Van Gogh Dylan
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Van Gogh Dylan - Ricardo Koch Kroeff
Índice
Van Gogh Dylan
Sobre o autor
Créditos
Van Gogh caminha em direção ao portão. Tem nos olhos um cansaço aceito. Sua pele nua e rosada chora suor transparente e por isso ele não a veste com uma camisa ou calças. Se pudesse, Van Gogh não usaria a barba laranja que lhe causa tanto calor na face rubribranca. Mantém as mãos fechadas, acima da cabeça, enquanto caminha. Dentro delas, ele sente os cubos de gelo diminuírem. Os pingos degelados caem na cabeça do pintor e escolhem os caminhos que desejam traçar no labirinto capilar de cachinhos amarelanjados de Van Gogh. Ele faz chover no próprio espírito, tem mãos de nuvem.
Começa a puxar a corda da engrenagem. São quatrocentos e vinte e sete roldanas para que um homem possa puxá-la sozinho.
Vinte e cinco minutos depois, Van Gogh, muito suado, abriu metade do portão. É noite pura lá fora. As estrelas estão na altura de seus olhos, algumas abaixo, na altura dos pés. São gigantescas, como se Luas.
Lá embaixo, no chão, apagado, o mar ronca. O frio e o vento noturnos, que sobem do mar, entram nos pulmões nus de Van Gogh e causam ereções nos pelos ruivos de seu corpo.
Em duas horas, Van Gogh chega ao fim do abrir do portão. Exausto, puxa duas alavancas. Um barulho líquido soa no teto de pedra, e outro barulho de algo que rola e que vem.
Van Gogh pega uma vela apagada do chão, bufa, risca um fósforo. Começa a caminhar com a vela na exata altura dos olhos. O vento que sobe do mar movimenta os cabelos do