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Estudos Sobre Gestão de Operações em Pequenas e Médias Empresas
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E-book337 páginas2 horas

Estudos Sobre Gestão de Operações em Pequenas e Médias Empresas

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Sobre este e-book

A preocupação com aspectos relativos à competitividade é um ponto fundamental para empresas de qualquer porte. Destaquem-se, aqui, em particular, as empresas classificadas como micro, pequenas e médias (MPM), de qualquer setor produtivo, dada a sua relevância para a economia do País, principalmente no que se refere à geração de empregos. Nesse contexto, a disseminação e a aplicação dos conceitos, procedimentos e técnicas da área de Gestão de Operações (GO) nessas empresas pode ser um importante fator para sua diferenciação e sobrevivência.

O conteúdo do livro aborda o uso de técnicas de planejamento de produção em frigoríficos, a aplicação de modelos de previsão de demanda em empresa de transporte, a adoção de método de tomada de decisão com múltiplos critérios na escolha de fornecedores de uma empresa de material de construção, a aplicação do ciclo de melhoria contínua na gestão de estoques em empresa de construção civil, a discussão sobre a necessidade e importância de se incluírem indicadores de desempenho associados à logística, e, finalmente, um estudo envolvendo Sistema de Gestão da Qualidade em uma prestadora de serviços na área de Saúde.

Por seu conteúdo inovador, este livro constitui-se em um material de estudo com excelentes perspectivas de ser de muita utilidade para as MPM empresas, possibilitará a disseminação dos conceitos da GO, incentivando e orientando sobre sua utilização os profissionais ligados a esse importante segmento econômico do Brasil.



Prof. Dr. Fernando Augusto Silva Marins

Professor titular e pesquisador PQ2 do CNPq

Departamento de Produção (DPD), Faculdade de Engenharia (FEG) – câmpus de Guaratinguetá, Universidade Estadual Paulista (Unesp)
IdiomaPortuguês
Data de lançamento11 de mar. de 2020
ISBN9788547316518
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    Estudos Sobre Gestão de Operações em Pequenas e Médias Empresas - Helder Antônio da Silva

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    Editora Appris Ltda.

    1ª Edição - Copyright© 2018 dos autores

    Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.

    Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.

    Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.

    Foi feito o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nºs 10.994, de 14/12/2004 e 12.192, de 14/01/2010.

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS

    PREFÁCIO

    A preocupação com aspectos relativos à competitividade é um ponto fundamental para empresas de qualquer porte. Destaque-se, aqui, em particular, as empresas classificadas como micro, pequenas e médias (MPM), de qualquer setor produtivo, dada a sua relevância para a economia do País, principalmente no que se refere à geração de empregos. Nesse contexto, a disseminação e a aplicação dos conceitos, procedimentos e técnicas da área de Gestão de Operações (GO) nessas empresas pode ser um importante fator para sua diferenciação e sobrevivência.

    Fiquei muito satisfeito ao receber do meu amigo Prof. Dr. Helder Antônio da Silva o honroso convite para prefaciar este livro, que tem como seu grande mérito exatamente o fato de ser dedicado à apresentação de vários cases reais, envolvendo a aplicação de GO em MPM empresas.

    O Prof. Helder, que sempre atuou com muita competência nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, agora em parceria com seus colegas Prof.ª Dr.ª Nicássia Feliciana Novôa e Prof. José Carlos de Cnop Siqueira, conseguiu integrar este tripé de atuação da Academia de maneira harmoniosa e produtiva. Parabenizo-os pela iniciativa, pelo esforço e pelo excelente resultado obtido que, com certeza, terá seu reconhecimento na comunidade acadêmica e, principalmente, junto ao setor industrial e de serviços.

    De fato, como pode ser verificado nos seis textos que compõem este livro, há materiais muito ricos para consulta de gestores e profissionais, associados a uma variedade de situações interessantes, que foram objeto do trabalho de bacharéis em Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IF Sudeste MG – câmpus Barbacena, no período de 2014 a 2016. Cada texto envolve MPM empresas de várias áreas diferentes, e descreve, com detalhes, como a GO pode colaborar decisivamente para o sucesso dessas empresas.

    O conteúdo do livro aborda o uso de técnicas de planejamento de produção em frigoríficos, a aplicação de modelos de previsão de demanda em empresa de transporte, a adoção de método de tomada de decisão com múltiplos critérios na escolha de fornecedores de uma empresa de material de construção, a aplicação do ciclo de melhoria contínua na gestão de estoques em empresa de construção civil, a discussão sobre a necessidade e importância de se incluir indicadores de desempenho associados à logística, e, finalmente, um estudo envolvendo Sistema de Gestão da Qualidade em uma prestadora de serviços na área de Saúde.

    Concluindo, este livro constitui-se num material de estudo com excelentes perspectivas de ser de muita utilidade para as MPM empresas e espero que possibilite a disseminação dos conceitos da GO, incentivando e orientando sobre sua utilização os profissionais ligados a esse importante segmento econômico do Brasil.

    Prof. Dr. Fernando Augusto Silva Marins

    Professor titular e pesquisador PQ2 do CNPq

    Departamento de Produção (DPD), Faculdade

    de Engenharia (FEG) – câmpus de Guaratinguetá,

    Universidade Estadual Paulista (Unesp)

    Sumário

    Introdução

    1

    A IMPORTÂNCIA DE UM MODELO BEM DEFINIDO DE PLANEJAMENTO AGREGADO DE PRODUÇÃO PARA UM FRIGORÍFICO DE MÉDIO PORTE 

    2

    PREVISÃO DA DEMANDA E OTIMIZAÇÃO NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS EM UMA AGÊNCIA DE FRETES 

    3

    APLICAÇÃO DO MÉTODO AHP NO PROCESSO DE SELEÇÃO DE FORNECEDORES: UM ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DO VAREJO DE MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 

    4

    MELHORIA CONTÍNUA APLICADA À GESTÃO DE ESTOQUES: ESTUDO DE CASO DE UMA MÉDIA EMPRESA DO SETOR DE CONSTRUÇÃO CIVIL 

    5

    A IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES DE DESEMPENHO LOGÍSTICO NO ALCANCE DAS METAS ORGANIZACIONAIS 

    6

    AVALIAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE NA SAÚDE: ESTUDO DE CASO EM UMA PEQUENA ORGANIZAÇÃO PRESTADORA DE SERVIÇOS DE SAÚDE 

    APÊNDICES

    AUTORES

    Introdução

    A literatura tradicional sobre Gestão de Operações foi desenvolvida basicamente com estudos voltados e realizados dentro de grandes corporações industriais multinacionais, considerando em menor grau a cultura de determinadas nações e principalmente a possibilidade de que as técnicas desenvolvidas pudessem ser utilizadas por pequenas e médias empresas.

    Segundo o Sebrae, no Brasil existem 6,3 milhões de empresas. Desse total, 99% são micro, pequenas e médias empresas. Os pequenos negócios (formais e informais) respondem por mais de dois terços das ocupações do setor privado. É esperado um aumento ainda maior do impulso das exportações das pequenas e médias empresas devido à economia mundial estar se tornando cada vez mais integrada a partir do contínuo declínio das barreiras impostas pelo governo, também pelos muitos e contínuos avanços da tecnologia, além das dificuldades econômicas internas que vêm ocorrendo no país desde 2013.

    Foi considerando estes cenários é que foi desenvolvido este livro, cujo objetivo é apresentar uma análise da implementação de métodos e técnicas de Gestão de Operações envolvendo pequenas e médias empresas de tal forma a contribuir para o aprimoramento destas técnicas e proporcionar uma capacitação para pessoas envolvidas direta ou indiretamente com estas empresas de forma a aumentar o desempenho organizacional no mercado interno e externo.

    Este livro apresenta seis estudos desenvolvidos pelos atuais Bacharéis em Administração formados no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – IF Sudeste MG – Campus Barbacena, entre 2014 e 2016, sob a orientação do Organizador deste livro, Prof. Dr. Helder Antônio da Silva; com a colaboração da Prof.ª Dr.ª Nicássia Feliciana Novôa e do Prof. José Carlos de Cnop Siqueira. Os resultados destes estudos foram previamente apresentados em seminários internos e nacionais e procurou incorporar as sugestões de avaliadores.

    Vale aqui destacar que o Curso de Bacharel em Administração do Campus Barbacena do IF Sudeste MG atingiu a nota máxima no Enade 2015, demonstrando o comprometimento dos professores e alunos na busca pela excelência do ensino superior. Dessa forma, agradeço aos alunos, professores e técnicos do IF Sudeste MG que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização deste livro.

    1

    A IMPORTÂNCIA DE UM MODELO BEM DEFINIDO DE PLANEJAMENTO AGREGADO DE PRODUÇÃO PARA UM FRIGORÍFICO DE MÉDIO PORTE

    Lucas Alexandre dos Reis Santos

    Helder Antônio da Silva

    Nicássia Feliciana Novôa

    Este estudo visa a analisar a importância do uso de um modelo de planejamento agregado de produção em um frigorífico, bem como analisar os impactos que esse pode causar na estratégia produtiva da empresa, além de verificar a eficiência do modelo por meio do uso de software de simulação. Quanto à metodologia, o trabalho classifica-se como uma pesquisa experimental, uma vez que busca uma alternativa para o atual modelo de produção da empresa e faz comparação entre o atual e o proposto. Foi constatado que o modelo de planejamento agregado de produção se faz necessário para uma boa gestão da área produtiva da empresa, e que a partir dele se pode elaborar uma estratégia para o setor e a criação dessa estratégia só se faz possível com um bom modelo de previsão de demanda e utilização de mecanismo de simulação, tornando o processo mais dinâmico. Parte deste trabalho foi apresentado no XII SEGeT, em 2015.

    1. Introdução

    A produção de carne suína hoje no Brasil pode ser apontada como uma das principais cadeias produtivas do gênero alimentício no País. Segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Suína (Laps) da Associação Brasileira Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a produção de carne suína esteve na faixa de 3.490.000 toneladas em 2012.

    De acordo com o levantamento Pesquisa da Pecuária Municipal realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção Brasileira de suínos em 2011 foi de 39.306.718 cabeças, com um aumento de 0,9% em relação ao ano de 2010, ainda muito abaixo da bovinocultura que no mesmo período apresentou produção de 212.797.824 cabeças. No comparativo entre estados, o IBGE aponta o estado de Minas Gerais como o quarto maior produtor nacional (12,8%), posicionando-se abaixo dos estados da Região Sul do Brasil, Santa Catarina: (20,3%), Rio Grande do Sul (14,4%) e Paraná (13,9%).

    Situada na Zona da Mata Mineira, a microrregião do Vale do Piranga – cuja suinocultura tem como maiores representantes a Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga (Assuvap) e a Cooperativa dos Suinocultores de Ponte Nova e Região – tem Ponte Nova como sua cidade-polo e configura-se em uma importante região no cenário da produção de suínos, destacando-se como um dos maiores polos de criação, abate e industrialização no Brasil. A região conta com dois frigoríficos industriais, um no município de Ponte Nova (desde 2000) e outro no município de Urucânia, ambos atuantes no mercado nacional e abastecidos pela cadeia suinícola regional.

    Para as indústrias frigoríficas, é necessário cada vez mais ter um modelo de planejamento agregado de produção e de previsão de demanda agregada bem elaborados e funcionais. Para os frigoríficos de carne suína é mais necessário ainda um modelo de planejamento agregado e uma previsão de demanda mais definida, por se tratar de um produto substituto à carne bovina, a produção sofre constantes alterações devido à demanda ser bastante oscilante e por outros produtos, como carne de frango e peixes, disputarem o mesmo mercado. Para que se tenha um bom planejamento agregado, antes de tudo deve ser feito um modelo de previsão de demanda que auxilie na elaboração do plano agregado, esse modelo de previsão deve prever as oscilações do mercado em certos períodos para que se adéquem às expectativas de crescimento da participação da empresa no mercado.

    Para que esses frigoríficos consigam atender à demanda para seus produtos e aumentem sua participação no mercado, o setor de Planejamento e Controle da Produção (PCP) deve alinhar bem os insumos de produção e a demanda para que, assim, criem-se os fatores necessários para o crescimento da marca no mercado e o atendimento aos clientes.

    São vários os modelos que podem ser adotados para a elaboração do planejamento agregado, para a previsão da demanda no meio acadêmico há vários estudos para determinar qual é o melhor modelo de plano agregado de produção e previsão de demanda, nos quais são testadas as suas validades quanto ao fornecimento de informações para os diversos setores da empresa.

    As empresas devem sempre buscar ser detentoras dos seus modelos de planejamento agregado e de previsão de demanda, já que esses podem ser uma grande vantagem competitiva para elas em relação aos seus concorrentes diretos e indiretos. Utilizando-os da melhor maneira possível, visando sempre a aumentar a eficiência de sua linha de produção e o gerenciamento dos seus recursos produtivos.

    Grandes indústrias frigoríficas, como Sadia, Perdigão, Seara, Friboi e Mafrig, já contam com modelos bem definidos e ajustados de previsão de demanda e planejamento agregado de produção, o que lhes dá condições de prever melhor as tendências do mercado e adequar sua produção às variações de cada período.

    Visando a elaborar e experimentar um novo modelo de previsão de demanda e de planejamento agregado, foi feito no mês de setembro de 2013 um estudo dentro das instalações do frigorífico para o levantamento de informações sobre a cadeia produtiva da empresa, suas etapas, bem como um conhecimento dos atuais modelos adotados pela empresa e da família de produtos da empresa.

    Como objetivo geral, este trabalho visa a: mostrar a importância de um modelo de planejamento agregado de produção para o frigorífico e como ele pode ser uma importante estratégia competitiva para a empresa. Para que o objetivo geral seja atendido, faz-se necessário que os seguintes objetivos específicos sejam alcançados:

    •  Criar um modelo de previsão de vendas que se adéque à realidade do frigorífico;

    •  Fazer uma análise do projeto de produto e processo das linhas de produção do frigorífico;

    •  Discutir sobre a importância do planejamento agregado de produção;

    •  Discutir sobre os modelos de arranjo físico adotados na empresa;

    •  Criar simulação sobre o modelo que será desenvolvido;

    •  Criar um modelo de planejamento agregado que mais se adéque às necessidades da empresa e testá-lo.

    2. Fundamentação teórica

    Para que possam ser feitas as análises e reflexões que serão propostas neste estudo, primeiramente será feita uma revisão prévia de literatura de trabalhos e obras empíricas sobre o assunto abordado para que haja um embasamento teórico necessário para essas análises e reflexões. Nesses tópicos, em primeiro lugar será abordada a evolução histórica da Administração de Produção e Operação, em seguida serão apresentados alguns conceitos utilizados no trabalho, e finalmente serão apresentados os conceitos de previsão de vendas, simulação e planejamento agregado de produção.

    2.1 Evolução história da Administração de Produção e Operação

    As atividades de Administração da Produção sempre existiram, entretanto esses sistemas de produção anteriores ao ano de 1700 eram conhecidos como sistemas caseiros porque a produção dava-se em casa ou cabanas (GAITHER; FRAZIER, 2002), onde artesões habilidosos passaram a produzir conforme solicitações e especificações apresentadas por terceiros, surgia então a primeira forma de produção organizada (PETRÔNIO; LAUGENI, 2005). Com o surgimento da máquina a vapor, em 1764, esses sistemas caseiros de produção entram em decadência.

    Com o advento da Revolução Industrial, na Inglaterra, surge um novo tipo de organização: a empresa industrial. Peinado e Graeml (2007) consideram que essa nova organização proporcionou a substituição do processo de produção manual pelo processo de produção mecânico.

    Com a expansão da Revolução Industrial pelo resto da Europa e a América, surge em 1790 com Eli Whitney o conceito de peças intercambiáveis ou padronização de componentes. Whitney projetou rifles para serem fabricados pelo governo americano numa linha de montagem de tal forma que as peças fossem produzidas com uma tolerância que permitisse que cada peça se encaixasse corretamente desde a primeira vez (GAITHER; FRAZIER, 2002). De acordo com Petrônio e Laugeni (2005, p. 2), Teve início o registro, através de desenho e croquis, dos produtos e processos fabris, surgindo à função de projeto de produto, de processos, de instalações, de equipamentos, etc..

    O período pós-guerra civil nos Estados Unidos criou um cenário para grande expansão da capacidade de produção no novo século. Com a abolição do trabalho escravo, o êxodo do trabalho no campo e a imigração levaram a um aumento da força de trabalho nos centro urbanos industriais em desenvolvimento. Gaither e Frazier (2002) relatam que o final da guerra civil testemunhou o início de modernas formas de capital por meio do estabelecimento de companhias com ações em comum, o que levou à separação entre capitalista e empregador, e a rápida exploração e colonização do Oeste criou a necessidade de numerosos produtos e de um meio de levá-los aos colonos, ávidos por esses produtos, levaram à produção de grandes ferrovias que foram estendidas, novos territórios foram desenvolvidos, , já no início do século XX, um sistema de transporte eficiente e econômico, de alcance nacional, estava em operação. De acordo com Gaither e Frazier (2002, p. 8),

    Em 1900, todos esses desenvolvimentos – expansão do capital e capacidade de produção, ampliada força de trabalho urbano, novos mercados ocidentais e um eficiente sistema de transporte nacional – preparam o cenário para a grande explosão de produção do século XX.

    As novas organizações transformaram-se em terreno fértil para pesquisas, teste, experimentos, análise e criação de teorias que contribuem para a elevação da arte da administração à categoria de ciência. Pesquisadores organizacionais sentiram-se encorajados a escrever sobre suas experiências e técnicas empregadas na administração em grande parte por causa do sucesso que obtiveram ao administrar esses novos desafios. De acordo com Gaither e Frazier (2002, p. 8), O elo perdido era a administração – a capacidade de desenvolver essa grande máquina de produção para satisfazer os maciços mercados de então. No fim do século XIX surgiram nos Estados Unidos os trabalhos de Frederick W. Taylor, considerado o pai da administração cientifica, ele estudou os problemas fabris de sua época cientificamente e popularizou a noção de eficiência – obter o resultado desejado com menos desperdício de tempo, esforço e materiais (GAITHER; FRAZIER, 2002). Com Taylor surge a sistematização do conceito de produtividade (PETRÔNIO; LAUGENI, 2005) com o objetivo de se obter melhoria na produtividade com menor custo possível. O sistema de produção de Taylor empregava cinco passos: A habilidade, a cronometragem, cartões de instrução, a supervisão e o sistema de pagamento por incentivo. Conforme Petrônio e Laugeni (2005), a relação entre o output, a medida quantitativa do que foi produzido e o input, medida quantitativa dos insumos, permite-nos quantificar a produtividade, como mostrado na equação abaixo:

    De acordo com Gaither e Frazier (2002, p. 9),

    O grande marco da administração científica ocorreu na Ford Motor Company no início do século XX. Henry Ford (1863-1947) projeta o Ford modelo T para ser construído em linhas de montagem. As linhas de montagem da Ford incorporavam os elementos principais da administração cientifica – desenhos de produto padronizados, produção em massa, baixo custo de manufatura, linhas de montagem mecanizada, especialização de mão de obra e peças intercambiáveis.

    Com a adoção desse sistema, a Ford conseguiu aumentar consideravelmente a produção do Ford T e reduziu o tempo de montagem do veículo de 728 horas para 93 minutos, o que levou a uma diminuição dos custos de produção, acarretando no final uma redução no preço final do produto que passou de US$ 780 para US$ 360. Para Petrônio e Laugeni (2005), a produção em massa aumenta de maneira fantástica a produtividade e a qualidade, por meio da padronização do produto e da aplicação de técnicas de controle estático da qualidade foi obtido um produto bem mais uniforme do que outros apresentados na época.

    Ford foi o responsável em grande parte por popularizar as linhas de produção como a maneira de produzir grandes volumes de

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