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Uma nova mensagem: Duologia Virtual
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E-book248 páginas4 horas

Uma nova mensagem: Duologia Virtual

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Sobre este e-book

Uma mulher bem resolvida, independente. Cris teria tudo para ter uma vida no mínimo legal... Se não fosse sua frustração sexual!!! Uma mensagem de um número desconhecido... Um perfil de um homem encarando o oceano... Tudo o que eles tinham em comum, era o desejo de transformar aquele engano em uma certeza. Mas a vida acaba pregando peças e alterando as situações no decorrer do caminho. Outras pessoas são envolvidas e todas as certezas de Cris, escorre por seus dedos, quando ela se depara com alguém real que balança todo o seu mundo. Liberte-se, há uma nova mensagem esperando você!!!.
IdiomaPortuguês
EditoraM-Y Books
Data de lançamento9 de jul. de 2021
ISBN9781526008763
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    Pré-visualização do livro

    Uma nova mensagem - Erika Gomes

    cover.jpg

    Ao lado da palavra atrasada em um dicionário, sem dúvida alguma, deveria ter uma foto de Cristiane. Ela era a personificação da falta de pontualidade. Nem era por maldade, realmente se esforçava em chegar no horário marcado, mas jamais conseguia. O mundo parecia conspirar contra a sua pontualidade. Cris, como era chamada pelos amigos, já estava desistindo de lutar contra o que o destino havia preparado para ela. Mas algo estava a seu favor. Ela morava na quarta maior metrópole do mundo: São Paulo. A cidade é um emaranhado de carros e semáforos, um ir e vir constante de pessoas, transporte público, andarilhos e tudo mais que puderem imaginar. Cris se permitia usar o trânsito louco a seu favor e justificava seu atraso sempre da mesma forma. Seus amigos já não se importavam mais ou sempre marcavam com ela um horário diferente para o encontro. Claro que sempre uma ou duas horas antes que os demais e por incrível que pareça, quase sempre ela conseguia chegar depois que todos já estavam acomodados.

    Seus dedos tamborilavam de forma frenética no volante do carro. Já havia recebido quatro ligações e na última dissera a verdade. Estava mesmo a caminho, mas como da última vez, perderia o começo do filme. Viu a luz verde à sua frente e acelerou cortando os carros que teimavam em desfilar da forma mais lenta e irritante possível. Era como se o mundo automobilístico conspirasse contra seu desejo de assistir a um filme em uma sexta-feira à noite, com suas amigas. Ela estava ansiosa há dias. Esperou pela pré-estreia como uma criança espera pela noite de natal. Havia literalmente berrado com uma senhora de meia idade na fila para comprar os ingressos um mês antes. A atendente anunciou que aqueles eram os últimos dez lugares livres e a mulher disse querer os dez. Cris nunca havia lutado com tanta força e empenho por algo, como lutou por aqueles três ingressos que desejava. Nada iria separá-la de Grey, nem mesmo aquela mulher de meia idade e cabelos roxos a sua frente. Ela que fosse se masturbar com as amigas idosas no asilo. O Grey era de Cris.

    Seu sorriso, com a lembrança da gritaria e da briga na fila do cinema no mês anterior, se ampliou em seus lábios. Quando se deu conta, Cris ria alto e sozinha no carro lembrando-se da cara de desespero da mulher quando sem pensar, Cris avançou sobre ela puxando os últimos ingressos de suas mãos. Sentiu-se orgulhosa quando deixou o shopping descabelada, amassada, com a costura de sua blusa preferida esgarçada, mas com os três ingressos em sua mão. Esperou três semanas para o grande dia. Tomou um banho demorado. Colocou uma calça jeans escura que realçava as curvas de seu corpo, uma blusa branca de mangas compridas, que ela amava e ficava folgadinha, mas os três botões de cima abertos, davam um ar sensual. Soltou os longos cabelos pretos, que caiam até sua cintura em ondas perfeitas. A maquiagem marcada nos olhos e os lábios levemente molhados de gloss a deixava simples e impossível de não ser notada. Sabia que era bobeira, aliás o seu racional sabia que era uma bobeira se arrumar daquela forma para assistir um filme com as duas amigas. Claro que entendia que o ator de uma de suas trilogias preferidas, não pularia da tela a sua frente e a foderia de quatro sobre as cadeiras do cinema na frente de todos. Mas ela não era nada racional quando o assunto era Grey.

    Cristiane era uma mulher normal. Não era loira, linda, alta, de olhos azuis e um corpo fenomenal. Sua pele clara e macia, contrastava com o cabelo preto comprido. Seus olhos castanhos claros estavam sempre destacados em uma maquiagem bem marcada, chamando a atenção. Os lábios jamais tinham cor, somente um leve molhado de um gloss ou hidratante labial e nada mais. Não era alta, 1,68 no máximo e de salto alto. Sem eles não passava de 1,63. Ela gostava disso, seu corpo não havia sido definido em uma academia, mas a harmonia entre os seios, quadril e coxas a fazia feliz. Claro que como todas ao seu redor, ela também era marcada por algumas celulites e estrias, mas nada que a fizesse se trancar em uma calça de moletom em um dia quente.

    Era uma mulher independente. Trabalhava há cinco anos em uma empresa que organizava eventos dos mais variados. De aniversário em grande estilo de uma celebridade em ascensão à uma despedida de solteiro regada a muita bebida e putaria da mais alta classe. Infelizmente a empresa estava dividida em setores e cada um deles cuidava de um determinado segmento. Para a frustração de Cris a sua área não era a da putaria. Ela cuidava de festa infantil. Não que não gostasse, ao contrário, amava o universo das crianças. Estava sempre cercada de heróis consagrados e desenhos que grudavam em sua mente com suas músicas educacionais. A alegria nos olhos dos pais, com a realização de um sonho. A comemoração de mais um ano de vida do seu bem mais precioso, que deixava Cris em êxtase ao final de um evento realizado. Mas como em tudo na vida, existia um pró e um contra. Sua vida era corrida, pois a área com mais eventos era a dela. Cris vivia uma vida pessoal frustrada, traumas do passado a cercavam, acontecimentos que fez questão de jogar para o fundo de uma gaveta e trancafiar no lado mais escuro de sua memória, e seu refúgio era a imensa estante de livros que ocupava duas paredes completas de seu apartamento. Foi em uma dessas aventuras que ela conheceu o seu Grey. O senhor perfeitamente fodido de uma trilogia quente que a levava a loucura com a descrição detalhada de tudo o que ela gostaria de viver. Jamais havia experimentado pessoalmente, mas em sua mente, em sua pequena cabeça, Cris já havia gozado com ele inúmeras vezes.

    - Foco Cris!

    Exigiu de si enquanto procurava uma vaga para estacionar o carro. Assim que se aproximou da imensa fila de mulheres histéricas que faziam caras e bocas tirando fotos com o banner do ator. Ela avistou as duas amigas que acenavam loucamente para ela. Cris sorriu e apressou os passos enquanto sacudia no ar os ingressos.

    - Poxa Cris, mas nem hoje??? - Amélia perguntou batendo o pé no chão e as mãos na cintura. Amélia era uma morena linda, com olhos verdes que causavam inveja. O cabelo bem cacheado moldava de forma linda o seu rosto. Era uma mulher alta, quase nunca usava salto por achar que se destacaria demais. Cris sorria se desculpando puxando a amiga para um abraço. Sentia-se sempre uma criança perto de Amélia, não somente por seu tamanho, mas pela forma que a amiga lhe dava broncas infinitas por seus atrasos. Ao lado das duas, Eduarda revirava os olhos para a cena.

    - Não entendo como Lia ainda se espanta com seus atrasos. Cinco anos juntas e jamais te vi chegar no horário. - Eduarda sorria para a amiga enquanto recebia um abraço igualmente apertado.

    Era fácil demais conviver com elas. Eduarda era leve e bem-humorada, mesmo quando queria fazer o estilo fatal, parecia uma boneca de porcelana. Loira, com os cabelos lisos, cortados em um chanel de bico. Olhos incrivelmente pretos. Sua estatura era mediana e estava sempre sorrindo, pronta para todas as loucuras que o mundo pudesse lhe oferecer, mesmo em seus momentos de fúria, onde o temperamento e a falta de controle, despertava o medo das pessoas ao redor. Eram amigas desde o dia em que foram entrevistadas na Eventos & Estilo e contratadas para a mesma área. Passaram juntos os piores momentos da vida de Cris e a pedido da amiga, assim como ela, fizeram questão de esquecer o acontecido.

    - Vamos meninas. - Cris se virou quando a fila começou a andar - Meu amado me espera.

    - Você precisa é ser comida de verdade para poder sair dessa sua neura com esses caras desses livros Cris - Resmungou Eduarda em seu ouvido - Está precisando gozar de forma escandalosa e dar um descanso ao seu vibrador.

    Cris bufou derrotada, sabia que Duda tinha razão. Somente não sabia como fazer com que aquelas palavras se tornassem reais em sua vida. Sentaram-se uma ao lado da outra, de frente para a grande tela. Amélia abriu a bolsa e retirou saquinhos incontáveis de balas e amendoins, entregando as amigas que a olhavam incrédulas.

    - O que foi? Comprei antes de chegar aqui ué. - Deu de ombros - Vamos, peguem o que gostam e vamos nos deliciar, afinal, o mocinho fodido do filme será só o começo da nossa noite meninas.

    Cris se ajeitou com o saquinho de amendoins coloridos em suas mãos e suspirou mais alto do que gostaria. Tudo o que desejava era não terminar a sua noite sozinha em sua cama, tendo o vibrador lilás como companhia.

    Após algum tempo de filme, Cris já estava apertando as pernas e contraindo a musculatura do quadril. Ela estava louca de tesão e a calcinha molhada, não conseguia conter seu desejo. Há meses não transava com alguém que não fosse seu vibrador e as cenas protagonizadas a sua frente lhe causavam desespero.

    - Se não parar de se esfregar assim, vai acabar ficando com câimbra na boceta Cris. - Duda sussurrou no ouvido da amiga que se sobressaltou com o comentário.

    - Deixa de ser boba Duda, não é nada disso.

    - Sei, estou vendo que realmente não é. Você precisa ser fodida com força menina. Essa sua vida vai acabar te matando.

    - Podemos resolver isso depois do filme. - Amélia se envolveu na conversa, deixando Cris, que estava entre as duas, muito desconfortável.

    - Não vamos resolver nada e parem de falar da minha vida sexual assim.

    - Que vida Cris! Gozar mais ou menos com um vibrador meia boca, não é vida sexual. - Duda arqueou a sobrancelha olhando para a amiga, esperando que ela dissesse algo contra.

    - Olha Cris. Sabe que eu acho fofinho e tal esse seu jeito com esse monte de livros aí que você lê - Amélia falava baixinho, apertando a mão da amiga quase com compaixão - Mas você precisa mesmo dar uma transadinha com alguém de verdade. Olha o seu estado.

    Cris não conseguiu responder. Choveu um monte de quietas, parem de falar, shiuuu e elas se calaram, voltando a atenção para o filme, mas deixando clara a promessa de uma noite no mínimo interessante.

    Elas estavam paradas em frente ao grande espelho do banheiro do shopping. Após lavarem as mãos, retocavam a maquiagem e arrumavam os cabelos, ajeitando a roupa para a segunda parte da noite.

    - Onde vamos? - Cris perguntou pelo que parecia ser a décima vez.

    - Já dissemos que é surpresa.

    Eduarda e Amélia se olharam com cumplicidade e um leve tremor percorreu a espinha da Cris.

    - Por favor, só não me levem para um puteiro feminino. Não quero pagar por sexo e nem que vocês paguem.

    As duas amigas se olharam confusas e voltaram sua atenção para Cris.

    - Primeiro, nem sabíamos que existia um puteiro para mulheres. Segundo não há problema algum em pagar por sexo, terceiro...

    - Pare de ser louca e relaxa. Vamos aproveitar a noite. - Completou Amélia e as três riram alto, saindo do banheiro.

    Eduarda estava ao volante, com Amélia ao seu lado e Cris no banco de trás. As duas foram de metrô para o encontro e como seria uma surpresa para Cris, não teria sentido ensinar o caminho a amiga. O rádio estava ligado e o sertanejo baixo tomava conta do carro. A conversa fluía sobre o tema do filme e as opiniões eram infinitas.

    - Amiga, se um cara rico e lindo como aquele me quisesse, deixava ele me chicotear até esfolar a alma. - Eduarda disse rindo enquanto Amélia a olhava com repulsa.

    - Jamais. Eu que não quero ficar apanhando para o cara tratar as neuras dele.

    Amélia e Eduarda travaram uma disputa. Debatiam sobre ter ou não prazer com a dor. Cris estava perdida em seus pensamentos no banco de trás, olhava para fora, vendo a paisagem da sua cidade passar. As ruas lotadas de gente buscando o mesmo: bebida e sexo fácil. Casas pichadas, paredes sujas e prédios, muitos prédios. Sentia pena da cidade que tanto amava. Era estranho ver como o ser humano era capaz de destruir tudo ao seu redor. Não entendia como aquele monte de rabiscos nas paredes poderia ser considerado algo bom. Deixava a cidade ainda mais sombria. Por alguns segundos permitiu-se fugir de sua realidade, da sua vida corrida e sem graça. Imaginou-se longe da loucura da cidade grande, refugiada em um lugar no interior, em um casa ampla, com grandes janelas e o sol aquecendo todo o ambiente, sendo amada e desejada. Seu corpo sendo tomado à força. Suas mãos espalmadas contra a parede gelada. Mãos quentes subindo sem delicadeza seu vestido, expondo seu corpo que latejava pedindo por prazer. Sentindo a cabeça de um pau quente, pulsante, brincar em sua entrada molhada e com uma estocada forte ser comida bruscamente até gritar alto em meio ao gozo.

    - Cris, você está bem? - Eduarda perguntou olhando-a de lado.

    - Cris? - Amélia chamou mais alto - Cris!

    Amélia soltou o cinto e se colocou de joelhos no banco, levando as mãos ao corpo de Cris, sacudindo-a com força. Olhou assustada para Amélia. Suas bochechas estavam vermelhas, queimando em fogo puro e a respiração acelerada. Seus olhos enfim focaram a amiga. Tentou sorrir sem sucesso, deixando o rosto quase deformado.

    - Menina, você precisa dar para alguém agora! - Decretou Eduarda - Tá sonhando acordada já a pobrezinha.

    Cris ainda estava tentando sair do transe que sua mente a levou, quando a porta do carro se abriu. Um homem bonito e bem vestido estendeu a mão para ajudá-la descer. Aceitou a ajuda sem entender aonde estava. Assim que ele a soltou, viu seu carro se afastando sendo levado por um manobrista. Seus olhos percorreram o local a sua frente e de imediato lembrou-se da morada de um dos seus livros. Parecia uma combinação entre castelo e igreja, dando ao local um ar misterioso e intenso. Voltou a atenção para as amigas que a olhavam esperando uma reação.

    - Achei que íamos a um barzinho. - Disse baixo, arrancando risadas das duas que a tomaram, uma em cada braço e começaram a andar em direção a entrada.

    - E nós achamos que já passou da hora de você sair dos livros, aniversários de criança, barzinho e pina colada - Eduarda a olhou com um ar diabólico - Hoje minha querida amiga, vamos te apresentar uma nova vida, pense nisso como... hum...

    - Como o armário daquele livro lá... que a menina entra e vai para outro mundo - Amélia veio ao socorro.

    - Sim, uma porta para outro mundo. - Eduarda concordou.

    - Mas eu não quero ir para Nárnia. - A voz da Cris não passava de um sussurro.

    - Nárnia? - Eduarda riu alto, jogando a cabeça para trás de forma exagerada - Amiga, aqui está mais para a gozolandia.

    Seguiram rindo e tendo uma amiga amedrontada entre elas. Assim que cruzaram a grande porta de madeira, foram recebidas por um homem. Ele era alto, com o corpo totalmente exposto, exceto por uma minúscula cueca preta, que deixava o biquíni de Cris parecendo com a calcinha de sua vó. Ele era perfeito. O corpo esculpido, forte e cheio de gomos que o dividiam de forma quase gloriosa. Cris foi subindo o olhar, após ter ficado um bom tempo tentando imaginar o tamanho do pau daquele cara, pois se mole ele estava daquele jeito dentro daquela cueca, ele ereto deveria ser assustador. Assim que o olhar alcançou o rosto do homem a sua frente, Cris perdeu

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