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A Honra de McKenna: A Saga do Clã McKenna
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A Honra de McKenna: A Saga do Clã McKenna
E-book199 páginas4 horas

A Honra de McKenna: A Saga do Clã McKenna

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Sobre este e-book

Tempos sombrios caíram sobre a Escócia.

O rei Davi II é feito prisioneiro da Inglaterra. Angus McKenna, respeitado chefe do clã MacDougall, e seu genro Duncan McEwan sentam-se em um calabouço em Edimburgo, acusados de crimes contra seu rei e seu país. Suas esposas estão desaparecidas.

Pode a devoção, a honra e a lealdade acender uma luz na escuridão?

Invocando o Pacto dos Sete Clãs, Nial McKee, genro de Angus McKenna, se propõe a descobrir a verdade que há por detrás das acusações. Enquanto ele pede a ajuda de seus bons amigos Caelen McDunnah e Rowan Graham, sua adorável esposa Bree apela aos seus próprios amigos para uma forma de auxiliar bem diferente.

Contudo, o tempo está se esgotando para Angus e Duncan. A amizade e o amor à família podem não ser suficientes para salvar A Honra de McKenna.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento15 de jul. de 2019
ISBN9781547595167
A Honra de McKenna: A Saga do Clã McKenna

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    Pré-visualização do livro

    A Honra de McKenna - Suzan Tisdale

    Para Carol S. .... Uma garota audaciosa

    ––––––––

    Para a melhor equipe de rua por aí:

    Suzan’s Highland Lassies

    Agradecimentos

    Primeiro, sei que não estaria aqui hoje se não fosse pelo amor e apoio do meu amado marido, filhos e minha família. Eles são uma bênção.

    Também gostaria de agradecer algumas das mais incríveis mulheres que tive a satisfação de conhecer: Minha equipe de rua, Suzan’s Highland Lassies. A energia e entusiasmo delas são contagiantes e me inspiraram a escrever. Infelizmente, nós perdemos uma das nossas garotas na primavera. Carol sua falta será inimaginável. Sua risada contagiosa, sua sagacidade e seu amor pela leitura são apenas algumas das características que a tornavam tão especial.

    Um agradecimento muito especial para a autora Tanya Anne Crosby. Se você gostou da descrição / sinopse de A Honra de McKenna, então agradeça a Tanya, que tão graciosamente me ajudou a escrevê-la (Não gosto de escrever sinopses!). Tanya é umas das mulheres mais engraçadas e adoráveis que conheço. Bem como escreve livros fantásticos!

    Por fim, quero agradecer meus queridos leitores e fãs. Sem vocês eu não estaria vivendo este sonho meu. Não há palavras que possam expressar meu reconhecimento, minha admiração e meu carinho por cada um de vocês. Obrigada.

    Prólogo

    Um velho ditado diz que não há honra entre ladrões. O mesmo pode ser dito sobre traidores. Traidores se disfarçam com frequência, em plena multidão. A verdade está lá para quem quer enxergar, para aqueles cuja determinação está em ver as coisas como elas são e não como queiram que as vejam.

    Na verdade, traidores nada mais são do que impostores. Mestres da manipulação. Atores em uma peça na qual só eles sabem quem é quem e o que é o que.

    As pessoas à sua volta são meros espectadores, veem apenas o que a eles interessam ser visto.

    Quando um traidor atua, defende abertamente o fraco, fala com o maior respeito por seu rei e país e exibe uma fachada de honra sem igual, então, quem questionaria sua lealdade? O traidor revela apenas o que desejaria que os outros vissem e com a certeza de que seriam acreditados.

    Ao mesmo tempo, o traidor ri em silêncio do desvario que criaram, com grande satisfação no absurdo de toda a situação.

    E, se for cauteloso ao extremo, ninguém nunca saberá quem ou o que ele realmente o é.

    No entanto, como sempre acontece em casos assim, traidores e patifes, o destino chega da maneira mais inesperada. Rasga a cortina pesada do subterfúgio e da duplicidade para mostrar ao mundo não o que desejam que vejam, mas o que deve ser visto de fato.

    A posse de tal verdade, é, normalmente, dolorida e traumática, deixando os recém— possuidores dessa verdade um sentimento de surpresa, atordoamento e amargura. Para muitos, a única forma de superar é a negação absoluta. Se esquivam dela, a amaldiçoam, preferindo viver na refutação. Talvez porque amem tanto o traidor ou, porque seria mais fácil justificar o comportamento deste. Ou, por não poder admitir que puderam ser tão facilmente enganados.

    Mas como toda boa peça, há voltas e reviravoltas sutis. Algumas óbvias outras nem tanto. Talvez a verdade nem sempre é o que pareça ser. Porventura há muito mais nisso do que se imagina.

    Então, o que motivaria um homem? Um homem como Angus McKenna que passou a vida toda a defender os indefesos, dando esperança aos desesperados, encorajando os fracos? Honrado. Honesto. Firme. Um líder. Um homem fiel ao rei e ao seu país. Um homem acima de qualquer suspeita. Este é Angus McKenna visto por todos, o homem visto pelos outros líderes, o homem que o mundo vê.

    Desde o dia em que ele fez seus votos como chefe do clã MacDougall e fez a promessa de respeitar e proteger seu clã acima de todas as coisas, Angus McKenna colocou sua família e seu clã em primeiro lugar. Cada decisão tomada desde aquele fatídico dia, em 1331, foi feita com um só pensamento em mente: como elas iriam afetar sua família e seu clã?

    Nada importava a não ser a segurança e o bem— estar de seu povo. Nem seu próprio conforto, seus próprios desejos nem suas próprias necessidades poderiam ser consideradas quando decisões a serem tomadas poderiam afetar de forma direta aos seus.

    O que poderia fazer Angus McKenna deixar de lado o tartã vermelho e preto e se voltar contra o seu rei? Seu país? Como um homem como Angus McKenna poderia fazer algo assim? O que poderia ter tal valor para que ele conspirasse para matar seu rei e forjasse um pacto com os ingleses? Um pacto que causaria a queda de seu país e o colocaria inequivocamente nas mãos das mesmas pessoas que passou toda a sua vida lutando?

    Ouro? Prata? Poder? Ou algo maior?

    O tempo e a experiência revelam que essas coisas nem sempre são o que parecem ser.

    UM

    Edimburgo, Escócia,

    Verão de 1347

    —  Angus McKenna, você está diante deste tribunal hoje sob a acusação de crimes contra o nosso rei e o nosso país, a Escócia —  o suboficial lia o documento que segurava em suas mãos finas e trêmulas. Ele fez uma pausa, olhando para o palanque onde estava sentado o líder do tribunal, o xerife de Edimburgo.

    O suboficial era um homem magricelo, com os olhos avermelhados e pálidos. Com olheiras escuras em volta dos olhos vermelhos, ele parecia não dormir a dias. Ele se situava em um contraste direto com o xerife, que era um homem pançudo e corpulento.

    Após um suspiro profundo e um leve aceno de mão vindo do xerife, o suboficial continuou. Seus olhos apáticos lançaram um olhar pelo recinto, caindo sob todos exceto em Angus McKenna.

    Covarde, Angus pensou. Ele não tem coragem de me olhar nos olhos. Angus achou a conduta do homem uma piada.

    —  Como você se declara nestas acusações? — o suboficial indagou. Angus observou um leve tremor na voz do homem, como se não estivesse apenas com medo de fazer a pergunta, mas também de ouvir a resposta dele.

    Angus ficou em pé, altivo e orgulhoso, ignorando o fato de estar com suas mãos e pés atados aos grilhões. Ele olhou o xerife direto nos olhos ao responder.

    —  Culpado. 

    Sua resposta foi clara e firme. Ele estava determinado que fosse assim, sem se importar com as consequências que poderiam ter. Sem dúvida, teria feito todas as coisas de que o acusavam. Não havia como negar as acusações muito menos evitar ser processado. Ele teria conspirado contra seu rei, seu país.

    Angus não se importava com o xerife arrogante, ou com seus métodos estranhos, seu ar dissimulado e sua soberba extraordinária. Phillip Lindsay era um tolo arrogante, com um velhaco tanto quanto um dia de verão nas Terras Altas da Escócia. Era difícil para Angus acreditar que o homem à sua frente era filho de Carlich Lindsay, seu amigo e aliado de longa data.

    Os olhos do suboficial começaram a tremular, ao olhar primeiro para Angus e, em seguida, para Phillip. Ele parecia se encolher, se retrair internamente como se estivesse com medo do chão se abrir abaixo dele e um buraco o engolir. O homem alto e magricelo esperava que o xerife dissesse alguma coisa.

    Phillip Lindsay, sentado com sua cabeça descansando contra o seu indicador gorducho, parecia impassível perante a resposta de Angus. Se ele tinha alguma satisfação com a situação, não demonstrava. Aparentava indiferença e até um pouco aborrecido. Como se com Angus ou os procedimentos estivessem difíceis para ele deliberar. Não importava, Angus pensou. Como também não havia importância como se declarasse perante as acusações. Lindsay teria encontrado uma maneira de o culpar sem considerar nenhuma alegação de inocência que ele pudesse ter feito.

    Mas antes que ambos, o xerife e o suboficial, pudessem dizer algo, Duncan McEwan, genro de Angus se manifestou. Seus grilhões rangeram quando ele ficou de pé e deu um passo à frente para ficar ao lado de Angus. Embora o homem estivesse coberto de pó e fuligem, seu cabelo loiro pendia em fios imundos em sua face, seus olhos azuis ainda mantinham o olhar de um orgulhoso guerreiro das Terras Altas. Ele ficou ereto e de cabeça erguida, orgulhoso e digno. O tolo era tão teimoso quanto Angus, algo que ele aprendeu, sem dúvida, observando o sogro em todos esses anos.

    —  Eu também me declaro culpado —  Duncan afirmou com mais do que um toque de orgulho em sua voz.

    O suboficial se surpreendeu com a voz de Duncan que reverberou pelo recinto. Seus olhos piscaram rápido por um momento até ele encontrar coragem para falar:

    —  Você tem de esperar a sua vez, Duncan McEwan.

    Duncan inclinou a cabeça loura para o lado e deu um sorriso malicioso para o homem franzino que detinha a ele e Angus acorrentados. — Por quê? —  indagou Duncan – As acusações serão as mesmas feitas para Angus. Estou apenas poupando seu tempo e seu fôlego.

    —  Silêncio —, Phillip Lindsay ordenou com voz calma — você terá a sua vez em breve, seu traidor.

    Antes que Duncan pudesse responder ao insulto, Angus puxou as correntes bem apertadas a fim de manter o jovem em seu lugar e evitar que ele cometesse um erro fatal. —  Calma, filho — sussurrou com firmeza.

    Duncan mordeu os lábios e recuou os ombros. Seus olhos azuis— escuros piscaram em um entendimento silencioso. Ele afirmou com um aceno de cabeça antes de se voltar para o suboficial.

    —  Vocês dois são acusados de crimes contra o rei e contra a nossa grande Escócia. Vocês conspiraram e planejaram junto aos ingleses o assassinato de nosso rei. Os dois admitiram aos referidos crimes —  Phillip Lindsay falou do palanque, sua voz ecoava pelo recinto esvaziado. Alguns pensariam que uma multidão estaria presente neste dia considerando as acusações e as circunstâncias. Parece que foi a chuva que manteve os habituais curiosos, ansiosos e empolgados, afastados. Angus não acreditava que a chuva era responsável por manter as pessoas longe. Não, era algo mais, algo em que ele não poderia imaginar no momento. Os poucos homens presentes estavam atraídos pela voz grave de Phillip Lindsay e voltaram a sua atenção para ele. 

    Phillip seguia a encarar Angus, parecendo envergonhado de chamá-lo de escocês. Que seja! Angus pensou enquanto esticou sua coluna e elevou a sua cabeça bem alto. Ele não deixaria que um homem como Phillip Lindsay o fizesse se sentir pesaroso, envergonhado e humilhado.

    O lábio superior de Phillip Lindsay estava levemente curvado, como se estivesse muito próximo a uma pilha de estrume de cavalo. Depois de intermináveis minutos, ele deixou escapar um suspiro desgostoso e se sentou com altivez em sua cadeira esculpida com requinte.

    Angus não acreditava, nem por um minuto que Phillip Lindsay estivesse, na verdade, refletindo sobre as acusações. Muito menos que ele lutasse contra sua consciência sobre qual seria a punição para Angus ou Duncan. Não, não era nada mais do que uma exibição para os poucos homens sentados nos bancos como testemunhas. Não era nada mais do que um teatro, e o xerife era o bardo, o contador de estórias.

    —  Com isto, condeno os dois à morte. Uma semana contando a partir de hoje, vocês serão levados até o burgo de Stirling, aonde serão enforcados até a morte — Ele declarou para aqueles que assistiam ao tribunal.

    — Tirem os traidores da minha vista — ordenou ao suboficial.

    Com relutância, quase solene, o suboficial levou Angus e Duncan para fora da sala sombria. Três dos seus homens aguardavam do lado de fora. Uma vez no corredor, os três cercaram Angus e Duncan e os conduziram para fora da edificação em direção ao pátio interno.

    Fazia dias que Angus e Duncan viram o sol. Pelo que transparecia do céu escuro e a chuva intensa que caía, estaria bem longe até que pudessem vê-lo de novo.

    Embora várias pessoas estivessem espremidas embaixo da chuva, ninguém olhava para Angus ou Duncan. Angus se perguntava se era por medo que elas desviavam o olhar para o chão ou algo por acaso muito pior, vergonha.

    Era sua culpa. Ele havia envergonhado seu povo, sua família e sua reputação. Não tinha como negar. Ninguém, salvo, quem sabe, pelo jovem acorrentado a ele, poderia compreender as razões pelas quais ele o fez. A escolha fora feita por ele há três anos e ele teve de fazê-lo.

    A única culpa que Angus sentia agora era o fato de Duncan estar ali com ele. Duncan era seu filho adotivo bem como seu genro. Duncan era apenas um garoto quando a sua família foi morta por um bando de soldados ingleses que atacaram sua vila. Só três garotos sobreviveram à provação, dois dos quais eram seus sobrinhos. Os garotos vieram viver com ele e Isobel, sua esposa, e logo depois eles adotaram os três rapazotes órfãos.

    Angus e Isobel adotaram várias crianças ao longo dos anos, mas deles mesmo, juntos, apenas uma filha. Contudo, Angus teve outra filha que acreditava estar morta há muito tempo, assim como a sua linda mãe. Por meio de circunstâncias alheias à sua vontade, ele só veio a saber da sua existência há três anos e não antes de Duncan e Aishlinn se apaixonarem perdidamente um pelo outro.

    O jovem não merecia estar ali, pois ele é tanto um traidor nesta sujeira macabra que Angus se envolveu quanto a Virgem Maria. Foi a grande teimosia de Duncan que o trouxe aqui e nada mais.

    Logo chegaram à entrada da masmorra. Quando o suboficial abriu a pesada porta de madeira, o odor fétido, de morte e desespero invadiu os seus sentidos. O magricelo agarrou uma tocha na arandela da parede e os conduziu em direção às escadas sujas e úmidas. Por

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