A guerra da desinformação em tempos de campanha eleitoral: liberdade de expressão e fake news
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A guerra da desinformação em tempos de campanha eleitoral - Rossana Gemeli Roncato Carloto
Sobre a autora
Rossana Gemeli Roncato Carloto nasceu em 19 de junho de 1989, em Campo Grande, capital do Estado de Mato Grosso do Sul. É formada no ensino médio alemão pela Gesamtschule Iserlohn, na região de Nordrhein Westfallen Alemanha. Graduada em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB); Especialista em Resolução de Conflitos e Estratégias de Negociação pela Universidad de Castilla La-Mancha, Toledo – Espanha (UCLM); Especialista em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília (UNB). Cursou parte do MBA em Comércio Exterior pela Fundação Getúlio Vagas em Brasília (FGV); Especialista em Direito Constitucional pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP); Especialista em Direito do Estado, Relações Privadas e Processo pela Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso do Sul (Esmagis-MS) em parceria com a Universidade da Grande Dourados (UNIGRAN); Especialista em História da Guerra pela Faculdade de Venda Nova do Imigrante (FAVENI); Atualmente, está finalizando as especializações em: Especialização em Direito Digital, pelo Instituto New Law, em parceria com a UNIFTEC, Especialização em Direito Internacional Aplicado pela Escola Brasileira de Direito (EBRADI) e Especialização em Direito Público pela Escola de Administração do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (EDAMP-MS) que estão em fase de entrega do TCC.
Resumo
O presente trabalho direciona-se à sociedade civil como um todo, devido ao constante aumento das necessárias discussões acerca das chamadas fake news e da linha tênue existente entre os direitos de liberdade de expressão e de informação e a publicação da desinformação que, a depender do momento em que são geradas, muito mais do que prejudicar os direitos da personalidade, acabam por intervir diretamente nos processos democráticos. No Brasil, após o julgamento da ADPF 130/DF, o preceito primário, conhecido como Lei da Imprensa, foi considerado não recepcionado pela Constituição Federal, pois antecipava a censura prévia, o que não possibilitou conhecer quais seriam os limites da liberdade de informação. Também o fato de ter sido discutida a impossibilidade de controlar previamente as informações que fossem veiculadas sob pena de censura, gerando, muitas vezes, inúmeros processos no Poder Judiciário, cujo conteúdo abrange a retirada do material e a responsabilização de quem o veiculou. Existem algumas leis que tratam do tema no ordenamento jurídico brasileiro que ainda possuem a sua eficácia, teriam elas proteção suficiente? Iremos abordá-las brevemente. Mas a indagação que se faz, nesses momentos de processo democrático eleitoral, no qual muitas vezes não há tempo de corrigir as desinformações, é o que pode ser feito? A Inteligência Artificial e demais mecanismos estão sendo utilizados, se sim, de que forma? Qual o limite existente entre liberdade de expressão/informação e a divulgação de fake news, sejam elas divulgadas pelos usuários das redes sociais ou pela própria mídia? Pretende-se, portanto, fazer uma breve análise dos questionamentos acerca do tema de forma neutra, sem ideologia, para que possamos trazer debates interessantes para o cotidiano e melhorar o processo democrático.
Apresentação
A informação é matéria prima da democracia, observando-se constitucionalmente a consagração do direito à informação, nos termos do artigo 5º, XIV, Constituição Federal de 1988 (CF/88) e vedando-se a censura dos mecanismos de comunicação social (artigo 220, CF/88). Dessa forma, a administração pública deve guiar seus atos por meio do princípio constitucional da publicidade (artigo 37, caput, CF/88), devendo como regra os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serem públicos (artigo 93, IX, CF/88).
Apesar da importância da informação, vê-se florescer de maneira avassaladora a desinformação especialmente com o emprego inadequado e lesivo de certos instrumentos tecnológicos. A inteligência artificial (AI), desde que programada com respeito aos direitos fundamentais e humanos, pode auxiliar na realização de diversas tarefas sociais e jurídicas como, por exemplo, nos processos eletrônicos. De outro lado, também se observa a utilização da AI com impactos negativos no livre mercado de ideias e na formação da esfera pública pluralista e participativa. Nesse sentido, milhares perfis aparentemente de pessoas físicas disseminam opiniões semelhantes, fazendo crer que certa ideia ou opinião goza de grande apoio. Por sua vez, trata-se, em verdade, do uso de robôs e da AI com o intuito de forjar falsamente uma adesão maior a conteúdos comunicacionais.
Ainda, a desinformação ganha contornos ainda mais dramáticos com as deep fakes, as quais reproduzem a imagem e a voz de pessoas com fatos totalmente falsos. Softwares fazem parecer que pessoas naturais realizaram ações que nunca praticaram, buscando claramente produzir desinformação e engano, lesando intensamente essas vítimas e grupos sociais. Além das consequências nocivas na vida cotidiana de milhões de pessoas, a desinformação a ataca o desenvolvimento do fenômeno político eleitoral de forma hígida e igualitária, sendo esta questão específica enfrentada na relevante obra escrita por Rossana Gemeli Roncato Carloto.
Dessa forma, o livro A guerra da desinformação em tempos de campanha eleitoral
reflete sobre a liberdade de expressão, apresentando a criação e a construção desse direito nos âmbitos nacional e internacional sem descurar ainda sobre os limites das liberdades comunicacionais. O segundo capítulo enfrenta categorias centrais das discussões sociais contemporâneas como a pós-verdade, a desinformação e a fake news, demonstrando como a internet e a sociedade da informação e digital auxiliam infelizmente na corrosão da esfera pública.
Com esses pressupostos e premissas, a autora parte para a discussão sobre o processo eleitoral, analisando inclusive propostas para combater as fake news e o papel do Tribunal Superior Eleitoral.
Rossana Gemeli Roncato Carloto é estudiosa do Direito e das Ciências Sociais, tendo realizado sua formação em prestigiosas instituições de ensino e de pesquisa no Brasil e no exterior. Tive a felicidade de conhecer a autora durante seu curso de pós-graduação lato sensu, em Direito Constitucional, no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), acompanhando com afinco seus estudos sobre democracia e liberdades comunicacionais.
A teoria da constituição lida com os problemas dos novos regimes autoritários e do abuso da liberdade de expressão em tempos de fake news. Dessa forma, este livro propõe importante reflexão.
Ilton Norberto Robl Filho – Professor da Graduação e Pós-Graduação (Especialização, Mestrado e Doutorado) do IDP (Brasília) e da UFPR.
Introdução
Ao longo dos anos, após enorme investimento em propagandas do Governo e políticas públicas, para demonstrar a importância da participação ativa dos eleitores brasileiros nas campanhas eleitorais, os cidadãos passaram a compreender que