O Rei Darke: Livro Um
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O Rei Darke - Jessica White
O Rei Darke
Os Imortais Quebrados Livro Um
Jessica White
Copyright © 2020 por Jessica White
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzido de qualquer maneira sem a devida permissão dos editores ou da autora, exceto como permitido pela lei americana de direitos autorais.
Todas as capas feitas por Germancreative.
Tradução: Cristiane May Allgayer
Conteúdo
Aviso de Conteúdo
1.CAPÍTULO UM
2.CAPÍTULO DOIS
3.CAPÍTULO TRÊS
4.CAPÍTULO QUATRO
5.CAPÍTULO CINCO
6.CAPÍTULO SEIS
7.CAPÍTULO SETE
8.CAPÍTULO OITO
9.CAPÍTULO NOVE
10.CAPÍTULO DEZ
11.CAPÍTULO ONZE
12.CAPÍTULO DOZE
13.CAPÍTULO TREZE
14.CAPÍTULO QUATORZE
15.CAPÍTULO QUINZE
16.CAPÍTULO DEZESSEIS
17.CAPÍTULO DEZESSETE
18.CAPÍTULO DEZOITO
19.CAPÍTULO DEZENOVE
20.CAPÍTULO VINTE
21.CAPÍTULO VINTE E UM
22.CAPÍTULO VINTE E DOIS
23.CAPÍTULO VINTE E TRÊS
24.CAPÍTULO VINTE E QUATRO
25.CAPÍTULO VINTE E CINCO
26.CAPÍTULO VINTE E SEIS
27.CAPÍTULO VINTE E SETE
28.CAPÍTULO VINTE E OITO
29.CAPÍTULO VINTE E NOVE
30.CAPÍTULO TRINTA
31.CAPÍTULO TRINTA E UM
32.CAPÍTULO TRINTA E DOIS
33.CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
34.CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
35.CAPÍTULO TRINTA E CINCO
36.Nota da Autora
Aviso de Conteúdo
A série Os Imortais Caídos é uma história muito, mas muito sombria.
Esta série é uma peça de ficção baseada nas vidas de indivíduos mágicos que não são de maneira nenhuma humanos, e não devem ser julgados pelas normas humanas. Eles são uma espécie completamente diferente, animais de outros mundos com suas próprias comunidades, morais, valores e tradições.
Se você possui qualquer sensibilidade com xingamentos, violência entre pares, perseguição, papéis de gênero, tabus sexuais, ideias patriarcais ou qualquer outro tipo de gatilho, esta história provavelmente não é para você. Mas se você consegue lidar com tudo isso, aproveite-a! Estou animada por tê-los nesta aventura comigo.
CAPÍTULO UM
A Queda de Daniel Darke
O formigamento em suas mãos suadas deveria servir de aviso para o jovem Comandante assim que ele passou pela porta da sala do trono. Mas quando o Imperador o chama, não há recusa a sua ordem.
— Você acreditou que haveria algum segredo que eu não saberia, Daniel? — Enquanto ele estava em frente ao seu mestre, os cabelos de Daniel caíam sob seus olhos assim que eles os fechavam e tentava silenciar sua mente. Mas não adiantava. O escárnio que se revelava no rosto do velho feiticeiro decrépito revelava que ele havia ficado sabendo da traição de Daniel. — Posso ver através de sua mente, jovem bruxo.
Com seus dedos magros e enrugados dobrando-se para chamá-lo, o velho sinalizou para os guardas trazerem a prisioneira para mais perto. A sensação de queda em suas mãos e pés avisou Daniel que sua mãe havia entrado na sala, e ele levantou seu olhar para encontrar as suas mãos atadas assim que ela se ajoelhou em frente ao velho. Por de baixo da sombra de sua capa cinza, o tirano olhou para seu protegido.
— O que devo fazer com uma bruxa traidora? — O velho feiticeiro levantou suas sobrancelhas enquanto um sorriso cruzava seus lábios diabólicos, e seu dedo tamborilava em sua testa. — Já sei!
O brilho da faca que ele retirou de seu cinto provocou um arrepio gélido de dor pelo peito de Daniel. O velho monstro agarrou a mulher de olhos arregalados pelos cabelos e passou a lâmina por seu pescoço sem hesitação.
Logo em seguida, seu delicado vestido branco foi encharcado pela cor vermelha assim que o sangue vertia de seu corpo, e o brilho de sua vida deixava seus olhos escuros. O mundo inteiro colapsou nos ombros de Daniel e partiu em pedaços aquele que uma vez foi um homem cruel.
O corpo sem vida dela foi-se ao chão frio, sua força vital espirrou pela sala e espalhou-se pela face do jovem homem. A risada perversa abriu caminho até a nuvem da devastação de Daniel, e seus olhos se levantaram para deparar-se com os do velho.
— Você realmente acreditou que eu não a encontraria? Seu estúpido, tolo, arrogante. Bem, você estava errado, e agora sofrerá pelo seu egoísmo. Jovem, você se curvará para mim e declarará sua devoção imortal, ou sofrerá o mesmo destino deste lixo aos meus pés.
— Irei destruí-lo, porra.
Botas escuras brilhantes pisavam contra o chão de mármore liso até que o Imperador levantou sua mão e congelou Daniel em seu lugar com seu aperto invisível.
Os estalidos interrompidos e engasgos de diversão gorgolejavam no nariz do vilão. Com uma manobra de seu punho, lançou Daniel até o outro lado da sala e desceu de seu trono. Afastando seu capuz até seus ombros assim que ia até o seu aprendiz, o soberano levantou sua mão e roubou o último fôlego dos pulmões de Daniel.
Sem nem mesmo ar suficiente para xingar a sua morte, Daniel cerrou seus dentes e encarou-o em seus olhos até cair no chão, com as risadas de seu mestre ecoando pela sala estéril. O monstro imutável circulou-o e bateu palmas por de trás de suas costas assim que ele começou a explicar seu plano.
— A partir de agora, irei reinar uma era de tortura sobre você como nunca visto neste mundo. Até o momento de terminar, nada permanecerá aqui. Você desaparecerá, e ninguém lembrará de sua existência. Você era um nada quando veio até mim e me deixará da mesma maneira.
As mãos trêmulas empurravam contra o chão frio quando Daniel ficou em pé em desafio aos desejos do Imperador em ouvi-lo rastejar-se.
— Você pode me matar. Não me importo mais, mas não morrerei ajoelhado.
A fina e enrugada bochecha abaixo de seus olhos levantou assim que um sorriso sarcástico surgiu nos lábios do velho homem enquanto imaginava toda a dor que infligiria no garoto.
— Como desejar.
Enquanto o líder supremo decidia o seu próximo movimento, o vulto de algo lindo passou diante do rosto de Daniel, e seu coração acelerou com um pulsar de vida. Uma forma brilhante surgiu por de trás do monstro e voou até a bruxa arruinada.
Cabelos ruivos caiam por seus ombros, e seus olhos azuis gélidos cintilavam por sua aura brilhantemente iluminada. Parando, assim que chegou ao lado de Daniel, a luz desapareceu, revelando seu rosto angelical. Com seus dedos em movimento ondulares em frente ao seu peito, ela implorava a ele para vir até ela.
— Por favor, salve-nos, Daniel.
Suas orelhas ligeiramente salientes sentiam o sangue pulsante em suas veias quando ele tentava alcançá-la, mas somente transpassou pela ilusão. Quando as últimas notas sutis de sua doce voz deixaram sua mente, arrepios surgiram em seus braços, e seus olhos encararam o feiticeiro.
— Estou indo, meu amor.
Com um novo propósito preenchendo o coração do jovem, Daniel sentiu um brilho de uma magia ancestral surgindo em si. Enquanto as laterais de sua boca curvavam-se, e seus cabelos moveram-se por cima de seus ombros, ele olhou para a velha bruxa a frente. Pelas palmas de suas mãos, um brilho azul percorreu todo seu corpo, centímetro a centímetro.
Os milhares de sussurros malévolos em seu ouvido tomaram o controle, e seu braço se encolheu e levantou. O Imperador tentou parar com o inferno que cercava o corpo de Daniel. Ainda assim, nem mesmo o velho feiticeiro poderia parar as criaturas antigas e sobrenaturais que estavam a favor do jovem naquele momento. Quando seu dedo veio até seus lábios, uma sombra negra cruzou os olhos de Daniel, enquanto balançava sua cabeça, e um comando maligno saiu de sua boca.
— Shhhh!
Um espírito impetuoso voou da boca de Daniel e engalfinhou o velho feiticeiro em um abraço escaldante. Ele ficou sobre a pilha de carne e ossos em chamas até que o transformasse em cinzas e cuspiu nos tristes restos mortais enquanto seus dentes pontiagudos apareciam através de seu sorriso.
— Sou o Mestre das Chamas e não me curvo a qualquer garoto estúpido.
Quando ele se livrou da besta de dentro de seu corpo, virou-se para sua mãe e piscou os olhos diante a sua destruição. A recordação onírica dos momentos recentes passou diante aos seus olhos, e ele levantou suas palmas até seu rosto enquanto o sentimento persistente de diversão bufava de seu estômago.
— Que merda está acontecendo comigo?
Embora ela fosse a única pessoa com quem havia se preocupado, ele não conseguia desperdiçar uma só lágrima para aquela que lhe deu a vida. O raro sentimento de culpa corroía sua garganta e o fez engolir o ressentimento de cada erro que já havia cometido.
Ele se ajoelhou, deslizou suas mãos por debaixo do corpo dela e a agarrou junto ao seu peito com um ranger de dentes. Nenhuma alma sequer ousou a questionar o homem enquanto soldados boquiabertos abriam caminho, e ele carregava sua mãe para fora dos portões da fortaleza.
Adentrou na floresta densa e desviava dos galhos frágeis que se quebravam enquanto batiam e arranhava-o. Quando os velhos resquícios de vida se transformaram em uma clareira, ele deitou sua mãe no chão duro e ajoelhou-se ao seu lado. Seus dedos percorreram a mão gélida dela, e ele engoliu todos os seus arrependimentos.
— Você foi uma mãe maravilhosa. Queria ter sido um filho melhor. — Sua mão agarrou-se na dela, e ele pressionou seus lábios em na sua palma antes de cruzar os braços dela em seu peito. — Adeus, Mãe.
Quando cócegas espinhosas surgiram de sua pele, e os pequenos arrepios se espalharam por seu corpo, Daniel levou suas mãos até seus olhos. A chama azul acendeu-se quando o barulho suave dos pés contra o chão sem vida da floresta chegava aos seus ouvidos.
Com um arrepio por todo o corpo, ele olhou para a direita e viu os dedos da visão se arrastando pelos arbustos carbonizados em seu caminho até ele. Os caules outrora negros brotaram novos botões, e a feia escuridão que antes os cobria estava novamente exuberante com vida verde. Como um relâmpago brilhando no céu da meia-noite, a luz dela agitou seus nervos quando as pontas de seus dedos roçaram seu braço, e a escuridão retornou aos seus olhos. As vozes abafadas em sua mente deram suas instruções e, enquanto Daniel olhava para sua mãe, colocou o dedo na boca.
— Shhh.
Um clarão de luz brilhante varreu a floresta. Quando clareou, a única coisa que restou foi o homem vestido de preto e o exército reacendido de demônios que habitavam dentro dele.
CAPÍTULO DOIS
O Reino
Em suas mãos e joelhos, sons agudos soavam do corpo de Daniel, e os pequenos músculos entre suas costelas apertavam seu peito, enquanto seus pulmões sujos trabalhavam para recuperar o fôlego novamente. Quando os sussurros recuaram em sua garganta, os estalos crocantes da grama seca quebrando chamaram sua atenção, e ele encontrou pés minúsculos e descalços no canto do olho. Cada passo que ela dava deixava um rastro de grama verde fresca e esfriava o espírito do Incendiário. Seus olhos se ergueram para encontrar a mulher ruiva, e ela dobrou os dedos enquanto inclinava a cabeça.
— Venha para casa. Estamos esperando por você. — A fragrância doce e suave que ela deixou atrás de si o fez fechar os olhos e esfregar o espaço sobre seu coração onde morava agora.
As pequenas pedras fumegantes eram tudo o que restava no chão da floresta e cravaram-se em suas palmas enquanto ele se levantava do chão. Como uma marionete presa a um barbante, suas pernas bambas tropeçaram atrás dela.
— Espere. Conheço você, não é mesmo?
Tudo o que ela tocou ao passar pela floresta triste voltou à vida até gradualmente desaparecer em uma floresta exuberante e vibrante. O único mundo que Daniel conheceu estava extinto, e quando as cores das coisas selvagens chegaram aos seus olhos, elas os queimavam com sua intensidade.
Enxugando os olhos lacrimejantes com sua manga, ele quase perdeu a noção do espectro enquanto ela dava à luz tudo o que era belo com suas mãos curativas. Pequenos chiados e zumbidos de antigos pássaros e insetos rastejando nas árvores vibravam em seus ouvidos, e a grama macia curvava-se sob seus pés.
— Isto é real? — O ar limpo que agora alimentava seu corpo enviou um forte raio de eletricidade através de seu peito que seguiu o sangue bombeando em suas veias até que cada célula pulsasse com energia. — Você está fazendo isso, não está?
O céu cheio de poluição não permitia que o sol agraciasse a Terra há pelo menos um século, e a luz dourada agora tocava seu rosto pálido pela primeira vez em sua vida, fazendo todo o seu corpo tremer. Uma cócega começou em suas narinas, e um espirro saiu de seu nariz, tão forte que sua visão foi prejudicada por um momento.
Olhos castanho-escuros se fecharam para o calor do orbe brilhante acima, e arrepios surgiram por toda parte. Seu cabelo bagunçado balançava na brisa fresca que girava ao seu redor e fazia cócegas em suas orelhas.
— Qual o seu nome? — Quando ele abriu os olhos, os restos chamuscados da floresta o cercaram novamente, e ele balançou a cabeça enquanto se virava e procurava por ela. — Não! Não, não me deixe para trás. Por favor.
Ao levar as mãos ao rosto, seu coração disparou porque ainda conseguia sentir o cheiro das relíquias do mundo limpo em sua pele. A vibração em seus ouvidos gradualmente deu lugar aos sussurros novamente, e quando a escuridão o dominou, ele gritou as palavras que murmuraram para ele.
— Gabh liomó thuaidh!
A linguagem não falada há séculos saiu de sua língua, e um portal brilhante apareceu diante de Daniel. Como a água de uma poça dançando no ar, enquanto curvava a luz, ela distorcia o espaço ao seu redor e se movia. O portal ondulou, e todo o corpo de Daniel tremeu ao se estender até ele.
Um formigamento nas pontas dos dedos aproximou sua mão da soleira brilhante enquanto ela se movia em direção a ele. Quando as forças colidiram, engoliu Daniel por inteiro, e a abertura se fechou instantaneamente atrás dele.
As vozes odiosas que o rodeavam em seus braços quentes eram um turbilhão de assobios e gritos, que o esmagavam e sugavam seu fôlego de seus pulmões, até que seus próprios batimentos cardíacos e a escuridão fossem a única coisa que restasse.
Do outro lado do espaço e do tempo, os antigos guardiões do portão juntaram-se em torno dele, peça por peça, enquanto o mundo inteiro voltava à ordem. Seus joelhos trêmulos cederam, e ele estendeu a mão para a estátua para apoiá-lo. A pedra fria sob sua palma enviou um choque em seus nervos e uma visão em sua mente.
— Conheço esse lugar.
Botas pretas arrastavam-se pelo caminho de paralelepípedos, e a névoa das cachoeiras espalhava-se por seu rosto. Ele ergueu os olhos para encontrar as pequenas casas construídas nos penhascos, e logo acima da encosta estava o mar azul. O