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As Incertezas na Gestão da Inovação e da Competitividade
As Incertezas na Gestão da Inovação e da Competitividade
As Incertezas na Gestão da Inovação e da Competitividade
E-book158 páginas1 hora

As Incertezas na Gestão da Inovação e da Competitividade

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Sobre este e-book

Competitividade e Inovação passaram a fazer parte do cotidiano dos brasileiros, dada a forte relação que mantêm com o nível de desenvolvimento social e econômico das sociedades.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento27 de abr. de 2020
ISBN9788547344467
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    As Incertezas na Gestão da Inovação e da Competitividade - José Adeodato

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    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS

    PREFÁCIO

    Muito já se publicou sobre inovação, principalmente nos países mais desenvolvidos e que lideram a economia mundial. No Brasil, esse tema tem crescido bastante de interesse nos últimos anos e, ao lado dos inúmeros livros importados e aqui editados, somam-se algumas poucas publicações de autores nacionais. Assim, é louvável e alvissareira a iniciativa de se publicar um novo livro escrito por brasileiros com larga experiência na área de ciência, tecnologia e inovação.

    Embora hoje a inovação seja universalmente reconhecida pelos diversos atores do sistema produtivo como importante agente transformador da sociedade e como uma das principais ferramentas propulsoras da competitividade das empresas e, por conseguinte, da evolução do próprio sistema produtivo; o processo de inovação no Brasil ainda é, paradoxalmente, mal compreendido e pouco praticado adequadamente em boa parte dos setores econômicos de produção.

    Por essa razão é que a publicação deste livro reveste-se de maior relevância para a ampliação do domínio do conhecimento sobre inovação, tanto pelos gestores privados e públicos como, sobretudo, pelos empresários e empreendedores brasileiros.

    Além de focar em conceituações diversas relacionadas ao processo de inovação e à competitividade, o livro aborda várias distorções muito frequentes nos âmbitos acadêmico, governamental e empresarial sobre o real significado da inovação e de seus impactos econômicos e sociais, ao mesmo tempo que apresenta novas formulações e propostas para a necessária correção de atitudes e rumos por parte dos diferentes atores envolvidos.

    Contudo o diferencial relevante deste livro consiste, sem dúvida, nas experiências concretas que embasam o texto desta obra, decorrentes da ampla vivência dos três autores com os temas abordados, seja como professores universitários, seja como pesquisadores e gestores de instituições de pesquisa, seja como técnicos em organismos públicos de planejamento e de administração de ciência e tecnologia, seja como executivos de empresas industriais e de serviços.

    A ampla formação de José Adeodato Neto nas áreas de engenharia e administração, somada à vasta experiência profissional fruto de passagens por importantes organizações públicas e privadas com atuação na área de gestão da tecnologia, embasa o texto com novas visões e diversas abordagens sobre inovação e demais temas a ela relacionados, como pesquisa, desenvolvimento experimental, progresso técnico, estratégia competitiva, competitividade, sucesso empresarial, entre outros.

    Por sua vez, a sólida formação acadêmica de Amilcar Baiardi, engenheiro agrônomo com doutorado em Ciências Humanas e em História da Ciência, com larga trajetória internacional em renomados centros universitários, incorpora ao texto uma ampla visão universal, histórica e atual sobre o importante papel das instituições acadêmicas na evolução dos processos de pesquisa, criação e aplicação prática do conhecimento gerado e da sua relação direta com a dinâmica empresarial do setor produtivo ao longo da história.

    O engenheiro químico Irundi Sampaio Edelweiss, além de sua consistente formação e bagagem acadêmica, incorpora ao texto relevantes experiências profissionais adquiridas durante suas atividades como gestor de instituição independente de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, diretor de órgão de fomento à ciência e à tecnologia e, sobretudo, como executivo de empresa petroquímica multinacional, o que lhe proporcionou um mix de visões distintas, mas complementares sobre o processo de inovação na indústria.

    Os capítulos do livro seguem uma sequência natural que provoca o interesse continuado do leitor a respeito dos temas tratados. Inicialmente, no Capítulo I, é feita uma abordagem local sobre o estágio atual, no Brasil, do processo de inovação e sua relação com competitividade. Já o Capítulo II decorre, com abrangência universal, a respeito da história do papel exercido pela academia na evolução do conceito e prática da inovação. Os dois capítulos seguintes referem-se a experiências concretas de instituições de pesquisa. O Capítulo III relata o caso verídico de sucesso e decadência de uma instituição governamental de pesquisa, enquanto o Capítulo IV trata de modelos novos de instituições de desenvolvimento tecnológico surgidos nos anos 80, os chamados Parques Tecnológicos e Incubadoras. Os três capítulos seguintes tratam das mais importantes questões relacionadas à tecnologia, à inovação e à competitividade, aos fatores de sucesso dos negócios e às estratégias de como estimular a inovação e trilhar o caminho para o aumento da competitividade das empresas. Por último, o Capítulo VIII, à guisa de conclusões, apresenta importantes sugestões decorrentes das múltiplas reflexões feitas ao longo dos textos sobre políticas públicas de apoio ao setor produtivo e algumas medidas práticas de estímulo à competitividade.

    Uma boa leitura a todos!

    Eduardo Rappel

    Engenheiro Consultor

    APRESENTAÇÃO

    Este livro é voltado à discussão do tema Gestão da Competitividade e da Inovação, tendo o propósito de avaliar criticamente as abordagens e políticas pertinentes adotadas no Brasil, há alguns anos, e oferecer novas perspectivas e sugestões práticas, com vistas a melhorar o desempenho nessa área.

    A discussão examina a Gestão da Competitividade e da Inovação sob a perspectiva da empresa, dos formuladores e executores das políticas públicas da área, dos dirigentes de institutos de pesquisa, incubadoras, agentes financiadores de capital de risco e atividades de pesquisa tecnológica e, eventualmente, de pesquisadores e professores.

    Não são abordados os temas relacionados à competitividade sistêmica nem à competitividade setorial. O interesse é restrito ao nível micro, isto é, das empresas.

    Ao tratar da inovação, a obra cuida, em particular, da chamada inovação contínua, ou seja, aquela baseada em fundamentos e conhecimentos científicos existentes. Ela pode ser de natureza incremental (pequena mudança), ou de natureza radical (grande aperfeiçoamento). A este tipo pertence a grande maioria das inovações.

    As rupturas ou descontinuidades tecnológicas, muito menos frequentes, que se baseiam em princípios ou fundamentos inteiramente novos, ensejam tratamento diferente e não são aqui abordadas.

    É frequente dizer-se que a empresa que não inova está fadada a desaparecer. A inovação passou a ser um mito e uma necessidade de qualquer empresa. Não é bem assim. Há muitas evidências de inovações que não deram certo e exemplos de sucessos competitivos, baseados em alicerces não inovadores. O correto é dizer-se que a empresa deve buscar vantagens competitivas sustentáveis, em relação a seus concorrentes, por diferenciações (assimetrias) que podem ser inovadoras ou não.

    Nem toda inovação conduz ao sucesso. Vale lembrar o tremendo fracasso ocorrido com o avião comercial francês Concorde, absolutamente inovador. Com velocidade supersônica, reduzia a menos da metade o tempo de voo, entre alguns aeroportos importantes, particularmente, a travessia do Oceano Atlântico. Infelizmente não deu certo e quase leva as empresas aéreas e os fabricantes à falência.

    Na Internet, pode-se conhecer as 12 inovações da Apple que não deram certo¹, apesar de a empresa ser reconhecidamente inovadora. Óculos dotados de funções especiais, com imagem virtual do celular e tantas outras, foram retirados do mercado pelo Google. Não deu certo. Outros exemplos são comuns e fáceis de encontrar. Isso significa que nem toda inovação resulta em maior competitividade para a empresa.

    Por outro lado, produtos, processos ou serviços bem-sucedidos, que nada têm a ver com inovação, existem em abundância. O tema será discutido em maior profundidade no Capítulo V – Uma Visão Competitiva dos Negócios, item 3.

    Nem toda vantagem competitiva deriva da inovação, e nem toda inovação gera vantagem competitiva.

    Assim sendo,

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