Flores de Inverno
()
Sobre este e-book
Relacionado a Flores de Inverno
Ebooks relacionados
Espelho Das Eras I Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas ao fim do dia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasRelíquias de um jovem poeta: uma coletânea de poesia, prosa e contos Nota: 5 de 5 estrelas5/5De Volta às Paisagens Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAkyryanas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasÓpio Poético Nota: 0 de 5 estrelas0 notasJardim Doidivanas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDas Vozes. Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCoração de Búfalo: A força e a coragem da poesia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Amar É O Mar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Cristal Do Ovalho Nota: 0 de 5 estrelas0 notasExistência e infinito: sobre a causalidade do ser Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA ilusão do mundo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTempo de Ti Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNós Na Harmonia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSeminal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasDesertos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSó Te Peço 5 Minutos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBurkianas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoemas Para Morrer Feliz Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSe as pedras falassem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasInominável Insistente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAo Nascer De Um Novo Dia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMiração Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO grito silencioso: As memórias da escuridão atrevida Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVioletas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Teu Silêncio Gritou Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCompilado moderno de assuntos eternos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTravessia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNuances Poéticas Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Poesia para você
Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMarília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5As palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Navio Negreiro Nota: 5 de 5 estrelas5/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Todas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5Aristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Textos Para Serem Lidos Com O Coração Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Categorias relacionadas
Avaliações de Flores de Inverno
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Flores de Inverno - Filipa Amaral
I
Desde sempre a pergunta por fazer, o alçar do véu, iluminar a alma com verdade, suportando corajosamente a consequência
— desde agora —
Desde sempre o abraço ao raio de luz, o calor da certeza, a transparência invés da máscara baça, da dissimulação profícua
Desde sempre o ímpeto da audácia, recuando perante brejos sujos tantas vezes fingidos de lagos celestiais, onde só o faro que o tempo apura, desvenda o fundo putrefacto
— desde agora —
Desde sempre a inocência, o fervor da espontaneidade, o voo e sabor de ar respirável longe de vermes e coisas mortas
Desde sempre o sorriso crescente, o olhar generoso, os sabores das estações em ciclo harmónico
Desde sempre a discreta lágrima rolada na carnação suave, tão oposta aos ásperos desprazimentos e desenganos
— desde agora —
II
Parece-me que o mundo cada vez mais venera o gesto e a palavra em gatilho-anzol de interesse, esquece logo o que não convém, num trôpego atropelar de vaidades.
E são já tantos os tronos similares em insolência e altivez que enfada de verdade o olhar claro, sequioso de vistas únicas.
III
Que faço aqui?
Ainda não descobri.
Tanto para ser, sentir, saber.
As minhas âncoras são balões.
O que me prende e me faz perder
É
O que também me faz sonhar e entender
Que assim sou:
Livre, dentro de um labirinto.
IV
Quando andamos à procura de respostas, lá vem a vida e muda-nos as perguntas.
O
[in]constante
[im]previsto
[im]previsível.
V
Pedra dura versus efémera flor
A pedra ganha e esmaga sempre mas não sabe que a flor ganhou primeiro.
A flor abriu-se ao sol, dançou na brisa,
Perfumou e doou anónima cor ao mundo,
Enfeitou cabelos, deleitou sorrisos, poetizou amores, trouxe Primaveras.
VI
O Homem-Carvoeiro, o comboio a vapor: foram cerca de 480 meses, 14.600 dias, 116.800 horas de suor e fagulhas, de ardor constante e fuligem negra, de cansaços e dores silenciadas, de uma vida dedicada a enterrar pás na massa negra incandescente alimentícia para que os