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O Escandaloso Caso de Lady Parker: Escândalos em Surrey, #1
O Escandaloso Caso de Lady Parker: Escândalos em Surrey, #1
O Escandaloso Caso de Lady Parker: Escândalos em Surrey, #1
E-book174 páginas2 horas

O Escandaloso Caso de Lady Parker: Escândalos em Surrey, #1

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Sobre este e-book

Uma mulher deseja ter um caso… até que seu coração queira mais.

Maggie, Lady Parker, deseja um homem, mas não está disposta a trocar a liberdade que possui em Surrey por um escândalo qualquer em Londres. Viúva há anos, ela quer gerar um escândalo grande o bastante para que um cavalheiro se sinta tentado a visitá-la com o único intuito de saber se os rumores em torno dela são verdadeiros.

Ele quer uma oportunidade no Parlamento… Stephen Tarkington é um canalha autodeclarado, mas se o mundo fosse como ele queria, seria um filantropo. A única coisa que impede seu sonho é a falta de patrocínio para uma vaga na Câmara dos Comuns. Casar-se com a sobrinha de Lady Parker poderia resolver seu problema.

Às vezes o coração quer mais… Imagine a surpresa dele ao conhecer a viúva e descobrir que ela não é uma velhinha a quem ele possa ludibriar. Ela é vibrante, de língua afiada e encantadora demais para sua sorte. A paixão explode entre eles, e Stephen desiste de seu plano… e sai em busca de uma aposta mais agradável.

Maggie sente-se, em instantes, atraída pelo cavalheiro charmoso e bonito, mas será que um simples caso atenderá suas necessidades? Uma confusão em torno do escândalo público irá colocá-los em uma situação que pode ser ideal para satisfazer os desejos secretos dos dois.

IdiomaPortuguês
EditoraBadPress
Data de lançamento9 de mar. de 2021
ISBN9781071591253
O Escandaloso Caso de Lady Parker: Escândalos em Surrey, #1

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    O Escandaloso Caso de Lady Parker - Sandra Sookoo

    Capítulo Um

    Maio de 1820

    Em algum lugar perto de Cranleigh, Surrey, Inglaterra

    — Lady Parker, ele está chegando perto!

    Enquanto o aviso do cavalariço soava em seus ouvidos, Margaret Parker se inclinou sobre o pescoço de seu cavalo, as rédeas bem enroladas nos dedos enluvados. Ela sussurrou algumas palavras de encorajamento para a montaria. As orelhas da égua sacudiram como se reconhecessem o pedido, e seu passo aumentou. A força equina crua pulsava em cada músculo do corpo de Maggie. Ela sorriu. Era assim que viver deveria ser: a batida de seu coração, a força de uma montaria entre as coxas e o calor do sol da tarde batendo forte. O veludo verde de suas saias chicoteava suas pernas. Há algo a ser dito acerca de cavalgar em uma sela normal. A posição usada pelos homens trazia muito mais controle sobre o cavalo do que a de uma sela lateral.

    Pretendo aproveitar cada segundo fazendo o que eu quiser.

    Além disso, daria à pequena nobreza local um novo assunto para exercitar a língua. Pelo menos, caso as fofocas fossem sobre ela, alguma outra mulher assediada teria um breve descanso.

    — Não se preocupe, Billy. Eu consigo vê-lo!

    Ela cravou os calcanhares nas costelas do cavalo, desejando que a égua corresse mais rápido. O animal bufou. Quando olhou por cima do ombro para medir a distância de seu perseguidor, a brisa pegou a aba de seu chapéu e o soprou para longe da cabeça. Ele bateu contra suas costas e ficou preso na garganta pelas fitas de cetim.

    Billy corria à sua direita.

    — Quase lá, madame. Segure-o o melhor que puder.

    — Farei isso.

    Ela queria ensinar ao vizinho impetuoso e arrogante uma ou duas coisas sobre mulheres de verdade, e não o tipo dócil de inglesa que ele acreditava ser o padrão que todas as mulheres deveriam seguir.

    À sua esquerda, e subindo forte, o jovem Benjamin Chesley cavalgava. Ela teve um vislumbre dos cabelos ruivos dele pelo canto do olho. As pernas negras do magnífico garanhão dele apareceram quando ele quase emparelhou ao lado dela. Ela cutucou sua montaria com o joelho, torcendo por um pouco mais de velocidade. O jovem mal havia completado dezesseis anos e precisava colocar o próprio ego sob controle. Se ela ganhasse a corrida improvisada, a vitória tiraria um pouco da insolência dele e, talvez, o ensinasse a não subestimar as mulheres em geral, e ela em particular.

    O final da via que serviu de pista, um caminho de terra pontilhado com poças de lama, podia ser visto à frente. O irmão mais novo de Benjamin, Amos, pulava para cima e para baixo, agitando os braços, o tom ruivo dos cabelos parecia cobre polido ao sol. Um lenço branco ondulava de uma das mãos. Maggie estreitou os olhos, se abaixou na sela com os joelhos cerrados em volta do cavalo e sacudiu as rédeas. Seu animal avançou à frente da montaria de Benjamin e, em seguida, o ultrapassou por completo enquanto ela passava por Amos e agarrava o tecido de algodão da mão do jovem.

    Benjamin trovejou segundos depois, seguido de perto por Billy.

    — Ótima demonstração, Lady Parker!

    O grito de vitória de Billy soou em seus ouvidos, acima do bater de seu pulso.

    — Obrigada, Billy. Nunca esperei nada menos.

    Maggie sentou-se ereta na sela e aliviou as rédeas. Os seus músculos tremiam quando ela permitiu seu corpo relaxar.

    Essa era uma maneira divertida de passar o tempo, muito melhor do que espetar meus polegares com uma agulha de bordado.

    Ao permitir que a égua se acalmasse em um trote, ela se concentrou em Benjamin e ajeitou as saias para uma aparência de modéstia. Ele havia girado o cavalo e a encarava.

    — Bem, Sr. Chesley, o que tem a dizer agora?

    Ela jogou o lenço para Amos, sua serventia havia terminado. Um rubor coloriu o rosto do jovem de escarlate. Ele puxou a aba do chapéu sobre os olhos e olhou para as orelhas da montaria dela.

    — Peço desculpas, Lady Parker. As mulheres são tão talentosas quanto os homens.

    Maggie colocou seu chapéu de volta na cabeça e reajustou a fita sob o queixo.

    — E? — ela ergueu uma sobrancelha enquanto seu cavalo diminuía a velocidade para uma caminhada.

    O pomo de Adão do rapaz subiu e desceu.

    — Não tenho motivos para menosprezar o espírito americano. A Inglaterra mereceu cada surra que recebeu, em terra e no mar.

    — Muito bom.

    O jovem pigarreou.

    — Quer que eu entregue Meia-Noite para você amanhã de manhã? Ele precisará ser alimentado, hidratado e escovado antes de eu entregá-lo.

    Ela mordeu o lábio inferior para não rir da derrota dele.

    — Não, creio que mudei de ideia. Mesmo que seu cavalo fosse meu prêmio, acredito que você aprendeu a lição.

    — Obrigado, senhora.

    — Posso não ser tão generosa da próxima vez, portanto, mantenha minha boa vontade em mente. — Maggie se aproximou de Benjamin. — Espero que no futuro você se lembre desta corrida e modifique seus pensamentos de acordo. — quando ele meneou a cabeça com o olhar ainda abaixado, ela incitou a montaria a uma caminhada mais rápida. — Passar bem, cavalheiros.

    Resmungos alcançaram seus ouvidos enquanto ela colocava distância entre ela e os meninos, seguido pela interjeição de Amos:

    — Essa mulher é muito louca. Você nunca deveria tê-la desafiado para uma corrida! Além disso, ela é uma iludida. Os homens sempre serão melhores do que as mulheres.

    Benjamin silenciou o irmão conforme Maggie saía do alcance da voz deles. Billy a seguiu em um ritmo mais calmo.

    Ela acariciou o pescoço da égua e riu quando o cavalo balançou a cabeça.

    — Louca? Não exatamente. Iludida? Não é para tanto, mas, ao menos, faria as más línguas se exercitarem e eu não serei esquecida.

    Ao contrário de seu falecido marido, de quem ninguém se lembrava.

    — Perdão, Lady Parker? — Está falando comigo? — Preocupação pairava sobre a pergunta de Billy.

    — Não, mas obrigada por perguntar. Você vai se tornar um bom homem algum dia.

    — Obrigado, madame. Minha mãe espera que sim. Ela me diz, todas as manhãs, para me comportar e fazer o que os meus superiores me ordenam.

    — Seus superiores são apenas pessoas com mais dinheiro ou popularidade do que você. Nenhuma das duas características os torna melhores. Somente a integridade de uma pessoa pode fazer isso.

    Se seu querido pai havia ensinado algo a ela, era isso. A reputação de uma pessoa pode desmoronar como açúcar na chuva, mas a honestidade e a integridade eram mais resistentes. O mais importante era como se trata uma pessoa.

    — Sim, Lady Parker. Mamãe também me diz isso.

    Uma tristeza familiar cresceu em seu peito. Jamie costumava chamá-la de mamãe, o que parecia estar a uma eternidade agora. Fazia mesmo uma década que ela o perdera? Seu coração se apertou ao lembrar-se da mãozinha dele segurando a dela, e da cadência suave da risada dele quando algo o agradava. Eram essas as lembranças que a confortavam desde que tanto Jamie, quanto o marido, partiram.

    Pelo menos tive a experiência. Não posso culpar o destino.

    Uma nuvem de poeira ao longe desviou sua atenção dos pensamentos piegas. Ela protegeu os olhos quando um cavaleiro se aproximou. Quando ele entrou em seu campo de visão, ela reconheceu o rosto e a forma de seu irmão, Alfred Manning, e um sorriso abriu seus lábios.

    — Billy. — ela se virou. — o Sr. Manning irá me acompanhar até em casa. Você está livre para retornar às suas outras funções, mas obrigado pela companhia.

    — Obrigado a senhora pela esplêndida corrida! — Billy estalou a língua, e seu cavalo trotou pela alameda.

    Maggie deu um puxão leve nas rédeas. O cavalo avançou para o lado da estrada, onde se contentou em mastigar tufos de grama. Assim que seu irmão chegou mais perto, ela o saudou com um aceno exuberante.

    — Boa tarde, Alfie!

    Ele guiou a montaria dele para perto da dela.

    — Vai mesmo continuar a me chamar por esse apelido ridículo?

    Os olhos azuis dele, do tom exato de mármore azul como os dela, brilhavam por trás das lentes de seus óculos.

    — Me diverte.

    Provocar Alfred era apenas uma das razões para que ela gostasse de tê-lo por perto. Embora fosse muito bom esconder-se no campo e ficar longe do esnobismo e do desperdício de Londres, também a mantinha longe dos poucos parentes que tinha na Inglaterra. Alfred fora enviado por seu pai para lhe fazer companhia, o que significava que ele a colocava em apuros ou a tirava deles.

    Ela enxugou o suor da testa com as costas da manga.

    — O que o traz para esses lados? Não havia marcado uma reunião com o jardineiro?

    Como evidenciado pelas mangas da camisa enroladas até os cotovelos e pelas calças manchadas de terra, Alfred, em seu tempo livre, gostava de categorizar as numerosas plantas, arbustos e flores da propriedade. A gravata, também manchada, pendia em um ângulo estranho, como se ele tivesse tentado ajustá-la antes de se lembrar que os dedos estavam sujos.

    — Sim, ficamos muito imersos no jardim de rosas, mas Caruthers está prestes a ter uma apoplexia e me enviou para encontrar você. Só de olhar sei que andou fazendo alguma estripulia. — ele passou a mão pelo cabelo castanho escuro, destruindo os esforços do valete de deixá-lo em ordem esta manhã.

    Maggie sorriu.

    — Pois é.

    — Pelo menos você está se divertindo. Parece que sua sobrinha chegou um dia antes do previsto, e agora está sentada na sala de visitas à sua espera.

    Uma vibração de antecipação percorreu o torso dela. Já fazia muito tempo desde que vira Amanda pela última vez.

    — Sabe que Amanda também é sua sobrinha, não sabe?

    — Sim, mas como não falo com nosso estimado irmão há anos, penso nela mais como sua do que minha.

    Maggie riu.

    — Não tenha ciúme de Gregory. Não é culpa dele que os serviços que presta como advogado sejam tão requisitados, nem consegue deixar de ser um idiota em algumas ocasiões. Disseram-me que Nova York está cheia de pessoas que precisam de um representante da lei, e ele é bom nisso.

    — Ele é um bom advogado, ou um bom idiota?

    Ela sorriu, mas não respondeu.

    — Ciúme não faz parte da minha natureza.

    Alfred fez um som de deboche.

    — A ciência pode não ser uma escolha popular, nem vai me tornar rico, mas me interessa, e isso é o que importa. Eu só não entendo por que Gregory permitiu que Amanda fizesse essa viagem, não apenas para a Inglaterra, mas de Londres até sua propriedade esquecida por Deus.

    — Lembre-se, Amanda estava bem acompanhada. Não se pode dizer que foi negligenciada.

    — Mesmo assim, ela veio aqui. Você é a nova babá dela?

    Ele gargalhou como se fosse uma piada histérica.

    Nem pensar!

    — Oras, eu posso contar por quê. — Maggie não puxou as rédeas quando seu cavalo subiu pela estrada para beber água de uma poça de lama. — Nossa querida sobrinha colocou na cabeça que gostaria de vivenciar a Sociedade Inglesa em meio a uma Temporada, para ver o que há para tanto alarido. Ela acabou de completar dezoito anos, e como Gregory come nas mãos dela, ela arrancou a viagem dele com uma condição.

    — Que seria?

    — Que eu patrocinasse a apresentação dela à Sociedade. Ele acredita que a ideia de Amanda atrair um cavalheiro com título é positiva, e que seria um bom gracejo para uma garota americana se juntar às tradições da Inglaterra. Com as conexões de papai na Marinha, foi fácil conseguir convites para bailes e festas. No entanto, devo acompanhá-la e financiar tudo. Afinal, de acordo com nosso querido irmão, estou "sentada em pilhas de riquezas, sem ter nada com o que gastá-las".

    — E não está? — uma das sobrancelhas de Alfred avançou em direção à linha do cabelo. — Afinal, seu amado Robert trabalhou duro para solicitar à Coroa que lhe concedesse o baronato vinculativo no caso da morte prematura dele e a ausência de herdeiros.

    — Sim, ele fez isso.

    Uma pontada de tristeza a dominou. Apesar das outras falhas de seu falecido marido, ele foi inflexível quanto a manter o título militar relevante, ainda mais depois que perderam seu filho. Mesmo agora, aquecia seu coração que ele tenha visto potencial nela, tenha acreditado que ela poderia engrandecer o título, mesmo que fosse americana

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