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Do Feminismo Para Quem Ao Feminismo Negro
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E-book70 páginas54 minutos

Do Feminismo Para Quem Ao Feminismo Negro

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Sobre este e-book

Quem tem medo de mães negras? E de blogueiras negras, quem tem? Pois Rúbia Lisboa (@poisesoumae), jornalista, escritora e ativista negra de BH descobriu-se de volta ao lar, despedida em um "corte de custos" no mínimo suspeito, em plena pandemia do coronavírus. O que ela fez? Voltou a estudar – entre a vida de "mãefessora" que acompanha as aulas on-line da filha e a briga com a cozinha "que não quer ser sua amiga".

Do feminismo para quem ao feminismo negro é o relato que surge deste processo. Vencedor da chamada NuaFest 2021, o livro está sendo produzido com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro (@sececrj) , por meio do edital emergencial #retomadaculturalrj, este livro conta a história de uma mulher que encontrou seu caminho refletindo, estudando e agindo sobre as pautas do feminismo negro.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento1 de jun. de 2021
ISBN9786586353129
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    Do Feminismo Para Quem Ao Feminismo Negro - Rúbia Lisboa

    Do feminismo para quem ao feminismo negro

    I. Quem sou eu?

    Ao contrário das autoras negras de que estou me aproximando agora, tive uma infância tranquila, distante de acontecimentos que envolvessem, por exemplo, traumas causados pelo racismo.

    Na adolescência, é claro, passei por aquelas típicas situações em que era a última da turma a pegar alguém, a mais boazinha e confidente dos meninos, a cupido da galera e assim vai. Porém, meus pais souberam empoderar-me de um jeito – sem nem ao menos conhecer conceitos relacionados ao antirracismo – que eu não me deixava abater por qualquer coisa.

    Sempre era a que puxava o bonde. Liderança sempre foi uma característica marcante na minha vida, para além de ser a neguinha magrela que usava aparelho nos dentes e tinha um celular tijolão na cintura antes de qualquer um.

    Sou filha de manicure e vendedor. Meus pais optaram por não ter mais filhos para me darem melhores condições de saúde e educação. Estudei em escola particular até os doze anos – na época, sexta série, tempo em que meu pai faleceu. Sou o que sou devido ao exemplo dele. Sempre alegre, com muitos amigos e disposição para a vida.

    Na década de 90, ainda era raro os pais serem tão presentes na vida de seus filhos. Principalmente, quando se tratava de pais de meninas. Mas o meu pai não era assim! O único homem a participar das reuniões escolares, a instigar a minha imaginação e a me apoiar em tudo que eu quisesse fazer.

    Talvez, isso tenha contribuído para que eu tivesse respeito entre os meus amigos. Meu pai era admirado por todos e, ao mesmo tempo, temido. Ninguém era doido de mexer com a filha dele. Minhas professoras suspiravam quando o negão de tirar o chapéu chegava. Um verdadeiro gentleman em tempos em que a paternidade ativa nem era cogitada como parte do

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