A Rua do tempo: Uma escrita fora do mapa
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Sobre este e-book
Eduardo Carvalho
Eduardo Carvalho, 42 anos, é jornalista há mais de 20. Trabalhou na imprensa – em veículos como Jornal do Brasil, O Dia e TV Globo – e, desde 2008, atua em assessoria e consultoria de Comunicação. É autor de 'Sambas, boemia e vagabundos' (2009), livro de crônicas sobreo universo de rodas de samba e bares do Rio de Janeiro. Atualmente, é co-autor e editor do Botequim do Vinho, site sobre vinhos e enoturismo.
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A Rua do tempo - Eduardo Carvalho
© Jaguatirica, 2018
Nenhuma parte desta obra poderá ser reproduzida ou armazenada, por quaisquer meios, sem a autorização prévia e por escrito da editora e do autor.
editora Paula Cajaty
revisão Hanny Saraiva
imagem de capa Samuel Zeller (Unsplash.com)
diagramação Nathalia Bernardes
projeto gráfico 54 design
adaptação digital Aline Martins | Sem Serifa
.
Carvalho, Eduardo
A rua do tempo : uma escrita fora do mapa / Eduardo Carvalho. - 1. ed. - Rio de Janeiro: Jaguatirica, 2018.
64 p. ; 21 cm.
ISBN 978-85-5662-124-5
Jaguatirica
rua da Quitanda, 86, 2º andar, Centro
20091-902 Rio de Janeiro RJ
tel. [21] 4141 5145
jaguatiricadigital@gmail.com
editorajaguatirica.com.br
Sumário
Prefácio
A encantadora rua do tempo perdido
De tarde na Muda
Morte e vida no botequim
Vigília
Hóspede
Esse Outono
Meu avô numa esquina
O barbeiro de Copacabana
Estranho na lista
O meu Jornal do Brasil
O velho
Onde acaba a Lapa
Pé de carambola
No tempo de Paulinho
Menu encantado
Meu pé-sujo em Paris
Mesa na ponte
O ‘Professeur’ de Saint-Germain
Festa ambulante
Quarto 53
Rua do Tempo Perdido
Prefácio
A encantadora rua do tempo perdido
Na contramão do que chama de redes antissociais
, caminha o jornalista e escritor Eduardo Carvalho, que – é bom ressaltar – jamais se rendeu às seduções e às armadilhas do Facebook. Desde muito jovem, gasta a sola dos sapatênis
para conhecer lugares, pessoas e situações diferentes. Seria apenas um flâneur, um boêmio errante, não fossem o extraordinário talento de observação, o poder de síntese e a sensibilidade poética lapidada em textos enxugados com disciplina. Textos enxutos e sentimentais.
Eduardo andou por diversos caminhos, estradas e vielas para chegar a esta Rua do Tempo. Nela, a nostalgia do ontem, os gestos cotidianos do hoje e a esperança sem projetos do amanhã se confundem numa tarde chuvosa qualquer na Muda, no Rio de Janeiro, ou num dia de inverno gelado da Colina de Montmartre, em Paris. O segredo e o sentido dos seus escritos estão no talento para ver e descrever as bolinhas coloridas que deveriam ser de enfeites de Natal, mas, empoeiradas, ficam penduradas numa árvore suburbana o ano todo; o sacana que, do balcão do bar, radiografa as bundas transeuntes; o gurufim e o velório sem corpo presente de um boêmio; a caramboleira que dá mais sombra do que carambola num terreiro de samba no Andaraí; a morte do Jornal do Brasil.
A partir da contemplação demorada do ninho de uma passarinha, escondido no vão de uma esquadria, Eduardo reflete sobre as banalidades belas para as quais já não damos mais atenção. Assim como, ao ver, no começo de uma noite qualquer da semana, o trabalho silencioso de um garçom (ao levar mais um casco vazio até a árvore na ponta da calçada e apoiá-lo numa das cavidades do tronco, começando assim a contagem etílica de mais uma mesa
), ele se inspira a escrever um texto metafísico sobre um botequim e a solidão compartilhada por seus frequentadores: são pedaços de conversa que apenas se tangenciavam – as rodadas do futebol, as mentiras que os jornais contavam, as politiquices – e eram entremeadas por momentos individuais ao celular e, ainda, pelo giro dos pescoços a radiografar uma ou outra mulher que passava
.
Em crônicas como Esse Outono, Eduardo revela a perspectiva madura do tempo. Do tempo de um Outono que rouba as cores da primavera, transmuda o vento frio do inverno em brisa fresca e comprova que, pelo menos no Rio de Janeiro – cidade que o Edu, maranhense, adotou como a dele –, o verão é um inferno, que, pelas ondas de calor, transforma a paisagem num quadro impressionista.
Os escritos de Eduardo Carvalho são buscas reais e comoventes pelo tempo e pelo espaço que talvez não estejam perdidos. Ele sabe que saudade só se tem