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A Rua do tempo: Uma escrita fora do mapa
A Rua do tempo: Uma escrita fora do mapa
A Rua do tempo: Uma escrita fora do mapa
E-book64 páginas47 minutos

A Rua do tempo: Uma escrita fora do mapa

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Sobre este e-book

A escrita de Eduardo Carvalho é como uma inquietação singela. A beleza de suas crônicas está nos pequenos detalhes, no conforto do pertencimento, na beleza desensaiada de um Rio de Janeiro poético, como se estivéssemos sempre no meio do 'silêncio de um abraço muito, muito longo'. 'A rua do tempo: uma escrita fora do mapa' é um reencontro diário com a saudade de um tempo de outrora, uma sensação de acolhimento, um amor sublime, a contemplação sobre a alma da cidade singular, seja ela carioca ou francesa.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento31 de mar. de 2022
ISBN9788556621245
A Rua do tempo: Uma escrita fora do mapa
Autor

Eduardo Carvalho

Eduardo Carvalho, 42 anos, é jornalista há mais de 20. Trabalhou na imprensa – em veículos como Jornal do Brasil, O Dia e TV Globo – e, desde 2008, atua em assessoria e consultoria de Comunicação. É autor de 'Sambas, boemia e vagabundos' (2009), livro de crônicas sobreo universo de rodas de samba e bares do Rio de Janeiro. Atualmente, é co-autor e editor do Botequim do Vinho, site sobre vinhos e enoturismo.

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    A Rua do tempo - Eduardo Carvalho

    Capa do livro A rua do tempo: uma escrita fora do mapa. Autor: Eduardo Carvalho. A imagem da capa consiste em uma fachada e uma porta brancas com parte inferior da parede pintada de azul e vermelho.Uma coluna laranja separa as duas parte. Editora: Jaguatirica.Folha de rosto do livro A rua do tempo: uma escrita fora do mapa. Autor: Eduardo Carvalho. Editora: Jaguatirica.

    © Jaguatirica, 2018

    Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou armazenada, por quaisquer meios, sem a autorização prévia e por escrito da editora e do autor.

    editora Paula Cajaty

    revisão Hanny Saraiva

    imagem de capa Samuel Zeller (Unsplash.com)

    diagramação Nathalia Bernardes

    projeto gráfico 54 design

    adaptação digital Aline Martins | Sem Serifa

    .


    Carvalho, Eduardo

    A rua do tempo : uma escrita fora do mapa / Eduardo Carvalho. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Jaguatirica, 2018.

    64 p. ; 21 cm.

    ISBN 978-85-5662-124-5


    Jaguatirica

    rua da Quitanda, 86, 2º andar, Centro

    20091-902 Rio de Janeiro RJ

    tel. [21] 4141 5145

    jaguatiricadigital@gmail.com

    editorajaguatirica.com.br

    Sumário

    Prefácio

    A encantadora rua do tempo perdido

    De tarde na Muda

    Morte e vida no botequim

    Vigília

    Hóspede

    Esse Outono

    Meu avô numa esquina

    O barbeiro de Copacabana

    Estranho na lista

    O meu Jornal do Brasil

    O velho

    Onde acaba a Lapa

    Pé de carambola

    No tempo de Paulinho

    Menu encantado

    Meu pé-sujo em Paris

    Mesa na ponte

    O ‘Professeur’ de Saint-Germain

    Festa ambulante

    Quarto 53

    Rua do Tempo Perdido

    Prefácio

    A encantadora rua do tempo perdido

    Na contramão do que chama de redes antissociais, caminha o jornalista e escritor Eduardo Carvalho, que – é bom ressaltar – jamais se rendeu às seduções e às armadilhas do Facebook. Desde muito jovem, gasta a sola dos sapatênis para conhecer lugares, pessoas e situações diferentes. Seria apenas um flâneur, um boêmio errante, não fossem o extraordinário talento de observação, o poder de síntese e a sensibilidade poética lapidada em textos enxugados com disciplina. Textos enxutos e sentimentais.

    Eduardo andou por diversos caminhos, estradas e vielas para chegar a esta Rua do Tempo. Nela, a nostalgia do ontem, os gestos cotidianos do hoje e a esperança sem projetos do amanhã se confundem numa tarde chuvosa qualquer na Muda, no Rio de Janeiro, ou num dia de inverno gelado da Colina de Montmartre, em Paris. O segredo e o sentido dos seus escritos estão no talento para ver e descrever as bolinhas coloridas que deveriam ser de enfeites de Natal, mas, empoeiradas, ficam penduradas numa árvore suburbana o ano todo; o sacana que, do balcão do bar, radiografa as bundas transeuntes; o gurufim e o velório sem corpo presente de um boêmio; a caramboleira que dá mais sombra do que carambola num terreiro de samba no Andaraí; a morte do Jornal do Brasil.

    A partir da contemplação demorada do ninho de uma passarinha, escondido no vão de uma esquadria, Eduardo reflete sobre as banalidades belas para as quais já não damos mais atenção. Assim como, ao ver, no começo de uma noite qualquer da semana, o trabalho silencioso de um garçom (ao levar mais um casco vazio até a árvore na ponta da calçada e apoiá-lo numa das cavidades do tronco, começando assim a contagem etílica de mais uma mesa), ele se inspira a escrever um texto metafísico sobre um botequim e a solidão compartilhada por seus frequentadores: são pedaços de conversa que apenas se tangenciavam – as rodadas do futebol, as mentiras que os jornais contavam, as politiquices – e eram entremeadas por momentos individuais ao celular e, ainda, pelo giro dos pescoços a radiografar uma ou outra mulher que passava.

    Em crônicas como Esse Outono, Eduardo revela a perspectiva madura do tempo. Do tempo de um Outono que rouba as cores da primavera, transmuda o vento frio do inverno em brisa fresca e comprova que, pelo menos no Rio de Janeiro – cidade que o Edu, maranhense, adotou como a dele –, o verão é um inferno, que, pelas ondas de calor, transforma a paisagem num quadro impressionista.

    Os escritos de Eduardo Carvalho são buscas reais e comoventes pelo tempo e pelo espaço que talvez não estejam perdidos. Ele sabe que saudade só se tem

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