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Imagens de Violência no Cotidiano Escolar
Imagens de Violência no Cotidiano Escolar
Imagens de Violência no Cotidiano Escolar
E-book191 páginas2 horas

Imagens de Violência no Cotidiano Escolar

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Sobre este e-book

Imagens de Violência no Cotidiano Escolar convida o público a pensar como as imagens de violência podem desencadear diversos significados. E o modo como elas impactam as pessoas, nos espaços formais e não formais de ensino, principalmente em decorrência das transformações que ocorrem no mundo de hoje.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento19 de jan. de 2021
ISBN9786555235654
Imagens de Violência no Cotidiano Escolar

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    Imagens de Violência no Cotidiano Escolar - Hélida Costa Coelho

    COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE

    AGRADECIMENTOS

    Gratidão é o segredo da felicidade! Deus iluminou e ilumina o meu caminho neste percurso. Ao longo deste, várias pessoas seguraram minhas mãos.

    Meu coração transborda de alegria neste momento em que menciono o carinho e o respeito por todas as pessoas que contribuíram para a realização deste livro.

    Aos meus pais, Janary e Ana Maria, pelos ensinamentos e orientações necessárias para que eu me tornasse mulher.

    À minha vozinha, Nila (Miloca), pelas suas orações e pelo exemplo de força.

    Ao meu bem, Amauri, pelo amor e paciência.

    Ao Heitor, meu tesouro e motivação.

    Ao meu irmão Heliton (in memoriam), estrela que brilha no céu.

    Ao meu irmão Heverton, pelo apoio e reconhecimento.

    Às minhas irmãs, Helen e Camila, grandes incentivadoras e cúmplices das alegrias e tristezas.

    Aos meus sobrinhos, Eduarda, Anna Beatriz, Ana Fábia, Fabian, Héctor, Heliton Filho, Heloísa, Yasmin, Isabelle e Gustavo, que são como filhos para mim.

    Ao tio Fábio, Leandro, César, e tia Érica, Jamille e Claysi, pelo suporte familiar.

    À dona Juracina, que cuidou com dedicação do meu filho enquanto eu estava ausente.

    À Tati (Clícia Coelho), mais que uma prima, pessoa imprescindível para a realização deste sonho.

    Ao meu estimado e admirado professor orientador, Raimundo Martins, por toda a generosidade e sabedoria, que o mundo tem de conhecer.

    À Carla de Abreu, professora linda que, com seus ensinamentos, tocou profundamente o meu coração.

    Pela honra de ter cumprido créditos ao lado de professores com experiências admiráveis e amplos conhecimentos, muito obrigada: Carla Milani, Lêda Maria e José Ribeiro.

    Ao grupo de pesquisa mais cativante e inspirador da Universidade Federal de Goiás: Angélica Rodrigues, Mirna Kambeba, Clícia Coelho, Mariana Magri, Glauco Ferreira, Rogério Flori, Pedro Simon, Ronne Dias e Nicolas Gualtieri.

    Aos amigos Karyna Novais, Patrícia Quitero, Alda Alexandre, Itandehuy Castañeda, Renato Cirino, Dustan Oeven, Juan Ospina, Léo Pimentel, Benedito Ferreira e Flávio de Lima, pelo companheirismo e pelas trocas de aprendizagens.

    À querida Aleksandra (Leka) e ao querido Paulo Passos, pela acolhida.

    A Ronne, Jocivannia, Rafael, Pablo e Rheion, pelo apoio e afago.

    Ao amigo Aldrin Santana, pelas orientações e pela hospitalidade.

    Ao grupo focal (K. A, J. C, K. C, W. B, N. J, N. V., A. C. e L. F.) da Escola Deusolina Salles Farias, que compartilharam seus sentimentos e suas histórias.

    Ao professor Elinaldo Farias e à professora Estela Farias, que acreditaram no meu trabalho e não mediram esforços para me ajudar.

    Ao policial militar do estado do Amapá, Rodrigo Lameira, que gentilmente colaborou com informações preciosas para a análise de dados estatísticos.

    Às amigas Márcia Christiane, Elizângela Monteiro, Cristiane Cordeiro, Edilma Campos, Cristiane Machado, Inêz Daniela, Nila Coelho, Eliana Souza, Elizane Assunção, Liane Patrícia, Simara Freitas, Vera Machado, Terezinha Batista pelo incentivo e auxílio nas horas difíceis.

    À irresistível tia Lígia, pelo incentivo e pelos momentos de alegria.

    Às tias Rute, Diéle, Rosa, Nanci, Luzia (in memoriam), Dina, Clene, Elza, Vera, Ray (in memoriam), aos tios Juarez, Jobson, Elias, David, Amaury, Ajax, Adroaldo, aos quais tenho respeito e admiração.

    Ao amigo e artista Emerson Marreiros, que produziu uma pintura para a capa, tornando o livro, além de tudo, belo.

    Completo as honrarias fazendo referência à frase de origem latina citada pelo filósofo Mário Sérgio Cortella (MUHAMMAD ALI apud CORTELLA, 2019, p. 127), que diz: o impossível não é um fato; o impossível é somente uma opinião.

    SOBRE A OBRA DA CAPA

    A imagem que aparece na capa deste livro é o registro fotográfico da obra de arte intitulada Violência na Escola, produzida em 2019 pelo artista amapaense Emerson Clayton de Almeida Marreiros. É uma pintura de técnica mista (decupagem, óleo sobre tela e espátula), de 40 x 40 cm. Por traços imprecisos, pinceladas disformes, uma paleta de cores e tonalidades sombrias, o artista retrata uma cena que pode despertar tristeza e melancolia. A violência no contexto escolar é um problema perturbador, como o silêncio de um corredor solitário ou em alguns momentos um aglomerado de adversidades. Os tons frios, a perspectiva e o mínimo de elementos compondo a imagem aprofundam o isolamento e retratam as diversas faces da violência escolar, que nem sempre vem manchada de sangue.

    A mensagem desse quadro pode ser associada ao número de jovens que vivem com depressão. A publicação do Journal of the American Academy of Child & Adolescent Psychiatry, de setembro de 2019, indicou que adolescentes entre 12 e 15 anos que sofrem bullying na escola apresentam risco até três vezes maior de tentar o suicídio. O bullying, identificado como um tipo de violência no ambiente escolar, é capaz de prejudicar a saúde mental e impactar a vida acadêmica, resultando em maior incidência de faltas, mudanças de escola e evasão escolar, entre tantas questões que afetam o cotidiano escolar.

    Contato do artista

    emersonmarreiros@gmail.com

    br.pinterest.com/MarreirosArte/

    Toda dor pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma história.

    Hannah Arendt

    PREFÁCIO

    A violência é um fenômeno humano que se manifesta em ambientes sociais, culturais, econômicos, políticos e religiosos. Seu contexto de propagação é a sociedade civil e a vida cotidiana, ou seja, circunstâncias que ultrapassam os limites de interesses públicos e privados e por meio dos quais a violência transborda e se transforma rapidamente. Como prática que emerge na sociedade, e não apenas na escola, fragiliza relações institucionais e profissionais, pondo em risco o processo de construção e convivência dos sujeitos enquanto cidadãos. Para fazer frente à violência como fenômeno em acelerada expansão, tem sido necessário mobilizar estratégias de abordagem de conteúdos que envolvam vontade política, recursos e condições econômicas, simbólicas e culturais.

    Como prática instalada na sociedade civil, a cultura da violência requer análise e compreensão dos modos como se manifesta em instituições educacionais e ambientes culturais, considerando possibilidades de violência política, cotidiana, física, simbólica, visível, invisível, vivida ou imaginada. Enquanto forma de exercer poder, a violência se opõe à diversidade de práticas e significados da vida cotidiana de grupos e de indivíduos, privando-os de processos de representação e subjetivação que articulam suas experiências e memórias. Consequentemente, silencia e invisibiliza narrativas identitárias, compromete a partilha do sensível ao mesmo tempo que institucionaliza modos de ver e de dizer que, frequentemente, querem ser considerados como hegemônicos.

    Parcialmente ou em pequena escala, a reprodução dessas formas de exercer poder gera espaços e estímulo para violências no interior da própria escola. A ausência de questionamento e diálogo dificulta e pode impedir o estudo e o entendimento sobre como essas manifestações ganham força e evidência em contextos educacionais, bem como o papel que tais manifestações desempenham na sustentação de várias formas de desigualdade e preconceito. Em decorrência disso, os conceitos de outro e de alteridade passam a ser associados a comportamentos que incentivam e reforçam a intolerância, o desrespeito e até a força física, criando círculos viciosos ao mesmo tempo que inibem a possibilidade de um debate que sirva de suporte e referência para relações construtivas.

    Quando a violência ganha contornos específicos, como muitas vezes acontece na escola, a problematização do corpo, de narrativas, do entorno familiar, das ações e reações sociais deve ser campo de investigação. Desse aparato complexo emergem ímpetos de movimentos que buscam intimidar, submeter ou até mesmo seduzir outros corpos enredados em expectativas de poder. A violência vive entre os corpos modelando relações entre eles. Por essa razão, interessa-se investigar como ela se reproduz e se reitera no ambiente da escola. Interessa-nos, também, lado a lado com a pesquisa, gerar estratégias pedagógicas que ajudem a desconstruir as motivações e os efeitos que a violência inscreve nos corpos de adolescentes, jovens e adultos que convivem na escola.

    A pesquisa de Hélida Coelho é uma iniciativa que atende a essa demanda de investigar os ambientes escolares para oferecer caminhos que possam ativar a qualidade das relações que ali ocorrem. A autora nos convida a compreender as transformações que ocorrem no mundo de hoje e o modo como elas impactam o ambiente escolar, os estudantes e, especialmente, os processos de aprendizagem. Ao construir relatos de vida de alunos e professores, Hélida Coelho expõe a vitalidade de acontecimentos, de situações e episódios que marcam vidas, acionam fluxos entre presente e passado impelindo os indivíduos a revisitar criticamente pegadas deixadas na memória. São registros escritos, imagéticos e sonoros, produzidos e analisados para gerar conhecimento sobre as ações e as relações de alunos com o problema da violência na escola. Registros que envolvem processos subjetivos complexos, expõem ambiguidades, revelam descontinuidades e fragmentações, ingredientes recorrentes nas concepções de mundo, nas imagens, nos conflitos e, sobretudo, na revelação de afetos e desejos.

    Ao investigar a "produção de significados que as imagens de violência podem

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