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De Um Lugar a Outro: Poesia
De Um Lugar a Outro: Poesia
De Um Lugar a Outro: Poesia
E-book117 páginas37 minutos

De Um Lugar a Outro: Poesia

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Sobre este e-book

Poesias ao sabor dos dias.
IdiomaPortuguês
EditoraM-Y Books
Data de lançamento10 de jul. de 2021
ISBN9781526046758
De Um Lugar a Outro: Poesia

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    De Um Lugar a Outro - Nelson Santrim

    NELSON

    SANTRIM

    DE UM LUGAR A OUTRO

    (Poesia)

    retos e íntegros

    os ratos no arroz integral

    fazendo seu esquivo número

    de nu aeroespacial limítrofe

    junto à fronteira com o casebre

    da preguiça morrendo de febre

    quando se dão as cruzadas mãos

    e se endireitam as costas no fundo

    é como abraçar um novo mundo

    com braçadas de insigne retidão

    intervencionando cada um seu degrau

    enche-se ao galo o papo grão a grão

    na desrazão de oportunismo consumista

    entre as barricadas da comuna e o fascista

    anda-se mais depressa em sela de cavalo

    o homem amansa o terreno a cavá-lo

    e espera que o sol abençoe a sua colheita

    tão cheia de fartura como o mar de sal

    e o que é do espantalho parece irreal

    da garganta sai então um ronco de avestruz

    fazendo perder a compostura ao filósofo

    que se assusta com o espelho cheio de luz

    reto e íntegro como um naufragado réprobo

    a passo decidido

    apressa-se o passo na imediatez

    que é vontade no rápido apressar

    do caminho leve e breve a tragar

    sem mais tempo na veia de perder

    chegar antes de o relógio dar a hora

    é antecipar-se à suma pontualidade

    mas mostra algum excelso considerar

    como quem por vir o amanhã ora

    o tempo faz-se aristotélico movimento

    soma de parcelas espaciais percorridas

    as respirações ofegantes e esbaforidas

    abraçando as correntes que se rompem

    então surge a altura de reger a vertigem

    com os poderes supremos de mandarim

    feliz por dizer sim ou não ou assim a assim

    o olhar reflete no caminho cada passo

    supervisionado num superlativo remate

    do record recordado com dito de vate

    rosa cor de mate na matriz se esbate

    discutindo com a sombra

    não sabes mais o que queres

    e acusa-te a própria sombra

    colada a ti como uma vergonha

    falhas o alvo repetidas vezes

    e o vexame dá-to a tua sombra

    sem que exprimas a fio o sucedido

    que mais podes fazer então

    quando ninguém vê em ti razão

    a não ser um mandriar preguiçoso

    fazes-te como sombra belicoso

    ergues a máscara que cobre o rosto

    ficas suspenso entre a timidez

    e o mais ácido e ríspido desaforo

    quanto mais tempo sem crescer

    quanto mais tempo sem viver

    começando a entender que na vida

    nem tudo obedece ao nosso querer

    é necessário fazer sacrifícios

    mas tu esquivas-te das brasas nos pés

    e recusas-te na mansidão dos falhos

    enquanto as faúlhas crepitam no ar

    e a terra devora essa tua sombra

    dizes tu que a ti ninguém te compra

    tão longa finita viagem

    pode-se supor um princípio e fim

    e então se não existe o universo

    desde todo o sempre como eterno

    o que acontecerá será a finitude

    passam milhões e milhões de anos

    os éons seguidos de outros éons

    e os humanos tão reais como as estrelas

    finitos como passados mamutes

    depois do reinado dos dinossauros

    de que valem as prosápias e faustos

    as romarias em busca de salvação

    se espreita a extinção por determinação

    da extensão de um tempo que vem

    e pode acabar connosco sem outro bem

    a viagem começa e não se sabe tudo

    sobre o

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