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Amor e Balas: Um Mistério de Sam Smith
Amor e Balas: Um Mistério de Sam Smith
Amor e Balas: Um Mistério de Sam Smith
E-book204 páginas2 horas

Amor e Balas: Um Mistério de Sam Smith

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Sobre este e-book

AMOR E BALAS

Se você gosta de histórias de detetive de cunho psicológico, com um toque de humor e romance, você vai amar Sam Smith.   

“Fazia uma semana desde o incidente na pedreira abandonada, uma semana desde que eu tinha atirado e matado uma pessoa, uma semana desde que meu ex-marido foi assassinado. Foi uma semana emocionalmente tensa. Mas a vida continua. Eu fui contratada para descobrir quem estava enviando ameaças de morte para a Dra. Ruth Carey, uma polêmica psiquiatra. As pistas levaram a dois vilões altamente perigosos e logo as ameaças de morte passaram a ser direcionadas a mim, ameaças que aumentaram após dois assassinatos.

Enquanto isso, depois de anos de violência doméstica, eu tentava entender minha vida particular. O Dr. Alan Storey, um proeminente psicólogo, afirmou estar apaixonado por mim e eu me sentia fortemente atraída por ele. Mas os anos de abuso doméstico me assustavam emocionalmente e eu relutava em me envolver num relacionamento.

Amor e Balas é a história de uma semana dramática em minha vida, uma semana de auto análise, autodescoberta e redenção.

Por favor, note que o tamanho deste livro impresso é de 242 páginas, não a estimativa listada pela Amazon.

IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de jul. de 2019
ISBN9781071501016
Amor e Balas: Um Mistério de Sam Smith
Autor

Hannah Howe

Hannah Howe is the bestselling author of the Sam Smith Mystery Series (Sam's Song, book one in the series, has reached number one on the amazon.com private detective chart on seven separate occasions and the number one position in Australia). Hannah lives in the picturesque county of Glamorgan with her partner and their two children. She has a university degree and a background in psychology, which she uses as a basis for her novels.Hannah began her writing career at school when her teacher asked her to write the school play. She has been writing ever since. When not writing or researching Hannah enjoys reading, genealogy, music, chess and classic black and white movies. She has a deep knowledge of nineteenth and twentieth century popular culture and is a keen student of the private detective novel and its history.Hannah's books are available in print, as audio books and eBooks from all major retailers: Amazon, Barnes and Noble, Google Play, Kobo, iBooks, etc. For more details please visit https://hannah-howe.comThe Sam Smith Mystery Series in book order:Sam's SongLove and BulletsThe Big ChillRipperThe Hermit of HisaryaSecrets and LiesFamily HonourSins of the FatherSmoke and MirrorsStardustMind GamesDigging in the DirtA Parcel of RoguesBostonThe Devil and Ms DevlinSnow in AugustLooking for Rosanna MeeStormy WeatherDamagedEve’s War: Heroines of SOEOperation ZigzagOperation LocksmithOperation BroadswordOperation TreasureOperation SherlockOperation CameoOperation RoseOperation WatchmakerOperation OverlordOperation Jedburgh (to follow)Operation Butterfly (to follow)Operation Liberty (to follow)The Golden Age of HollywoodTula: A 1920s Novel (to follow)The Olive Tree: A Spanish Civil War SagaRootsBranchesLeavesFruitFlowersThe Ann's War Mystery Series in book order:BetrayalInvasionBlackmailEscapeVictoryStandalone NovelsSaving Grace: A Victorian MysteryColette: A Schoolteacher’s War (to follow)What readers have been saying about the Sam Smith Mystery Series and Hannah Howe..."Hannah Howe is a very talented writer.""A gem of a read.""Sam Smith is the most interesting female sleuth in detective fiction. She leaves all the others standing.""Hannah Howe's writing style reminds you of the Grandmasters of private detective fiction - Dashiell Hammett, Raymond Chandler and Robert B. Parker.""Sam is an endearing character. Her assessments of some of the people she encounters will make you laugh at her wicked mind. At other times, you'll cry at the pain she's suffered.""Sam is the kind of non-assuming heroine that I couldn't help but love.""Sam's Song was a wonderful find and a thoroughly engaging read. The first book in the Sam Smith mystery series, this book starts off as a winner!""Sam is an interesting and very believable character.""Gripping and believable at the same time, very well written.""Sam is a great heroine who challenges stereotypes.""Hannah Howe is a fabulous writer.""I can't wait to read the next in the series!""The Big Chill is light reading, but packs powerful messages.""This series just gets better and better.""What makes this book stand well above the rest of detective thrillers is the attention to the little details that makes everything so real.""Sam is a rounded and very real character.""Howe is an author to watch, able to change the tone from light hearted to more thoughtful, making this an easy and yet very rewarding read. Cracking!""Fabulous book by a fabulous author-I highly recommended this series!""Howe writes her characters with depth and makes them very engaging.""I loved the easy conversational style the author used throughout. Some of the colourful ways that the main character expressed herself actually made me laugh!""I loved Hannah Howe's writing style -- poignant one moment, terrifying the next, funny the next moment. I would be on the edge of my seat praying Sam wouldn't get hurt, and then she'd say a one-liner or think something funny, and I'd chuckle and catch my breath. Love it!""Sam's Song is no lightweight suspense book. Howe deals with drugs, spousal abuse, child abuse, and more. While the topics she writes about are heavy, Howe does a fantastic job of giving the reader the brutal truth while showing us there is still good in life and hope for better days to come."

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    Amor e Balas - Hannah Howe

    Capítulo Um

    ______________________________________________

    Fazia uma semana desde o incidente na pedreira abandonada, uma semana desde que eu tinha atirado e matado alguém, uma semana desde que meu ex-marido foi assassinado. Foi uma semana emocionalmente tensa.

    Felizmente, estive fora do meu escritório por quatro dias, trabalhando como uma convidada misteriosa em um hotel da moda. O trabalho de um hóspede misterioso é rotineiro e envolve muitas noites, mas pelo menos, os últimos quatro dias ofereceram uma distração bem-vinda da mídia sobre o tiroteio na pedreira.

    Depois de pendurar o sobretudo no cabideiro, fui até minha mesa e liguei a secretária eletrônica. A máquina estava abarrotada de mensagens, algumas de excêntricos querendo me contratar para atirar em suas esposas, outras, de pessoas parabenizando-me por minhas ações e algumas ainda, de cidadãos indignados que me criticavam por fazer justiça com as próprias mãos. Estamos num país livre, ou pelo menos assim, gostamos de acreditar, e todos têm direito a opinião. No entanto, nenhum desses que ligaram estavam cientes dos fatos, ou seja, de que eu havia descoberto um playground pervertido para os ricos e famosos, onde jovens e adultos com deficiência eram oferecidos para a prostituição.

    Lady Fiona Grimsley, também conhecida como Lady Diamond, dona dessa algazarra, ficou ofendida com minhas investigações e me arrastou até a pedreira com o intuito de me matar. Chegando lá, ela matou Dan, meu ex-marido jornalista, e estava prestes a atirar em mim quando reagi primeiro e a matei. Foi autodefesa e testemunhas confirmaram minha história. Porém, independentemente dos fatos, as pessoas sempre formam as próprias opiniões baseadas em seus preconceitos, com isso, fui uma heroína para uns e a Princesa das Trevas para outros.

    Desliguei a secretária eletrônica e fui verificar minhas mensagens. Como de costume, meus e-mails consistiam em contas e spams, que arquivei em seus devidos lugares. Então, vi um rosto na minha janela, um rosto felino, miando por atenção. Sorri, abri a janela e cumprimentei Marlowe.

    Acariciei o gato e ele ronronou, esfregando a cabeça contra as costas da minha mão.

    — Você sentiu minha falta? — perguntei e Marlowe miou. — Marlowe era um gato muito vocal, carinhoso e pouco exigente. Ele também estava com mau aspecto e com cicatrizes de batalha, distintivos de honra de inúmeras lutas nos becos. Três meses atrás, Marlowe havia me adotado e éramos amigos desde então. De fato, ele foi um dos poucos elementos estáveis na minha vida.

    Enquanto acariciava Marlowe, olhei pela janela do meu escritório para o telhado de um galpão no andar térreo, o ponto de acesso de Marlowe, e depois para uma rua suja, repleta de casas vitorianas em ruínas. Meu escritório ficava em Butetown, Cardiff, perto das docas. Para dizer a verdade, todos os meus vizinhos eram prostitutas, o que significava que este não era um bairro agradável, mas era tudo o que os meus escassos recursos podiam pagar.

    Enquanto eu olhava pela janela, vi um homem encostado no poste de luz, observando-me. Ele tinha uma câmera em volta do pescoço, acho que esperando a oportunidade para me fotografar. Com um suspiro, afastei-me da janela. Embora eu ame o meu trabalho como detetive particular, odeio a atenção da mídia. Na verdade, eu era uma pessoa essencialmente reservada e odiava qualquer tipo de atenção indevida.

    Afastei-me da janela, caminhei pelas tábuas do assoalho - um dia eu ainda compraria um tapete – e fui em direção a pia do escritório. Debaixo desse, guardo um estoque de comida de gato, que alcancei pouco antes de Marlowe. Enquanto eu abria uma lata de comida, Marlowe ronronou alto, seu corpo rechonchudo roçando minhas pernas.

    — Aqui. — Eu coloquei um prato de peru suculento ao molho no chão - por que comida de gato não vem com sabor de rato? - então franzi o nariz em desgosto, reação de uma vegetariana comprometida.

    — Coma isso, e se algum repórter bater em nossa porta, você tem a minha permissão para comê-lo também.

    Falando no diabo... logo que me endireitei para lavar a colher e abri a torneira do encanamento antiquado, escutei uma batida na porta do escritório, seguida pelo som de pés de policiais, como a do detetive inspetor Sweets MacArthur, entrando no escritório.

    — Você quer me contratar? — perguntei formalmente. Era uma pergunta desnecessária, uma que eu falava por hábito e necessidade.

    — Quer um? — perguntou Sweets, oferecendo-me um bombom. Educadamente, eu recusei enquanto ele colocava o bombom na boca e se sentava na cadeira de cliente. Com um metro e oitenta de altura e uma barriga considerável, Sweets tinha cabelos curtos e grisalhos, olhos azuis brincalhões, pele clara coberta de sardas e uma grande abertura entre os dois dentes da frente. Ele estava muito consciente de seu cabelo ralo e tendia a usar um chapéu de feltro em todas as ocasiões, junto com uma capa de chuva de detetive.

    — Que tal essa? — sugeriu Sweets, colocando as mãos atrás da cabeça. — Um diretor da empresa está entrevistando candidatos para uma posição importante e decide selecionar o indivíduo que pode responder à seguinte pergunta: quanto são dois mais dois? O primeiro candidato é engenheiro. Ele puxa uma régua de cálculo e mostra que a resposta é quatro. O segundo candidato é um advogado. Ele afirma que, no caso de fulano versos fulano, dois mais dois foi comprovado em quatro. O candidato final é um contador. Quando perguntado sobre o que dois mais dois são iguais, o contador escorrega da cadeira, olha por baixo da mesa, examina a sala em busca de microfones escondidos e se certifica de que ninguém está escutando na porta. Então ele sussurra: você tinha um número específico em mente?

    Dei uma risada, alisei a parte de trás da minha saia e me sentei na poltrona. — Você está tentando fazer eu me sentir melhor, ou está aqui por algum outro motivo?

    — Lady Fiona Grimsley, — Sweets respondeu solenemente. — Você atirou nela.

    — Eu sei.

    — Quatro vezes.

    — Como eu disse na minha declaração...

    — Seu dedo ficou preso no gatilho. — Sweets balançou a cabeça em descrença. Ele empurrou o chapéu de feltro para o topo de sua coroa enquanto assobiava através do espaço entre os dentes da frente. — Dois podemos entender, um em autodefesa, o outro para ter certeza. Mas três e quatro...

    — Talvez a emoção do momento tenha levado a melhor sobre mim.

    Sweets assentiu. Ele mastigou seu bombom e sorriu.

    — Você é uma garota emotiva, Sam.

    Eu senti minhas bochechas corando. Inclinei-me para frente, coloquei minhas mãos na borda da mesa e olhei para Sweets, com os olhos arregalados, mostrando minha indignação.

    — Você está dizendo que eu sou louca?

    — Nossa ... — Sweets tirou o chapéu e jogou na mesa. Ele passou os dedos pelo cabelo ralo, a mão levantada revelando uma pulseira de cobre em volta do pulso direito. — Lá vai você de novo, batendo nas pessoas quando elas estão tentando te ajudar. Você ataca quando alguém critica você. Leva isso para o lado pessoal. Estou aqui para ajudá-la, você entende isso?

    Minhas bochechas continuaram a corar, constrangimento substituindo minha indignação. Eu abaixei a cabeça e deixei meu longo cabelo ruivo cair no meu rosto.

    — Desculpa, Sweets — eu murmurei — tem sido uma semana difícil.

    — Claro — Sweets suspirou. Ele tirou o chapéu da mesa, de sob os bigodes de uma curiosa Marlowe. O gato tinha esnobado o café da manhã e agora estava procurando um espaço adequado na minha mesa, onde pudesse se reclinar e lamber suas partes íntimas. Enquanto olhava para o gato com alguma suspeita, Sweets continuou:

    —Testemunhas apoiam sua declaração. Você atirou na cadela em legítima defesa. As evidências que você forneceu provam que ela estava administrando um bordel para os ricos e famosos que exploravam adultos vulneráveis e menores. O mundo, sem dúvida, é um lugar melhor sem ela e todos no departamento te aplaudem pelo que fez, mas... quatro balas.

    Sweets tirou os pelos do gato gengibre do seu chapéu de feltro. Ele o equilibrou em seu dedo indicador enquanto seus pensativos olhos azuis tentavam encontrar o meu olhar furtivo.

    — Você tem problemas, Sam, problemas emocionais. Precisa resolvê-los. Eu digo isso como alguém que se importa com você.

    — Você acha que sou violenta?

    Ele franziu os lábios, depois encolheu os ombros arredondados.

    — Eu não sei, mas sei que você já viu muita violência em sua vida.

    — Eu fui vítima de violência. Eu não sou uma pessoa violenta — respondi defensivamente.

    — Eu sei que você sofreu. Eu sei que você é uma garota de bom coração. Mas, para ficar completamente claro, precisamos justificar as balas três e quatro.

    Eu balancei a cabeça, pensei no incidente na pedreira e lembrei do momento em que olhei para o cano da arma carregada.

    — Ela ainda estava viva depois das duas primeiras balas. Ela tinha uma arma na mão. O dedo dela estava no gatilho; ela ia atirar em mim.

    Sweets sorriu, um sorriso genuíno, finalmente. Ele colocou o chapéu de feltro na cabeça e deu-lhe uma batidinha.

    — E é isso que eu vou colocar no meu relatório. Precisamos de mais algumas provas suas, e não tocaremos mais nesse assunto, eu te garanto.

    — Obrigada, Sweets — eu sorri timidamente: — Você é muito gentil comigo.

    Ele desviou o olhar, um tanto timidamente.

    — Sim, bem ... chame isso de penitência pelos meus pecados.

    Enquanto conversávamos, Marlowe estava sentada em minha mesa e agora dormia, seus bigodes se contorciam enquanto sonhava com alguma briga de beco, uma amante felina ou perseguindo ratos.

    Endireitei os papéis na mesa e apertei o botão para ligar o computador, depois franzi as sobrancelhas para as minhas unhas. Elas estavam horríveis, todas roídas. Eu costumava roê-las quando estava nervosa; era um mau hábito que eu tentava quebrar, mas, como eu disse a Sweets, tinha sido uma semana repleta de tensão.

    Sweets foi até a porta do meu escritório. Lá, ele fez uma pausa, tocou a aliança de casamento, depois se virou para mim. Com uma expressão maliciosa no rosto, ele piscou:

    — Isso provavelmente não é da minha conta, mas ouvi dizer que você tem um fim de semana picante com seu namorado psicólogo.

    — Primeiro — eu disse, meus olhos fixos na tela do computador, — não é um fim de semana picante e segundo, somos apenas amigos; não somos namorados.

    — Como quiser. — Sweets acenou indiferente com a mão direita. — Mesmo assim, talvez você possa conversar com ele; discutir alguns dos seus problemas.

    — Talvez. — Apertei um botão no meu computador, mas em vez de abrir um arquivo, recebi uma mensagem dizendo que a maldita máquina não estava respondendo.

    — Como você se sente sobre o fim de semana? — perguntou Sweets. A mão dele estava descansando na maçaneta da porta, embora a curiosidade em seu rosto revelava que ele estava relutante em sair do meu escritório.

    — Nervosa — respondi, apontando um dedo agitado para o teclado do computador.

    Na porta, Sweets esfregou o queixo de maneira pensativa.

    — Você e os relacionamentos realmente não se misturam, não é, Sam?

    Como eu e os computadores. — Minha mãe me deu surras até que eu tivesse idade suficiente para bater de volta, meu ex me bateu por quatro anos sem parar, fraturando meu maxilar e meu crânio... tem razão, eu e os relacionamentos não nos misturamos.

    — O Dr. Storey é um bom homem — Sweets falou. — Eu o verifiquei. Ele nos ajudou com um caso de assassinato há um ano. Não entendo nada de psicologia, você sabe, essa história de que ele era o terceiro trigêmeo que nunca mamou e quando cresceu, nutria rancor contra mãe e todo mundo virando um criminoso não funciona para mim. Eu lido com os fatos e meus instintos. Mas, até eu tenho que admitir que o Dr. Storey sabe das coisas. No caso do homicídio, ele se recusou a receber crédito onde esse era devido. Em vez disso, ele o entregou a um sargento detetive que precisava de uma promoção na carreira. Todos com quem falei não tinham nada além de boas coisas para falar sobre o Dr. Storey. Ele pode te ajudar, Sam. Ele pode ser o que lhe faltava, como mulher.

    — Vamos ver. — Meu tom foi evasivo, tentando esconder o que eu estava sentindo por dentro.

    — Estou indo para o necrotério agora — Sweets anunciou alegremente, — o que me lembra... três corpos aparecem no necrotério, todos com sorrisos enormes no rosto. O legista me chama para dizer a causa da morte. O primeiro corpo, que é o Able, é um conhecido idiota da aldeia. Ele morreu sorrindo depois de sucumbir enquanto perseguia uma mulher bonita no parque. O segundo corpo, que é o Bullman, idiota conhecido na aldeia, ganhou 10,000 mil libras na loteria, gastou tudo em uísque e morreu sorrindo de envenenamento por álcool. O terceiro corpo, que é o Clatterbake, conhecido idiota da aldeia, morreu sorrindo enquanto era atingido por um raio. ‘Por que Clatterbake estava sorrindo?’ Eu perguntei solenemente. O médico legista respondeu: Ele achou que estavam tirando uma foto dele.

    Eu dei um grande sorriso da piada de Sweets e da imagem na tela do meu computador; meu arquivo foi aberto e eu poderia digitar o relatório convidado misterioso do meu cliente.

    Quando comecei o relatório, Sweets olhou pela janela, em direção ao fotógrafo que continuava ali espreitando.

    — Afaste-se deste circo da mídia. Aproveite o seu fim de semana. Você merece, Sam. Você merece coisas boas em sua vida.

    — Mereço, Sweets? — Fiz uma pausa e olhei para o meu amigo.

    — Claro que sim. — Ele ajustou a capa de chuva, bateu em seu chapéu de feltro e desapareceu na garoa de uma manhã de novembro.

    O boletim meteorológico sugeria que nuvens de tempestade estavam se acumulando e que choveria mais tarde. Ao digitar o relatório, tive a esperança de que aquelas nuvens

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