Flores da Batalha
De Sérgio Vaz e Emicida
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Sobre este e-book
Na apresentação, Emicida cita Mário de Andrade, que em 1924 clamou por um "Brasil com alma", em uma carta para Carlos Drummond de Andrade. "Para isso todo sacrifício é grandioso e sublime", completa. Nas paisagens que moldam Flores da Batalha, mais uma vez São Paulo da zona sul. Vaz achou na rua a oportunidade de se expressar, criando arte que fala com e para as pessoas que cresceram e são moldadas por experiências periféricas. Dessa forma, a poesia da periferia, galgada pela voz do povo, se torna parte da rotina diária de milhares de brasileiros.
Ao apontar sua caneta para a rotina da periferia, o autor cria mais uma vertente do Brasil com a alma que Mário de Andrade citou, ao mesmo tempo em que faz poesia que, como diz o próprio Emicida, "tira a mordaça da alma". Responsável também por Flores de alvenaria, Literatura, pão e poesia e Colecionador de pedras, Sérgio Vaz cresce cada vez mais em território nacional, e soma sua arte com movimentos e eventos como a própria Cooperifa e até mesmo a Perifacon, que leva a cultura pop para os extremos de São Paulo, sempre democratizando o acesso.
Sergio Vaz cria sempre poesia que é o alimento da alma, e oferece alívio, cura dores, dá esperança, identidade… ou seja, é arte. Uma voz para aqueles que foram marginalizados por muito tempo, seus textos exploram as dores e a alegria de viver na periferia na selva de pedras que é São Paulo. O tema aparece de forma profunda, honesta e as vezes até um pouco dura em todos os seus livros e continua presente, de forma cada vez mais madura e autoconsciente, em Flores da Batalha.
Leia mais títulos de Sérgio Vaz
Colecionador de Pedras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFlores de Alvenaria Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLiteratura, Pão e Poesia: História de um Povo Lindo e Inteligente Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
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Flores da Batalha - Sérgio Vaz
Sérgio Vaz
Flores
da
batalha
Apresentação – Emicida
***
1a edição digital
São Paulo
2023
Logo da Global Editora.Selo de 50 anos da Global Editora.Sumário
Ofereça flores – Emicida
[Confia no teu corre]
Vassouras do tempo
[Resistir ao lado das pessoas que a gente gosta]
Recado
O velho príncipe
Quando chovia no coração
A novidade é que eu voltei a sorrir (Samba da nova manhã)
[Se você quiser]
Uva passa
[Ame-se.]
[Tem gente]
Viver
Poesia
[A esperança de um povo]
[O que adianta]
[Não quero ser melhor]
[É preciso democratizar a palavra,]
[Descobrir-se sozinho]
Afogados
Batalhas
[Tem gente à venda na vida]
Tempo ruim
Onde nos vimos pela última vez
[Se todo mundo gosta de você, então é você que não se gosta.]
Poesia concreta
Fake News
[Faz teu corre,]
[Custa caro]
Tempos modernos
Teimosia
[Viver dói,]
[O que me faz feliz]
Humanidade
[Deseje para você]
[Não me cobrem religião,]
[A vida constantemente]
Ensina-me a viver
[Eu vi vencedores nos olhos de muitos derrotados.]
Geografia da dor
A fama das ruas
[Há uma diferença]
[Lealdade,]
[Se todo mundo]
Espelho partido
[Quem não enxerga]
Filosofia de vida
Mar profundo
Jorge Ben
[Sou candidato por um dia]
[Queria]
[Foi pensando que era grande]
Curva de rio
5318
Sorriso em flúor
No silêncio das ruas
[Hipocrisia: / Gente que não faz,]
[Hipocrisia: / um Deus na boca]
O que está acontecendo, Marvin?
Espinhos
Sobre Sanchos e Quixotes
Bilhete
Modernidade líquida
Cicatrizes
Insônia
Ventania
Heroína
[O Brasil]
[Ter dívida]
[A cabeça cheia de nada]
Coração de criança não morre
Um inferno chamado Brasil
Vida dura
Flores da batalha
Mundo perfeito
Cacos de vida
Silêncios
[Se você]
[Benza]
Apatia
Reencontro
Brasil com b
[Drummond,]
[Nós que andamos]
[No papel]
O que é poesia?
[Gosto no presente]
Água de rua
[Distâncias]
Sabedoria de vida
[Há pessoas que se especializaram]
Café amargo
Lâminas
[Votar]
Nós
[Para um poeta,]
Velho normal
[Saudade]
[Face é bom,]
[Acho que a gente]
Mar revolto
Sabedoria popular
A Tartaruga encantada
Amor só de mãe
Quando a noite cai
Despedida
O ódio que você semeia
Despedida II
[Do nó do pescoço]
Anatomia da saudade
Areia nos olhos
Amizade
[Sonho com o dia]
Grande centrão: quebradas
[Querer]
Rede antissocial
Fluxo
[É preciso aprender]
Pátria madrasta
Batalhas dos dias
[O filme do Brasil]
Feiura nas ideias
[Ser artista]
[Bora lutar]
[Os livros nos permitem voar.]
Salve, como é que vai?
Sobre o autor
Aos meus 35 anos de correria
e a todas as pessoas que caminham
ao meu lado. Muito obrigado.
Ofereça flores
Há 23 anos, a virada do milênio trazia esperanças e temores pra todo gosto. De um lado, um estado de terror e paranoia viriam a se tornar a tônica do mundo ocidental dali pra frente, devido aos ataques terroristas ao World Trade Center, na cidade de Nova York. Do outro, a astrologia alimentava uma expectativa positiva de que, junto do século XXI, chegava também a era de aquário. Um tempo de harmonia e compreensão, de simpatia e verdade, como a The 5th Dimension cantava, desde 1969, no refrão de uma de suas mais famosas composições, intitulada Aquarius
. Tal qual o filme homônimo de Kleber Mendonça, lançado em 2016, aquele tempo que chegava temperado por sonhos, paranoias,