Aprisionada pelo Capitão: Amores Fabulosos, #2
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Sobre este e-book
A senhorita Prudence Drake não quer nada mais que voltar para a América e juntar o que sobrou da sua vida. Depois de ter sido refém no Black Dawn e testemunhar o assassinato do pai, a última coisa que desejava é se encontrar nas mãos de outro pirata – não importa que ele seja lindo e honrado.
O Capitão Jasper Blackmore tinha deixado o passado pra trás, saindo dos portos da Inglaterra em busca de novas aventuras depois de a guerra tê-lo deixado fisicamente marcado e ter sido rejeitado pela única dama que se atreveu a amar. Uma diabinha americana nunca se encaixaria no seu mundo, não importa o quanto estivesse atraído por ela.
Poderiam duas pessoas com caminhos tão distintos encontrarem algo em comum?
Amanda Mariel
USA Today Bestselling, Amazon All Star author Amanda Mariel dreams of days gone by when life moved at a slower pace. She enjoys taking pen to paper and exploring historical time periods through her imagination and the written word. When she is not writing she can be found reading, crocheting, traveling, practicing her photography skills, or spending time with her family.
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Aprisionada pelo Capitão - Amanda Mariel
Prologue
Boston, Massachusetts, 1815
Prudence Drake inclinou a cabeça, olhando para o pai por sobre a borda da xícara de chá. —Você não pode ir tão cedo. Faz só quinze dias desde a última viagem. — Ela detestava ficar sozinha enquanto o pai viajava pelos mares. Não havia novas aventuras em Boston e, mesmo gostando da sua casa, não tinha cabeça para comandá-la. Ela precisava convencê-lo a levá-la junto.
Ele se recostou na poltrona de brocado e cruzou as pernas, a xícara na mão.
—São negócios, filhota. Voltarei logo. Você mal notará a minha ausência.
Aos vinte e um anos, tinha há muito superado o apelido, mas ainda gostava quando ele a chamava assim. Um pequeno sorriso curvou os seus lábios. —Leve-me contigo.
—Estarei indo para Londres. Pode ser uma viagem perigosa. Não é nada como percorrer a costa igual estamos acostumados.
—Por favor, — ela implorou, fazendo o seu melhor beicinho. —Não causarei problemas. Prometo.
Por todos os seus vinte e um anos, tinha sido só ela e o pai. A mãe morreu dando à luz, e mesmo que às vezes desejasse uma mãe, sempre quis estar com o pai. Algumas das suas memórias mais queridas são de quando navegava com ele. Talvez seu laço seja mais forte por causa de todo tempo que passavam juntos – apenas os dois.
Ele esfregou a mandíbula. —Você nunca causa problemas, filhota. Mesmo assim, você tem que ficar aqui. Quem cuidará das coisas na minha ausência se você vier comigo?
—O Sr. Stratford é capaz. Conhece mais sobre os negócios do que eu. — Ela colocou a xícara na mesa. —Você o está treinando há anos.
—Verdade, mas estou me referindo à propriedade.
—Oh, papai. Não poderia me importar menos com as responsabilidades domésticas, e você sabe muito bem disso. — Ela ergueu a cabeça em desafio. —Nossos criados podem lidar com os assuntos da casa. Farão tudo tão bem quanto se eu estivesse aqui.
O pai riu, os olhos brilhavam. —Temo que esta deficiência a impeça de casar, temos sorte pelo Sr. Stratford ter uma quedinha por você. — Ele olhou para o retrato da mãe em cima da mesa. —Talvez eu devesse ter casado novamente. Os conselhos de uma mulher poderiam ter te beneficiado.
—Não olhe para trás, papai. Não quando o futuro é tão brilhante.
O Sr. Stratford era um bom homem e bonito o bastante. Ele seria um bom marido. Não havia fagulha, nem excitação entre eles, mas o tempo poderia modificar isso. Ele a cortejava e todo mundo assumia que ele pediria a sua mão em breve. Mais importante, papai queria que ela ficasse com ele.
—Brilhante, certamente. E mais um motivo para você ficar.
Mordeu o lábio, uma ideia já tomando forma em sua mente. Talvez... sim, poderia funcionar. —Papai, se você me levar junto, isso pode dar ao Sr. Stratford tempo para sentir a minha falta. E encorajá-lo a fazer a proposta. — Ela se inclinou para ele. —A distância faz o coração ficar mais afeiçoado, conforme dizem.
Ele soltou um suspiro exasperado. —Você não vai deixar isso para lá.
—Não até que você diga que eu posso ir. Não me deixe aqui, papai. — Ela olhou dentro dos seus olhos verdes e experientes, ansiando por seu consentimento.
Ele se inclinou para frente, estudando-a, juntou os dedos. —Essa será uma viagem longa e muitas vezes difícil.
—Eu gosto de estar a bordo de um navio. — Ela deu o que achou ser um sorriso tranquilizante. —E você está bem ciente que eu sei como me comportar. Até mesmo ajudar, caso seja necessário. Você me viu subindo os cordames e reparando vazamentos. Sinto-me mais em casa em um navio do que aqui nesta casa.
A ideia de gerenciar a propriedade lhe dava vontade de fugir. Não tinha jeito para mandar nos criados, planejar eventos ou encomendar suprimentos e essas coisas. A governanta sempre executou estas tarefas. Prudence realmente fez um enorme esforço para tentar aprender a gerenciar a casa, mas nunca foi bem sucedida na tarefa.
—As cabines são pequenas. Bem menores que as da sua experiência anterior. — Ele tomou um gole do chá.
—Eu não preciso de muito espaço. Eu também sou pequena. — Ela puxou as pernas para o peito e as envolveu com os braços para demonstrar. Uma cabine pequena era melhor do que ser deixada para trás, e ela não tinha mentido. Não precisava de muito espaço.
Ele colocou a xícara de lado e a estudou. —Você está preparada para compartilhar uma cabine com a sua criada?
Seu coração se elevou. Tinha conseguido. O brilho no olhar do pai lhe dizia isso.
—Estou ansiosa. Louise tem estado comigo há tanto tempo que se tornou uma amiga. Será uma aventura maravilhosa.
Seu olhar severo suavizou. —Muito bem. Você pode ir comigo. Mande Louise arrumar o seu baú e esteja pronta para embarcar ao amanhecer.
Prudence ficou de pé e foi até o lado dele antes de dar um beijo em sua bochecha.
—Obrigada. Você não se arrependerá.
—Espero que não, Filhota. — Ele deu tapinhas em sua mão. —Agora, vá.
—Boa noite, papai. — Prudence foi até a porta com uma energia extra em seus passos.
—Bons sonhos, carinho.
—Os melhores. — Ela sorriu por sobre o ombro. —E amanhã, iremos realizá-los.
Um
Oceano Atlântico,1815
—N avio a vista! — O grito veio do cesto da gávea.
Jasper Blackmore levantou a luneta para dar uma olhada. A visão que encontrou enviou excitação por todo o seu sangue. Uma corveta pirata, e a julgar pela atividade no deque, entrou em combate recentemente. —É o Black Dawn, e parece estar cheio. — Ele entregou a luneta para o contramestre, Reed Hawkins. —Dê uma olhada.
Parecia uma vida desde que Jasper deixou a propriedade ducal para lutar contra Napoleão. Nunca teria imaginado naquela época que se tornaria um pirata, navegando pelos mares cheios de assassinos impiedosos com o seu primo, Hawkins, como seu braço direito.
—Parece que encontramos um alvo, Capitão. — Hawkins abaixou a luneta e deu um sorriso presunçoso.
—Eles devem ser presa fácil. O mastro parece estar danificado. — Jasper deu outra olhada. —E parece que eles estão nos observando.
Fez negócios com o Black Dawn no passado. Eram um grupo repugnante que não se opunham a matar inocentes. Não permitiria que eles fizessem a limpa hoje. Não que ele gostasse de matar outros homens – com certeza não gostava – mas depois de tudo o que viu e sofreu, não permitiria que a tripulação do Black Dawn visse outro alvorecer.
Sua mente voltou para a época em que era um corsário a serviço da coroa. Os gritos dos seus homens feridos e morrendo depois que a tripulação do Black Dawn os atacou. Eles tinham estado enfraquecidos, tinham sofrido danos por causa de uma escaramuça anterior e tinham pouca pólvora para as armas. Os homens de Jasper tinham lutado com tudo o que tinham, mas no final mais da metade da tripulação foi conhecer o criador.
Hawkins assentiu concordando. —Nós estamos mais armados e os superamos em números. Vamos atrás deles.
Jasper se virou para dar ordens para a tripulação. —Homens, em suas posições. Vamos atrás do Black Dawn. Carreguem os canhões a estibordo e posicione o Styles no canhão da frente.
Styles Wither era o melhor artilheiro que Jasper já teve o prazer de recrutar. Entre a velocidade do navio e a perícia da tripulação, ainda tinham que lutar com um adversário que não pudessem derrotar. Hoje não seria diferente. Ganhariam a batalha e lucrariam com isso.
Envolveu os dedos no cabo do seu sabre, a antecipação para a batalha aquecia o seu sangue. Era para isto que ele vivia, o mar aberto, a camaradagem dos seus homens, e a excitação da batalha. O fato de ele ter escolhido este caminho irritar o seu pai apenas adoçava as coisas. Tanto quanto o duque se preocupava Jasper tinha deixado de existir quando brigou a socos com o irmão mais velho, depois que a mulher que esteve cortejando, a senhorita Anna, o deixou de lado em favor do herdeiro ducal. O pai tinha mandado Jasper se curvar ao irmão, esquecer a traição e se comportar como um bom sobressalente. Não era para ser. Jasper deixou a sua casa e nunca mais olhou para trás, embora ainda mantivesse contado com a mãe e a irmã. O duque devia estar muito aborrecido com o seu filho pirata – um fato que caía muito bem para Jasper.
Jasper foi para perto da amurada do deque principal enquanto a distância entre o Marion e o Black Dawn diminuía. O Black Dawn destruído não tinha chance contra eles. Assim como a sua tripulação não teve todos aqueles anos atrás. Ergueu a luneta novamente e então sorriu.
Uma enxurrada de atividades e gritos de batalhas soaram no deque enquanto seus homens corriam para se preparar. Os sabres balançavam enquanto eles corriam para suas posições, assumindo seus lugares por trás das armas, ao longo da amurada e no