Encontre milhões de e-books, audiobooks e muito mais com um período de teste gratuito

Apenas $11.99/mês após o término do seu período de teste gratuito. Cancele a qualquer momento.

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMATIVAS 1: Pesquisas em Ação
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMATIVAS 1: Pesquisas em Ação
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMATIVAS 1: Pesquisas em Ação
E-book423 páginas4 horas

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMATIVAS 1: Pesquisas em Ação

Nota: 0 de 5 estrelas

()

Ler a amostra

Sobre este e-book

Caro leitor, você encontrará nas páginas seguintes a ação e intervenção de 9 pesquisas com os temas violência escolar, jogos teatrais, objetos transicionais, afetividade, música, formação continuada ou em serviço, práticas e prescrições docentes, Educação a Distância, Games como nova metodologia de aprendizagem.
A proposta dos pesquisadores é viabilizar práticas que superem problemas educacionais, e promovam qualidade na educação. Educação é um ato político, portanto, a análise do cotidiano escolar, diálogo com os sujeitos, dar voz e vez aos atores deste cenário é fundamental para construir um plano de ação que visibilize a formação social humanitária.
A pesquisa por meio do Mestrado Profissional PROGEPE foi o caminho trilhado por estes pesquisadores para tornar sua prática profissional, agora fundamentada, qualificada e defendida em abertura de possibilidades a outros curiosos e desejosos de compartilhar suas práticas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento25 de mai. de 2020
ISBN9786586882056
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMATIVAS 1: Pesquisas em Ação

Leia mais títulos de Rosiley A. Teixeira

Relacionado a PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMATIVAS 1

Ebooks relacionados

Métodos e Materiais de Ensino para você

Visualizar mais

Artigos relacionados

Avaliações de PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMATIVAS 1

Nota: 0 de 5 estrelas
0 notas

0 avaliação0 avaliação

O que você achou?

Toque para dar uma nota

A avaliação deve ter pelo menos 10 palavras

    Pré-visualização do livro

    PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMATIVAS 1 - Rosiley A. Teixeira

    Sumário

    Capa

    APRESENTAÇÃO

    A ORGANIZAÇÂO DOS CAPÍTULOS

    1 ESCOLA: QUE LUGAR É ESSE? CONHECER PARA TRANSFORMAR

    Éder Soares Sá Britto

    Rosiley A. Teixeira

    2 AS VIVÊNCIAS DOS JOGOS TEATRAIS NA SALA DE AULA

    Claudia Zagatto Fernandez

    Rosiley A. Teixeira

    3 O USO DOS OBJETOS TRANSICIONAIS DURANTE O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL (CEI)

    Tatiane Peres Alves Negrão

    4. A AFETIVIDADE NAS RELAÇÕES ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO

    Rafaele Paulazini Majela dos Santos

    5. A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL – UMA ANÁLISE DA AÇÃO DOCENTE EM UMA ESCOLA DE DA REDE PÚBLICA PAULISTANA

    Isa Stavracas

    6. DA CONCEPÇÃO DE PROFESSOR ÀS PRESCRIÇÕES DAS PRÁTICAS

    Camila Rosa Aleixo

    7. UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA BASEADA NOS TEXTOS ESCRITOS POR MARIA MONTESSORI

    Michele Pimentel Olim

    8. EXPERIÊNCIA DA ABP NO CURSO TÉCNICO DE INFORMÁTICA: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

    Lucimara de Sousa Teixeira

    Dalva Célia Henriques Rocha Guazzelli

    9. INDICADORES DE QUALIDADE E A GESTÃO DA EAD NA FORMAÇÃO CORPORATIVA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO

    José Marcos Alves

    Adriana Aparecida de Lima Terçariol

    MINICURRÍCULO DOS AUTORES E AUTORAS

    ORGANIZADORAS:

    Rosiley A. Teixeira

    Claudia Zagatto Fernandez

    PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E FORMATIVAS 1

    Pesquisas em Ação

    São Paulo | Brasil | Maio 2020

    1ª Edição Epub

    Big Time Editora Ltda.

    Rua Planta da Sorte, 68 – Itaquera

    São Paulo – SP – CEP 08235-010

    Fones: (11) 2307-3784 | (11) 96573-6476

    Email: editorial@bigtimeeditora.com.br | bigtimeeditora@bol.com.br

    Site: bigtimeeditora.com.br

    Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal), com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).

    Conselho Editorial:

    Coordenadora:

    Ana Maria Haddad Baptista (coordenadora)

    Mestrado e doutorado em Comunicação e Semiótica. Pós-doutoramento em História da Ciência pela Universidade de Lisboa e PUC/SP onde se aposentou. Possui dezenas de livros, incluindo organizações, publicados no Brasil e no estrangeiro. Atualmente é professora e pesquisadora da Universidade Nove de Julho dos programas stricto sensu em Educação e do curso de Letras. Colunista mensal, desde 1998, da revista (impressa) Filosofia (Editora Escala).

    INTEGRANTES DO CONSELHO

    Abreu Praxe

    Poeta angolano, licenciado pelo Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), Luanda, onde trabalha como professor de literatura. Doutor em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Membro da União dos Escritores Angolanos. Possui diversas obras publicadas (poesia) em diversos países.

    Montserrat Villar González

    Poetisa e crítica literária. Licenciada em Filologia espanhola e Filologia Portuguesa. Máster em ensino de espanhol como língua estrangeira. Doutoranda da Universidade de Salamanca. Tem vários livros publicados de materiais didáticos tanto de português como de espanhol. Possui vários livros de poesia publicados no Brasil, Portugal e na Espanha.

    Catarina Justus Fischer

    Professora de técnica vocal. Pós-doutoramento em Educação pela Universidade Nove de Julho, doutora em História da Ciência pela PUC/SP, mestra em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e Bacharel em Canto Erudito pela Faculdade de Música Santa Marcelina. Possui dezenas de publicações, assim como inúmeras produções artísticas.

    Lucia Santaella

    Graduada em Letras Português e Inglês. Professora titular no programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da PUCSP, com doutoramento em Teoria Literária na PUCSP em 1973 e Livre-Docência em Ciências da Comunicação na ECA/USP em 1993. Atuou como professora em diversas universidades estrangeiras. Coordenadora da Pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital, Diretora do CIMID, Centro de Investigação em Mídias Digitais e Coordenadora do Centro de Estudos Peirceanos, na PUCSP. Possui mais de 50 livros publicados.

    Márcia Fusaro

    Doutora em Comunicação e Semiótica (PUC-SP) e Mestra em História da Ciência (PUC-SP). Professora e pesquisadora do Programa Stricto Sensu em Gestão e Práticas Educacionais (PROGEPE) e da licenciatura em Letras da Universidade Nove de Julho. Líder do grupo de pesquisa Artes Tecnológicas Aplicadas à Educação (UNINOVE/CNPq). Membro dos grupos de pesquisa Transobjeto e Palavra e Imagem em Pensamento (PUC-SP/CNPq) e do Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade (CICTSUL) da Universidade de Lisboa. Autora e organizadora de diversas obras.

    Carminda Mendes André

    Pesquisadora de arte contemporânea em espaços públicos e possíveis interfaces com o ensino das artes em espaços formais e não formais. Bacharel em Teatro pela Universidade de São Paulo (1989), Mestre em Filosofia pela Universidade de São Paulo (1997), Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo (2007); Pós-Doutora pelo Departamento de História da Universidade Estadual de Campinas (2010). Pesquisadora e Docente colaboradora do Programa de Pós Graduação em Arte do Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista – UNESP. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Performatividades e Pedagogias Cnpq.

    Márcia Pessoa Dal Bello

    Doutora em Educação pelo PPGEDU/FACED/UFRGS. Mestre em Educação pelo PPGEDU/UNISINOS. Especialista em Psicopedagogia/ULBRA. Graduada em Pedagogia, com Habilitação em Supervisão Escolar, pela Universidade Mackenzie/SP. Coordenadora de Ensino na Fundação Municipal de Artes de Montenegro/FUNDARTE. Pesquisadora e membro do Grupo de Pesquisa Estudos em Educação Teatro e Performance-GETEPE/PPGEDU/FACED/POS.

    Vanessa Beatriz Bortulucce

    Historiadora da imagem, da arte e da cultura. Graduada em História pela Universidade Estadual de Campinas (1997), Mestra em História da Arte e da Cultura pela Universidade Estadual de Campinas (2000) e Doutora em História Social pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Possui Pós-doutorado pelo Departamento de Letras Modernas da FFLCH-USP. Atualmente é docente nas seguintes instituições: Centro Universitário Assunção (UNIFAI), Universidade São Judas Tadeu e Museu de Arte Sacra de São Paulo. Tem experiência na área de História da Arte, atuando principalmente nas áreas da cultura do século XX: Arte Moderna, Arte Contemporânea, Futurismo Italiano, Umberto Boccioni, arte e política.

    Edson Soares Martins

    Possui graduação, mestrado e doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba (PPGL). Concluiu estágio pós-doutoral junto ao PROLING-UFPB. Atualmente é Professor Associado (Referência O) de Literatura Brasileira, na Universidade Regional do Cariri (URCA) e professor permanente no Programa de Pós-Graduação em Letras, na mesma IES. Tem experiência na área de Literatura, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira, poesia, narrativa moderna e contemporânea, romances de Clarice Lispector e Osman Lins e psicanálise. Editor-geral de Macabéa – Revista Eletrônica do Netlli.

    Ubiratan D’Ambrosio

    Matemático e professor emérito da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), reconhecido mundialmente pela comunidade acadêmica por seus estudos na área de Etnomatemática, campo científico que discute sobre o ensino tradicional da matemática e como o conhecimento pode ser aplicado em diferentes contextos culturais. Ele foi laureado em 2001 pela Comissão Internacional de História da Matemática com o Prêmio Kenneth O. May por contribuições à História da Matemática e também ganhou em 2005 a medalha Felix Klein, pela Comissão Internacional de Instrução Matemática, por conta de suas contribuições no campo da educação matemática.

    Flavia Iuspa

    Diretora e professora de programas internacionais e iniciativas do Departamento de Pós-Graduação em Ensino e Aprendizagem da Florida International University (FIU). Doutora em Educação, com foco em currículo e instrução. Possui MBA em Negócios Internacionais e especialização em Educação Internacional e Intercultural pela Florida International University (FIU). Suas áreas de pesquisa incluem: internacionalização de instituições de ensino superior, desenvolvimento de perspectivas globais em professores e alunos (.Global Citizenship Education) e política de currículo.

    Ficha Catalográfica

    Catalogação na Publicação (CIP)

    Fabiana Rodrigues da Silva

    CRB-8/ 7478

    Ficha Técnica

    Projeto gráfico: Big Time Editora

    Diagramação: Marcello Mendonça Cavalheiro

    Capa: Rosiley A. Teixeira

    Revisão: Big Time Editora

    Nota: Dado o caráter interdisciplinar da coletânea, os textos publicados respeitam as normas e técnicas bibliográficas utilizadas por cada autor.

    APRESENTAÇÃO

    Esta coletânea é uma mostra da intensa atividade acadêmica do Mestrado Profissional PROGEPE, que tem como um dos seus pilares a formação de jovens professores em pesquisadores comprometidos com as questões sociais que passam necessariamente pela educação e pesquisa. Pesquisa que se traduz em ação e intervenção com vistas à superação da leitura ingênua da realidade, que em nada contribui para a transformação da realidade, pelo contrário a deforma.

    Pesquisas que anunciam e dão visibilidade aos problemas educacionais, elaboram a crítica, mas sobretudo apresentam propostas de superação. Pesquisas que se traduzem em ações políticas por envolver a todos nas discussões, na busca de solução, via análise do que realmente acontece no interior das instituições escolares, observando e dialogando com os sujeitos do ensino aprendizagem. Estudos em que não existem protagonistas, pois somos todos, pesquisadores(as) e pesquisados(as).

    Pode parecer ingênua a análise de elementos corriqueiros do cotidiano escolar, muitas vezes desprezados pelos estudos acadêmicos, mas aqui o que nos interessa é o que supostamente é incomum nas pesquisas, de pouca importância ou suposta irrelevância a grandes estudos. Nos interessa o cotidiano que aparece nas atividades, nos objetos, na experiência que nos acontece.

    Para tanto o leitor encontra nas páginas seguintes temas como violência escolar, jogos teatrais, objetos transicionais, afetividade, música, formação continuada ou em serviço, práticas e prescrições docentes, Educação a Distância, Games como nova metodologia de aprendizagem.

    Pesquisas com diferentes e distintos sujeitos: professores, mães, pais, crianças, bebês, estudantes, gestores, supervisores com o intuito de dar voz, acolher, visitar e revisitar temas em múltiplas metodologias de pesquisa: observação, grupo focal, roda de conversa, entrevistas, análise documental, pesquisa ação, pesquisa colaborativa, intervenção. Escutando e desdobrando-se em conceitos diversos: respeito, generosidade, afeto, alegria, esperança, cuidado, experiência, indignação, autonomia, formação, silêncio, presença. Pesquisas que visam não só a escuta, mas que permitem a fala de Mateus, Rafaéis, Rafaelas, Paulos(as), Anas, Nicoles, Sofias, Yasmins, Eduardas(os)...

    Rosiley A. Teixeira

    A ORGANIZAçãO DOS CAPÍTULOS

    ESTUDO 1 – ESCOLA: QUE LUGAR É ESSE? CONHECER PARA TRANSFORMAR, de Éder Soares Sá Britto e Rosiley A. Teixeira . Os autores, focados na violência escolar, visam não apenas entender a violência escolar, mas permitir o pensar sobre todas as formas de violência com os envolvidos no processo educativo. Para tanto, apresentam o diálogo como superação de qualquer atitude violenta. A pesquisa tencionou no espaço escolar que o diálogo se torne realidade presente nas relações pessoais tecidas dentro e fora das escolas. Que cada vez mais os seres históricos e inacabados, como dizia Freire (1996), busquem com sinceridade a verdade sobre o mundo e sobre si mesmos: mulheres, homens e demais gêneros; crianças, idosos e demais fases; negros, brancos e demais etnias possam completar sua existência com as múltiplas riquezas que há nas relações interpessoais.

    O ESTUDO 2 – AS VIVÊNCIAS DOS JOGOS TEATRAIS NA SALA DE AULA, de Claudia Zagatto Fernandez e Rosiley A. Teixeira, possui como objetivo socializar a prática pedagógica aplicada como metodologia de pesquisa na dissertação de mestrado intitulada: Jogos Teatrais, Arte na Educação: Vivências Socioeducativas em sala de aula, fundamentando a hipótese que as vivências com os jogos favorecem às aprendizagens do educando (viver, conviver, conhecer a si mesmo, conhecer o outro, relacionar-se consigo mesmo e com o outro).

    ESTUDO 3 – O USO DOS OBJETOS TRANSICIONAIS DURANTE O PERÍODO DE ADAPTAÇÃO NO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL (CEI ), de Tatiane Peres Alves Negrão, tem por objetivo apresentar parte de uma pesquisa intitulada O período de adaptação e o uso dos objetos transicionais no processo: pesquisa-intervenção em um centro de educação infantil. A partir desta pesquisa, foi possível deslumbrar novos caminhos e ações que possam contribuir para o melhor atendimento e acolhimento de bebês e crianças bem pequenas em um Centro de Educação Infantil, tendo como foco principal o processo de adaptação e o uso dos objetos transicionais como auxiliador nesse processo.

    ESTUDO 4 – A AFETIVIDADE NAS RELAÇÕES ENTRE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, de Rafaele Paulazini Majela dos Santos, nos apresenta resultados parciais de uma pesquisa que teve como foco principal entender como eram as relações entre professoras e coordenadora pedagógica em uma unidade de educação infantil pública. O foco do estudo esteve nas relações cotidianas entre os sujeitos, considerando estes e seus diálogos, dos locais de convívio, eventos especiais e de suas atividades. A pesquisa também apontou o quão importante se faz o movimento de ação-reflexão-ação nas tomadas de decisões e ações da coordenadora frente ao grupo docente.

    ESTUDO 5 – A MÚSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL – UMA ANÁLISE DA AÇÃO DOCENTE EM UMA ESCOLA DA REDE PÚBLICA PAULISTANA, de Isa Stavracas, diz que diante da carência de estudos empíricos em nosso país no que se refere à educação musical e suas práticas voltadas para crianças em instituições públicas de educação infantil, e considerando a importância da música para o desenvolvimento da criança a partir das aprendizagens vivenciadas neste nível de ensino, foi planejada uma pesquisa que teve como sujeitos as crianças e os professores de uma escola municipal de educação infantil da capital paulista que atende crianças de 4 a 5 anos. Além disso, objetivou-se também investigar a presença da música em práticas educativas da educação infantil, comparando a realidade com as suas possibilidades de utilização, preconizadas por estudiosos do tema. Por meio de reflexões e questionamentos sobre as ações desenvolvidas nesse contexto educativo, abordou-se as diversas possibilidades da música para a construção do conhecimento, fundamentadas por teóricos que a apontam como necessária para a criança e o processo de ensino-aprendizagem.

    ESTUDO 6 – DA CONCEPÇÃO DE PROFESSOR ÀS PRESCRIÇÕES DAS PRÁTICAS, de Camila Rosa Aleixa. Neste capítulo encontramos o professor de Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de São Paulo, delineado em documentos produzidos pela SME entre os anos de 2007 até 2016. Os delineamentos provindos dos documentos analisados sinalizam a formação e o desenvolvimento profissional, contudo, por serem os professores de Educação Infantil mediadores dos processos de aprendizagens e desenvolvimento, inexiste o olhar especificamente aos docentes, que estão à sombra da prioridade em relação aos bebês e crianças, aos seus desenvolvimentos, linguagens e culturas.

    ESTUDO 7 – UMA PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA BASEADA NOS TEXTOS ESCRITOS POR MARIA MONTESSORI, de Michele Pimentel Olim, nos elementos fundamentais de uma pesquisa de mestrado centrada na formação continuada de um grupo de professores de um Centro de Educação Infantil (CEI) de um Centro Educacional Unificado (CEU), localizado na Zona Norte de São Paulo, com vistas à construção de uma proposta colaborativa e investigativa. Com o desenvolver da pesquisa, os professores passaram a se autoavaliar e reconhecer o quanto precisavam avançar nas suas próprias concepções, seja sobre as crianças ou sobre suas práticas diárias. Perceberam a necessidade de envolver as crianças no que propunham e a importância de escutar uns aos outros, nas relações sociais que se estabeleceram e se fortaleceram no grupo de formação.

    ESTUDO 8 – EXPERIÊNCIA DA ABP NO CURSO TÉCNICO DE INFORMÁTICA: APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS. Lucimara de Sousa Teixeira e Dalva Célia Henriques Rocha Guazzelli nos informam que propuseram investigar uma metodologia que fosse motivadora para os alunos, pois os estudantes se manifestaram entediados com aulas cansativas e monótonas do curso; não conseguiam ver nenhuma relação da teoria com prática, não viam significado no seu aprendizado. A partir desses relatos foi que as pesquisadoras refletiram sobre suas práticas e como poderiam auxiliar esses alunos. Após muitas reflexões se decidiu que buscariam uma metodologia diferenciada para valorizar a motivação dos estudantes não deixando de lado o aprendizado. Dessa forma, os estudantes perceberam que a criação de um game é um processo complexo que envolve diversas competências e que a utilização da Aprendizagem Baseada em Projetos envolveria a todos, principalmente na parte de compartilhar conhecimentos de uma forma construtiva e colaborativa.

    ESTUDO 9 – INDICADORES DE QUALIDADE E A GESTÃO DA EAD NA FORMAÇÃO CORPORATIVA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO. José Marcos Alves e Adriana Aparecida de Lima Terçariol pretendem identificar os indicadores de qualidade utilizados para nortear e compreender a excelência na produção e oferta de cursos a distância em espaços laborais, devido esta modalidade ser considerada de baixa qualidade educacional. A importância da pesquisa encontra-se na responsabilidade que os cursos EAD exercem na formação inicial e continuada de magistrados e servidores na instância Judiciária.

    1 ESCOLA: QUE LUGAR É ESSE? CONHECER PARA TRANSFORMAR

    Éder Soares Sá Britto

    Rosiley A. Teixeira

    Introdução

    Neste capítulo problematizamos o espaço escolar. Apresentamos os caminhos metodológicos percorridos ao longo do desenvolvimento da parte prática da pesquisa de mestrado sobre violências entre estudantes que realizamos. O leitor é chamado a mergulhar na realidade escolar por meio de detalhada descrição e acompanhará cada momento vivido, cada palavra proferida, o passo a passo da metodologia aplicada, desde os primeiros contatos com os sujeitos da pesquisa, jovens estudantes, passando pela elaboração e aplicação do questionário, as análises dos resultados, discussões em grupos, análise do livro de ocorrências escolar igualmente foram contempladas bem como os últimos encontros em grupos que elaboraram a proposta de intervenção pedagógica resultado dos momentos de exercícios e reflexões nos círculos epistemológicos desenvolvidos.

    Como exposto, o estudo evidenciou as violências que acontecem entre os estudantes dentro da escola. Para tal, o universo escolar foi analisado sob as seguintes perspectivas:

    a) bibliográfica, com leitura crítica de teses, dissertações e livros sobre o tema;

    b) análise do contexto da pesquisa, ou seja, uma escola pública estadual situada em uma região de segregação socioespacial[1] em São Paulo (capital), apresentando estudantes de Ensino médio como sujeitos;

    c) análise do livro de ocorrências escolar, a fim de identificar nos registros da escola os tipos de violências e as frequências em que ocorrem;

    d) empírica, a escola e seus episódios de violências analisados a partir do levantamento de dados de campo por meio de questionário digital com objetivo de conhecer as formas de violências que estão presentes na escola em foco, disponibilizado a 100 estudantes do Ensino médio regular que vivenciam conflitos e, em consequência, atos de violência;

    e) análise dos resultados obtidos;

    f) discussão dos resultados em grupos.

    Todas estas etapas constituíram os círculos epistemológicos. O universo da pesquisa foi uma escola situada em local de vulnerabilidade social. A segregação socioespacial que a envolve pode ser caracterizada, nas palavras de Vignoli (2001, p. 12): "[...] en términos sociológicos, la segregación significa la ausencia de interacción entre grupos sociales. En un sentido geográfico, significa desigualdad en la distribución de los grupos sociales en el espacio físico". O território escolar em questão não é apenas compreendido como apartado de outros grupos sociais, mas, também, de recursos e serviços (empregos, serviços sociais, infraestrutura, entre outros) e, neste sentido, a segregação espacial ali conduz à exclusão social.

    Caminhos percorridos

    A metodologia da pesquisa caracterizou-se pelos círculos epistemológicos[2], que foram realizados nas seguintes etapas: observações de comportamentos; conversas informais com alunas e alunos encontrados pelos corredores da escola; convite ao grupo inicial composto por 100 estudantes; elaboração das perguntas do questionário digital aplicado; análises dos resultados; consulta ao livro de ocorrências escolar; apresentação dos resultados aos estudantes; desenvolvimento das discussões em grupos; elaboração da proposta de intervenção pedagógica junto aos estudantes. Assim sendo, a metodologia assumiu uma dimensão qualitativa do estudo de caso.

    Optamos pelo diálogo em círculo epistemológico por este ressignificar a concepção dos círculos de cultura praticados por Freire no campo da investigação. O pensamento freiriano constituiu a referência principal da pesquisa. O círculo epistemológico foi escolhido por desenvolver um método que permite o pensar, discutir, sentir e agir dos sujeitos sobre a realidade em que estão inseridos e, ao mesmo tempo, possibilita aos participantes se perceberem potenciais transformadores dos ambientes a que pertencem.

    Inicialmente, participaram do estudo 100 estudantes dos três segmentos do Ensino médio matutino a convite do pesquisador[3]. Após adesão dos participantes, realizou-se um rápido encontro com todas e todos fora do horário de aula para apresentação geral do que ainda aconteceria e naquele momento houve a entrega dos termos de consentimentos livres e esclarecidos (TCLE) para que levassem às suas famílias, a fim de participarem com anuência dos seus responsáveis legais. Em quatro dias estávamos de posse das 100 vias dos termos, assinadas e autorizadas.

    Elaboramos um questionário digital aos sujeitos que foi disponibilizado pela ferramenta Google Doc’s. Em uma manhã, o pesquisador que também era um dos professores das três turmas realizou visitas às classes nos horários de aulas para instruir os participantes sobre o preenchimento das questões. Dessa maneira, os 100 estudantes do Ensino médio foram orientados sobre como deveriam acessar a plataforma digital para responder o questionário[4]. Este, por sua vez, foi subdividido em quatro blocos de perguntas sobre violências envolvendo os discentes, objetivando-se conhecer melhor a realidade escolar e o cotidiano das violências naquele espaço. Após uma semana e com os resultados obtidos, iniciamos as análises dos apontamentos. O comprometimento dos implicados na pesquisa em responder às questões correspondeu a 80% do total dos participantes; a atividade se revelou como algo interessante a eles. Enquanto as análises sobre os resultados eram realizadas, também houve análise do livro de ocorrências escolar (LOE) para melhor conhecermos os casos de conflitos e violências registrados pela gestão escolar e identificarmos qualquer correspondência entre os registros no livro da escola e os apontamentos feitos pelos estudantes no questionário. Houve equivalência entre as ocorrências registradas entre os dois materiais analisados, embora no LOE não houvesse relatos sobre as razões dos conflitos, mas narrativas dos fatos quase sempre sob percepções dos educadores; poucas vezes as descrições dos episódios partiam das falas dos estudantes.

    Dada a realização da coleta e análise das respostas ao questionário, organizamos outro encontro, previamente agendado, com os 100 estudantes participantes, entre os quais estavam presentes aqueles e aquelas que não responderam ao questionário, pois sequer sabíamos quem seriam, uma vez que as participações foram inominadas. Todos aceitaram permanecer por uma hora após o período de aulas. Apresentamos os resultados em imagens ampliadas com recursos tecnológicos, ouvimos as considerações daquelas e daqueles que desejaram falar e, por fim, exortamos a todas e todos a participarem de outros momentos que seriam estabelecidos em outra estrutura, ou seja, dois grupos menores a fim de aprofundarmos nossas discussões e reflexões sobre o tema.

    Naquela etapa dos círculos epistemológicos contamos com a adesão de 33 estudantes. Foram, então, preparados dois encontros que ocorreram em dois sábados consecutivos pelas manhãs com duração de duas horas e meia cada um deles, observando a dinâmica interna dos círculos. O primeiro encontro realizou-se com um grupo heterogêneo formado por dezesseis estudantes (08 meninas e 08 meninos). A configuração de cada grupo se deu conforme

    Está gostando da amostra?
    Página 1 de 1