A grande crise económica na Grécia: Uma viagem para descobrir a crise económica grega que começou em 2008 e alarmou o mundo. Quais são as causas e as suas implicações

De Stefano Calicchio

Porque é que a Grécia entrou em crise económica em 2008? O que causou uma das maiores crises económicas que o mundo ocidental já teve de enfrentar? Que possibilidades e esperanças são deixadas aos cidadãos gregos?

A economia grega tem estado em profunda crise desde 2008, com graves consequências para os seus cidadãos. Num curto período de tempo, a situação deteriorou-se tanto que o país tornou-se um risco sistémico para a economia global. Como resultado, a população sofreu intervenções drásticas e cortes pesados em muitos sectores, incluindo a saúde, o bem-estar e as pensões.

A 19 de Agosto de 2011, um membro líder do governo grego classificou muitas das medidas de austeridade anteriormente decididas como desnecessárias. Entretanto, a população tem enfrentado imposições restritivas sem precedentes, abafadas por cortes salariais e aumentos insustentáveis dos impostos.

Neste breve ensaio vamos abordar a crise na Grécia a partir do zero, explicando quais são as causas da crise e quais as consequências que a população teve de sofrer. Estudaremos as razões que causaram a crise na Grécia e encarregar-nos-emos de explicar quais são as iniciativas utilizadas por outros países para curar situações difíceis semelhantes e para olhar novamente para o futuro com mais esperança e serenidade.

• Idioma: Português
• Editora: Stefano Calicchio
• Data de lançamento: 15 de mar. de 2021
• ISBN: 9791220278942

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Introdução

Imagine uma economia pertencente ao grupo dos países ocidentais, que tem vindo a crescer fortemente desde o período do pós-guerra e tem sido protagonista de um verdadeiro milagre económico desde os anos 60. Imagine uma nação que tenha experimentado uma taxa de crescimento económico de 7% por ano durante quase trinta anos.

Pense numa nação onde a indústria de serviços se tenha desenvolvido extensivamente, ao ponto de representar 15% do PIB anual total.

Se tudo isto ainda não for suficiente, imagine um país que tenha a maior frota mercante do mundo em termos de tonelagem. Um país que há apenas alguns anos, em 2004, acolheu com ênfase e sucesso o evento desportivo mais importante do mundo: as Olimpíadas.

De que país estamos a falar? A questão é tudo menos retórica, porque apenas alguns anos mais tarde esta nação, a Grécia, está de joelhos. A crise que eclodiu nos anos de 2008 a 2009 literalmente esmagou a economia grega, criando danos e profunda devastação financeira.

Na Grécia, sectores e distritos económicos inteiros foram destruídos com a velocidade da luz, o desemprego tornou-se galopante e o Estado teve de fazer cortes pesados no sistema de bem-estar público, o que afectou uma grande parte da população.

Como poderia isto acontecer? De quem é a culpa? Quais são as consequências concretas para a economia grega? Quando se reflecte sobre a velocidade com que a economia grega entrou em espiral, é realmente difícil aceitar o que aconteceu.

Na mente das pessoas comuns há muitas perguntas sobre a crise na Grécia que estão à espera de ser respondidas. Em muitos países europeus com crises de dívida nacional semelhantes (Espanha, Itália, Portugal e Irlanda para citar alguns) o receio de que algo muito semelhante possa acontecer permanece forte e contribui para uma considerável apreensão.

Este guia foi criado para explicar em palavras simples como aconteceu a catástrofe da crise económica na Grécia e o que podemos aprender sobre ela.

Vamos esclarecer alguns números e fundamentos económicos que distinguem a situação grega, sem pretender apresentar soluções ou explicar todas as implicações, mas sim