Doce Fetiche

De Bedrettin Simsek

Uma história engraçada que faz pensar e rir!
Bedrettin Simsek, na obra "Doce Fetiche", surpreende seus leitores ao transformar o conto dramático do escritor Francês Maupassant "Cabelo" em uma comédia inteligente e farsa que retrata a loucura com personagens inteligentes e diálogos sábios em estilo de Oscar Wilde.
Para os leitores que anseiam por literatura verdadeira e humor significativo.

• Idioma: Português
• Editora: Bedrettin Şimşek
• Data de lançamento: 18 de mai. de 2021
• ISBN: 9786057482990

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obras.

Doce Fetiche

Baseado no conto dramático Cabelo do escritor Francês Maupassant

1

É hora de aceitar um fato: à medida que nossa civilização avança, torna-se mais difícil chamar as pessoas de loucas, infelizmente! Portanto, a história da psicologia é a história da injustiça para com os loucos.

Aqui à luz deste fato, N..., um de nossos talentosos médicos mentais, deu o seguinte conselho de ouro que todo psicólogo deve registrar em seu caderno de anotações a seu amigo advogado, que veio visitá-lo em seu escritório por causa de seu irmão.

Veja, disse este médico muito famoso a seu amigo advogado, nos velhos tempos, quando parentes de pacientes vinham até nós, encontraram um juiz, um promotor, e não um médico. Por esta razão, os pobres malucos eram tratados de forma tão injusta durante anos. Eram até considerados loucos. Mas agora tudo mudou. Hoje, não é mais possível convencer os loucos de que são loucos; você deveria ser mais esperto do que eles para fazer isso. E infelizmente, a ciência ainda não descobriu tanta inteligência nos seres humanos. Você diz que a condição de seu irmão o incomoda. Deixe-me dizer-lhe o seguinte: se ele está bem com sua condição, o que podemos fazer? Você pode convencê-lo de que ele está louco? No que me diz respeito, é muito difícil. Digamos apenas que ele acreditou. E se ele estiver feliz com isso? Lembre-se, a psicologia existe para atender às queixas das pessoas. Uma solução para sua reclamação também será encontrada. Para isso, basta que você entre em contato com um centro de saúde.

Não foi sem razão que o pobre advogado estava em apuros. Porque seu irmão tem agido de forma tão estranha por um tempo. Tugrul - esse era o nome de seu irmão - era um homem de trinta e poucos anos com uma grande imaginação, que experimentou um noivado infeliz e se dedicou ao negócio das antiguidades. Ele estava profundamente ligado a suas artimanhas e se sentia mais feliz quando estava cercado por elas.

Um dia, um cliente trouxe um armário feito de nozes, com pelo menos duzentos anos. O antiquário imediatamente se apaixonou por aquele armário. Ele o tinha em sua visão o tempo todo, e nem um único momento passou que ele não limpasse o pó e o limpasse. Era uma obra-prima de carpintaria. Era óbvio que foi feita por um mestre perfeito. Tinha gavetas elegantes, compartimentos escondidos que se abriam com uma fechadura sob esculturas finas de madeira, tornando possível esconder letras. Como se o carpinteiro o fizesse para uma mulher infeliz que queria esconder seu amor proibido de seu marido ciumento.

O antiquário apreciou este objeto de amor durante dias, tentando desvendar sua linguagem oculta, aprender seus segredos. Ele finalmente encontrou aquela coisa misteriosa escondida na parede interna do armário. Uma pitada de cabelo de mulher costurado em um pedaço de veludo vermelho brilhante. Não havia indicação de a quem ele pertencia. No entanto, isto acendeu a imaginação do antiquário; ele inventou tantas histórias sobre isso que acabou se apaixonando por este pedaço de cabelo. Embora ele não tivesse o resto, isso não era um problema para ele. Ele colocou um dos corpos mais bonitos que um homem poderia imaginar sob a peruca e começou a sair com ele. Agora ele usava o cabelo em seu braço, levava-o a todos os lugares que ia, falava com ele como se houvesse uma mulher de verdade na sua frente, ele aparecia em todos os lugares com ele. Ele não sentiu necessidade de esconder seu estranho amor. Ele disse àqueles que olhavam para ele com espanto e zombavam dele:

"Nós acreditamos que nosso amor merece tanto respeito quanto o de qualquer outra pessoa. E daí? O nosso amor tem que ser como o de todos os outros? O amor tem que ser do jeito que vocês o experimentam? Então pedimos que