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O Silêncio da Floresta: Aventuras em Brad, #6
O Silêncio da Floresta: Aventuras em Brad, #6
O Silêncio da Floresta: Aventuras em Brad, #6
E-book209 páginas2 horas

O Silêncio da Floresta: Aventuras em Brad, #6

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Sobre este e-book

Tendo escapado da Masmorra, Daniel e seus novos membros de equipe apenas começaram a relaxar quando um novo desafio os aguarda. Tula, a Ranger da equipe, aceita uma missão de expedição à selva, arrastando Daniel e seus amigos da cidade para um novo ambiente. Juntos, eles terão que enfrentar perigos desconhecidos, criaturas aéreas monstruosas, e aprender sobre os maiores perigos em Brad.

O Silêncio da Floresta é o livro 6 das Aventuras em Brad, uma série de fantasia jovem adulta LitRPG / GameLit. Uma aventura slice of life de heróis de todos os dias tentando ganhar a vida como Aventureiros em um mundo de fantasia inspirado por suas light novels isekai japonesas favoritas.

IdiomaPortuguês
EditoraTao Wong
Data de lançamento16 de abr. de 2021
ISBN9781071596128
O Silêncio da Floresta: Aventuras em Brad, #6

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    Pré-visualização do livro

    O Silêncio da Floresta - Tao Wong

    Capítulo 1

    Daniel estava sentado à mesa no segundo andar de uma taverna, olhando para o portão que uma vez enviara ele e os membros de seu grupo para uma Masmorra. Algumas semanas depois, havia barricadas de madeira bloqueando a saída da entrada, e paredes de pedra estavam se formando rapidamente atrás dessas barricadas temporárias. Os aventureiros ficaram em posição de sentido atrás das barricadas de madeira enquanto ainda mais guardas da cidade esperavam.

    Daniel passou a mão pelo cabelo preto, os olhos castanhos se estreitando com a memória das últimas semanas. As barricadas de madeira foram a primeira coisa a chegar, mas logo depois, a Guilda dos Aventureiros começou a revezar as equipes Índigo e Violeta para vigiar a entrada da Masmorra. Com a ajuda dos guardas da cidade, o objetivo era conter qualquer ataque que pudesse surgir.

    — Alguma coisa? — Asin perguntou, seu rosnado bestial irrompendo de sua garganta em um ronronar baixo. A Catkin sentou-se ao lado de Daniel, as orelhas compridas se contorcendo enquanto olhava pela janela. As garras se estenderam e se retraíram em suas palmas peludas. Daniel desviou o olhar para encontrar os olhos violetas de Asin e balançou a cabeça.

    — Não se preocupe. Eles são uma equipe forte — disse Omrak, sentando-se. No entanto, até mesmo o bom humor habitual do gigante do Norte foi subjugado, suas palavras carregando pouca convicção nelas. Na verdade, ninguém mais tinha esperança de que as equipes saíssem da Masmorra. Tempo demais havia passado. A comida teria acabado e as poções de cura e mana teriam se esgotado. Se eles ainda estivessem vivos, qualquer equipe sensata teria se retirado.

    Sabendo disso, a Guilda dos Aventureiros entrou em ação. Era trabalho deles lidar com as Masmorras. Não fazer isso significava que um surto ocorreria — especialmente em Artos. A Masmorra só aparecia de vez em quando, permitindo um pequeno número de equipes antes de ser fechada novamente. Mas agora, tinha aparecido antes do normal e não tinha sido limpa. A Guilda não podia mais depender de práticas passadas. E então, eles observaram e esperaram.

    Um baque próximo a Daniel desviou sua atenção da mesa. Tula colocou seu prato de comida ao lado de Daniel — o vegetal assado, pão fresco e ensopado de carne fazendo seu estômago roncar. Daniel olhou para cima, dando um sorriso rápido para Tula. A Ranger devolveu o sorriso, seus olhos castanhos plácidos ficando com um ar sinistro por causa da pequena cicatriz que dividia uma sobrancelha. — Não se preocupe comigo. Só tive que pegar alguma coisa para comer quando senti o cheiro do que eles estavam cozinhando.

    — Eu não entendo como você pode comer isso — Rob disse, fungando. O cabelo escuro e oleoso do Selkie refletiu a luz quando ele se juntou ao grupo, as mãos calejadas segurando uma caneca de cerveja. — As bebidas deles quase não são aceitáveis.

    — O gosto parece bom para mim — disse Tula com a boca cheia de comida. — Comi muito pior na estrada.

    — Ugh. Rangers. — Rob fungou, mas voltou seu olhar para a janela. — Alguma mudança?

    Ao redor deles, a taverna zumbia com mais negócios do que tinha visto em anos. Essa taverna e a do outro lado da rua haviam se tornado locais não oficiais para muitos Aventureiros sem nada melhor para fazer. Um sentimento comum de perda e esperança, de responsabilidade e fardo, os mantinha por perto, caso o pior acontecesse. Ainda…

    — Não. — Daniel balançou a cabeça e engoliu um gole de cerveja. Rob estava certo — a cerveja aqui mal era aceitável. Nem de perto tão boa quanto a de Erin. Mas eles não vieram aqui para comer.

    — Eu estava pensando que deveríamos tentar Portos em seguida — disse Rob, se inclinando para frente. — Estamos parados no quarto andar de Aramis agora, então devemos ir em Portos. Novos monstros significam mais experiência. Pode nos ajudar a superar o obstáculo que precisamos para subir de nível.

    — Só fizemos o quarto andar cinco vezes — resmungou Omrak. — É insuficiente para descobrir os métodos adequados para terminar o andar. Requer apenas perseverança!

    — Claro, claro. Eu entendo — disse Rob. — Mas estou apenas dizendo que poderíamos ir em Portos e subir de nível, descer alguns andares. Ganhar moedas. Então iremos em Aramis novamente em uma situação melhor.

    — Eu não gosto de desistir.

    — Rob não está dizendo para desistir, apenas parar um pouco. E… — Tula fez uma pausa e abaixou a cabeça, saboreando o ensopado. Daniel inclinou a cabeça para o lado, surpreso que a Ranger repentinamente parou de falar. Isso foi muito estranho.

    — Ai! — Daniel exclamou, olhando para Asin, que o havia chutado por baixo da mesa. Ainda assim, ele entendeu. — O que é, Tula?

    — Nada. Bem, nada ainda… — Tula fez uma pausa, visivelmente hesitante, e então suspirou. — Mas eu tenho que ir logo. Em uma semana ou algo assim. Há uma nova expedição saindo de Silverstone e fui solicitada a participar dela.

    — O quê? — Daniel disse.

    — Pela barba estrelada de Luz! — Omrak exclamou.

    — Oh… — disse Rob.

    — Sim. Desculpem. Eu disse que isso era uma tarefa de curto prazo. Eu gostei de trabalhar com todos vocês, de verdade. Mas cidades? Não é para mim, sabe? — disse Tula. — Rangers devem estar na floresta. E esta expedição está voltando para minha antiga aldeia. Seria bom ver minha família novamente.

    — Isso faz sentido. Família é importante — disse Daniel, enquanto um lampejo de arrependimento o percorria. Ele não tinha mais nenhuma, tornando-o apenas mais um aventureiro órfão. Havia um número surpreendentemente grande deles. Ou talvez não tão surpreendente quando se considera o tipo de trabalho que eles aceitavam. Era mais fácil arriscar sua vida quando você não tinha nada prendendo você por perto.

    — Bem, se você está indo embora, esse é mais um motivo para irmos em Portos! — Rob disse, batendo com a mão aberta na mesa. — Caso contrário, Tula não terá a chance de vê-la. Ou obter a experiência do novo monstro.

    Esse argumento pareceu convencer Omrak, que retumbou sua concordância. Asin apenas bufou enquanto Daniel coçava a lateral da cabeça, calculando o tempo. — Quando?

    — Amanhã?

    — Não posso. Eu prometi um tempo para o hospital — Daniel disse, repassando sua própria programação. Desde a exploração bem-sucedida deles, Daniel foi inundado com ofertas para fazer uso de seus feitiços de cura. Em vez de rejeitar constantemente, Daniel começou a trabalhar em um dos hospitais de Silverstone em tempo parcial. Lá, ele recebia um salário regular por seu trabalho, e os aventureiros e Guildas eram forçados a pagar o hospital diretamente. Como sua programação foi postada publicamente, as discussões sobre o uso de seus feitiços limitados e Mana diminuíram. Isso não interrompeu os convites, mas pelo menos diminuiu um pouco o fluxo.

    — Certo. No dia seguinte — disse Rob.

    Acordos murmurados começaram ao redor da mesa. Feito isso, Daniel começou a atribuir papéis ao grupo, garantindo que eles trabalhassem juntos não apenas para estocar e se preparar para a nova Masmorra, mas também para coletar todas as informações que pudessem. Depois de um acordo para se reunir novamente na noite seguinte para discutir e planejar a viagem, o grupo se distraiu com discussões animadas e relembrando o passado mais uma vez.

    Ainda assim, de vez em quando, um ou outro do grupo olhava pela janela, olhando para o silencioso portão da Masmorra. Esperando.

    Capítulo 2

    Portos era uma das três Masmorras de Silverstone. Uma das duas na verdade, já que Artos raramente abria. Alguns recém-chegados nem sabiam da existência de Artos antes do anúncio recente. Por causa da falta de frequência nas aberturas de Artos, Portos e Aramis eram as Masmorras principais da cidade, e aquelas que tinham uma maior quantidade de informação disponível. Aramis era considerada a Masmorra mais fácil. Seus primeiros três andares eram uma repetição contínua da mesma forma — diabretes voadores e plataformas flutuantes. Perigosa se alguém tiver azar e for descuidado, mas não mortal.

    Portos, por outro lado, não era recomendada para Aventureiros Avançados iniciantes. Não era por causa do terreno perigoso — apesar de ser horrível navegar e lutar nos corredores de pedra mal iluminados. O que causava um problema eram os demônios que povoam as catacumbas. Cada um dos Zarask eram demônios menores, conhecidos por sua grande força e capacidade de gritar. Mesmo usando protetores de ouvido, os gritos eram conhecidos por desorientar os lutadores — forçando-os a lidar com os ataques severos enquanto ainda estavam instáveis. Tantos Aventureiros Avançados eram presas desses ataques simples, esmagados no chão, que a Guilda declarou que o primeiro andar só estaria disponível para Aventureiros Avançados marcados com amarelo e acima.

    Daniel olhou ao redor do grupo uma última vez enquanto eles se reuniam do lado de fora da entrada de Portos. Vendo que todos estavam lá, o Curandeiro ergueu a voz.

    — Todos estão com seus protetores de ouvido? Protetores extras? Comida e água para mais um dia? Calças e meias sobressalentes? — Quando todos concordaram, Daniel sorriu. — Certo. Última vez. Pessoal, sigam os sinais de Tula.

    Esse era um dos outros problemas de ir para Portos. Já que protetores de ouvido eram obrigatórios, as equipes tinham que aprender um método de comunicação silencioso. A grande maioria das equipes estudavam sinais manuais por essa razão. Na verdade, existiam três tipos comuns de sinais manuais: os que eram ensinados pela Guilda dos Aventureiros, os que eram usados pelo exército, e os que eram usados pelos Rangers. Obviamente, havia uma sobreposição significativa entre os sinais manuais, embora os diferentes grupos enfatizassem aspectos diferentes.

    Juntos, eles acompanharam os sinais feitos com as mãos e palavras mudas de Tula, repetindo depois dela com ações fluidas, em sua maioria. Afinal, eles trabalharam com a Ranger por tempo suficiente para aprender o básico — e também estudaram mais na Guilda.

    — Eles são bons — disse Tula. Daniel sorriu, tocando o apito que guardava sob a camisa. Se tudo o mais falhasse, todos concordaram em uma única rápida explosão para fugirem. Haviam é claro muito mais sinais disponíveis através do apito de metal, mas nenhum deles tinha aprendido. Ou os sinais baseados em luz que outras equipes pareciam preferir.

    — Vamos — disse Daniel acenando para que todos avançassem. Enquanto o grupo se aproximava dos guardas que vigiavam os portões, ele ignorou os sorrisinhos dos guardas, mostrando a eles seu cartão de Aventureiro. Ele sabia como eles pareciam tolos, praticando pouco antes de entrar, mas era melhor tolos do que mortos.

    — Venha — Omrak ressoou batendo no ombro de Daniel. — Eu devo liderar.

    — Não. Meu — disse Tula, revirando os olhos e empurrando com bom humor o grande Nortista com o ombro. O gigante cedeu, dando um passo para o lado e cruzando os braços enquanto a Ranger pulava pelo portal que levava ao primeiro andar de Portos. No entanto, no momento em que ela passou pelo Portal, o Nortista se moveu para a frente, dando a ela alguns segundos para limpar a entrada antes de o atravessar.

    Daniel era o próximo, sua posição no meio do grupo permitindo que o Curandeiro usasse sua armadura e escudo mais pesados, bem como sua capacidade de cura ao máximo. Atrás de Daniel vinha Rob, o Feiticeiro. Em uma mão, o Feiticeiro carregava seus espinhos mágicos, na outra, sua varinha recém-comprada. Asin, que antes era a batedora deles, ficou por último para cuidar da retaguarda. Não que a entrada fosse preocupante, mas ainda assim era uma boa prática.

    Quando Daniel passou pelo portal, saindo da entrada automaticamente com um pequeno salto para o lado, seus olhos varreram os arredores da Masmorra. Imediatamente, o Aventureiro ficou muito desapontado. Entre outras coisas, a Masmorra não oferecia uma vista grandiosa ou inspiradora, apenas outro conjunto quebrado de catacumbas. De uma das cinco portas que havia sido mantida aberta, Daniel podia ver os corredores mal iluminados que formavam o primeiro andar.

    Mal iluminados ou não, os corredores ainda brilhavam com aquela fraca luz azul que era uma marca registrada da pedra infundida com Mana e que era parte do ambiente de uma Masmorra. Daniel bufou, desenganchando seu martelo de guerra encantado e verificando a porta que estava aberta. Estranho…

    — Tula? — Daniel chamou a Ranger. Ela se moveu furtivamente, fazendo uma carranca para Daniel por levantar a voz na Masmorra, antes de se agachar olhando para a porta. Instantes depois, Asin se juntou à Ranger e elas começaram uma conversa sussurrada que consistia de palavras únicas, mímica e apontar. Daniel deu um passo para trás, montando guarda atrás do par enquanto esperava. No fim foi Tula quem olhou para cima.

    — Porta segura. Tem uma armadilha no vão da porta. Mágica — Tula disse e depois deu de ombros. — Rob?

    O Feiticeiro resmungou quando finalmente foi chamado. Enquanto ele se aproximava, Asin cuidadosamente abriu a madeira ao redor da ombreira da porta, exibindo a escrita rúnica atrás dela. Rob se agachou, pedindo mais luz, que foi fornecida por Asin por meio de uma moeda de luz encantada, antes de ficar em silêncio resmungando de vez em quando. Enquanto isso, Asin e Tula percorreram a sala, verificando cuidadosamente as outras portas e suas ombreiras.

    — Armadilhas na entrada da Masmorra? — disse Omrak cruzando os braços grandes sobre seu peito pouco armadurado. — Isso é incomum, não é, amigo Daniel?

    — Sim — concordou Daniel. — Eu não lembro de nenhum dos outros grupos mencionando isso como sendo comum. — Na verdade, embora a Guilda tivesse livros disponíveis para verificação, poucos Aventureiros se incomodavam em checar os registros da Guilda. Os registros da Guilda não só eram entediantes, mas uma grande parte dos Aventureiros também eram analfabetos. Por isso, a tradição consagrada da fofoca fornecia aos Aventureiros a grande maior parte de seu conhecimento sobre outras Masmorras. — Asin, isso fazia parte dos registros?

    Asin ergueu os olhos e balançou a cabeça antes de voltar para a porta. Depois de um tempo, a Catkin e Tula voltaram até Daniel, que continuava perto do Feiticeiro resmungão.

    — Não há mais armadilhas — Tula disse eventualmente. — Só aquela porta.

    — Por que isso não está nos registros? — Daniel disse franzindo a testa enquanto olhava para a porta com a armadilha.

    — É porque não é uma armadilha — disse Rob enquanto finalmente se levantava. — Além disso, não foi feita pela Masmorra. Mesmo que pareça. E é relativamente nova.

    — Quão nova?

    — Cerca de uma dia — disse Rob esfregando o queixo. — Estou supondo que a marca no vão da porta é para desacelerar a recuperação da porta pela Masmorra.

    — O que ela faz? — perguntou Omrak.

    — É um feitiço de localização. O equivalente mágico de uma bola de fio — disse Rob. — Também há um sinal de aviso para garantir que o Mago seja alertado se alguém passar pela porta.

    — Por que não usar apenas o chão?

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