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Pátria Invencível: Poesia
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Pátria Invencível: Poesia
E-book105 páginas48 minutos

Pátria Invencível: Poesia

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Sobre este e-book

Poesias ao sabor dos dias.
IdiomaPortuguês
EditoraM-Y Books
Data de lançamento10 de jul. de 2021
ISBN9781526046703
Pátria Invencível: Poesia

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    Pátria Invencível - Nelson Santrim

    NELSON

    SANTRIM

    PÁTRIA INVENCÍVEL

    (Poesia)

    nova derrota

    há que aprender

    com cada desolação

    por cada desfeitear tecer a trama

    de uma outra história

    que apague e faça nova

    entender o quê

    questionar-se para saber

    não repetir o infortúnio

    do desejo inconcluso

    amar melhor

    talvez amando menos

    talvez vendo a vida por outra via

    roer o cabo da desesperança

    olhar o céu sem fixar o sol

    não cegar no seguir a paixão

    de forma estouvada e inconsequente

    ser do iludir-se temente

    guardar um pouco de si

    não se dar ao primeiro contacto

    aguardar o instante certo

    para que seja seguro avançar para perto

    no toque não sonhar demasiado

    ver o que pode acontecer

    mas sem sonhar acordado

    todo o tempo sem a certeza

    de ser correspondido no sentimento

    o mais incompetente

    não sabe o que faz

    e isso quebra o momento

    faz descrer da certeza

    de ser correto o desenlace

    mais perto menos distante

    não saber dar a paz

    para que haja entendimento

    com a raiva na carne

    nada fica para recordar

    o instante do solitário amante

    não serve se não satisfaz

    em cada aproximação insuficiente

    estar a mais e ser indesejado

    ter peçonha e ser desprezado

    pior que a lepra na alma

    a mais em todo o lado todas as vezes

    ser insano e não atinar

    falhar mais em toda a linha

    atravessar o tempo sem rumo

    arrastado pelos acontecimentos

    mais um desgosto mais uma sina

    de não fazer nada certo

    duvidando mesmo de estar desperto

    quando a vida parece pesadelo

    atirando tudo para um inferno

    obstinado e indiferente

    inconstante no contar

    a forma do acidente por incidência

    da indecência do destino

    conformando por princípio

    através dos dias

    arrolhando nas dádivas

    as pródigas asas

    levam-nos por vários caminhos

    em variados tons de fogo

    e enquanto não se faz tarde

    mais um equívoco se amontoa

    abrindo-se os braços

    para empurrar em vez de segurar

    na libertação de um abraço

    estreitam-se os laços

    por conveniência de fugir à solidão

    abre-se mão de um pecúlio

    que não nos pertence por dever

    na fugacidade dos instantes íntimos

    em que se entrevê a quimera da felicidade

    pela miragem de seus desejos

    abrindo cautelosamente a flor

    vejo a boca em tons de rosa

    atirando para trás das costas

    o deserto de não ser ninguém

    para quem quisesse sê-lo

    entrego o dia ao carteiro

    que leva ao infinito meu queixume

    abre-me a porta dos fundos

    e empurra-me escadas acima

    até ao sétimo céu selado no ar

    arranjo uma maneira qualquer

    de dizer qualquer coisa

    ao que venho sem o saber

    na certeza de tudo ignorar

    do que depois se vai passar

    o dado está lançado no corrimão

    a descer levantando as poeiras

    na cegueira de querer chegar

    mas sem conseguir ter alcance

    em alguma coisa digna de agarrar

    fecho a passagem de borla

    faço-me caro para dificuldade

    em crescendo por insana vontade

    e eu aqui gemendo de desejo

    no breve trecho da minha estória

    poucas vezes se terá visto assim

    abandonado e solitário

    fazem regra de se ser ordinariamente

    pouco dado à fala e ao contacto

    abrindo-se para se ver

    no olhar dado a conhecer

    estreita o limite do segredo

    no que quer e deixa transparecer

    mesmo que fosse transparente

    talvez interpretasse uma mentira

    fingindo transparência

    sem nenhuma importância

    não é comum a sinceridade

    ou franqueza educada

    muitas vezes opta-se pela rudeza

    e diz-se que se diz a verdade

    no diz que disse faz-se a figura

    e poucas vezes terá tido honestamente

    a visão dada íntima de si mesmo

    que não tenha sido uma fuga

    dos outros e de si de toda a gente

    sacrifícios e misérias

    é alguém talvez uma mãe

    que se sacrifica num ofício

    que se dá mais a misérias

    às vezes apenas por amor

    pode ser um pai dedicado

    enjeitando qualquer trabalho

    dando mais de si do que pode

    fazendo mil esforços inglórios

    atento talvez a toda a gente

    quem mais dá de si é quem mais nega

    que a lei seja vigente a do engano

    mais se sofre quando se isola

    a mente de outra mente

    mesmo quando os corpos se encontram

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