Crianças-Pedagogas e seus Educadores na Pedagogia Profunda
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Sobre este e-book
A obra considera a educação via a sábia guiança que move as crianças em direção ao crescimento, não significando que elas prescindem de seus educadores, muito pelo contrário. Sem uma leitura cuidadosa e não convencional, pelo educador, do sentido das ações infantis, uma leitura embasada no referencial junguiano, o sentido praticamente se perde.
Os relatos apresentados aqui, agrupados em torno de temas como agressividade, espiritualidade infantil ou aprendizagem, vistos sob um prisma diferenciado, são compreendidos via os arquétipos, e/ou lidos de modo não literal, até extrair deles a mensagem subjacente, o sentido simbólico, agente de transformação benéfica.
Apresentando exemplos de conteúdos arquetípicos na vida de crianças, esta leitura permitirá a educadores, psicólogos, pais e a todos os que trabalham com crianças, conhecer um caminho novo, alentador, praticável, surpreendente e imprevisível. Caminho extremamente singular, porque é baseado na singularidade dos seres – educadores e educandos, no mais absoluto respeito à diversidade, o que quiçá nos colocará nos trilhos de uma psicologia da educação realmente profunda.
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Crianças-Pedagogas e seus Educadores na Pedagogia Profunda - Céline Lorthiois
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO EDUCAÇÃO, TECNOLOGIAS E TRANSDISCIPLINARIDADE
APRESENTAÇÃO
Este livro fala sobre crianças, educadores, consciência e sobre inconsciente, fundamento nebuloso de cada trajetória humana, e, ao mesmo tempo, oceano de arquétipos colaborando com o empenho de desenvolvimento da consciência de cada ser. É para contribuir com esse empenho que o adulto dá atenção tanto à saúde psicológica da criança quanto aos seus processos de aprendizagem.
Ao longo dos capítulos, o discurso simbólico das crianças desponta – obstinado, veemente ou compenetrado – revelador de seus sentimentos e do seu comprometimento.
Em Sábio brincar, a criança aparece como atualizadora de uma postura e de descobertas remetendo aos inícios da humanidade. Ela apreende, por exemplo, o círculo em objetos naturais; e é por esse caminho que o círculo renasce, enquanto abstração, quando se forma na criança o conceito de círculo, independentemente de todos os círculos peculiares que a levaram a essa abstração.
Em Valores, vê-se que a meta de praticá-las passa pela atenção a situações denotando absoluta falta de valores, tais como o bullying. Acolher tudo é o primeiro passo para a compreensão de situações desafiadoras: sentimentos negativos hão de ser aceitos e não corrigidos, pois atrás de cada violência há uma ferida real. Sobre verdade e educação, mostramos a atuação da verdade e da mentira pelo viés do inconsciente, por meio de um sonho. Aprender sobre si mesmo é um caminho seguro para a prática de valores, sendo que o desenvolvimento da consciência é o alvo dessa busca. Trabalhos manuais e corporais são meios para o autoconhecimento.
Em Criança, espiritualidade e saúde, cada ser consciente revela possuir vias de acesso a memórias, pessoais ou impessoais – nesse caso, arquétipos do inconsciente coletivo. Damos o exemplo de uma criança atuada pelo arquétipo do destruidor, e, em seguida, pelo arquétipo do organizador. As vias de comunicações entre consciente e inconsciente permitem que a compreensão do educador tenha um efeito na criança. Por outro lado, manifestações de agressividade em crianças parecem responder a apelos do coletivo, quando necessidades individuais são ignoradas. Um pequeno alquimista fornece um exemplo de expressão do self numa situação de sofrimento; outra criança demonstra ser o sacerdote-curador de suas feridas; meninos dramatizam o sequestre e o resgate de sua anima. No entanto, aponta Bachelard (1948), a infância carrega, além de marcas doloridas, lembranças de brincadeiras e descobertas.
Em Agressividade infantil, salienta-se que uma boa comunicação entre a criança interna do educador e o mestre interior da criança é necessária para lidar com desejos, sonhos e emoções, sendo esses guias do ser e expressões da alma. São apresentados exemplos de crianças agressivas e demonstra-se a sensatez de seus comportamentos e de suas soluções; um desses exemplos expõe a atuação dos arquétipos do lutador e do pacificador; em outro exemplo, uma criança, impossibilitada de expressar na escola o arquétipo do mestre, encontra uma maneira de vivenciá-lo, aumentando assim o seu bem-estar.
Em Flores e pedras, considerações sobre húmus, pedras, flores e tropismo, inspiram uma comparação com o equilíbrio entre as forças do inconsciente e da consciência, entre luz e sombra; constatamos que, na escola ou fora dela, há sujeiras
, impropriedades, impulsos toscos, e que estes não podem ser simplesmente descartados em nome de um desejo do adulto por paz e harmonia. Em relação a espaços de aplicação da Pedagogia Profunda, crianças manifestam a necessidade de frequentá-los, possivelmente pelo fato de elas intuírem que nesses ambientes