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Martírio Divino
Martírio Divino
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E-book120 páginas1 hora

Martírio Divino

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Sobre este e-book

Uma Comédia Romântica que vai fazer você suspirar. Amanda, uma garota de Nova Iorque, cansada do seu chefe, um homem explorador, decide renunciar e tirar umas merecidas férias na Carolina do Sul. Quando ela chega à linda casa de praia que alugou, tem uma grande surpresa ao descobrir que por engano, o local também foi alugado para outra pessoa, Leo, um homem dos sonhos, mas ao mesmo tempo um martírio. Eles não podem nem ser ver. O objetivo de Leo: encontrar-se com a mulher dos seus sonhos, que ele conheceu através da Internet, e a de Amanda: conquistá-lo, evitando a todo custo que ele conheça Loraine.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento4 de ago. de 2020
ISBN9781393880035
Martírio Divino

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    Martírio Divino - Denisse Cardona

    Denisse Cardona

    Martírio Divino

    Martírio Divino

    ––––––––

    Este livro é uma obra de ficção. Os nomes, personagens, lugares e incidentes são produtos da imaginação do autor ou se utilizam de maneira fictícia. Qualquer semelhança com acontecimentos, lugares ou personagens reais, vivos ou mortos, é pura coincidência. 

    Design de capa: Denisse Cardona

    Copyright © 2012 por Denisse Cardona

    denissecardona@hotmail.com

    http://denissecardona.blogspot.com

    ––––––––

    Todos os direitos são reservados. Esta publicação não pode ser reproduzida total nem parcialmente, nem registrada ou transmitida por um sistema de recuperação de informações ou por qualquer outro meio, seja eletrônico, mecânico, fotoquímico, magnético, eletrônico, xerox ou qualquer outro, sem a permissão prévia por escrito dos detentores de direitos.

    1ª Edição

    1

    Eu sentia que estava ficando louca; escutava os sons típicos do trabalho ecoando dentro do escritório; alguns dos meus colegas de trabalho conversavam entre si e outros atendiam telefonemas, que na maioria dos casos eram pessoais. O telefone não parava de tocar e as pessoas não paravam de chegar. Definitivamente, isso não era para mim. Uma velha acabava de ligar e continuava gritando comigo; ela me falava sobre o mau serviço que prestávamos e queria uma substituição imediata do produto ou o dinheiro de volta. O chefe sempre exigia que substituíssemos o item e que não devolvêssemos o dinheiro, mas quando ele preparava o pedido de compra, ele levava dias e até semanas para enviá-lo ao destinatário, então as pessoas ligavam para saber por que não tinham o que tinham solicitado, que já havia passado muito tempo. A gota d’água era que, quando finalmente o recebiam, ligavam novamente dizendo que não era o que queriam ou estava simplesmente em mau estado. Quando não era uma coisa, era a outra; ou as pessoas são insatisfeitas ou a empresa é uma merda.

    Antes de tudo, meu nome é Amanda Taylor, meus amigos e minha família me chamam Amy e tenho vinte e sete anos. Trabalho em uma fábrica de móveis de escritório em Nova York - a cidade do estresse total - chamada Móveis de Escritório Nallan. Sendo eu uma garota tão nervosa, escolhi a pior cidade para morar e por que não dizer ... o pior emprego.

    —Amanda, vamos fazer um intervalo — dizia Gina, uma colega de trabalho e minha melhor amiga, ocupando o lado direito do meu cubículo.

    —Sim, eu estou precisando, quinze minutos de descanso não é nada ruim.

    Não faço nada além de pronunciar essas palavras quando ouço meu chefe no alto-falante.

    —Amanda vem ao meu escritório! — gritou.

    —Bom amiga, vejo você mais tarde — Gina olhou para o vazio diante do incompreensível.

    Saí correndo, esquecendo que tinha fones de ouvido nos ouvidos conectados ao celular, fazendo com que minha cabeça se inclinasse violentamente para trás. Tirei-os, jogando-os nervosa na minha mesa e dizendo maldições entre os dentes. Fui ao escritório do Sr. Ahsan Nallanchakravarthula; sim, você leu bem, esse era o sobrenome dele. Ele era hindu, na casa dos sessenta e tantos anos ou sessenta e todos, e seu sobrenome, pelo menos deste lado do mundo, ninguém sabia como pronunciar, então ele tomou medidas legais para poder assinar como Ahsan Nallan. Nós carinhosamente o chamávamos de Apu, como o personagem dos Simpsons; claro que ele não sabia. Meu chefe tinha uma barriga muito proeminente — parecia um colchão dobrado ao meio — e comprova suas camisas — ou as conseguia no Exército da Salvação, por ser muito avarento — dois tamanhos menores porque sempre tinha os botões prestes a explodir — se chegava a saltar em alguém esses botões, ou os matava ou no mínimo os deixava torto; ele tinha uma cabeça praticamente careca com alguns pelos que penteava para frente. A escrivaninha era um caos total, cheia de papéis e havia tantos que caíam no chão — e lá ficavam por semanas. E ele proibiu que se recolhera do chão, porque depois se desordenava tudo. O homem era um grande personagem de desenho animado.

    —Diga Sr. Nallan — disse com o coração agitado, por causa da carreira que corri até o seu escritório.

    — Amanda — dizia enquanto saboreava uma goma de mascar imaginária e penteava os três fios de cabelo da careca —, tenho muitas ordens sem processar, então preciso que você as faça o mais rápido possível — folheava as páginas passando um dedo com saliva por elas.

    —Senhor, oitenta por cento das ligações são de reclamações, e eu perco muito tempo nisso. Eu não dou conta.

    —E você não tem ajudantes? — disse com os papéis colados na cara para poder lê-los.

    —Senhor, você fez uma reunião dizendo que não pode contratar mais pessoas porque a empresa tinha problemas econômicos.

    —Eu disse isso? — me observava com uma mão no queixo e comendo outro doce imaginário.

    —Sim senhor.

    —De qualquer forma, é melhor não ter muitos funcionários, isso traz problemas a longo prazo. Você continua trabalhando e processando tudo isso hoje mesmo. Se não lhe der tempo, chegue mais cedo e saia mais tarde; mas, com um esclarecimento, não podemos pagar a você hora extra e também não quero descobrir que as pessoas estão reclamando.

    Era algo nunca visto, não pagava bem e exigia os poucos funcionários que havia, milagres. Ele nem queria nos beneficiar com seguro médico, pois, segundo ele, as pessoas que tinham um, ficavam doentes com frequência - ele supostamente fazia isso para o nosso bem - uma tremenda desculpa. Eu trabalhava na área de atendimento ao cliente e também como vendedora de empresas privadas. Além de mim, havia três vendedores adicionais, minha amiga Gina, encarregada das escolas, Robert da área do governo e Don Herbert - um senhor de oitenta anos, que era supostamente um vendedor, mas na realidade ele era o puxa saco e o informante de Nallan, a quem eu nunca vi fazer uma ligação relacionada a vendas — e quatro funcionários na área administrativa, Julia no escritório de cobrança — se comentava que era a amante de Nallan, embora a tratasse como um sapato velho, Martha na Contabilidade, Mario nos Recursos Humanos e Linda, a recepcionista. Ele não tinha secretárias, então ele me usava para escrever as cartas, ditando-me algumas vezes pelo alto-falante, sem se importar que eu estivesse atendendo algum cliente, Amanda anote, estimado senhor Fulano... Eu quase nunca desligava, fazendo com que todos os funcionários escutassem suas incoerências. Podia escutar-se os papéis que ele folheava, suspiros, conversas imaginárias, reclamações, palavrões e até arrotos. Parecia que ele dormia no escritório, chegava ao amanhecer e saía ao anoitecer, definitivamente sem vida própria. Embora estivesse divorciado — certamente essa santa mulher não aguentou mais. Ele falava sozinho a maior parte do tempo e nunca o via comer. Às vezes, pensava que não estava bem da cabeça ou que era um ser imortal, apostava no primeiro.

    —Senhor, as pessoas ligam pela má qualidade do...

    Naquele momento, ligaram para o ramal do Sr. Nallan e eu decidi sair. Falar com ele era como falar com uma parede. Fui passear pela fábrica para ver o status dos pedidos de compra; na verdade os rapazes que trabalhavam lá, trabalhavam bem. Não era problema deles que as ordens não chegassem a tempo, pois seguiam a ordens de Nallan. Os rapazes eram perseguidos diariamente pelo chefe, embora não tanto quanto ele perseguia a nós vendedores, especialmente eu. Eu acho que é porque a fábrica ficava muito longe e não tinha uma extensão telefônica — segundo as más línguas, os meninos da área desapareceram com ela e vieram vários técnicos da companhia telefônica, mas elas ficam danificada quase que seguidamente.

    O local era muito grande, com um armazém que abrigava pedidos de compras prestes a serem despachados. Às vezes, passavam semanas lá antes de serem entregues ao seu comprador, principalmente se o pedido fosse apenas um, já que

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