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De Outros Muitos Dias: Poesia
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De Outros Muitos Dias: Poesia
E-book118 páginas36 minutos

De Outros Muitos Dias: Poesia

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Sobre este e-book

Poesias ao sabor dos dias.
IdiomaPortuguês
EditoraM-Y Books
Data de lançamento10 de jul. de 2021
ISBN9781526046765
De Outros Muitos Dias: Poesia

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    De Outros Muitos Dias - Nelson Santrim

    NELSON

    SANTRIM

    DE OUTROS MUITOS DIAS

    (Poesia)

    num terno adeus

    houve um tempo

    e houve uma vida

    em que tudo era diferente

    algo me preenchia

    passou a oportunidade

    que não fiz realidade

    só eu perdi

    de cada vez que menti

    só de soslaio

    olhei de caras o touro

    vendi-me por ouro

    sem juntar um tesouro

    havia mais valor

    em tudo o que deixei

    o ser devia ser de lei

    o que nos salva é o amor

    que importa ter

    tudo e não ter nada

    do essencial

    para uma vida equilibrada

    faz-se dela gorada

    olhando para ti

    digo-te adeus

    não sou da raça dos prometeus

    o meu fogo está extinto

    o destino não finto

    sempre sozinho

    às vezes algo triste

    ainda em mim persiste

    a busca de um caminho

    mas é difícil compreender

    que seja tão árduo viver

    andar aqui a sofrer

    foste o melhor de mim

    deste-me o melhor de ti

    não te soube merecer

    lembrar-te-ei podes crer

    olhar a estrada

    não quero ser negativo

    mesmo que tenha motivo

    fico a olhar o passado

    a escuta é deprimente

    numa espera evanescente

    fico sem fazer o filme

    da perdição dos sentidos

    o meu império não se ergueu

    não penetrei no infinito

    vou morrer como um mortal

    olho para o caminho feito

    e sei que nunca seria perfeito

    mas almejava algo mais

    a vida soçobra na náusea

    de tudo parecer sensaborão

    meus passos lambem o alcatrão

    rumando a lugar nenhum

    sinto-me desmotivado talvez

    sem qualquer séria razão

    apenas amuo pelo que não tenho

    ando de carregado sobrecenho

    vale uma vida pelo que se vive

    e é sempre de algum valor existir

    num tempo de lastimar e de rir

    sonho com o que nunca tive

    não penso em me despedir

    aceito que existem fases más

    conformo-me em persistir

    sei que tudo é passageiro

    mesmo que não corra ligeiro

    ontem houve um bom e um mau

    arrumo cada coisa em seu saco

    não vou com ninguém ser velhaco

    mesmo que vergastado por pau

    as dores fazem-me querer ser bom

    fazem-me rijo o suave coração

    raridades ou não

    amo o sol

    amo a vida

    amo as mulheres

    e amo os meus amigos

    desprezo o ódio

    e amo o amor

    gostava de salvar o mundo

    como um cristo

    mas sou apenas um pecador

    ruína onírica

    sonhos desfeitos

    devaneios

    desvarios antigos

    variegados destinos

    insalubres

    juventude passada

    no passo

    apressado de cumprir

    o desejo alheio

    rebeldia tardia

    ridículo de morte

    má sorte

    manhã desperta

    de sono morto

    a vida num sopro

    feita para durar pouco

    vitalidade sem verdade

    mentira de mulher sem idade

    abraço sem peito

    ar rarefeito

    mal-estar de vertigem

    ser míngua ainda

    um prazer que se finda

    sem ter conquistado

    horror sonhado

    e a premonição realizada

    a vida em cheque

    hipócrita salamaleque

    guarnição de vigia

    e o tesouro roubado

    incompetência aflita

    ninguém a ser condenado

    tudo nos é permitido

    menos o direito a ser esquecido

    vertigem das imagens

    vejo guerras e horrores

    actos heróicos

    e bastas provas de ternos amores

    vejo em cada imagem

    rostos e as suas intenções

    vejo vermelho vivo

    em pulsantes corações

    o mundo não

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