Relíquias de um jovem poeta: uma coletânea de poesia, prosa e contos
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O que há de súbito em ser Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPequeneza e Subjetividade Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
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Relíquias de um jovem poeta - Pedro Henrique França
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—1
À existência
Fez-se a luz.
Do infinito vazio
surgiu pelo divino amor
o sonho cósmico,
imensurável magnífico.
Do divino amor ele surgiu
eu digo,
do nada fez-se o todo,
e como que por milagre,
acordou do vácuo profundo
o primeiro homem.
História sem início,
história sem fim;
Ciclos e ciclos
sem nunca findar.
Assim quer o divino amor;
Que sonhemos para sempre,
sempre com a sutil esperança,
misteriosa, semidesconhecida, oculta
silenciosa,
de encontrar no caminho,
sacras lembranças
do belo, do altivo,
enfim, de tudo aquilo que — elevar;
Sacras lembranças
de múltiplas eternidades,
pelas quais todos passamos,
rumo à origem da luz,
rumo à união com o todo,
rumo ao Demiurgo, o Arquiteto,
o Espírito Santo, de infinito esplendor,
seja como for,
à caminho do encontro
com o infinito transcendente, ao — Tao.
Do divino amor
surgiu o majestoso sonho cósmico,
e fomos presenteados todos
com a dádiva de poder — sonhar.
Isto é a existência,
pouco mais do que um sonho,
fruto da mais vigorosa atenção,
do olhar de infinitos espectadores,
do sagrado teatro universal.
Do início ao fim,
que já por certo existem,
vivemos os instantes,
um eterno — agora;
E neste agora,
comungamos em união,
a ilusão das partes,
que para todas direções se movem,
em aparente divisão.
Mas que não se engane,
somos todos um
na soma dos instantes;
Somos os olhos dele,
o Grande Sonhador,
que por divino amor fez-nos despertar,
somos seus olhos,
criados para que ele possa
olhar para si mesmo,
perante infinitos ângulos,
assim preenchendo
todo o espaço sem fim,
com a divina luz,
que não há de se ausentar
em qualquer lugar que seja.
Assim, somos um,
todos filhos da luz,
olhos do criador,
que por divino amor,
quis nos dar
a excelsa possibilidade
de para sempre e sempre
Sonhar.
—2
A mola e o travesseiro
Em um mundo tão líquido, tão plástico e frágil
como precisamente descreveu o já falecido Bauman,
é facilmente suscetível o despertar de
psicóticas desvairadas crises,
fazendo qualquer um sofrer agudamente
dos mal cuidados nervos.
Neste mundo que já pende à birutice histérica,
salvam-se de freudianos diagnósticos
aqueles que tem a rara habilidade de recobrar-se
como a mola metálica intacta de um colchão velho
ou, então, como aqueles travesseiros cujo o povo