique nervoso. Sinto muito por não ter visto. Quero dizer, ficou tão óbvio agora que você me mostrou. — Ela segurou a gola de sua blusa de plebeia e puxou-a para cima, tentando se esconder. — Não me deixe aqui. Eu prometo, vou me esforçar mais da próxima vez.

    Jaekob coçou uma orelha, engolindo em seco três vezes, rapidamente, e olhou para os próprios pés.

    — Ah, Bells. Não diga isso. Eu prometi que iria protegê-la, não prometi? Você me deixa com vergonha. Eu não estava nervoso com você, apenas com a situação. Eu nunca nem pensei em deixá-la para trás.

    — Eu...

    — Olhe, não é culpa sua. Estou apenas frustrado. Não deveria ter descontado em você. Vamos apenas esquecer que isso aconteceu, certo? De verdade, você não fez nada errado. Sinto muito. — Ele levantou os olhos e sorriu para ela.

    Bem, Jaekob era um bom homem. Que outro Puro, muito menos um dragão, pediria desculpas a um fae? Além disso, ele estava bastante estressado. Claro, ela também estava, mas era apenas uma fae. Ela se aproximou dele, hesitante, e colocou a mão em seu braço, mas se afastou assim que sentiu o tecido da camisa dele. O que ela estava pensando? Um fae nunca deveria tocar em um dragão sem permissão. Aquele dia estava ficando cada vez pior.

    Ela se forçou a sorrir de volta, encarando-o nos olhos.

    — Você não deveria se desculpar para mim. Vamos apenas focar em voltar para nossa casa, pode ser? — As bochechas dela estavam queimando, vermelhas. — Quero dizer, voltar para sua casa, não nossa. Nós não temos uma casa juntos. — O sorriso falso se tornou real, uma resposta natural àquele constrangimento terrível. Ela não poderia deixar aquele momento mais estranho nem se tentasse.

    Mas, ao invés de rir dela, ele simplesmente assentiu e seguiu em direção a oeste.

    — Vamos lá. Vamos verificar o próximo portão. Eu sei que há um portãozinho a uns dois quarteirões daqui usado principalmente por nossos mensageiros.

    Ela o seguiu, perguntando-se o que a tinha feito agir daquela maneira.

    * * *

    Bells seguiu Jaekob enquanto ele caminhava pela esquina até um pequeno armazém. Ela teve que se esforçar para acompanhar os passos longos dele.

    — Quase em casa — disse ele, falando rápido e um pouco alto demais, mas não esperou por ela antes de virar. Jaekob passou a andar ainda mais rápido, como se tivesse um senso de urgência agora que não estava presente antes. Porém quando Bells virou a esquina, ela quase deu um encontrão com nele. Ele havia parado repentinamente e, agora, observava as Barreiras.

    Dessa vez, ela viu imediatamente que não havia nenhum portão.

    — O que aconteceu? Você disse que havia um portão aqui. E como eles tiraram um portão daqui? — perguntou Bells, espiando a proteção a frente deles.

    Ele se inclinou contra a construção e cruzou os braços. Tão baixinho, que ela precisou se esforçar para ouvi-lo, ele murmurou:

    — Uma proibição total de viagens é a única coisa que faz sentido.

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