Contos sobre Esperança
()
Sobre este e-book
Contém os seguintes contos de fadas:
- A menina dos fósforos
- O rouxinol
- A mala encantada
- Os cisnes selvagens
- O príncipe disfarçado
Hans Christian Andersen (1805–1875) era um autor, poeta e artista dinamarquês. Consagrado na literatura infantil, seus contos mais conhecidos são "A roupa nova do rei", A pequena sereia", "O rouxinol", "O soldadinho de chumbo", "A rainha da neve", "O patinho feio" e "A pequena vendedora de fósforos". Seus livros foram traduzidos para todos os idiomas. Nos dias de hoje, não há quem não conheça os fantásticos personagens de Andersen. Seus contos foram adaptados aos palcos e às telas inúmeras vezes, com maior destaque nos filmes de animação da Disney "A pequena sereia", em 1989, e "Frozen", que foi livremente baseado no livro "A rainha da neve" em 2013.
Graças à contribuição que Andersen fez à literatura infantil, o Dia Internacional do Livro Infantil é comemorado no dia do seu aniversário: 2 de abril.
Hans Christian Andersen
Hans Christian Andersen (1805 - 1875) was a Danish author and poet, most famous for his fairy tales. Among his best-known stories are The Snow Queen, The Little Mermaid, Thumbelina, The Little Match Girl, The Ugly Duckling and The Red Shoes. During Andersen's lifetime he was feted by royalty and acclaimed for having brought joy to children across Europe. His fairy tales have been translated into over 150 languages and continue to be published in millions of copies all over the world and inspired many other works.
Relacionado a Contos sobre Esperança
Ebooks relacionados
Contos de Ano Novo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos de Natal Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMinha tia me contou Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs Contos Mais Lindos de Andersen Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos de Hans Christian Andersen Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA casa de vidro Nota: 3 de 5 estrelas3/5Um beijo sob o visco Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Lenda da Meia-Noite Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos para a infância: Escolhidos dos melhores auctores por Guerra Junqueiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO quebra nozes e o rei dos camundongos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO filho do porteiro Nota: 0 de 5 estrelas0 notasHumilde Rainha Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Dama de Asolo Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAnne of the Island Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA princesa e o goblin Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO príncipe feliz Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs aventureiros da Fênix: e a cidade amaldiçoada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs cisnes selvagens Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPríncipes e Princesas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPresa nos seus braços Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Rainha da Neve Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCinderela: uma biografia autorizada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasReinações de Narizinho Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os meus amores: contos e balladas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAventuras de Narizinho No Reino das Águas Claras Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO crime do Pinhal do Cego Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBeijos ao luar Nota: 5 de 5 estrelas5/5Gabi e o tesouro do Oriente Nota: 0 de 5 estrelas0 notasContos sobre Coragem Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Tema familiar para crianças para você
Eu Odeio Amar Você Nota: 5 de 5 estrelas5/5A menina alta Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO estranho caso do sono perdido Nota: 5 de 5 estrelas5/5MMMMM: Mônica e o Menino Maluquinho na Montanha Mágica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Fala sério, pai! Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMenina Nina: Duas razões para não chorar - Edição de aniversário de 20 anos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO professor de português enlouqueceu de vez: Abelardo de Matos Quela Nota: 5 de 5 estrelas5/5Flávia e o bolo de chocolate Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFala sério, irmão! Fala sério, irmã! Nota: 4 de 5 estrelas4/5Cinco crianças e um segredo Nota: 5 de 5 estrelas5/5Bagunça Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOs monstros mais medrosos do mundo Nota: 5 de 5 estrelas5/5O rebuliço e o cortiço Nota: 3 de 5 estrelas3/5As Meninas Maluquinhas Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO Sacramento do Matrimônio e as Causas da Nulidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA chegada de Anne Nota: 5 de 5 estrelas5/5A colcha de retalhos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNo mundo da lua Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA melhor amiga de Anne Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFala sério, mãe!: Edição revista e ampliada Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMundo de Aline Nota: 0 de 5 estrelas0 notasCaixa de brincar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNo tempo dos meus bisavós Nota: 0 de 5 estrelas0 notasVersos para os pais lerem aos filhos em noites de luar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuem roubou minha infância? Nota: 5 de 5 estrelas5/5Areia na praia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasUma ilha a mil milhas daqui Nota: 0 de 5 estrelas0 notasNweti e o mar Nota: 0 de 5 estrelas0 notasComeço, meio e fim Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPoliana Nota: 5 de 5 estrelas5/5
Avaliações de Contos sobre Esperança
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Contos sobre Esperança - Hans Christian Andersen
Contos sobre Esperança
Original title:
Eventyr om håb
Translated by Pepita de Leão
Copyright © 2019 Hans Christian Andersen, 2021 Saga Egmont, Copenhagen.
All rights reserved
ISBN 9788726353822
1st ebook edition, 2021.
Format: Epub 3.0
No part of this publication may be reproduced, stored in a retrieval system, or transmitted, in any form or by any means without the prior written permission of the publisher, nor, be otherwise circulated in any form of binding or cover other than in which it is published and without a similar condition being imposed on the subsequent purchaser.
www.sagaegmont.dk
A menina dos fósforos
Era véspera de Ano Bom. Fazia um frio intenso; já estava escurecendo e caía neve. Mas a despeito de todo o frio, e da neve, e da noite, que caía rapidamente, uma criança, uma menina, descalça e de cabeça descoberta, vagava pelas ruas. É certo que estava calçada, quando saiu de casa; mas as chinelas eram muito grandes, pois que a mãe as usara, e escaparam-lhe dos pezinhos gelados, quando atravessava correndo uma rua, para fugir de dois carros que vinham a toda a brida. Não pode achar um dos chinelos e o outro apanhou-o um rapazinho, que saiu correndo e declarando que aquilo ia servir de berço aos seus filhos, quando os tivesse. Continuou, pois, a menina a andar, agora com os pés nus e gelados. Levava no avental velhinho uma porção de pacotes de fósforos, e tinha na mão uma caixinha: não conseguira vender uma só em todo o dia, e ninguém lhe dera uma esmola- nenhum só vintém.
Assim, morta de fome e de frio, ia se arrastando penosamente, vencida pelo cansaço e o desânimo - a estátua viva da miséria.
Os flocos de neve caíam, e pesados, sobre os lindos cachos louros que emolduravam graciosamente o rosto; mas a menina nem dava por isso. Via, pelas janelas das casas, as luzes que brilhavam lá dentro; vagava na rua um cheiro bom de pato assado - era a véspera do Ano Bom - isso sim, não esquecia ela.
Achou um canto, formado pela saliência de uma casa, e acocorou-se ali, com os pés encolhidos, para abrigá-los ao calor do corpo; mas cada vez sentia mais frio. Não se animava a voltar para casa, porque não tinha vendido uma única caixinha de fósforos, e não ganhara um vintém; era certo que levaria algumas lambadas. Além disso, lá fazia tanto frio como na rua, pois só havia o abrigo do telhado, e por ele entrava uivando o vento, apesar dos trapos e das palhas com que lhe tinham vedado as enormes frestas.
Tinha as mãozinhas tão geladas...estavam duras de frio. Quem sabe se acendendo um daqueles fósforos pequeninos, sentiria algum calor? Se se animasse a tirar um ao menos da caixinha, e riscá-lo na parede para acendê-lo... Ritch!... Como estalou, e faiscou antes de pegar fogo!
Deu uma chama quente, bem clara, e parecia mesmo uma vela, quando ela o abrigou com a mão. E era uma vela esquisita, aquela! Pareceu-lhe logo que estava sentada diante de uma grande estufa, de pés e maçanetas de bronze polido. Ardia nela um fogo magnifico, que espalhava suave calor. E a menininha ia estendendo os pés enregelados, para aquecê-los... crac! Apagou-se o clarão! Sumiu-se a estufa, tão quentinha, e ali ficou ela, no seu canto gelado, com um fósforo apagado na mão. Só via agora a parede escura e fria.
Riscou outro. Onde batia a sua luz, a parede tornava-se transparente como a gaze, e ela via tudo lá dentro da sala. Estava posta a mesa, e sobre a toalha alvíssima via-se, fumegando entre toda aquela porcelana tão fina, um belo pato assado, recheado de maças e ameixas. Mas o melhor de tudo foi que o pato saltou do prato, e, com a faca ainda cravada nas costas, foi indo pelo soalho direito à menina, que estava com tanta fome, e...
Mas - que foi aquilo? No momento instante acabou-se o fósforo, e ela tornou a ver somente a parede nua e fria, na noite escura. Riscou outro fósforo, e àquela luz resplandecente, viu-se sentada debaixo de uma linda árvore de Natal. Oh! Era