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Cenários Formativos
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E-book284 páginas2 horas

Cenários Formativos

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Sobre este e-book

Fruto das pesquisas, diálogos e vivências dos integrantes da linha de Pesquisa Educação, Filosofia e Formação Humana do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), este livro propõe-se a visitar os vários cenários formativos que fazem parte do cotidiano escolar e acadêmico. Entre processos, lugares e relações, vão-se formando as "turas": tessituras, rupturas, leituras e estruturas, que indicam caminhos para a aprendizagem, a descoberta e o conhecimento, elementos imprescindíveis no processo formativo. Distribuída em quatro partes, a obra assim se apresenta:
(1) Tessituras: introduzimos este ponto com a reflexão sobre o processo de coisificação dos seres humanos provocado pelo uso excessivo de siglas no cotidiano, feito principalmente por instituições públicas e privadas. Para os autores, esta linguagem pode provocar massificação e fragmentação dos sujeitos, dificultando ao humano se perceber como humano.
Na sequência, temos o relato das experiências simbólicas vivenciadas pelos alunos da pós-graduação em Educação no chamado "dia do cultivo", prática inspirada a partir do pensamento complexo de Edgar Morin. Os autores descrevem como é possível cultivar uma consciência valorativa, de preservação dos espaços culturais, o fortalecimento dos vínculos afetivos do grupo, que colabora a refletir e entender as ações praticadas no cotidiano, abrindo novos caminhos para a vida.
Por fim, partindo de uma análise criativa sobre a família Silvassauro, da série televisiva estadunidense dos anos 1990, o texto desenvolve uma crítica sobre paradigmas e padrões sociais que atingem, sobretudo, a juventude. Com isso, são tratados diversos temas ligados à Filosofia, como por exemplo: autonomia, escolha, família e amizade.
(2) Rupturas: o texto inicial analisa a implementação das práticas restaurativas para prevenção e combate ao bullying no ambiente escolar. Utilizando-se de um estudo de caso em uma escola da capital paulista, as autoras destacam que o bullying impede o desenvolvimento pleno da criança e do adolescente, sendo uma forma de violência que fere a dignidade humana. Neste cenário, a cultura da paz e as práticas restaurativas são entendidas como propostas para o combate a tal realidade.
Em seguida, temos um estudo sobre o adoecimento dos docentes, que devido a isto acabam faltando ou mesmo se afastando permanentemente do trabalho. As autoras utilizam-se do portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para fazer um levantamento, das pesquisas que abordaram a saúde e o adoecimento dos professores nos últimos 20 anos, ressaltando as principais causas verificadas por meio dessas pesquisas e que contribuições a universidade pode oferecer hoje em dia.
O artigo que finaliza esta parte indica que a noção de morte não é abordada de forma clara na Educação, como se faz na Filosofia, na religião e na Biologia. A partir das ideias da psicóloga Maria Julia Kovács, os autores argumentam sobre a necessidade de uma "educação para a morte" para os profissionais da área de Ciências Humanas.
(3) Estruturas: o estudo introdutório argumenta que as organizações não governamentais (ONGs) destacam-se como sendo lugar de referência para os adolescentes nos mais variados aspectos, para sua formação e desenvolvimento humano. O texto tem como objetivo elucidar a educação que acontece nesses ambientes não escolares, tendo como alicerce uma investigação realizada em três ONGs da capital e Grande São Paulo nos anos de 2018 e 2019, bem como um levantamento de artigos produzidos nos últimos cinco anos, disponíveis no portal de periódicos da Capes.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de mar. de 2020
ISBN9788594851239
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    Cenários Formativos - Alexsandro Junior de Santana

    Sumário

    CAPA

    APRESENTAÇÃO

    PARTE 1 - TESSITURAS

    EU, SIGLA? DA COISIFICAÇÃO À HUMANIZAÇÃO

    Agnaldo Aparecido Geremias

    Alexsandro Junior de Santana

    Cleide Rita Silvério de Almeida

    Diogo Gregório Rosado

    O DIA DO CULTIVO COMO PRÁTICA POÉTICA

    Cleide Rita Silvério de Almeida

    Luís Carlos Pereira

    Maria Matilde Antonelli

    Roseli Margarete de Almeida Nanni

    SENSIBILIDADE E EDUCAÇÃO: REFLETINDO COM A FAMÍLIA SILVASSAURO

    Cleide Rita Silvério de Almeida

    Diogo Gregório Rosado

    Saulo de Oliveira Pena

    PARTE 2 - RUPTURAS

    IMPLEMENTAÇÃO DAS PRÁTICAS RESTAURATIVAS PARA PREVENÇÃO E COMBATE AO BULLYING – UM ESTUDO DE CASO

    Valéria Jabur Maluf Mavuchian Lourenço

    Elaine T. Dal Mas Dias

    ADOECIMENTO DE PROFESSORES: CONTRIBUIÇÕES DAS PESQUISAS ACADÊMICAS

    Rosemary Gonçalves de Oliveira

    Elaine T. Dal Mas Dias

    Angela Maria Infante

    ESTUDO DA MORTE: SUA RELEVÂNCIA PARA PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

    Carlos Eduardo Santos Cardozo

    Lucia Maria G. Barbosa

    PARTE 3 - ESTRUTURAS

    EDUCAÇÃO NAS ONGS: ENTRE A CASA E A ESCOLA

    Ângela de Carvalho Bernardes

    Elaine T. Dal Mas Dias

    O PAPEL FAMILIAR NA ESCOLARIZAÇÃO DOS FILHOS: ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E FORMAÇÃO HUMANA

    Andreia Pinheiro Vacas

    Lucia Maria G. Barbosa

    PARTE 4 - LEITURAS

    LEVANTAMENTO DE LITERATURA SOBRE A ESCOLHA PROFISSIONAL PELA DOCÊNCIA NO BRASIL

    Fernanda Caline Casemiro Silveira

    Elaine T. Dal Mas Dias

    RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNO: PERSPECTIVAS DO COMPLEXO, NO CATÁLOGO DE TESES E DISSERTAÇÕES DA CAPES

    Nadia Rockenback

    Elaine T. Dal Mas Dias

    Angela Maria Infante

    SOBRE OS AUTORES

    Organizadores

    Alexsandro Junior de Santana

    Cleide Rita Silvério de Almeida

    Elaine T. Dal Mas Dias

    CENÁRIOS FORMATIVOS

    São Paulo | Brasil | Dezembro 2019

    1ª Edição Epub

    Big Time Editora Ltda.

    Rua Planta da Sorte, 68 – Itaquera

    São Paulo – SP – CEP 08235-010

    Fones: (11) 2307-3784

    Email: editorial@bigtimeeditora.com.br

    Site: bigtimeeditora.com.br

    Blog: bigtimeeditora.blogspot.com

    Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).

    Conselho Editorial:

    Coordenadora:

    Ana Maria Haddad Baptista (coordenadora)

    Mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica. Pós-doutoramento em História da Ciência pela Universidade de Lisboa e PUC/SP onde se aposentou. Possui dezenas de livros, incluindo organizações, publicados no Brasil e no estrangeiro. Atualmente é professora e pesquisadora da Universidade Nove de Julho dos programas stricto sensu em Educação e do curso de Letras. Colunista mensal, desde 1998, da revista (impressa) Filosofia (Editora Escala).

    INTEGRANTES DO CONSELHO

    Abreu Praxe

    Poeta angolano, licenciado pelo Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), Luanda, onde trabalha como professor de literatura. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Membro da União dos Escritores Angolanos. Possui diversas obras publicadas (poesia) em diversos países.

    Montserrat Villar González

    Poetisa e crítica literária. Licenciada em Filologia espanhola e Filologia Portuguesa. Máster em ensino de espanhol como língua estrangeira. Doutoranda da Universidade de Salamanca. Tem vários livros publicados de materiais didáticos tanto de português como de espanhol. Possui vários livros de poesia publicados no Brasil, Portugal e na Espanha.

    Catarina Justus Fischer

    Professora de técnica vocal. Pós-doutoramento em Educação pela Universidade Nove de Julho, doutora em História da Ciência pela PUC/SP, mestra em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Bacharel em Canto Erudito pela Faculdade de Música Santa Marcelina. Possui dezenas de publicações, assim como inúmeras produções artísticas.

    Lucia Santaella

    Graduada em Letras Português e Inglês. Professora titular no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUCSP, com doutoramento em Teoria Literária na PUCSP em 1973 e Livre-Docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP em 1993. Atuou como professora em diversas universidades estrangeiras. Coordenadora da Pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, Diretora do CIMID, Centro de Investigação em Mídias Digitais e Coordenadora do Centro de Estudos Peirceanos, na PUCSP. Possui mais de 50 livros publicados.

    Márcia Fusaro

    Doutora em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e Mestra em História da Ciência (PUC-SP). Professora e pesquisadora do Programa Stricto Sensu em Gestão e Práticas Educacionais (PROGEPE) e da licenciatura em Letras da Universidade Nove de Julho. Líder do grupo de pesquisa Artes Tecnológicas Aplicadas à Educação (UNINOVE/CNPq). Membro dos grupos de pesquisa Transobjeto e Palavra e Imagem em Pensamento (PUC-SP/CNPq) e do Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CICTSUL) da Universidade de Lisboa. Autora e organizadora de diversas obras.

    Carminda Mendes André

    Pesquisadora de arte contemporânea em espaços públicos e possíveis interfaces com o ensino das artes em espaços formais e não formais. Bacharel em Teatro pela Universidade de São Paulo (1989), Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1997), Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (2007); Pós-Doutora pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (2010). Pesquisadora e Docente colaboradora do Programa de Pós Graduação em Arte do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista – UNESP. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Performatividades e Pedagogias Cnpq.

    Márcia Pessoa Dal Bello

    Doutora em Educação pelo PPGEDU/FACED/UFRGS. Mestre em Educação pelo PPGEDU/UNISINOS. Especialista em Psicopedagogia/ULBRA. Graduada em Pedagogia, com Habilitação em Supervisão Escolar, pela Universidade Mackenzie/SP. Coordenadora de Ensino na Fundação Municipal de Artes de Montenegro/FUNDARTE. Pesquisadora e membro do Grupo de Pesquisa Estudos em Educação Teatro e Performance-GETEPE/PPGEDU/FACED/POS.

    Vanessa Beatriz Bortulucce

    Historiadora da imagem, da arte e da cultura. Graduada em História pela Universidade Estadual de Campinas (1997), Mestra em História da Arte e da Cultura pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e Doutora em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Possui Pós-doutorado pelo Departamento de Letras Modernas da FFLCH-USP. Atualmente é docente nas seguintes instituições: Centro Universitário Assunção (UNIFAI), Universidade São Judas Tadeu e Museu de Arte Sacra de São Paulo. Tem experiência na área de História da Arte, atuando principalmente nas áreas da cultura do século XX: Arte Moderna, Arte Contemporânea, Futurismo Italiano, Umberto Boccioni, arte e política.

    Edson Soares Martins

    Possui graduação, mestrado e doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (PPGL). Concluiu estágio pós-doutoral junto ao PROLING-UFPB. Atualmente é Professor Associado (Referência O) de Literatura Brasileira, na Universidade Regional do Cariri (URCA) e professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Letras, na mesma IES. Tem experiência na área de Literatura, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira, poesia, narrativa moderna e contemporânea, romances de Clarice Lispector e Osman Lins e psicanálise. Editor-geral de Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli.

    Ubiratan D’Ambrosio

    Matemático e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), reconhecido mundialmente pela comunidade acadêmica por seus estudos na área de Etnomatemática, campo científico que discute sobre o ensino tradicional da matemática e como o conhecimento pode ser aplicado em diferentes contextos culturais. Ele foi laureado em 2001 pela Comissão Internacional de História da Matemática com o Prêmio Kenneth O. May por contribuições à História da Matemática e também ganhou em 2005 a medalha Felix Klein, pela Comissão Internacional de Instrução Matemática, por conta de suas contribuições no campo da educação matemática.

    Flavia Iuspa

    Diretora e professora de programas internacionais e iniciativas do Departamento de Pós-Graduação em Ensino e Aprendizagem da Florida International University (FIU). Doutora em Educação, com foco em currículo e instrução. Possui MBA em Negócios Internacionais e especialização em Educação Internacional e Intercultural pela Florida International University (FIU). Suas áreas de pesquisa incluem: internacionalização de instituições de ensino superior, desenvolvimento de perspectivas globais em professores e alunos (.Global Citizenship Education) e política de currículo.

    Ficha Catalográfica

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    BT Acadêmica.

    Rua Planta da Sorte, 68 – Itaquera

    São Paulo – SP – CEP: 08235-010


    Cenários formativos / organizadores Alexandro Júnior de Santana, Cleide Rita Silvério de Almeida e Elaine Teresinha Dal Mas Dias. – São Paulo : BT Acadêmica, 2019.

    200 p. il.

    1. ed. de 2019.

    Vários autores

    Bibliografia

    ISBN 978-85-9485-123-9

    1. Educação. 2. Estudos Literários. 3. Produção Literária. I. Santana, Alexsandro Júnior. II. Almeida, Cleide Rita Silvério. III. Dias, Elaine Teresinha Dal Mas. IV. Título.

    CDD 370


    Luís Carlos Pereira – Bibliotecário CRB-8/7384

    Ficha Técnica

    Projeto gráfico: Big Time Editora | Diagramação: Marcello Mendonça Cavalheiro | Capa: Antonio Marcos Cavalheiro | Revisão: Autores

    Nota: Dado o caráter interdisciplinar da coletânea, os textos publicados respeitam as normas e técnicas bibliográficas utilizadas por cada autor.

    APRESENTAÇÃO

    Fruto das pesquisas, diálogos e vivências dos integrantes da linha de Pesquisa Educação, Filosofia e Formação Humana do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Nove de Julho (UNINOVE), este livro propõe-se a visitar os vários cenários formativos que fazem parte do cotidiano escolar e acadêmico. Entre processos, lugares e relações, vão-se formando as turas: tessituras, rupturas, leituras e estruturas, que indicam caminhos para a aprendizagem, a descoberta e o conhecimento, elementos imprescindíveis no processo formativo. Distribuída em quatro partes, a obra assim se apresenta:

    (1) Tessituras: introduzimos este ponto com a reflexão sobre o processo de coisificação dos seres humanos provocado pelo uso excessivo de siglas no cotidiano, feito principalmente por instituições públicas e privadas. Para os autores, esta linguagem pode provocar massificação e fragmentação dos sujeitos, dificultando ao humano se perceber como humano.

    Na sequência, temos o relato das experiências simbólicas vivenciadas pelos alunos da pós-graduação em Educação no chamado dia do cultivo, prática inspirada a partir do pensamento complexo de Edgar Morin. Os autores descrevem como é possível cultivar uma consciência valorativa, de preservação dos espaços culturais, o fortalecimento dos vínculos afetivos do grupo, que colabora a refletir e entender as ações praticadas no cotidiano, abrindo novos caminhos para a vida.

    Por fim, partindo de uma análise criativa sobre a família Silvassauro, da série televisiva estadunidense dos anos 1990, o texto desenvolve uma crítica sobre paradigmas e padrões sociais que atingem, sobretudo, a juventude. Com isso, são tratados diversos temas ligados à Filosofia, como por exemplo: autonomia, escolha, família e amizade.

    (2) Rupturas: o texto inicial analisa a implementação das práticas restaurativas para prevenção e combate ao bullying no ambiente escolar. Utilizando-se de um estudo de caso em uma escola da capital paulista, as autoras destacam que o bullying impede o desenvolvimento pleno da criança e do adolescente, sendo uma forma de violência que fere a dignidade humana. Neste cenário, a cultura da paz e as práticas restaurativas são entendidas como propostas para o combate a tal realidade.

    Em seguida, temos um estudo sobre o adoecimento dos docentes, que devido a isto acabam faltando ou mesmo se afastando permanentemente do trabalho. As autoras utilizam-se do portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para fazer um levantamento, das pesquisas que abordaram a saúde e o adoecimento dos professores nos últimos 20 anos, ressaltando as principais causas verificadas por meio dessas pesquisas e que contribuições a universidade pode oferecer hoje em dia.

    O artigo que finaliza esta parte indica que a noção de morte não é abordada de forma clara na Educação, como se faz na Filosofia, na religião e na Biologia. A partir das ideias da psicóloga Maria Julia Kovács, os autores argumentam sobre a necessidade de uma educação para a morte para os profissionais da área de Ciências Humanas.

    (3) Estruturas: o estudo introdutório argumenta que as organizações não governamentais (ONGs) destacam-se como sendo lugar de referência para os adolescentes nos mais variados aspectos, para sua formação e desenvolvimento humano. O texto tem como objetivo elucidar a educação que acontece nesses ambientes não escolares, tendo como alicerce uma investigação realizada em três ONGs da capital e Grande São Paulo nos anos de 2018 e 2019, bem como um levantamento de artigos produzidos nos últimos cinco anos, disponíveis no portal de periódicos da Capes.

    O bloco é encerrado por um estudo que discute o papel da família como mediadora entre a aprendizagem do aluno e o ambiente escolar. Com base na abordagem histórico-cultural de Vygotsky, a premissa principal do texto é a de que a família tem papel relevante na escolarização dos filhos. As autoras argumentam também que o vínculo família-escola proporciona o desenvolvimento escolar da criança.

    (4) Leituras: o texto que abre esta parte apresenta uma revisão de literatura sobre a escolha profissional no ensino médio por pesquisadores da Educação no Brasil. Tendo como base de dados os portais da CAPES e da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), as autoras apresentam teses e dissertações que abordam o tema proposto.

    O artigo seguinte tem como ponto de partida os complexos imaginários (projeções-identificações-transferências) presentes no pensamento complexo de Edgar Morin. Consultando o portal da CAPES, as autoras fazem um levantamento das teses e dissertações que tratam da relação professor-aluno. Outra preocupação desta pesquisa é traçar um diálogo entre o referencial teórico proposto e as questões apresentadas nos resumos escolhidos sobre: intersubjetividades, superação do fracasso, exclusão escolar, vivência psicológica, dificuldade de aprendizagem; sentidos plurais; relação imbricada; imagens arquetípicas, encantamento, transferência e diálogo.

    Desejamos que as turas aqui apresentadas possam ajudar os leitores a vislumbrar o quão rica, desafiante e complexa é a educação. Acreditamos que partilhar ideias pode abrir caminhos para novas pesquisas e descobertas.

    Organizadores

    PARTE 1

    TESSITURAS

    Aquilo que somos não é o simples cumprir de um destino programado nos cromossomas, mas a realização de um ser que se constrói em trocas com os outros e com a realidade envolvente.

    Mia Couto (2009, pág. 106)

    COUTO, Mia. E se Obama fosse africano? e outras interinvenções. Alfragide, Portugal: Caminho, 2009.

    EU, SIGLA? DA COISIFICAÇÃO À HUMANIZAÇÃO

    Agnaldo Aparecido Geremias

    Alexsandro Junior de Santana

    Cleide Rita Silvério de Almeida

    Diogo Gregório Rosado

    MAIS UM NA MULTIDÃO?

    Nossa comunicação é permeada por um infinito constructo de signos, símbolos e significados. Existe um idioma oficial que nos permite estabelecer contato com os outros; porém, a depender do grupo ao qual pertencemos, do meio que frequentamos, do convívio e das relações que estabelecemos, a linguagem pode assumir formas destacadamente diversas.

    Para Morin (2012, p. 36-37), a linguagem:

    Apresenta uma infinidade de comunicações sintáticas e gramaticais, permite um enriquecimento ilimitado de vocabulário. [...] Uma língua vive de maneira surpreendente. As palavras nascem, deslocam-se, tornam-se nobres, decaem, são pervertidas, perecem, perduram. As línguas evoluem modificando não apenas o vocabulário, mas também as suas formas

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