Anais: I Congresso Internacional de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e II Fórum Internacional Sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas De Sinais
5/5
()
Sobre este e-book
Tendo em vista a relevância das Línguas de Sinais e o respaldo legal da própria consolidação da Libras no Brasil e da difusão da Linguística das Línguas de Sinais, estes eventos internacionais apresentam-se como desafios para promover a organização e a divulgação das Línguas de Sinais. Destaca-se que a Lei Federal nº 10.436/2002 constitui-se como um marco corroborado pelo decreto nº 5.626/2005 em seu Art. 14º que alça a Libras ao status de direito à educação.
Foram aceitos resumos que abordam os temas da Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e sobre a produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais, considerando as proposições e seu potencial retorno técnico/científico e social, além dos impactos científicos, tecnológicos, econômico, ambiental e social para a pesquisa Linguística da Libras.
Esperamos que esta leitura possa de fato auxiliar na divulgação das pesquisas sobre o tema e consolidar as pesquisas da Lexicologia, da Lexicografia, da Terminologia e da Terminografia das Línguas de Sinais e sobre a produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais.
Leia mais títulos de Gláucio De Castro Júnior
Estudos de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Relacionado a Anais
Ebooks relacionados
Bilinguismo Cultural: Estudos Sobre Culturas em Contato na Educação Brasileira Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Metáfora Cotidiana da Língua Brasileira de Sinais Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Identidade Linguística Brasileira e Portuguesa: Duas Pátrias, uma Mesma Língua? Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSurdez e linguagem: Aspectos e implicações neurolinguísticas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Conceitos abstratos: escolhas interpretativas de português para libras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsino de Libras a Crianças Ouvintes como Segunda Língua e Fator Possível de Inclusão Social Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstudos de Linguagem: Léxico e Discurso Nota: 0 de 5 estrelas0 notasViver sem linguagem: linguagem, mente e cérebro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLeitura, Discurso e Cognição Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEmergência dos padrões silábicos na aquisição do português brasileiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLíngua portuguesa: lusofonia(s), língua(s) e cultura(s) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs (Inter)Discursos na Formação Docente em Letras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstudos Críticos da Linguagem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Construção da Oralidade/Escrita em Alguns Gêneros Escritos do Discurso Escolar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLinguística aplicada na Unicamp: Travessias e perspectivas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMultilinguismo Individual: Uma Introdução Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVariação Lexical na Sala de Aula: Uma Proposta Sociolinguística Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstudos do léxico: diferentes olhares e perspectivas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasE por falar em tradução Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLínguas de Imigração e Línguas Adicionais em um Contexto Bi/Plurilíngue Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEstudos linguísticos em foco: perspectivas sincrônica e diacrônica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO ensino de língua portuguesa no Brasil, segundo João Wanderley Geraldi Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs principais metodologias de ensino de língua inglesa no Brasil Nota: 5 de 5 estrelas5/5Espanhol em pauta: perspectivas teórico-analíticas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasLinguagem e Direito: Dêixis discursiva: usos nas sentenças judiciais cíveis Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRetratos de cursos de licenciatura em letras/português-espanhol Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação a distância para surdos: acessibilidade de plataformas virtuais de aprendizagem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVentos, Trovoadas e Brisas no Ensino de Libras na Educação Superior Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação de Surdos: Políticas, Práticas e Outras Abordagens Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Filosofia para você
Sobre a brevidade da vida Nota: 4 de 5 estrelas4/5Minutos de Sabedoria Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Príncipe: Texto Integral Nota: 4 de 5 estrelas4/5Em Busca Da Tranquilidade Interior Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tesão de viver: Sobre alegria, esperança & morte Nota: 4 de 5 estrelas4/5Viver, a que se destina? Nota: 4 de 5 estrelas4/5A ARTE DE TER RAZÃO: 38 Estratégias para vencer qualquer debate Nota: 5 de 5 estrelas5/5PLATÃO: O Mito da Caverna Nota: 5 de 5 estrelas5/5Entre a ordem e o caos: compreendendo Jordan Peterson Nota: 5 de 5 estrelas5/5A voz do silêncio Nota: 5 de 5 estrelas5/5Aprendendo a Viver Nota: 4 de 5 estrelas4/5Além do Bem e do Mal Nota: 5 de 5 estrelas5/5Você é ansioso? Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aristóteles: Retórica Nota: 4 de 5 estrelas4/5Política: Para não ser idiota Nota: 4 de 5 estrelas4/5Baralho Cigano Nota: 3 de 5 estrelas3/5O Livro Proibido Dos Bruxos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Platão: A República Nota: 4 de 5 estrelas4/5Schopenhauer, seus provérbios e pensamentos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo Depende de Como Você Vê: É no olhar que tudo começa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sociedades Secretas E Magia Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Arte de Escrever Nota: 4 de 5 estrelas4/5Disciplina: Auto Disciplina, Confiança, Autoestima e Desenvolvimento Pessoal Nota: 5 de 5 estrelas5/5A lógica e a inteligência da vida: Reflexões filosóficas para começar bem o seu dia Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Anais
2 avaliações0 avaliação
Pré-visualização do livro
Anais - Gláucio de Castro Júnior
Editora Appris Ltda.
1.ª Edição - Copyright© 2019 dos autores
Direitos de Edição Reservados à Editora Appris Ltda.
Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada indevidamente, sem estar de acordo com a Lei nº 9.610/98.
Se incorreções forem encontradas, serão de exclusiva responsabilidade de seus organizadores.
Foi realizado o Depósito Legal na Fundação Biblioteca Nacional, de acordo com as Leis nos 10.994, de 14/12/2004, e 12.192, de 14/01/2010.
COMITÊ CIENTÍFICO DA COLEÇÃO LINGUAGEM E LITERATURA
COMITÊS ESTRUTURANTE
APRESENTAÇÃO
Em 2018, realizamos o I Congresso de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e o II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais. Foram os primeiros eventos internacionais da área e muitos avanços foram compartilhados e discutidos no que se refere ao registro da Língua de Sinais Brasileira e à promoção de pesquisas da Linguística da Língua de Sinais de instituições nacionais e internacionais. O CILLTTLS foi realizado de 13 de Agosto de 2018 a 17 de Agosto de 2018, na Universidade de Brasília - UnB, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG), com apoio da Fundação de Apoio e Pesquisa do Distrito Federal - FAPDF. Os eventos reuniram mais de 600 congressistas oriundos de diversas regiões do Brasil e de países como Colômbia, Estados Unidos e Portugal que participaram ativamente das principais atividades realizadas que foram a oferta de 10 (dez) minicursos, uma (1) conferência de abertura, 7 (sete) palestras, 8 (oito) mesa-redonda, apresentação de 57 (cinquenta e sete) comunicações orais/sinalizadas, apresentação de 32 (trinta e dois) trabalhos no formato pôster e uma (1) conferência de encerramento.
Os estudos da área de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais se consolidam na medida que os Surdos avançam no conhecimento e a partir da sua vivência no mundo, é preciso que diferentes áreas do saber tenham a expansão lexical. Estamos diante de uma diversidade de vocabulários que muitas das vezes partem da Língua Portuguesa para a Libras e, por isso, é preciso pensar o registro da Libras com propriedade.
Nesse sentido, essa publicação demonstra diferentes resultados que compreendem a organização de dois eventos internacionais, a saber: o I Congresso de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e o II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais, apresentamos o registro do Hino Nacional em Libras que foi realizado na abertura dos eventos, registros fotográficos de diferentes momentos dos eventos e a apresentação dos resumos e trabalhos aceitos pela Comissão Científica dos referidos eventos.
Estudar o Léxico da língua de sinais, em sua perspectiva mais relevante, significa compreender a visão de mundo sob o olhar do sujeito Surdo, a constituição dos signos em línguas de sinais, os fatos e os espaços que ditam as manifestações e a visibilidade da Língua de Sinais. As pesquisas da área abrange a diversidade e a variedade da Língua em sua constituição e essência. Os pesquisadores da Lexicologia, da Lexicografia, da Terminologia e da Terminografia das Línguas de Sinais estão diante de infinitas possibilidades que constitui o registro da Língua de Sinais Brasileira e compreender essas possibilidades é, em grande parte, compreender a história do sujeito Surdo, da luta pelo reconhecimento da Libras, bem como dos marcos legais, políticos e Linguísticos. O conjunto de textos que compõe este E-book são resultados de trabalhos apresentados no I Congresso de Lexicologia, Lexicografia, Terminologia e Terminografia das Línguas de Sinais e no II Fórum Internacional sobre Produção de Glossários e Dicionários em Línguas de Sinais.
Comissão Organizadora e científica.
HINO NACIONAL EM LIBRAS APRESENTADO
NA CERIMÔNIA DE ABERTURA DO I CONGRESSO
INTERNACIONAL DE LEXICOLOGIA,
LEXICOGRAFIA, TERMINOLOGIA E
TERMINOGRAFIA DAS LÍNGUAS DE SINAIS
INTÉRPRETE: STEFFANY MARQUES
image2.pngimage3.pngCRONOGRAMA
13 de agosto de 2018 a 16 de agosto de 2018
Dia 16 de agosto de 2018 e 17 de agosto de 2018
SUMÁRIO
RESUMOS
ANÁLISE MORFOLÓGICA DAS CLASSES DE PALAVRAS, SUBSTANTIVOS E VERBOS
Vanessa Almeida de Oliveira
AS MODALIDADES DE TRADUÇÃO APLICADAS NO DICIONÁRIO SPREAD THE SIGN
Lodenir Becker Karnopp, Andressa Arisa Higa Icimoto e Lucas Ariel Magnus Fialho
CRIAR E APLICAR: FUNDAMENTOS PARA PROPOSIÇÃO TERMINOLÓGICA EM LIBRAS DO SINAL-TERMO ENGENHARIA
Daniel Jésus Gonçalves dos Reis e Eduardo Andrade Gomes
GLOSSÁRIOS DE LIBRAS NA WEB: UM ESTUDO SOBRE AS FACILIDADES DE ACESSO E USO
Thiago Ramos de Albuquerque
LÉXICO BILÍNGUE ALFABÉTICO DE SINAIS-TERMO DA PSICOLOGIA EM LIBRAS
Bruno Pierin Ernsen
MATEMÁTICA BILÍNGUE 25
Flávia de Almeida Pinheiro e Thiago Cardoso Aguiar
O PAPEL DE GLOSSÁRIOS BILÍNGUE PORTUGUÊS-LIBRAS NA AQUISIÇÃO DE L2 POR SURDOS
Lucília Santos da França Lopes
PLATAFORMA LIBRAS ACADÊMICA E A INCLUSÃO DO ESTUDANTE SURDO NO ENSINO SUPERIOR
Michele da S. Ferreira Grativol, Wilma Favorito e Helena Carla Castro
PROPOSTA DE GLOSSÁRIO DE LIBRAS DAS TRADIÇÕES PARAIBANAS
Natália Diniz Silva, Geraldo Venceslau de Lima Junior e Francisca Barreto da Silva
PROSÓDIA E SIGMANULÓGIA NA PERSPECTIVA DOS ESTUDOS TERMINOLÓGICOS DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
Lúcio Macedo e Wagner Santos
REGISTRO DE SINAIS EM LIBRAS PARA A COMUNIDADE LGBT
Bruno Pierin Ernsen e Mauricio Damasceno
TERMINOLOGIA DO BALÉ CLÁSSICO EM LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA: UM ESTUDO A PARTIR DO PROJETO DE EXTENSÃO A COMUNIDADE SURDA REINVENTANDO A ARTE DO BALÉ
Karina Ávila Pereira, Víctor Techera Silveira e Otávio Ávila Pereira
UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE DE LITERATURA BRASILEIRA: PROJETO ESCRITORES BRASILEIROS EM LIBRAS
Lívia Letícia Belmiro Buscácio, Vanessa Alves de Sousa Lesser, Weslei da Silva Rocha e Érica Cristina da Silva e Silva
UNIDADES LÉXICAS NO CONTEXTO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: RECURSOS DE TRADUÇÃO/INTERPRETAÇÃO PARA LIBRAS
Ízea Folha Damasceno Santos, Ana Claudia Castiglioni e Karylleila de Santos Andrade
TRABALHOS COMPLETOS
(RE)CONSTRUÇÃO DE UM GLOSSÁRIO CIENTÍFICO DE BIOLOGIA E A CONTRIBUIÇÃO DO SPREAD THE SIGN SUDESTE NA UFF
Tathianna Dawes, Mônica Maria Guimarães Savedra e Wilma Favorito
A AQUISIÇÃO TARDIA: UM ESTUDO DA PRODUTIVIDADE LEXICAL DO JOVEM SURDO
Bárbara Neves Salviano de Paula, Felipe Castro Teixeira e Vera Lúcia de Souza e Lima
A ESCASSEZ DE TERMINOLOGIAS EM LIBRAS NA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA E O IMPACTO NA FORMAÇÃO CIENTÍFICA DE ALUNOS SURDOS: UMA REFLEXÃO
Nathane Rocha Araujo e Valéria Trigueiro Santos Adinolfi
A ESCRITA DE SINAIS COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DO LÉXICO DO PORTUGUÊS
Edneia de Oliveira Alves
A IMPORTÂNCIA DO PORTUGUÊS COMO L2 PARA SURDOCEGOS NA AQUISIÇÃO LEXICAL
Iury Moraes Eminergídio
ANÁLISE CONCEITUAL DE TERMINOLOGIAS DAS DISCIPLINAS DE BIOLOGIA E QUÍMICA EM LIBRAS – LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Lourena Cristina de Souza Barreto, Maloní Montanini Mafei César, Michelly Christine dos Santos e
Thaísa Cardoso Nascimento Borges
COMUNIDADE SURDA INDÍGENA: REGISTRO DE SINAIS NO AMBIENTE ESCOLAR
Rosiane R. S. Eler e Joaton Suruí
CONSTRUÇÃO DE UM MICROGLOSSÁRIO DE LIBRAS SOBRE SOCIOLINGUÍSTICA
Túlio Adriano Alves Gontijo
CONTRIBUIÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE PORTUGUÊS/LIBRAS DOS TERMOS REFERÊNCIA DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA
Raquel Bernardes, Eliamar Godoi e Leticia Sousa Leite
COORDENAÇÃO ADITIVA E ADVERSATIVA EM LIBRAS
Cíntia Caldeira e Rozana Naves
DESAFIOS EM FACE À IMPLEMENTAÇÃO DE DICIONÁRIOS MONOLÍNGUES DE LIBRAS: REFLEXÕES TEÓRICAS LINGUÍSTICAS PARA A DETERMINAÇÃO DAS ENTRADAS LEXICAIS
Tania Aparecida Martins e Jorge Bidarra
DICIONÁRIO DE HOMÔNIMOS NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
Lauana Gadelha 178
DICIONÁRIOS ONLINE DE LÍNGUA DE SINAIS: DA ELABORAÇÃO À APLICAÇÃO
Nelson Goettert
ENSINO DE PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA PARA SURDOS: ESTUDO DA CRIAÇÃO DE SINAIS-TERMO NA PERSPECTIVA DUAL DO LÉXICO E DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) 139
Falk Soares Ramos Moreira
ESTRATÉGIA DO ENSINO DE LIBRAS COMO L2 (SEGUNDA LÍNGUA): DICIONÁRIO DA CONFIGURAÇÃO DE MÃOS NA ATUAÇÃO DOS PROFESSORES DE LIBRAS
Charles Lary e Edicléa Mascarenhas Fernandes
EXPANSÃO DO LÉXICO DA LIBRAS: UMA PROPOSTA DE ANCORAGEM LEXICAL
Hadassa Rodrigues Santos
EXPRESSÕES IDIOMÁTICAS NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA NO LÉXICO DA COMUNIDADE SURDA DE MATO GROSSO DO SUL
Ver3atista dos Santos e Elizabete Aparecida Marques
GLOSSÁRIO EM LIBRAS E A AQUISIÇÃO DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS DE CIÊNCIAS PELOS ALUNOS SURDOS
Luciane Cruz Silveira e Ana Regina e Souza Campello
GLOSSÁRIOS EM LIBRAS NA WEB: UM ESTUDO SOBRE AS PREFERÊNCIAS DE ACESSO E USO
Thiago Ramos de Albuquerque
GUIA ACESSÍVEL PARA CANDIDATOS AO VESTIBULAR EM LICENCIATURA — LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA (LSB) PORTUGUÊS COMO SEGUNDA LÍNGUA (PSL) DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UNB) 206
José Vicente R. Silva e Maria das Graças Silva
HACIA LA TERMINOLOGÍA EN LENGUA DE SEÑAS COLOMBIANA ACADÉMICA: PROPUESTA DE LA FUNDACIÓN ÁRBOL DE LA VIDA
Edith Rodriguez e Jhonatan Mejía
IDENTIFICAÇÃO E CRIAÇÃO DE SINAIS EM LIBRAS NO CONTEXTO DO ENSINO DE BIOLOGIA
Gabriella de Melo Moreno, Emilly Cristina Alves dos Santos e Bianca Carrijo Cordova
INTÉRPRETES NAS AUDIÊNCIAS JUDICIAIS: A NECESSIDADE (OU NÃO) DA TERMINOLOGIA JURÍDICA, A OMISSÃO DO PODER JUDICIÁRIO E O PAPEL DO CNJ
Georges Cobiniano Sousa de Melo e Leila Cláudia de Farias Mangueira Carneiro
INTRODUÇÃO DA LETRA SINALIZADA COMO EMPRÉSTIMO LINGUÍSTICO NA LIBRAS NAS NOVENTA E DUAS CIDADES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO: FATO NATURAL?
Ana Regina e Souza Campello e Vanessa Alves de Sousa Lesser
INVENTÁRIO NACIONAL DE SINAIS-TERMO DO CAMPO DO PATRIMÔNIO ARTÍSTICO, CULTURAL E HISTÓRICO EM LIBRAS
Gláucio Castro Júnior, Daniela Prometi, Victor Hugo Oliveira Mota e Maria do Carmo Callado de Oliveira
LA SEMANTICA COGNITIVA EN LA LENGUA DE SEÑAS COLOMBIANA
Josué Jacobo Cely Molkes
LÉXICO BILÍNGUE ALFABÉTICO DE SINAIS-TERMO DO CAMPO DA ECONOMIA
Amanda Coelho Alfaia
LÉXICO E VARIEDADES LINGUÍSTICAS NO MANUAL DIDÁTICO LIBRAS EM CONTEXTO
Uisis Gomes
LIBRAS E TERMINOLOGIA: ESTUDO E REGISTRO DOS SINAIS-TERMO DA INDÚSTRIA AUTOMOBILÍSTICA DE CATALÃO-GO
Kássia Mariano de Souza e Vanessa Regina Duarte Xavier
LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS): DESAFIOS E AVANÇOS NA CONSTRUÇÃO DE DICIONÁRIOS COMO INSTRUMENTOS DE DISSEMINAÇÃO DA LÍNGUA PELO BRASIL
Andréa dos Guimarães de Carvalho, Messias Ramos Costa e Renata Rodrigues de Oliveira Garcia
MEMÓRIA DE PORTO VELHO EM LIBRAS: PRODUÇÃO DO GLOSSÁRIO E VÍDEOS EDUCATIVOS DOS PONTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS DE PORTO VELHO - RO EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)
Arine Holanda Silva, Émerson Lucas Santos e Neide Nascimento
O INTÉRPRETE SURDO NA MUSEOLOGIA: O SENTIDO QUE FALTA AOS OUVINTES
Leila Cláudia de Farias Mangueira Carneiro e Georges Cobiniano Sousa de Melo
O LÉXICO COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LITERATURA TAPAJÔNICA E DA SINTAXE DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
Carina da Silva Mota e Luciano Bruno dos Santos Lobato
O NOME DE LUGARES NA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA E A ANÁLISE DE TRÊS LOCALIDADES DO ESTADO DO PARÁ
Mirlene Marques Chaves, Huber Kline Guedes Lobato e Lucival Fábio Rodrigues da Silva
OS SINAIS DE NOMES NA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS
Fabiola Sucupira Ferreira Sell e Gabriele Cristine Rech
PESQUISA TERMINOLÓGICA EM LIBRAS DA ÁREA TURÍSTICA DE CONGONHAS
Milene C. B. Silva
PORTO VELHO: HISTÓRIA, CULTURA E LIBRAS
Núbia Soares
REDE SURDOS - CE – SINALÁRIO ESCOLAR E ACADÊMICO: UM SUPORTE DIDÁTICO A AMBIENTES EDUCACIONAIS COM SURDOS
Margarida Maria Pimentel de Souza
REGISTRO DE SINAIS EMERGENTES DE SURDOS INDÍGENAS URBANOS NA REGIÃO DO ALTO RIO NEGRO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Marcos Santos
SIGNWEAVER: PLATAFORMA DIGITAL PARA CRIAÇÃO DE DICIONÁRIOS TERMINOLÓGICOS EM LIBRAS
Carlos Augusto Guerra Carneiro, Flávio Luis Cardeal Pádua e Vera Lúcia de Souza e Lima
TERMINOLOGIA DOS AMBIENTES VIRTUAIS: A ELABORAÇÃO DE UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE DE PORTUGUÊS E LIBRAS DE TERMOS DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Thamires Machado
TERMINOLOGIA E LIBRAS: VARIAÇÃO E IMPLICAÇÕES NO CONTEXTO RELIGIOSO
Kássia Mariano de Souza, Juliana Prudente Santana do Valle e Pedro Henrique de Macedo Silva
TOMAR DECISÕES E BUSCAR O SENTIDO NO ATO TRADUTÓRIO E INTERPRETATIVO
Nilsa Taumaturgo de Sá de Souza e Simone de Jesus Padilha
TRADUÇÃO DE LIVRO DIDÁTICO POR MEIO DE AVATARES EM LIBRAS: O CASO DE VARIEDADES LINGUÍSTICAS
Débora Gonçalves Ribeiro Dias, Ivani Rodrigues Silva e José Mario de Martino
UM ESTUDO PRELIMINAR PARA ORGANIZAÇÃO DE DICIONÁRIOS DE LIBRAS POR CONFIGURAÇÃO DE MÃOS EM SIGNWRITING
Carla Morais
UM GESTO DE LEITURA DO DISCURSO PEDAGÓGICO SOBRE A FUNÇÃO DO TRADUTOR INTÉRPRETE DE LIBRAS NO DIZER DE PROFESSORES DO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS DE SINOP/MATO GROSSO
Cíntia Débora de Moraes Cinti e Sandra Luzia Wrobel Straub
VARIAÇÕES INTRALINGUÍSTICAS NA LIBRAS: O LÉXICO DO CURSO DE LETRAS LIBRAS
Fabiane Ferreira da Silva Moraes e Andréa Guimarães de Carvalho
BREVE CURRÍCULO DOS AUTORES
ARTIGOS
ANÁLISE MORFOLÓGICA DAS CLASSES DE PALAVRAS, SUBSTANTIVOS E VERBOS
Vanessa Almeida de Oliveira¹
Resumo: Tendo em vista a incipiência em pesquisas sobre a morfologia na Língua Brasileira de Sinais (Libras), o presente trabalho tem por objetivo a análise de elementos de formação do sinal que diferenciam as classes de palavras de substantivos e de verbos. A metodologia utilizada desenvolveu-se por meio de um levantamento bibliográfico dos trabalhos de Pizzo (2011), Quadros e Karnopp (2004), De Souza Farias (2002), Ferreira e Naves (2013), na qual pretende-se expor diferentes pontos de vista dos autores acerca das abordagens sobre movimentos, repetições do sinal e derivações, que possam contribuir para a diferenciação entre substantivos e verbos. Para isso, é relevante a exposição dessas classes com exemplificações de alguns pares de sinais, para propor discussões posteriores de seus elementos. Todavia, percebe-se que na Libras é instigante tentar fazer as distinções dessas classes de palavras, pois há vários casos em que substantivos e verbos são realizados igualmente com o mesmo sinal. Devido a essa vasta semelhança de realizações, entende-se que não podemos afirmar apenas com bases morfológicas a qual classe um sinal pode pertencer. Nesse caso, é necessário o uso de outro nível linguístico, o sintático, pois, quando um sinal é produzido em um contexto, observa-se, em sua interpretação, que há uma regra de concordância que pode levá-lo a ser inserido em determinada classe de palavra. A análise revela que, devido à diversidade de produção encontrada na sinalização, não podemos afirmar ainda como ocorre esse agrupamento em classes ou mesmo se é definitiva, na Libras, essa diferenciação de substantivos e verbos.
Palavras-chave: Morfologia; Classes de palavras; Substantivos; Verbos.
Referências
PIZZO, A, L. A tipologia linguística e a língua de sinais brasileira: elementos que distingue nomes e verbos. Florianópolis: UFSC, 2011.
DE SOUZA FARIA, C. V. Aspectos da morfologia da língua brasileira de sinais. Rio de Janeiro: UFRJ. 2002.
FERREIRA, G. A.; NAVES, R. R. Um estudo sobre os verbos manuais da língua de Sinais Brasileira (LSB), 2014
AS MODALIDADES DE TRADUÇÃO APLICADAS NO DICIONÁRIO SPREAD THE SIGN
Lodenir Becker Karnopp²
Andressa Arisa Higa Icimoto³
Lucas Ariel Magnus Fialho⁴
Resumo: No presente trabalho abordamos a metodologia de trabalho no desenvolvimento do dicionário multilíngue Spread the Sign (STS), uma ferramenta online de uso livre e gratuito que possibilita o acesso a diversas línguas de sinais. Este dicionário possui um banco de palavras em inglês que é enviado para ser traduzido por equipes de cada país participante do projeto. Nós analisamos o produto da tradução da equipe brasileira que ocorre nas seguintes línguas: inglês (ING)/ português brasileiro (PB)/ Língua de Sinais Brasileira (Libras). Objetivamos descrever e analisar as traduções no projeto STS Brasil a partir da teoria proposta por Aubert (1998) das Modalidades de Tradução, um modelo para pesquisa tradutológica composto por 13 modalidades, que possibilita uma análise quantitativa, no par ING-PB e a sua aplicabilidade na tradução do PB-Libras sugerida pelas autoras Nicoloso e Heberle (2015), além de verificar a eficiência das teorias na construção de dicionários multilíngues. Para isso, realizamos uma análise quantitativa dos dados a partir de um recorte da categoria verbos
do dicionário STS. Esse processo tradutório ocorre por meio de discussões do grupo de pesquisa composto por professores, alunos da graduação e pós-graduação das áreas de Educação e Letras, além de tradutores-intérpretes de Libras. Foi possível observar que, durante o processo de tradução, surgiram léxicos com modalidades híbridas, ou seja, mais de uma modalidade para a mesma tradução. Além disso, pelo fato de se tratar de um dicionário, ocorreram algumas limitações para demonstrar exemplos em todas as modalidades de Aubert, já que trabalhamos somente com unidades lexicais, diferentemente do proposto pelos autores citados, que se preocupam mais especificamente com as unidades textuais. Acreditamos que as análises obtidas do recorte proposto podem contribuir para clarificar e potencializar discussões acerca do processo de tradução no desenvolvimento de dicionários, glossários e afins que envolvam modalidades de percepção e produção diferentes (modalidade oral-auditiva e modalidade visual-espacial).
Palavras-Chave: modalidades de tradução; dicionário multilíngue; Spread the Sign; processo tradutório.
Referências
AUBERT, F. H. Modalidades de Tradução: Teoria e Resultados. TradTerm. São Paulo: CITRAT/FFLCH-USP, v. 5, n. 1, p. 99-128, 1998.
NICOLOSO, S.; HEBERLE, V. M. As modalidades de tradução aplicadas à interpretação em língua de sinais brasileira. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 35, n. 2, p. 197-235, out. 2015.
CRIAR E APLICAR: FUNDAMENTOS PARA PROPOSIÇÃO TERMINOLÓGICA EM LIBRAS DO SINAL-TERMO ENGENHARIA
Daniel Jésus Gonçalves dos Reis⁵
Eduardo Andrade Gomes⁶
Resumo: A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é genuína em todos os aspectos culturais, sociais, históricos, linguísticos, e, por se tratar de uma língua viva, está sujeita a constante construção, ampliação e transformação dos seus léxicos, de modo a atender as necessidades dos seus falantes (sinalizantes). Considerando essa assertiva, nesta língua, também, lidamos com uma linguagem especializada que, embora pareça ser algo meramente isolado, na verdade ronda as formas e situações de uso nas quais seus sinalizantes estão imersos. Por isso, pensar em terminologia requer a consciência de que o conhecimento é e precisa ser compartilhado, compreendido e poderá ser efetivo no momento em que as pessoas se tornarem adeptas desses termos. Nesse sentido, este trabalho tem a intenção de propor um sinal-termo para Engenharia, levantando uma discussão em sentido contrário ao que vem sendo feito, já que grande parte das pesquisas realizadas se compromete a propor sinais para termos ainda não convencionados em Libras. Devido à inquietação conceitual de um acadêmico surdo no curso de Engenharia Civil de uma universidade federal, foi feito um levantamento para os sinais usados e relacionados a essa ciência no Dicionário Digital da Língua Brasileira de Sinais, 2011, disponível na página virtual do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua Brasileira de Sinais e em um grupo, via aplicativo de telefone móvel, constituído por acadêmicos e ex-acadêmicos surdos, hoje profissionais formados nas diversas áreas da Engenharia. Feito isso, foi constatado que, na verdade, o sinal convencionado e difundido, até então, não faz menção ao que poderia representar e relacionar a Engenharia e suas respectivas áreas de atuação e formação que são diversas, como Aeronáutica, Agrícola, Ambiental, Alimentos, Civil, Computação, Elétrica, Genética, Hidráulica, Mecânica, Nuclear, Pesca, Produção, Telecomunicações, Transportes, Química, entre outras. Em contrapartida, o sinal-termo aqui proposto considera as características visuais e linguísticas necessárias para a constituição de um léxico, bem como o conceito da Engenharia como a ciência que preza pela criação, inovação aplicada no desenvolvimento de mais variados sistemas que culminam na resolução de problemas. Esse sinal-termo dialoga diretamente com as diversas áreas da Engenharia e suas respectivas atuações. Por fim, a intenção dessa proposição não é desafiar, minimizar ou inferiorizar o sinal convencionado até hoje pela comunidade surda, mas problematizar a questão e abrir espaço para novas discussões e reflexões frente a esta língua, Libras, que permite se reinventar.
Palavras-chave: Engenharia; Libras; Terminologia.
Referências
SANTOS, M. P. Engenho, engenharia e engenheiro: uma trilogia perfeita. Revista Technoeng, v. 5, 2012.
SANTOS, P. T. A terminologia na Língua de Sinais Brasileira: proposta de organização e de registro de termos técnicos e administrativos do meio acadêmico em glossário bilíngue. 2017. 232 f. Tese (Doutorado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2017.
GLOSSÁRIOS DE LIBRAS NA WEB: UM ESTUDO SOBRE AS FACILIDADES DE ACESSO E USO
Thiago Ramos de Albuquerque⁷
Resumo: Um breve levantamento sobre o estado da arte dos estudos lexicográficos na área de Libras (FARIA-DO-NASCIMENTO, 2009; CARDOSO, 2012; STUMPF e MIRANDA, 2014; OLIVEIRA, 2012, 2014, 2015;) revela que as novas tecnologias da informação e comunicação favoreceram o desenvolvimento de vários glossários de termos especializados em Libras disponível em websites. Destarte, este estudo tem como objetivo identificar qual (ou quais) o(s) tipo(s) de glossário(s) em Língua Brasileira de Sinais (Libras) na web apresenta(m) maior facilidade de acesso e uso. No escopo deste artigo, serão analisados os glossários que contenham, em sua interface, os seguintes designs de apresentação nos sinais da Libras: fotografias/imagens estáticas contendo setas e outros elementos gráficos indicativos de movimento; imagens animadas em formato Graphics Interchange Format (GIF); sinais em formato de vídeo hospedados no YouTube; sinais em formato de vídeo hospedados em website próprio; e sinais escritos em SignWriting. A pesquisa terá uma abordagem quantitativa e será realizada com 100 participantes usuários da Libras, divididos em duas categorias, a saber: Categoria 1 – 50 pessoas ouvintes e Categoria 2 – 50 pessoas surdas. Mediante prévia autorização dos colaboradores deste estudo, os dados serão coletados a partir de um questionário criado pelo pesquisador, contendo questões fechadas elaboradas em Libras. Os participantes terão acesso ao questionário pela plataforma de pesquisa online Google Forms, no qual os dados ficarão armazenados para posterior e criteriosa análise. Por se tratar de um estudo em andamento, ainda não há um resultado conclusivo. Contudo, espera-se que os resultados indiquem caminhos mais claros rumo à padronização dos glossários de Libras disponíveis na web, tendo como foco proporcionar aos usuários dessas ferramentas de pesquisa — tradutores, intérpretes, professores e pesquisadores surdos e ouvintes — maior conforto e praticidade.
Palavras-chave: Glossário de termos em Libras; Interface de design; Lexicografia da Libras.
LÉXICO BILÍNGUE ALFABÉTICO DE SINAIS-TERMO DA PSICOLOGIA EM LIBRAS
Bruno Pierin Ernsen8
Resumo: Os vocabulários de diversas áreas do conhecimento estão entre os principais desafios em programas de educação de surdos, principalmente no campo da Psicologia. A lei n.º 10.436 de 2002, chamada da Lei de Libras, e o decreto n.º 5.626 de 2005, que a regulamentou, garantiram que a Libras seja usada como língua de instrução de qualquer disciplina. Nessa perspectiva, este projeto teve como objetivo o registro de sinais-termo que apresentam o campo da Psicologia em Libras, garantindo à Comunidade Surda o direito de receber instrução dos sinais-termo específicos da Psicologia e dos aspectos do atendimento psicológico em sua própria língua. A maior dificuldade que os surdos encontram é a acessibilidade linguística. Os surdos do nosso país têm sua língua materna, a Libras, mas poucas pessoas sabem essa língua. Imagine-se visitando um país onde você não conhece a língua e não consegue se comunicar. É assim que os surdos se sentem, mas com uma diferença: eles estão no seu próprio país. O Léxico Alfabético de Sinais-termo do campo da Psicologia em Libras visa a constituir um banco de dados com a documentação da diversidade linguística no Brasil com a finalidade de promover acessibilidade e o registro de sinais-termo da Libras tendo como objetivo principal fornecer subsídios ao atendimento psicológico aos surdos. Sendo assim, o referido projeto faz parte do Grupo de Estudo e Pesquisa de Sinais-termo do campo da Psicologia em Libras em desenvolvimento. A pesquisa permitiu o registro de aproximadamente 30 sinais-termo do Campo da Psicologia em Libras (por exemplo, os sinais: diferença entre psicologia e psiquiatria, psicopata, sintomas, atendimento, aconselhar, empatia, ansiedade, autoestima, sexualidade, estimulo, hábito, condicional, consequência, paciente, psicanálise (ID, EGO, Superego), consciente e inconsciente, complexo de Édipo, comportamento, habilidade, psicose, neurose).
Palavras-chave: Léxico Alfabético de Sinais-termo; Psicologia; Libras.
Referências
BRASIL. Decreto-lei n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n. 10436 de 22/04/2002 e o art. 18 da Lei 10.098 de 19/12/2000.
BRASIL. Lei n. 10.436, de 22 de abril de 2002. Oficializa a Libras.
FARIA-DO-NASCIMENTO, S. P. de. Representações lexicais da Língua de Sinais Brasileira: uma proposta lexicográfica. 2009. 290 f. Tese (Doutorado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
MARTINS
, F.;
MARTINS
, M. Coleta e registro de sinais-termos psicológicos para Glossário de Libras. Disponível em: http://www.seer.ufal.br/index.php/revistaleitura/article/viewFile/2654/2856. Acesso em: 12 jun. 2018.
MATEMÁTICA BILÍNGUE
Flávia de Almeida Pinheiro⁹
Thiago Cardoso Aguiar¹⁰
Resumo: O presente projeto de ensino está em andamento com alunos do quinto período (2018/1), do curso de Pedagogia Bilíngue do IFG – Campus Aparecida de Goiânia. O projeto consiste na produção de vídeos em Libras sobre conteúdos de Matemática das séries iniciais do fundamental que serão posteriormente disponibilizados à comunidade externa via internet. O projeto é fruto de um trabalho interdisciplinar envolvendo cinco disciplinas que a turma teve no seu quarto período da graduação (2017/2). Além da língua de instrução, Libras, o material conta com tradução em português. Os objetivos do projeto são: (i) pesquisa, verificação e discussão sobre sinais de matemática encontrados na internet; (ii) verdadeira inclusão do aluno Surdo; (iii) elaboração de propostas metodológicas que atendam Surdos e ouvintes; (iv) produção e disponibilização de material didático para todo o país; e (v) viabilização do aprendizado de Matemática. Como fundamentação teórica, usamos dos pensamentos de Nogueira (2013), que afirma que a construção de alguns conceitos matemáticos é difícil para crianças surdas, pois elas têm pouca ou nenhuma vivência com a realidade desses conceitos fora do ambiente escolar. Assim pensamos ser importante avaliar os sinais existentes na área, sob o ponto de vista dos surdos e de profissionais de Matemática, além de apresentar usos, no cotidiano, dos conceitos apresentados. Levantamos a hipótese de que sinais que remetem visualmente ao conceito matemático contribuem para o aprendizado dos alunos. Dessa forma, os alunos são separados em grupos, em que a presença de surdos é obrigatória, eles estudam o conteúdo que será apresentado e fazem uma pesquisa sobre os sinais encontrados sobre o escopo selecionado, discute-se sobre a eficiência visual desse sinal e propõe-se um novo sinal, quando há entendimento de necessidade. Esse sinal passa pelo crivo de um professor surdo para só depois ser liberado para gravação. Todo o processo passa pelas mãos dos orientadores várias vezes até que seja liberado para a filmagem final. Apesar de o projeto ainda não estar finalizado, observamos uma melhora no entendimento de matemática dos alunos surdos que estão participando do projeto e pensamos que essa viabilização de aprendizagem também irá se replicar quando o conteúdo dos vídeos chegarem aos alunos externos ao IFG. O mesmo trabalho interdisciplinar está sendo executado com a turma seguinte, também objetivando transformá-lo em projeto de pesquisa quando a turma chegar ao quinto (2018/2).
Palavras-chave: Matemática; Libras; Sinalário de Matemática.
Referências
NOGUEIRA, C. M. I. (Org.). Surdez, inclusão e matemática. 1. Ed – Curitiba-PR: CRV, 2013.
O PAPEL DE GLOSSÁRIOS BILÍNGUE PORTUGUÊS-LIBRAS NA AQUISIÇÃO DE L2 POR SURDOS
Lucília Santos da França Lopes¹¹
Resumo: Este trabalho de pesquisa trata de investigação em andamento sobre o uso de glossários bilíngues língua portuguesa-libras como instrumento de acesso a léxico especializado utilizado por surdos adultos no ensino superior. Fundamentado no quadro teórico gerativista, que concebe a aquisição de uma língua particular como proveniente de uma capacidade inata ao ser humano, com base na faculdade da linguagem, o presente estudo parte da ideia de que o acesso em libras de um léxico especializado relativo a áreas acadêmicas específicas é um input importante à aquisição do português como L2 por surdos, bem como a seu desempenho, uma vez que, com base em hipótese já amplamente aceita por pesquisadores da área, essa aquisição seria mediada pelo acesso parcial à Gramática Universal (GU), via dados de sua primeira língua (L1), a Libras. Os corpora do presente estudo se constituem de dois tipos de dados: (i) glossários em Libras especializados, que foram catalogados em programas de ensino e pesquisa que se debruçaram sobre a elaboração de dicionários e glossários bilíngues língua portuguesa-Libras, já disponíveis na web; e (ii) produções escritas de surdos em português ou interlíngua português-Libras, obtidas por meio de experimentos que consistem da realização de atividades escritas controladas, a fim de que se criem situações para o emprego de certo léxico e certas estruturas formais do português. O quadro de sujeitos-informantes é composto por alunos surdos que cursam diferentes cursos do ensino superior na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Durante a coleta de dados, esses sujeitos-informantes serão levados a fazer uso de uma linguagem especializada, utilizando os glossários de suas áreas de formação em caráter experimental, em contextos específicos exigidos por essas áreas. Considerando a hipótese lexicalista do minimalismo, investigaremos, a partir de análise desses dados, se a apropriação desse léxico bilíngue favorece a aquisição da escrita do português como L2, no aspecto formal, ou sintático, das estruturas frasais, em textos acadêmicos que os mesmos precisam produzir de acordo com o exigido em sua área de formação.
Palavras-chave: Gramática Universal; Hipótese lexicalista; Interlíngua; Léxico especializado.
Referências
CHOMSKY. N. The Minimalist Program. Cambridge. Massachusetts, USA: MIT Press, 1995.
CHOMSKY. N. Arquitetura da Linguagem. Tradução de Alexandre Morales e Rafael Ferreira Coelho. Bauru, SP; Edusc, 2008.
KATO, M. A. A Gramática do Letrado: questões para a teoria gramatical. In:
MARQUES, M. A. et al. Ciências da Linguagem: 30 anos de investigação e ensino. Braga: CEHUM, Universidade do Minho, v. 5, 2005.
LESSA-DE-OLIVEIRA, A. S. C. Libras escrita: o desafio de representar uma língua tridimensional por um sistema de escrita linear. Revel, v. 10, n. 19, 2012.
LESSA-DE-OLIVEIRA, A. S. C. Estrita SEL – Sistema de Escrita para Língua de Sinais. [Blog Internet]. Vitória da Conquista, Brasil. Disponível em: >. Acesso em: 10 de jun. 2016.
SALLES, H. M. M. L.; L. VIANNA, A.C.C. Estudo da interlíngua de surdos usuários de Língua de Sinais Brasileira na aquisição de português (L2): nominais nus e definidos genéricos. Estudos da Língua(gem), Vitória da Conquista, v. 8, n. 1, p. 241-264, 2010.
SALLES, H. M. M. L.; PIRES, L. Desenvolvimento linguístico na aquisição de português L2 (escrito) por surdos: a estrutura do sintagma nominal. Revista da ABRALIN, v. 1, p. 189-208, 2011.
PRADO, L. C. do. Sintaxe dos determinantes na língua brasileira de sinais e aspectos de sua aquisição. 2014. 157 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) — Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2014.
PLATAFORMA LIBRAS ACADÊMICA E A INCLUSÃO DO ESTUDANTE SURDO NO ENSINO SUPERIOR
Michele da S. Ferreira Grativol¹²
Wilma Favorito¹³
Helena Carla Castro¹⁴
Resumo: O aumento do ingresso de estudantes surdos no ensino superior tem despertado um novo olhar sobre a utilização da Língua Brasileira de Sinais (Libras) no ambiente acadêmico. Assim, verifica-se a necessidade em se garantir a permanência e a qualidade no ensino desses sujeitos. Dentre as diversas possibilidades existentes, sabe-se que o estudo voltado para as terminologias científicas tende a contribuir de maneira significativa nesse aspecto, além de valorizar e dar mais visibilidade a Libras. O foco da presente pesquisa visa à organização de uma plataforma bilíngue (língua portuguesa/Libras), que dê acesso aos sinais da área acadêmica, além de propor também informações sobre o ambiente universitário. O protótipo da plataforma está sendo construído no provedor Wix a partir da consulta de: (i) dicionários reconhecidamente consolidados (ex.: INES), (ii) glossários e dicionários produzidos por pesquisadores reconhecidos em suas áreas de conhecimento e (iii) intérpretes com experiência na área de ensino superior. Testes com alunos e ex-alunos da Universidade Federal Fluminense serão realizados para então posterior apresentação e disponibilização à comunidade surda. Por meio da plataforma, pretendemos divulgar os sinais científicos do ambiente universitário, de modo a minimizar os conflitos interpretativos e dificuldades comunicacionais. Acredita-se, também, que essa ferramenta poderá ajudar no sentimento de pertencimento ao ambiente do ensino superior pelo sujeito surdo, garantindo a sua permanência e a qualidade de acesso às produções científicas nas diferentes áreas do conhecimento.
Palavras-Chave: Libras; Glossário; Acadêmico; Terminologia; ensino superior.
PROPOSTA DE GLOSSÁRIO DE LIBRAS DAS TRADIÇÕES PARAIBANAS
Natália Diniz Silva¹⁵
Geraldo Venceslau de Lima Junior¹⁶
Francisca Barreto da Silva¹⁷
Resumo: Sabemos que a Libras, como qualquer outra língua, tem sua riqueza de variações. Ligada à cultura e à região, pode-se perceber que a Libras sofre algumas alterações com sinais diferentes. Por falta de fluência de alguns, falar sobre a variação linguística da Libras é provocar um certo tipo de preconceito. Dessa forma, nesta pesquisa, corroboramos alguns sinais regionais do Nordeste, como, por exemplo, as palavras Cajazeiras, sertão, rapadura, entre outras, provando a vida dessa língua. Os objetivos desta pesquisa são: (i) reconhecer a variação linguística que há na Libras, de modo a compartilhar os sinais de termos paraibanos, podendo, assim, contribuir com pesquisas na área de lexicologia, terminologia e outras; (ii) identificar a diversidade que há na cultura nordestina por meio da Libras; (iii) apresentar sinais que pertencem à região Nordeste; e (iv) analisar autores que abordam a variação linguística e a sua valorização, que envolve aspectos socioculturais e históricos. Durante o trabalho, a metodologia a ser utilizada será uma pesquisa etnográfica que especifica e descreve a cultura de um povo ou região. A pesquisa se mostra de grande eficiência na questão cultural de certa região ou de certa comunidade. No caso, aqui estaremos tratando da Libras e da comunidade surda situada no Nordeste com base nos teóricos Junior (2011) e Pereira (2011). Segundo Pereira (2011, p. 16), [a]s línguas de sinais são língua naturais, e, portanto, expressam desejos e necessidades das comunidades que as usam, bem como refletem seus aspectos culturais
. Sendo assim, será tratado glossário da região Nordeste na Libras como forma de ampliação de vocabulário para as demais regiões. A questão cultural de certa região é pertinente a uma língua, e a Libras, como língua viva, sofre essa influência. Sabe-se que cada comunidade surda tem suas expressões e dialetos, pois são pessoas expostas às tradições e culturas comuns a todos daquela região. Assim, espera-se que este trabalho possa contribuir mostrando mais um pouco a riqueza da Libras na cultura paraibana.
Palavras-chave: Libras; Cultura; Paraibano; Nordeste.
PROSÓDIA E SIGMANULÓGIA NA PERSPECTIVA DOS ESTUDOS TERMINOLÓGICOS DA LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
Lúcio Macedo¹⁸
Wagner Santos¹⁹
Resumo: Neste trabalho, analisamos os estudos de Stokoe (1960) sobre fonologia, quirologia, sigmanulogia e Quadros (2004) sobre política linguística, para discutir os estudos acadêmicos voltados à terminologia (COSTA, 2012), como a criação de dicionários e glossários em Libras. Elegemos a perspectiva dos estudos da sigmanulogia e prosódia (NÓBREGA, 2016; LEITE, 2008), sobre ambiente confortável na sua própria língua, para desenvolver pesquisa quantitativa/qualitativa. Com esta pesquisa, buscamos identificar como as pessoas surdas se sentem com o surgimento de novos sinais, se há preocupação com regras e estrutura linguística. O objetivo é pensar nas atuais políticas linguísticas de defesa da língua de sinais e a relação com a construção da aprendizagem de conhecimentos novos com professores surdos.
Palavra-chave: Prosódia; sigmanulogia; terminológicos; política linguística; libras.
Referências
COSTA, M. R. Proposta de modelo de enciclopédia visual bilíngue juvenil: Enciclolibras - o corpo humano, 2012.
NÓBREGA, Valdo R. R. Sigmanulogia: proporcionando uma teoria linguística da língua de sinais. Revista Leitura. v. 1, n. 57, jan./jun., 2016, p. 198-218.
QUADROS, R. M. & KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: estudos lingüísticos. Porto Alegre: ArtMed, 2004.
Leite, T. A. A segmentação da língua de sinais brasileira (libras): um estudo linguístico descritivo a partir da conversação espontânea entre surdos. 2008. Monografia (Curso de Estudos Linguísticos e Literários em Inglês) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 2008.
REGISTRO DE SINAIS EM LIBRAS PARA A COMUNIDADE LGBT
Bruno Pierin Ernsen20
Mauricio Damasceno21
Resumo: O presente estudo considera que a existência de termos específicos utilizados nas comunidades LGBTs contribui para a construção de vínculos, bem como para o empoderamento dos sujeitos que historicamente são excluídos na sociedade. Contudo, tal exclusão se apresenta ainda mais grave quando relacionada às questões da pessoa surda e sua forma de comunicação por meio da Libras (Língua Brasileira de Sinais). A pesquisa teve como objetivo identificar as possíveis variações linguísticas dos sinais relacionados à cultura LGBT e sua relação com o empoderamento dos sujeitos, como também com a reprodução de estereótipos negativos, o que pode resultar em bullying em ambientes escolares, por exemplo. Tal pesquisa se mostra relevante a partir do momento que não foram encontrados registros oficiais de sinais relacionados à cultura LGBT utilizados pela maioria dos sujeitos surdos pesquisados. A metodologia utilizada foi revisão bibliográfica. Como resultado, foi possível identificar uma escassez nos estudos acerca de criação de sinais, glossário de termos LGBTs em Libras, mas pode-se perceber a existência de grupos que se debruçam sobre os estudos terminológicos bem como de tradução/interpretação nesse contexto.
Palavras-chave: Libras; LGBT; Sinais.
Referências
BRASIL. Decreto-lei n. 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei n. 10436 de 22/04/2002 e o art. 18 da Lei 10.098 de 19/12/2000.
BRASIL. Lei n. 10.436, de 22 de abril de 2002. Oficializa a Libras.
FARIA-DO-NASCIMENTO, S. P. de. Representações lexicais da Língua de Sinais Brasileira: uma proposta lexicográfica. 2009. 290 f. Tese (Doutorado em Linguística) — Universidade de Brasília, Brasília, 2009.
GARCÊS, R. L. O.; MAIA, R. Lutas por reconhecimento dos surdos na Internet: efeitos políticos dos testemunhos. Revista de Sociologia Política, v. 17, n. 34, Curitiba, out., 2009.
LEBEDEFF
, T. B. Percepção de jovens surdos sobre sua sexualidade. 1993. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1993.
RECUERO, R. Redes Sociais na Internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
TERMINOLOGIA DO BALÉ CLÁSSICO EM LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA: UM ESTUDO A PARTIR DO PROJETO DE EXTENSÃO A COMUNIDADE SURDA REINVENTANDO A ARTE DO BALÉ
Karina Ávila Pereira²²
Víctor Techera Silveira²³
Otávio Ávila Pereira²⁴
Resumo: O presente trabalho é fruto de um projeto de extensão desenvolvido na Universidade Federal de Pelotas, cujo objetivo é possibilitar o acesso das pessoas surdas à cultura e às artes por meio da prática do balé clássico, além da promoção de saúde da comunidade surda. Para isso, o projeto prevê aulas semanais com duração de uma hora em que são desenvolvidos conteúdos básicos de uma aula de balé clássico. Como se trata de um projeto de extensão, os ministrantes são acadêmicos dos cursos de Dança e Educação Física que já tenham cursado a disciplina de Libras I. No decorrer das aulas, percebemos uma lacuna de terminologia específica do balé clássico em língua de sinais, pois a maioria dos termos são utilizados na língua francesa. Nesse sentido, partimos para uma busca por glossários específicos e, apesar de encontrarmos vídeos de pessoas surdas dançando, não encontramos, até este momento, um glossário com terminologia específica do balé clássico traduzida para a língua de sinais. A partir dessa lacuna, começamos um estudo com as alunas surdas sobre os passos básicos do balé para perceber de que forma as alunas compreendiam o que deveria ser feito em cada passo, para, em seguida, as alunas pensarem em um sinal para determinado passo, para que pudéssemos organizar um glossário. Ainda não foram feitas pesquisas em outras línguas de sinais, mas pretendemos para o futuro fazer a busca em língua francesa, língua inglesa, ou em outras línguas que os integrantes do projeto tenham conhecimento linguístico para poder conhecer o léxico desses sinais específicos em outras línguas de sinais.
Palavras-chaves: Terminologia do balé clássico em língua de sinais; balé para surdos; acesso à cultura.
Referências
BOURCIER, P. História da Dança no Ocidente. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
HAAS, J. G. Anatomia da Dança. Tradução de Paulo Laino Cândido. Barueri, SP: Manole. 2011.
SAMPAIO, F. Ballet Essencial. Rio de Janeiro: Sprint Ltda, 1994.
STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008.
UM GLOSSÁRIO BILÍNGUE DE LITERATURA BRASILEIRA: PROJETO ESCRITORES BRASILEIROS EM LIBRAS
Lívia Letícia Belmiro Buscácio²⁵
Vanessa Alves de Sousa Lesser²⁶
Weslei da Silva Rocha²⁷
Érica Cristina da Silva e Silva²⁸
Resumo: O projeto de pesquisa Escritores brasileiros em Libras, formado por professores de Literatura e de Libras e tradutores-intérpretes do Colégio de aplicação do INES, vem desenvolvendo um trabalho de escrita de roteiros ficcionais bilíngues sobre escritores de Literatura Brasileira em língua portuguesa, para a produção de uma série fílmica. A base teórico-metodológica consiste na História das ideias linguísticas (AUROUX, 1992; 1998, ORLANDI, 1993; 2001; 2002; 2007) e na Análise de Discurso (PÊCHEUX, 2009; ORLANDI 1993; 2001; 2002; 2007). Foram selecionados nomes de autores da literatura brasileira sobre os quais se instaura uma discursividade (ORLANDI, 2000), ou seja, nomes de autores que rompem com o senso comum e trazem novas possibilidades do dizer, atualizando uma memória. O primeiro escritor da série é Mário de Andrade, por inaugurar dizeres sobre literatura na relação com a língua do/no Brasil. Consideramos com Candido (1995) que a literatura se configura como um direito e afirmamos que a tradução literária de autores de uma língua majoritária, como a língua portuguesa, para a Libras possibilita um direito linguístico da comunidade surda de acesso à literatura brasileira por meio da produção de saberes em LIBRAS. A escrita do roteiro tecida no encontro entre a Libras e a língua portuguesa de forma colaborativa e a escassez de produção em Libras sobre a literatura brasileira levaram o grupo de pesquisa à produção de um glossário literário sobre os temas, personagens e nomes de autores evocados no roteiro. Vale dizer que, segundo Auroux (1992) e Orlandi (2000), a produção de instrumentos linguísticos como glossários configura um gesto de fortalecimento e de unidade de uma língua, processo chamado de gramatização. Atualmente, nota-se uma forte ligação da circulação de instrumentos linguísticos com as políticas linguísticas das línguas minoritárias. No Brasil, a lei da Libras n.º 10.436/2002 reconhece a Libras enquanto sistema linguístico de natureza visual-motora e estrutura gramatical própria da comunidade surda (QUADROS, 1997). No campo educacional, Campello (2008) valoriza a importância da utilização da língua de sinais na escolarização dos estudantes surdos, destacando que a ausência dessa língua pode ocasionar, inclusive, dificuldades no aprendizado dos conhecimentos acadêmicos trabalhados. Por isso, a produção de um glossário literário poderá contribuir para o processo de gramatização da Libras tanto por ser um instrumento que reverbera a política linguística quanto um modo de registrar e legitimar saberes linguísticos e literários em Libras. O objetivo desta apresentação é mostrar os caminhos da criação de sinais para a formação do glossário literário, a ser publicado no site do projeto.
Palavras-chave: Glossário literário; Bilinguismo; História das Ideias Linguísticas; Análise de discurso; LIBRAS.
Referências
AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Tradução de Eni P. Orlandi. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1992.
AUROUX, S., PUCCINELLI ORLANDI, E.; MAZIERE, F. (Éds.). L’ hyperlangue Brésilienne, Langages, 1998, n. 130, 127 p.
CAMPELLO, A. R. S. Aspectos da visualidade na educação de surdos. 2008. 245 f. Tese (Doutorado em educação) — Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008.
CANDIDO, A. O direito à literatura. Vários escritos. São Paulo: Ouro sobre azul, 2004.
ORLANDI, E. (Org.). O discurso fundador: a formação do país e a construção da identidade nacional. Campinas, Pontes, 1993.
ORLANDI, E. História das Ideias linguísticas. Campinas, SP: Pontes, 2001.
ORLANDI, E. Língua e conhecimento linguístico: para uma história das ideias no Brasil. São Paulo: Cortez Editora, 2002.
ORLANDI, E. Política linguística no Brasil. Campinas, SP: Pontes, 2007.
PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Ed. da Unicamp, 2009.
PÊCHEUX, M. O discurso: estrutura ou acontecimento? Campinas: Pontes, 2008.
PÊCHEUX, M. Ler o arquivo hoje. In: ORLANDI, Eni P. (Org.). Gestos de leitura. Campinas: Editora da Unicamp, 2011.
QUADROS, R. M., KARNOPP, L. Língua de sinais brasileira. Porto Alegre: Artmed, 2004.
UNIDADES LÉXICAS NO CONTEXTO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA: recursos de tradução/interpretação para Libras
Ízea Folha Damasceno Santos²⁹
Ana Claudia Castiglioni, UFT,³⁰
Karylleila de Santos Andrade, UFT, ³¹
Resumo: No processo de aquisição de uma segunda língua, surgem vários entraves que se interpõem ao aprendizado. Para o aluno surdo, o ensino de língua portuguesa ocorre mediado por processo de interpretação. É por meio do tradutor/intérprete de Libras que esse aluno terá acesso ao arcabouço de sua L2, ao léxico, às construções sintático-semânticas e terá condições de adentrar um mundo que, antes, não lhe pertencia. Este trabalho faz parte de uma pesquisa mais ampla, na qual pretendemos analisar a situação dos termos especializados referentes aos conceitos da área do ensino da disciplina de língua portuguesa, em Libras, a partir do ponto de vista de intérpretes e de obras dicionarísticas. Nesse sentido, investigamos o que dizem alguns tradutores/intérpretes sobre as principais dificuldades encontradas na interpretação de termos específicos da