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O Rio de Janeiro entre Conquistadores e Comerciantes:: Manoel Nascentes Pinto (1672-1731) e a Fundação da Freguesia de Santa Rita
O Rio de Janeiro entre Conquistadores e Comerciantes:: Manoel Nascentes Pinto (1672-1731) e a Fundação da Freguesia de Santa Rita
O Rio de Janeiro entre Conquistadores e Comerciantes:: Manoel Nascentes Pinto (1672-1731) e a Fundação da Freguesia de Santa Rita
E-book105 páginas1 hora

O Rio de Janeiro entre Conquistadores e Comerciantes:: Manoel Nascentes Pinto (1672-1731) e a Fundação da Freguesia de Santa Rita

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Sobre este e-book

O Rio de Janeiro é uma cidade de mistérios. Apesar de rios de tinta terem sido gastos nos últimos 150 anos para explicar a cidade e sua trajetória, ela tem zonas de sombra, envoltas em treva, e que a academia preguiçosamente reluta em iluminar. Uma dessas faces escuras é a área de Santa Rita. Nosso olhar sempre esteve adestrado para focar as áreas "sensíveis", onde a elite política e econômica esteve centrada, como o Paço Imperial da Corte Monárquica, a Avenida Rio Branco da Velha República e a Cinelândia da Era Vargas. Para além do Campo de Sant'Ana temos ainda léguas de urbe precisando urgentemente serem devassadas. Mesmo no badalado Centro, as lacunas persistem. A antiga freguesia de Santa Rita é um desses recantos que agora, felizmente e finalmente, começa a sair da escuridão. Esta é uma região marcada pela escravidão. Nasce como freguesia quando o entorno da matriz se torna cemitério dos milhares de africanos que desembarcam num Rio que é portal das Minas de ouro dos sertões das Gerais. Depois se torna o maior complexo negreiro das Américas quando o Vice-Rei delimita o mercado do Valongo em 1774. Transforma-se em empório do café que desce a Serra no braço dos negros na última metade do Novecentos.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de abr. de 2020
ISBN9788547339937
O Rio de Janeiro entre Conquistadores e Comerciantes:: Manoel Nascentes Pinto (1672-1731) e a Fundação da Freguesia de Santa Rita

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    O Rio de Janeiro entre Conquistadores e Comerciantes: - João Carlos Nara Júnior

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    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO CIÊNCIAS SOCIAIS

    A Margherita Lotti,

    amiga de tantas aventuras.

    Articular historicamente […]

    trata-se de flagrar uma imagem do passado

    tal como se apresenta ao sujeito histórico

    no momento de perigo, de modo imprevisível.

    Walter Benjamin

    AGRADECIMENTOS

    Ao desenvolver minhas pesquisas sobre Santa Rita sempre reparei no entusiasmo com que tantas pessoas reagem às instigantes histórias dessa que é a terceira paróquia urbana do Rio de Janeiro. Isso me dá orgulho de desbravar, coragem para prosseguir, confiança em concluir.

    Por isso, agradeço de coração a todos aqueles que me animam, trazem informações, perguntam as novidades, comemoram cada pequena descoberta… ou mesmo discordam e disputam, ajudando-me assim a ter outros olhos.

    Dirijo uma recordação especial de gratidão aos amigos com cujo valioso apoio pude escrever este texto, em particular a Thiago de Souza dos Reis. Não pequena contribuição me veio também de Carlos Eugênio Líbano Soares e de Maria Dulce de Faria.

    Por fim, agradeço a dom Manoel e a dona Antônia Maria Nascentes Pinto, por terem fundado minha querida matriz de Santa Rita.

    APRESENTAÇÃO

    Há exatos três séculos, em 1719, o bispo do Rio de Janeiro, dom Francisco de São Jerônimo, lançava a pedra fundamental da capela de Santa Rita, materialização da devoção iniciada cerca de dez anos antes na residência dos fidalgos Antônia Maria e Manoel Nascentes Pinto. A família Nascentes Pinto investiu as suas posses na modesta fabricação da igrejinha e na aquisição do terreno apropriado, contando para isso com a colaboração de alguns vizinhos.

    Depois da morte dos próceres, o templo seria elevado à categoria de matriz paroquial da zona suburbana do Rio de Janeiro colonial. Tal destino fez com que, na segunda metade do século XVIII, a matriz de Santa Rita fosse enriquecida com a última moda decorativa europeia de então: a sofisticação da talha rococó. Mas também ocasionou que essa paróquia fosse encarregada da cura pastoral dos pretos novos falecidos, isto é, dos recém-chegados de África que não suportavam a travessia do Atlântico, vindo a morrer nas lojas de escravos do Rio de Janeiro. Manoel Nascentes Pinto não testemunhou essas transformações, mas deitou as bases para que a igreja dedicada à sua santa de devoção se tornasse o foco da expansão suburbana para fora dos muros da cidade.

    O presente estudo coloca-se entre as minhas pesquisas sobre a fábrica da igreja e o seu primeiro cemitério de pretos novos, como um spin off levemente biográfico acerca do seu fundador. Sem dúvida, explorar a relação entre biografia e história redunda em riscos. Afinal, as narrativas heroicas podem reforçar estereótipos, idealizar figuras isoladas ou desmerecer a participação de intérpretes e leitores na construção das personagens. Mas vale a pena ousar, haja vista o potencial do campo biográfico para a historiografia.

    Espero que desfrute a leitura!

    — O autor.

    LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

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