No Caminho Do Silêncio
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Sobre este e-book
A história começa com Rajesh viajando em um ônibus para Kasaragod, onde mora sua amiga Sneha. No memso momento em que olha para um álbum de fotos, Rajesh vê as fotos de uma jovem chamada Radhika, uma dançarina de clássica indiana. Sneha, Rajesh e Archana acabam fazendo um passeio para a praia. Eles ficam no forte Chandragiri quando uma tempestade se aproximava e por fim, Rajesh acaba passando a noite ali.
Ele vê Radhika em seus sonhos e em seus pensamentos que o persegue. Ele decide investigar cada vez mais em seu mistério e com o passar dos dias, ele conhece todos os personagens associados a ela em sua vida. E finalmente, ele consegue escrever seu novo livro com base em seus pensamentos.
Quando seu livro é publicado, ele recebe a visita de uma fã sua, que lhe conta um segredo que o deixa completamente chocado. Que na verdade, a dançarina como ela era o ajudou a escrever o seu livro sendo o ponto crucial deste romance.
Um trabalho incrível com o rio Chandragiri personificado como personagem principal. A fama internacional do Forte Bekal que é um lugar de destaque neste romance. A história é atraente, com cores, calores e brisas.
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No Caminho Do Silêncio - Lathish Shankar
CAPÍTULO 1
um homem embarcou no ônibus que vai para Cananor pela ponte Chandragiri e se acomodou em um assento próximo à janela. Aos trinta anos, ele era magro e tinha cabelos cacheados. Ele tinha barba francesa, e sua pele mais ou menos bronzeada combinava com seu cabelo preto. Os óculos de armação vermelha o revestia, com um olhar simpático, e ele parecia gentil.
Quando o ônibus começou a se locomover, ele se encostou em um assento e fechou os olhos, imaginando em sonhos agradáveis enquanto a brisa fresca batia em seu rosto. Ele lembrou-se de sua namorada, Sneha Prabha, uma vez, lhe dizendo: Se todas as pessoas no mundo se comportassem de maneira madura, o amor não existiria.
No início, ele não entendeu o que ela queria dizer.
Ele sabia que às vezes, ela se comportava estranhamente, mas não na maioria das vezes, ele ficava confuso sobre o que ela queria dizer exatamente.
Enquanto o ônibus andava pela ponte Chandragiri, ele olhava para a paisagem emocionado antes de descer e olhar para o rio tranquilo. O rio Chandragiri o agradou durante o percurso. O impressionante fluxo do rio o encantou. O seu riacho verde azulado tocava suavemente às margens, e as árvores arqueadas em ambas às margens o acenavam e espalhavam vibrações de amor. Ele queria poder cheirar o seu maravilhoso aroma fresco do riacho da montanha.
— Você me conhece? O rio perguntou em seus sonhos.
—Eu não sei, disse ele.
—Você me conhece. Lembra?
Ele o sondou em seus pensamentos por alguns minutos. Quem é essa?
Não faço a mínima ideia!
—O que você ganha quando o sentimento é apagado da vida? É solidão? É uma sensação de vazio? Se for assim, aonde nos leva? Perguntou o rio. Ele achou que a voz dela soava como a de sua namorada.
—Por que você fala assim comigo? Pergunta ele. —Estou lutando contra os pensamentos negativos. Vamos falar sobre coisas agradáveis, criativas, disse ele.
Ela riu. —Não se preocupe, disse ela. —Eu sei, que você também, deseja percorrer o caminho guiado pelo amor. Estarei com você durante toda a sua jornada. Ela sorriu.
Ele desceu na próxima parada, Melparamba, uma vila muito conhecida pela sua inocência e pureza. As pessoas eram gentis, atenciosas e entusiasmadas.
Ele estava indo para a casa de Sneha. Ele não a via muito antes desde que se formou. Ele e Sneha se conheceram na universidade. Eles estavam sentados no mesmo banco. Eles costumavam ir juntos à cantina; às vezes sentavam na biblioteca, e passavam algum tempo juntos durante o tempo livre. E à noite, eles se sentavam sobre a sombra das enormes árvores de flores que se erguiam em frente a uma hospedaria de mulheres.
O sol olhou para ele através do céu cristalino, sem compaixão. Caminhou pelo barro no calor forte do verão, em torno de dez minutos, até que ele pudesse ver o portão aberto da casa dela. A casa foi pintada de verde esmeralda. As plantas delicadas, pouco atrativas, murcharam perto do portão sob o calor forte do sol. As árvores murcharam por causa do clima intenso. O suor escorria em sua testa enquanto caminhava para a casa. O calor se espalhou também no barro e queimou os seus pés.
A casa era um prédio de dois andares. A porta estava trancada. Ele tocou a campainha, esperando que alguém atendesse. Sneha, ela mesma, abriu a porta. Ela usava um vestido azul-marinho, cabelo todo enrolado para baixo, e com um coque amarrado. Alguns fios de cabelo caíram de lado de seu rosto. Seus olhos se arregalaram, e sorriu maravilhosamente quando o viu.
—Uau! Rajesh! Que surpresa! Eu não esperava te ver! Sneha o abraçou fortemente. —Venha querido, disse ela com um tom mais alto, segurando as suas mãos, levando-o para dentro da casa, para a sala de estar, e em direção ao sofá. Ele se sentou e respirou fundo. Sneha ligou o ventilador de teto. O ar fresco do ventilador o deixou confortável.
O quarto era bem decorado, tinha paredes brancas e cortinas azuis. Havia um lindo vaso de flores e uma televisão no canto. O chão de mármore era brilhante e liso.
—Rajesh, como você está? Faz tanto tempo! Disse ela, toda animada. Seu rosto se encheu de felicidade e alegria. — Deus! Eu não posso acreditar que você realmente está aqui! Disse ela.
—Mamãe! Sneha a chamou. Sua mãe, uma mulher de quase sessenta anos e sua irmã mais velha, Sreesha, entraram na sala de estar. Sreesha estava com um bebezinho no colo. Sreesha parecia com sua irmã, mas era mais magra. A mãe deles tinha cabelos grisalhos.
—Mamãe, lembra quando te falei sobre o meu amigo muito inteligente e intelectual, Rajesh? É ele! Sneha o apresentou a sua mãe e sua irmã, com um grande sorriso. Sua mãe olhou para ele e sorriu.
—Sneha falou muito de você para mim. Como você está? Perguntou sua mãe, sentada na cadeira que ficava em frente ao sofá.
—Estou bem. Eu moro e trabalho em Mangalore. Com o final de semana prolongado que se aproxima, pensei em fazer uma surpresa e visitá-la.
—Ah! Parece que você está indo muito bem! Como é maravilhoso ouvir isso! E eu posso perguntar no que você está trabalhando? Perguntou a mãe de Sneha, sorrindo.
—Eu sou professor de física na mesma faculdade em que estudamos, Respondeu Rajesh, olhando para Sneha. Ele tirou um lenço do bolso e enxugou o suor de seu rosto nervosamente.
—Rajesh, você gostaria de beber alguma coisa? Vou trazer alguma coisa para você. Fique à vontade e converse com Sneha, disse Sreesha. Em seguida elas foram para a cozinha. Sneha retornou.
—Como está indo as aulas na universidade, meu querido amigo? Perguntou Sneha.
—Eu realmente gosto muito. Eu moro sozinho, que é o único detalhe da minha vida que no momento me deixa entediado.
—Eu estou muito feliz que você tem pensado em mim e veio me visitar agora. Sneha sorriu.
Um álbum de fotos no bule de chá, nos pés da mesa para guardar uma garrafa de chá, o chamou a sua atenção. Ele pegou o álbum e virando delicadamente as páginas, olho as fotos. A maioria das fotos eram da família de Sneha. Havia fotos dela mesma sozinha, algumas com sua família e outras com os seus amigos.
—Essa é minha amiga Sandhya, cunhada de Sreesha. Ela é uma estudante universitária, disse Sneha quando o viu olhando para a foto de uma garota. Ele virou novamente as páginas do álbum e ficou fascinado ao ver uma jovem vestida com as roupas dos costumes de Bharatanatyam, a Dança Clássica Indiana.
A garota de cabelos compridos, com seu vestido de seda brilhante, estava meio agachada com seu sapato de salto alto. Os dedos dos pés de ambas as pernas apontavam no sentido contrário e modelaram em uma forma de diamante entre as pernas. O bordado dourado no vestido verde com dobras elegantes tinha aberto maravilhosamente. Suas joias e enfeites de cabelo aplicada especialmente com maquiagem facial e corporal a deixou entusiasmada que realçou a sua aparência. Ela sorriu... Por alguma razão, ele se sentiu como se ela estivesse sorrindo para ele!
Quem pode ser essa linda garota?
— O nome dela é Radhika. Radhika Suresh, disse Sneha.
Sreesha chegou com uma bandeja e a colocou no bule. Era um copo de limonada, biscoitos e algumas coisas da padaria.
— Muito obrigado, disse Rajesh, olhando para ela. —Quem é o seu marido, Sreesha? Perguntou ele.
—Ele tem uma papelaria em Cherkala, perto de Kasaragod. Eu vim para casa para ficar por uma semana. Meu marido virá na próxima semana. Sreesha sorriu e entrou. Rajesh retornou até Sneha.
—Sneha, diga-me quem é esta Radhika? Ela é muito linda! Disse ele, olhando para a foto dela novamente.
—Me desculpe, mas ela não está mais aqui entre nós, disse Sneha, após um breve momento de silêncio. Seu rosto ficou todo vermelho. Ela cruzou os braços e mordeu os lábios.
—O-o quê? Perguntou ele, frustrado. A foto dela escorregou de suas mãos ao ouvir aquela notícia inesperada! O seu sorriso encantador tinha fixado em sua mente, talvez pela sua delicadeza. Ele olhou para a foto dela, sentindo uma pulsação em seu coração.
—Ela se afastou de sua vida, na eterna solidão. Ela nunca mais voltará, sussurrou Sneha.
Ele ouviu um barulho de tornozeleiras nos pés, em algum lugar. Alguém está dançando na frente dele! O ritmo da melodia de sua tornozeleira o acalmou.
Ele virou, e percebeu que era apenas uma mera ilusão! Ele olhou a foto dela outra vez. O sorriso dela, parecia como se estivesse dominando a sua mente profundamente!
—Você a conhece? As palavras de Sneha interromperam os seus pensamentos.
—Eu não sei, disse ele sem nem pensar duas vezes.
—Então por que você olha tanto para a foto dela? Perguntou ela.
—A aparência dessa garota parece que está entrando profundamente na minha cabeça, disse ele. Ele colocou o álbum de volta no bule.
—Não olhe para isso com sua mente poética, ela sorriu. Ela olhou para os olhos dele, séria. —Eu me lembro, você escreve. Você ainda continua? Perguntou ela, curiosa.
—Sim, eu publiquei um dos meus livros. Agora eu estou trabalhando em um próximo livro.
—É sério isso? Ótimo! Qual é o nome do título? Perguntou ela.
— ‘Amor à primeira vista – esse é o título do livro. É uma história romântica. Eu preciso de um lugar tranquilo para sentar e continuar, disse ele.
—Você já ouviu falar do Forte de Bekal? É um lugar lindo. Basta visitar uma vez, e você pode ter ideias. Eu não tinha ido mais lá depois da morte de Radhika, disse ela. Sua voz era sutil.
—Eu irei com você, se você estiver interessado, disse ela.
—O que a morte dela tem a ver com você visitar aquele lugar? Ele franziu suas sobrancelhas.
— Seus pensamentos me perseguem. Costumávamos ir lá todas as noites. Agora eu não consigo mais imaginar andar naquela na beira da praia sem ela, disse ela. Ele se arrependeu profundamente de ter trazido algo sobre Radhika, mesmo sem o seu conhecimento.
—Me desculpe, eu te deixei triste? Perguntou ela.
—Não, querida, eu entendo você completamente, disse ele, colocando o copo no bule.
Eles saíram e ficaram em frente ao jardim. Ele admirou os girassóis, dálias e as flores das quatro horas que estavam erguidos no jardim. As flores cresceram com um brilho impressionante no jardim.
Uma menina estava pulando corda, esperando a sua vez de pular corda. Sneha pôs as suas mãos nela.
—Esta é minha irmã, disse ela, puxando-a para mais perto dela.
—Sua irmã? Ela é tão fofa. Por que você é tímida querida? Chegue mais perto, disse ele. Ela era muito tímida. Ela se aproximou mais perto dele.
—Qual o seu nome, querida? Perguntou ele.
—Tio, meu nome é Archana. E eu estou estudando no terceiro ano, no colégio O Bom Pastor, em Udma, disse ela.
Ele olhou para a esquerda quando o sino tocou. Uma pessoa chegou de bicicleta. Disse Sneha, —Meu irmão mais velho, Anoop. Ele está ajudando o meu pai nos