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A maior mulher da história: Aprendendo com Maria, de Nazaré
A maior mulher da história: Aprendendo com Maria, de Nazaré
A maior mulher da história: Aprendendo com Maria, de Nazaré
E-book122 páginas2 horas

A maior mulher da história: Aprendendo com Maria, de Nazaré

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Sobre este e-book

Maria, a mãe de Jesus, foi a maior mulher da história, por sua disponibilidade ao Deus Eterno e sua fidelidade ao Filho. Todavia, a maioria dos autores protestantes não a valoriza. O livro propõe dar a essa mulher de Nazaré o lugar que lhe é devido.
O texto mistura história, teologia e ficção.
"A maioria mulher da história" é baseado exclusivamente na Bíblia.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento16 de jan. de 2021
ISBN9786589202080
A maior mulher da história: Aprendendo com Maria, de Nazaré

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    A maior mulher da história - Israel Belo de Azevedo

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    ~ 1 ~

    Abençoado é quem abençoa

    Pois, desde agora, todas as gerações me considerarão bem-aventurada, porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome.

    (Lucas 1.48b)

    O cântico de Maria, intitulado Magnificat,[1] guarda semelhança com o de Ana (1Samuel 2.1-10). No entanto, o de Ana celebrar a sua vitória sobre seus inimigos. O de Maria celebra a misericórdia de Deus para com todos os homens, que o verdadeiro sentido do Nascimento de Jesus.

    Deus é o tema do poema de Maria. Ela não fala de si; ela fala de Deus.

    Este deve ser o sentido de nossa vida. Há pessoas que só sabem falar de si. Há pessoas que chegam a salivar enquanto ouvem os outros, tão loucas estão para falar... falar de si mesmas. Você começa a contar um sonho, ela lhe interrompe para contar o seu, geralmente quilométrico. Você fala de uma doencinha, ela vem com uma doençona. Você faz menção de comentar um probleminha, ela vem com um problemão.

    Maria não fala de seus projetos de vida. Ela agradece a Deus pelo que Ele é. Ela poderia aproveitar a oportunidade para pedir pelo seu filho ou por si mesma. Nem a responsabilidade pela maternidade desviou seus olhares de Deus.

    O cântico lhe foi inspirado depois de uma série de episódios, alguns até cansativos. No entanto, tudo que vira e vivera lhe deixou uma impressão muito profunda. Ela quis compartilhar esta experiência. As circunstâncias não lhe impediram que concentrasse seu cântico na pessoa de Deus.

    Por um olhar que comunica vida

    Se pudéssemos definir o que é a religião numa só expressão, diríamos que é a busca da bênção de Deus. Esta é a perspectiva humana, e Deus a considera.

    Se quiséssemos definir numa só expressão o projeto de Deus para a humanidade, bastaria que lêssemos o que escreveu o apóstolo Paulo: o Senhor deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade (1Timóteo 2.4). Jesus Cristo veio ao mundo para possibilitar de forma concreta esta salvação.

    Assim, o homem deseja ser abençoado por Deus e Deus deseja abençoar o homem.

    Para abençoar o homem, Deus usa vários agentes, que são sempre outros homens. Ao longo da Bíblia, Deus por vezes se serviu de meios supra-humanos, enviando anjos; no entanto, alguns anjos eram humanos, e não celestiais. Jesus Cristo foi um destes meios celestiais, ao nos dar sua própria vida, coisa que nenhum anjo pode fazer, mas Ele o fez.

    Deus, por seu Espírito Santo, doou aos seus filhos os recursos indispensáveis para que possam continuar a onda abençoadora de Deus. Ele quer abençoar e, para abençoar, abençoa pessoas que abençoam pessoas. Esta é a corrente divina.

    Um dos exemplos de pessoas abençoadas para a abençoar é Maria de Nazaré, a mãe de Jesus, como o demonstra o próprio Magnificat. (Lucas 1.46b-55).

    O que quis Maria dizer que era ou seria uma bem-aventurada? Bem-aventurada é a expressão nas traduções brasileiras para abençoada. A palavra abençoar significa dizer bem, no sentido de desejar o bem para o outro. Abençoar é lançar sobre o outro um olhar que comunica vida. Abençoar é comunicar ao outro a graça que foi recebida pela graça. Abençoar é pedir o favor de Deus sobre alguém. Assim, abençoar é desejar, sem condições prévias, o bem do outro como uma aspiração que vem do fundo do coração. Se o meu coração está povoado de ódio, eu não tenho como abençoar, porque a bênção se expressa por palavras, desde que sejam profundas e sinceras. Quando há sinceridade em nossas palavras, nós as superamos e praticamos o bem.

    O desejo da perpetuidade está perpetuado no ditado árabe de que todo ser humano precisa plantar uma árvore, gerar um filho e escrever um livro.

    Não queremos morrer, primeiro porque não queremos sofrer; segundo, porque queremos nos perenizar. Os pais machistas preferem filhos homens por causa da permanência do sobrenome da família..

    De fato, é triste a certeza de que somos perecíveis e daqui a pouco não haverá mais lembrança de nós. Poucas pessoas conseguem sobreviver à sua morte, mesmos os famosos.

    Na cultura hebraica, isto era também muito forte. Havia uma idéia de pertencimento à história do povo, por meio das gerações. Gerações muito posteriores se referiam a fundadores de famílias como pais. Jesus, por exemplo, foi chamado de filho de Davi várias vezes. Mateus começa assim: Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão (Mateus 1.1; cf. Mateus 15.22; Lucas 20.41)

    Eis que Maria se considera, desde a notícia de sua gravidez, ao longo de sua vida e para todo o sempre, como uma pessoa feliz..

    De fato, Maria ainda hoje é um nome que ecoa na história contemporânea. Ela transcendeu, por sua coragem e fé, ao seu tempo. É justo, pois, homenageá-la. Nós, evangélicos, não lhe damos o crédito que merece.

    Nossa omissão não autoriza o extremo oposto de considerá-la o que não era, nem é. Maria nasceu como qualquer outra mulher de sua época. Maria morreu, como todos morremos, mas ela morreu salva por sua fé em Jesus Cristo. Seu testemunho nos deve estimular à fé em Jesus, o mediador entre Maria e Deus, o mediador entre nós e Deus.

    Deus quer nos abençoar

    O anjo (Lucas 1.26-38) veio à Maria comunicar um desejo de Deus: abençoar Maria, abençoar toda a humanidade. Deus só vem a nós para isto.

    Uma das expressões bíblicas pela qual sou apaixonado. É Jeremias 29.11:

    Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor;

    pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais.

    Para realizar estes pensamentos de paz, Deus nos deixa em Sua Palavra uma série de instruções. E todas têm um sentido: o nosso bem. Então, se queremos ser abençoados, ouçamos a voz de Deus, leiamos a Bíblia, obedeçamos a Sua instrução. Podemos escolher entre a programação de nossa própria mente, embebida na cultura em que estamos, e a instrução de Deus, com valores eternos. Deixemo-nos julgar pela Bíblia. Façamos o que ela pede que façamos. Afinal, toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra (2Timóteo 3.16-17).

    Por que Maria foi abençoada?

    Maria foi abençoada porque se dispôs a crer no Deus da Palavra. Isabel, orientada pelo Espírito Santo, disse claramente que Maria foi abençoada porque creu (verso 45). Deus não pode crer em nosso lugar. Ninguém pode crer em nosso lugar. Sua fé nos salva e nos capacita a receber a bênção de Deus. Por isto, crer é saber que, para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas (verso 37). Por isto, crer é a porta de entrada no mundo da bênção.

    Maria foi abençoada porque se dispôs a se humilhar diante dEle, reconhecendo que Suas instruções eram sempre para o nosso bem. Ao longo de sua vida, Maria demonstrou aquilo que cantou.

    Deus abençoa os humildes, porque os humildes precisam da bênção de Deus, sabem que precisam da bênção de Deus e buscam a bênção de Deus.

    Humilde é quem sabe que não vive de sua própria força ou luz, mas do Espírito que nele habita, para corrigir, apoiar, fortalecer.

    Humilde é quem sabe que não faz o que faz de sua própria competência ou vontade ou esforço, embora eles cooperem com Deus.

    Humilde é quem reconhece o que Deus lhe faz e canta, como Maria, santo é o Seu nome (verso 49).

    Humilde é quem se dispõe a reconhecer os seus pecados e a se afastar da sua prática, conforme a cristalina recomendação bíblica: Portanto, despojando-vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com

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