Arteterapia e Parkinsonismo:: Um Estudo de Caso na Associação Parkinson Paraná
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Arteterapia e Parkinsonismo: - Gilmar Alfredo Ribas
Sumário
1
DOENÇA DE PARKINSON E
ASSOCIAÇÃO PARKINSON PARANÁ 13
1.1 DOENÇA DE PARKINSON 13
1.2 ASSOCIAÇÃO PARKINSON PARANÁ 20
2
USO DA ARTE NA PSIQUIATRIA E NA PSICOLOGIA 29
2.1 ARTE E CRIATIVIDADE 29
2.2 ARTE, PSICOLOGIA E SÍMBOLOS 31
2.3 ARTE, PSIQUIATRIA E NISE DA SILVEIRA 37
3
ATIVIDADES EXPRESSIVAS 41
3.1 DESENHO E CORES 41
3.2 CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS E MITOS 44
3.3 CAIXA DE AREIA 48
3.4 MODELAGEM EM ARGILA 48
3.5 MANDALAS 50
3.6 MÚSICA 51
3.7 COLAGEM 52
3.8 FANTOCHE 53
3.9 ESCRITA CRIATIVA: COMPONDO COM PALAVRAS 54
3.10 FOTOGRAFIA 55
4
A COMPREENSÃO DO SÍMBOLO NA ARTETERAPIA 57
4.1 ARTETERAPIA 57
4.2 ARTETERAPIA E NEUROPSICOLOGIA 61
5
ESTUDO DE CASO: ARTETERAPIA E PARKINSONISMO 63
6
CONSIDERAÇÕES FINAIS 97
REFERÊNCIAS 101
ÍNDICE REMISSIVO 107
1
DOENÇA DE PARKINSON E
ASSOCIAÇÃO PARKINSON PARANÁ
Inicialmente serão abordados aspectos genéricos relativos à doença de Parkinson, tais como definição, prevalência, fatores associados, características, sintomas, evolução da doença, orientação médica e algumas informações sobre tratamentos e terapias disponíveis.
Em seguida será apresentada a Associação Parkinson Paraná e os benefícios que são disponibilizados por meio de equipe multidisciplinar, que incluem diversas terapias, enfermagem, geriatria, psicologia, além de serviço de farmácia com fornecimento de remédios gratuitos.
Nesse local, são desenvolvidas as atividades de arteterapia detalhadas no estudo de caso: Arteterapia com portadores de parkinsonismo
.
1.1 DOENÇA DE PARKINSON
Conceitos gerais
A doença de Parkinson (doravante DP), descrita em 1817 pelo médico James Parkinson, tem como principais sintomas: tremores, rigidez e oligocinesia. O tremor manifesta-se nas extremidades quando estas estão paradas e desaparece com o movimento. A rigidez resulta de uma hipertonia de toda a musculatura esquelética. A oligocinesia manifesta-se por uma lentidão e redução da atividade motora espontânea, na ausência de paralisia. Há também grande dificuldade para se dar início aos movimentos (MACHADO, 2006).
A doença de Parkinson é uma doença degenerativa do sistema nervoso central, crônica e progressiva, e por esse motivo é chamada neurodegenerativa. É causada por uma diminuição intensa da produção de dopamina, que é um neurotransmissor (substância química que ajuda na transmissão de mensagens entre as células nervosas).
A dopamina ajuda na realização dos movimentos voluntários do corpo de forma automática, ou seja, não precisamos pensar em cada movimento que nossos músculos realizam, graças à presença dessa substância em nossos cérebros. Na falta dela, particularmente numa pequena região encefálica chamada substância negra, o controle motor do indivíduo é perdido, ocasionando sinais e sintomas característicos. (Academia Brasileira de Neurologia, [2019], p. 1).
A DP tem significativa prevalência na população com idade acima dos 60 anos, de ambos os sexos, sem prevalência em relação a etnias ou classes sociais (TEIVE et al., 2017). A prevalência da DP é estimada em 100 a 150 casos para cada 100 mil pessoas.
Essa doença também pode se manifestar antes dos 40 anos, denominada de parkinsonismo de início precoce, e antes dos 21 anos, chamada de parkinsonismo juvenil.
Na DP há uma perda progressiva de células da substância negra de uma região do cérebro chamada de mesencéfalo. O marcador anatomopatológico é a presença dos corpos de inclusão citoplasmática conhecidos como corpos de Lewy.
A degeneração dos neurônios da chamada parte compacta da substância negra resultará em diminuição da produção da dopamina, que é um neurotransmissor essencial no controle dos movimentos corporais.
Essa deficiência dopaminérgica provocará a perda de ação da dopamina nos gânglios da base (estruturas localizadas na profundidade do cérebro e envolvida na modulação dos movimentos), particularmente no corpo estriado (caracterizando a chamada disfunção nigroestriatal), provocando o surgimento dos principais sinais e sintomas da DP. (TEIVE et al., 2017, p.21).
O diagnóstico da DP é clínico e efetuado pelos médicos, com a correta valoração dos sinais denominados de sinais cardinais da DP.
Anatomia do sistema nervoso
O sistema nervoso é dividido em duas partes: sistema nervoso central (localiza-se dentro do esqueleto axial, atividade craniana e canal vertebral) e sistema nervoso periférico (é aquele que se localiza fora do esqueleto). Os nervos e raízes nervosas para fazer conexão com o sistema nervoso central, penetram no crânio e no canal vertebral
(MACHADO, 2006, p. 11).
Observando-se a olho nu, o sistema nervoso central permite caracterizar os dois hemisférios cerebrais, localizados mais anteriormente, e o cerebelo e a medula espinhal, localizados mais posteriormente e unidos aos hemisférios por uma estrutura denominada de tronco cerebral.
Observados no seu interior, os hemisférios cerebrais contêm uma camada mais externa de aspecto acinzentado (substância cinzenta), uma porção mais interna de aspecto esbranquiçado (substância branca), no meio da qual aparecem em sua parte mais central, aglomerados de aspecto acinzentado denominados de gânglios da base e tálamo. Ao entrar na intimidade desses tecidos, será possível observar que a substância cinzenta é constituída por células nervosas, os neurônios. Por sua vez, a substância branca é formada por milhões de prolongamentos desses neurônios cuja finalidade é comunicar essas células entre si. (TEIVE et al., 2017, p. 23).
A parte mais alta do tronco cerebral apresenta uma faixa muito pigmentada e escura, denominada substância negra, e recebe essa denominação em razão de seus neurônios serem muito pigmentados com melanina.
Os neurônios ali localizados estão em comunicação com os neurônios dos gânglios da base. Tais neurônios produzem uma substância química (neurotransmissor) denominada dopamina, muito importante no funcionamento do sistema motor, no nível dos gânglios da base do cérebro (TEIVE et al., 2017, p. 24).
As informações para atividade motora provenientes de determinadas áreas dos hemisférios cerebrais atingirão a medula espinhal e, desta, pelos nervos periféricos, alcançarão os membros. Para que esta atividade ocorra de forma adequada, é necessário que, antes, aconteçam alguns ajustes que serão realizados pelo cerebelo e pelos gânglios da base
(TEIVE et al., 2017, p. 24).
Comunicação entre os neurônios
"A maioria dos neurônios possui três regiões responsáveis por funções especializadas: corpo celular (célula), dendritos (do grego, déndron = árvore) e axônio (do grego áxon = eixo)" (MACHADO, 2006, p. 17).
As células nunca estão em contato direto entre si, porém, entre elas, existe um espaço denominado de sinapse
(TEIVE et al., 2017, p.