A CELESTINA
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Sobre este e-book
Fernando de Rojas
Fernando de Rojas (c. 1465/73, in La Puebla de Montalbán, Toledo, Spain – April 1541, in Talavera de la Reina, Toledo, Spain) was a Spanish author and dramatist, known for his only surviving work, La Celestina (originally titled Tragicomedia de Calisto y Melibea), first published in 1499. It is variously considered 'the last work of the Spanish Middle Ages or the first work of the Spanish Renaissance'.
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A CELESTINA - Fernando de Rojas
Fernando de Rojas
A CELESTINA
La Celestina
1a edição
img1.jpgIsbn: 9786587921266
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Prefácio
Prezado Leitor
Na Espanha da virada do século 15 para o 16, surge a história de amor de Calisto e Melibéia: ele é um burguês que se apaixona perdidamente pela moça; ela é filha de um nobre e rejeita o amor de Calisto. Na esperança de obter ajuda, ele procura Celestina, dona de um prostíbulo e uma espécie de feiticeira. Não tarda para que os dois jovens fiquem cegos pela paixão, nem para que a comédia logo se converta em tragédia, ensinando que o amor também pode terminar mal.
Escrita na era do apogeu espanhol, A Celestina, de Fernando Rojas, marcou a história da literatura e do teatro ocidental devido à construção das personagens e às novas ideias que inaugurou, antecipando traços, características estilísticas e mesmo temáticas que apareceriam depois em Dom Quixote e Lazarilho de Tormes. É uma obra tão relevante que faz parte da famosa coletânea 1001 Livros para ler antes de morrer.
Um drama de excelente leitura
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Sumário
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor
Sobre a obra
Personagens
PRIMEIRO ATO
CENA I
CENA II
CENA III
CENA IV
CENA V
CENA VI
CENA VII
CENA VIII
CENA IX
CENA X
SEGUNDO ATO
CENA I
CENA II
CENA III
CENA IV
CENA V
CENA VI
CENA VII
APRESENTAÇÃO
Sobre o autor
Fernando de Rojas (La Puebla de Montalbán, Toledo, c. 1470 - Talavera de la Reina, Toledo, 1541) foi um dramaturgo espanhol, autor de La Celestina. Nasceu em La Puebla de Montalbán (Toledo), por volta de 1470, no seio de uma família de cristãos-novos que volta a aparecer em processos inquisitoriais posteriores por manter o judaísmo às escondidas da Inquisição. Fernando de Rojas ajudou membros da sua família, denominados marranos e criptojudeus (Anusim na literatura rabínica), afetados pelas perseguições da Inquisição. A sua família foi perseguida e ele próprio aparece como acusado, em documentos, em versos acrónimos, documentos que mostram que foi ele o autor de La celestina. Estudou direito na Universidade de Salamanca, segundo ele mesmo afirma em La carta del autor a un amigo suyo, que precede o texto da sua obra. Aparece documentado que, por volta de 1496-1497, terá obtido o título de Bacharel em Leis.
Hoje em dia não há dúvida de que seja o autor de La Celestina, que teria escrito com cerca de vinte e cinco anos, pouco mais que o protagonista, Calixto, que tinha 23 anos. O autor revelou o seu nome e o local de seu nascimento num famoso acróstico, no início da segunda edição (1500). Não se conhece nenhuma outra obra sua.
Sabe-se que se estabeleceu na localidade de Talavera de la Reina, onde alguns autores pensam que tenha sido presidente da câmara e onde se casou. A sua condição de convertido influi no argumento da sua obra, segundo a maioria dos críticos: foi dito que a ausência de uma fé firme justificaria o pessimismo de La Celestina e a falta de esperança patente no seu dramático princípio. Rojas morreu em 1541 em Talavera de la Reina, entre o dia 3 e o dia 8 de abril. Os seus restos mortais foram enterrados no convento Madre de Deus daquela cidade e, nos anos oitenta do século XX, foram transferidos para a Colegiata de Santa María la Mayor de Talavera.
Conserva-se o seu testamento, datado de dia 3 de abril do ano da sua morte, muito detalhado, que foi o deleite dos críticos ao poderem estudar a sua abundante biblioteca. Deixou os livros de Direito para o seu filho, que também foi advogado, e os de literatura profana para sua esposa. No inventário da biblioteca, encontra-se apenas um exemplar da sua obra (quando faleceu haveria, pelo menos, 32 edições da obra) e nenhum da Segunda comedia de La Celestina e da Tercera parte de la tragicomedia de Celestina, publicadas em vida.
Sobre a obra
A Celestina é sem dúvidas um dos livros mais vendidos da literatura espanhola.
Dizem que o livro foi impresso em mais de 200 edições antigas, embora menos da metade tenha sobrevivido. A obra, de Fernando de Rojas (falecido em 1541), começou como uma comédia em 16 atos, que foi estendida para 21 atos na tragicomédia, que se tornou a versão popular. Além de ser publicado em toda a Espanha, o texto espanhol foi impresso em Lisboa, Roma, Veneza, Milão e na Antuérpia. Antigas traduções para o italiano, francês, alemão, inglês e holandês comprovam a grande popularidade da obra.
No final do século XV, na Espanha dos Reis Católicos, Fernando de Rojas escreve A Celestina. No século XX, no período de 1958-1970, a obra sai dos manuais de história da literatura e volta à vida nos palcos da França, da Alemanha, da Suécia, da Polônia, da Rússia, do Uruguai, do México e, naturalmente, da Espanha, após o longo recesso provocado pelos preconceitos neoclássicos. Produz-se ainda um filme espanhol sobre A Celestina, que concorre, em maio de 1969, ao Festival de Cinema de Moscou.
Ao Brasil, o surto celestinesco chega no biênio final de 1969-1970, com a realização de três montagens, que correspondem a três leituras diferentes do texto de Rojas e, consequentemente, a três concepções diversas do espetáculo. No entanto, essas diferenças ocorrem dentro do âmbito histórico do Brasil e do seu teatro, o que mais uma vez nos ensina que por mais eterna literariamente que seja a obra, cada espetáculo é uma ressurreição cênica que depende, em todos os planos, do seu aqui e agora.
A primeira montagem brasileira realizou-se no Rio de Janeiro, no Teatro Glaucio Gil, por iniciativa da Companhia Eva e seus artistas, com produção de Paulo Nolding e direção de Martim Gonçalves. Utilizou-se da tradução de Walmir Ayala que se reedita neste volume, encarregando Hélio Eichbauer da cenografia e dos figurinos. Participaram os atores: Eva Todor (Celestina), Luís Carlos Kowacs (Calisto), Ivone Hoffman (Melibéia), Milton Moraes (Semprônio), Jacqueline Laurence (Elícia), Ivan Senna (Parmeno), Susy Arruda (Lucrécia), Dayse de Lourenço (Areusa), Afonso Stuart (Plebério), Lúcia Delor (Alisa), Alfredo Borba (Crito e Tristão) e Wilson Marcos (Sósia). Estreou em outubro de 1969.
Como não encontramos entrevistas publicadas que falassem da leitura do texto feita pelo grupo ou pelo diretor, consideraremos que o programa impresso do espetáculo espelha a sua ideologia. Nele encontramos trechos de dois grandes ensaístas que se ocuparam de A Celestina na primeira metade do século: o espanhol Ramiro de Maeztu e o dominicano Pedro Henríquez Urena. Enquanto o primeiro ousadamente defende a virtude de Celestina-personagem, apontando para a tensão moralismo-licenciosidade da obra, o segundo escolhe a perspectiva da energia da paixão
como motivação fatal e marcha irrevogável da ação
.
Em artigo publicado no Jornal do Brasil de 18/10/1969, o tradutor Walmir Ayala nos dá uma pista mais concreta: A peça A Celestina serve exemplarmente de lição a toda a tentativa erotizante da nossa jovem dramaturgia. As situações mais vulgares, terrestres e licenciosas são resolvidas num tal nível poético, numa empostação rítmica de tal envolvência, que o erótico passa a valer por uma verdadeira tese cultural, um ensaio poético sobre a temporalidade do amor e da carne.
No dia anterior, em O Globo, Gilberto Tumscitz escrevia: Gostaríamos apenas de lembrar que A Celestina é inicialmente um texto transbordante de sexo, energia, vitalidade, por vezes bastante obsceno, que não deixa de ser atual um só momento.
Ao que parece, então, a atualidade da obra, a justificativa de sua representabilidade contemporânea seria a sua surpreendente e inusitada