Suplício de um Amor
De L P Baçan
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Suplício de um Amor - L P Baçan
INTRODUÇÃO
Cristina caminhava gingando os quadris, exibindo a elasticidade de suas pernas bem torneadas na calça comprida justa. Sua cintura afunilada ficava à mostra logo abaixo da blusa curta que lhe cobria os seios de uma rigidez jovem e tentadora. Pensava em Roberto, que fora para a Alemanha aproveitar uma bolsa importante em sua carreira. Cris não pudera ir. Roberto nem ao menos tocara nessa possibilidade. Os dois viveram deliciosos e inesquecíveis momentos e isso agora a sufocava, perdida no apartamento novo que, apesar de menor que o anterior, parecia-lhe uma enorme prisão sem a presença dele.
Um ano juntos, dividindo o apartamento, partilhando da rotina, das obrigações triviais, das alegrias repentinas, das tristezas forçadas. Um ano que, agora, com a partida dele, deixava um vazio que ela não sabia como preencher. Havia muitas lembranças naquelas paredes. Lembranças demais, por isso mudara-se para um apartamento menor e barato, por isso nem pensou em procurar alguém com quem dividir as despesas. As paredes nuas de agora não tinham recordações. Cristina não queria recordações.
Caminhava olhando vitrines. Roberto ficaria três longos anos na Alemanha e isso lhe parecia uma eternidade. Dentro dela pulsava uma sensação fúnebre de havê-lo perdido, mesmo tendo ainda a promessa dele ecoando em seus ouvidos. Três anos eram um longo tempo e muita coisa poderia acontecer. Ligação alguma poderia basear-se em algo tão inseguro como uma promessa. Conversas diárias em vídeo pouco a pouco se tornariam escassas, até que cessassem. Seria fatal.
Então Diogo Souza, um desconhecido vizinho, surgiu em sua vida e virou tudo de pernas para o ar.
I – DE VOLTA À SOLIDÃO
Roberto aceita uma bolsa de estudos na Alemanha, onde ficará por três anos. Separa de Cris após um ano de convivência. As recordações são demais para a jovem, que se muda para um novo apartamento e tenta conviver com a falta dele.
Cris Moreira terminou de folhear a revista, fechou-a aborrecida e atirou-a por sobre a cabeça. A revista descreveu um semicírculo, bateu contra a parede e acomodou-se, desfolhada, sobre uma porção de outras. Levantou-se e foi até a janela olhar a rua. Pessoas caminhavam apressadas, cada uma com seus problemas particulares. Ela se sentiu em uma prisão. As paredes daquele apartamento sufocavam-na. Correu ao espelho, escovou rapidamente os cabelos e saiu, trancando a porta. Junto ao elevador, um desconhecido. Ele a olhou e sorriu amistosamente.
— Sou Diogo Souza, seu vizinho da direita — disse ele, estendendo a mão.
Era simpático e seu aperto de mão era firme e cordial.
— Cristina Moreira, Cris para os amigos — respondeu ela, passando uma das mãos pelos cabelos e afastando a mecha que lhe caía teimosamente sobre os olhos.
— Mudou-se há pouco, não? — observou ele.
— Sim, há menos de uma semana.
O elevador chegou e a porta se abriu. Entraram.
— Se houver alguma coisa que eu possa fazer para ajudá-la, é só dizer. Não me encontra durante a semana, mas no sábado...
— Obrigada pela oferta! Estou em férias ainda, tive tempo de sobra para pôr tudo em ordem sozinha.
— Mesmo assim... — deixou ele no ar, quando o elevador chegou ao térreo e a porta se abriu.
Separaram-se. Cris não prestou atenção a ele. Queria caminhar, tomar um pouco de ar, sair daquele isolamento voluntário. Diogo ficou parado junto à porta do edifício, olhando-a caminhar pela calçada. Seus olhos acompanharam o gingado provocante dos quadris, a elasticidade de suas pernas bem torneadas e delineadas dentro da calça justa. Sua cintura afunilada ficava à mostra logo abaixo da blusa curta que lhe cobria os seios. Era jovem e tentadora.
Cris não conseguia pensar em outra coisa. Fora um erro tirar aquelas férias, justo antes da partida de Roberto. Viveram momentos deliciosos, mas isso só fizera aumentar a dor da perda. Roberto fora para a Alemanha, não podia perder aquela bolsa importante em sua carreira. Cris não pudera ir. Roberto nem ao menos tocara nessa possibilidade. Viveram deliciosos e inesquecíveis momentos e isso agora a sufocava, perdida no apartamento novo que, apesar de menor que o outro, parecia-lhe uma enorme prisão sem a presença dele. Um ano juntos, dividindo o apartamento, partilhando da rotina, das obrigações triviais, das alegrias repentinas, das tristezas forçadas. Um ano que se resumiu naquela semana de férias, quando Roberto mais fizera parte dela, uma parte inseparável que agora, com a sua partida, deixava um vazio que não sabia como preencher.
Mudara-se para um apartamento menor e mais barato. Poderia ter procurado uma amiga ou outra garota com quem dividir as despesas do anterior, mas havia ali muitas recordações e Cris não queria recordações. Livrara-se de algumas delas. Outras, no entanto, estavam gravadas a fogo no seu íntimo e eram as piores. Não havia forma de afastá-las de seus pensamentos.
Caminhou pela calçada, olhando vitrines. Um cartaz numa agência de turismo mostrava areia, sol e mar. Cris não pôde fugir à recordação. Estavam dentro dela e surgiam sem mais nem menos. Naquele instante, podia ainda sentir o olhar de Roberto sobre seu corpo, depois o toque ardente das mãos dele, a voracidade excitante de seus lábios e a paixão extrema no momento da posse.
Recordar era martirizar-se constantemente. Cris pensou que devia afastar isso de seus pensamentos. Roberto ficaria três longos anos, na Alemanha e isso lhe parecia uma eternidade. Dentro dela pulsava uma sensação fúnebre de havê-lo perdido definitivamente, mesmo tendo ainda a promessa dele ecoando em seus ouvidos. Três anos eram um longo tempo e muita coisa poderia acontecer com ambos. Ligação alguma poderia basear-se em algo tão inseguro como uma promessa, apesar de Cris estar certa de poder esperá-lo por dez anos se fosse preciso. Separaram-se livres, cada um aceitando a sua liberdade e condicionando o futuro a uma promessa. Se ao se encontrarem novamente ainda fossem os mesmos, tudo voltaria a ser como antes. Caso contrário, restaria apenas uma boa e forte amizade, nada mais.
* * *
Ela tomava um suco numa lanchonete, sentada sozinha em uma das mesas perto da janela. Seus olhos estavam fixos nas árvores do parque do outro lado da rua. Depois subiram,