Culpa ardente - Capítulo 3

De Inger Gammelgaard Madsen

Anne Larsen, jornalista da TV2 da Jutlândia Oriental, está cobrindo o caso do policial de Silkeborg que foi atropelado e morto, aparentemente por um colega de corporação, na frente da própria casa. O seu interesse é seriamente despertado por um incêndio acidental que ele estava investigando secretamente. Ela começa a examiná-lo em mais detalhes. Por que Johan Boje estava tão interessado naquele caso? Por que ele não conseguia aceitar que tinha sido apenas um vazamento acidental de gás?-

• Idioma: Português
• Editora: SAGA Egmont
• Data de lançamento: 12 de ago. de 2019
• ISBN: 9788726232486

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Inger Gammelgaard Madsen

Culpa ardente

Capítulo 3

SAGA

Culpa ardente - Capítulo 3

Original title:

Brændende skyld: Afsnit 3

Copyright © 2017, 2019 Inger Gammelgaard Madsen and SAGA Egmont, Copenhagen

All rights reserved

ISBN: 9788726232486

1. E-book edition, 2019

Format: EPUB 2.0

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Culpa ardente

Capítulo 3

Anne Larsen esquentava os dedos na xícara de café que trouxera para a mesa de reunião. A noite tinha sido gelada e com vento. Ela viera congelando no seu carro a caminho da redação da TV Jutlândia Oriental.

— Bom dia. Puta que pariu, que frio! Tomara que a primavera chegue logo! — Ela cumprimentou os colegas e estremeceu de frio enquanto ocupava um lugar ao lado da âncora, Jytte Thomson. — Meus dedos congelaram — acrescentou ela.

— Seu carro não tem ar-condicionado? — perguntou o cinegrafista. Chamavam-no de Flash porque seu nome era Michael Flasher. Fizera sua observação com um brilho maroto no olhar.

— Quebrou.

— Não está na hora de comprar um carro novo? Parece um pouco antiquado, esse seu...

— Lada — arrematou Anne rapidamente, antes que Jytte pudesse terminar a frase e rebaixar ainda mais o seu carro.

— De qualquer forma, ele demoraria mais para esquentar do que o tempo da viagem — riu Noa Marie, outra colega.

Ela era fanática por esportes e costumava cobrir as notícias diárias desse setor. Vinha sempre de bicicleta, qualquer que fosse o tempo, apesar de morar longe, em Haldum. No verão, às vezes vinha correndo até o trabalho.

— É só pegar a estrada de Randers e ir reto — dizia ela, mas eram quase 18 quilômetros: mais que o dobro do que Anne fazia de carro até o trabalho. Porém, para quem faz maratona e triátlon, era só uma voltinha tranquila.

— Bom dia — disse o editor-chefe, também trazendo uma xícara. O maior fã de café da equipe havia começado a tomar chá da marca Pukka (ideia da sua esposa, pensou ela), e