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Uma Espécie de cinema
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Uma Espécie de cinema
E-book184 páginas1 hora

Uma Espécie de cinema

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Sobre este e-book

Os organizadores dessa antologia reuniram 50 poemas brasileiros e 50 poemas portugueses, em função da presença temática e estrutural do cinema. Diz Herberto Helder que as palavras têm a virtualidade de ganhar autonomia, reportando-se à um universo que descreve como 'uma espécie de cinema das palavras/ ou uma forma de vida assustadoramente juvenil'. Em alguns dos textos selecionados é, de fato, a valorização do fluxo das imagens e dos processos de montagem que determina um vínculo com o cinema. No entanto, a relação entre a poesia contemporânea e o cinema não se esgota neste tipo de articulação, como também o demonstram outros textos convocados, nos quais são sobretudo visíveis as articulações temáticas e os processos ecfrásticos que retomam sequências fílmicas específicas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento10 de mar. de 2022
ISBN9786586280036
Uma Espécie de cinema

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    Pré-visualização do livro

    Uma Espécie de cinema - Luís Miguel Queirós

    © Celia Pedrosa et al., 2019

    © Oficina Raquel, 2019

    EDITORES

    Raquel Menezes

    Evelyn Rocha

    Luis Maffei

    REVISÃO

    Oficina Raquel

    CAPA

    Luísa Martelo

    PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO

    Julio Baptista (jcbaptista@gmail.com)

    PRODUÇÃO DE EBOOK

    S2 Books

    www.oficinaraquel.com

    oficina@oficinaraquel.com

    facebook.com/Editora-Oficina-Raquel

    Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

    Pedrosa, Celia et al.

    Uma espécie de cinema. Celia Pedrosa et al. – Rio de Janeiro : Oficina Raquel, 2019.

    178 p. 16 cm x 23 cm ISBN 978-65-86280-03-6

    1. Literatura portuguesa 2. Literatura Brasileira 3. Poesia 4. Cinema

    CDD B869.8

    Este livro foi impresso com apoio da

    Sumário

    Capa

    Folha de rosto

    Créditos

    Apresentação

    I. Indo ao cinema

    Cinema

    A cidade e os livros

    Aracne (fragmento)

    A matiné das duas

    Jazz

    Turim número dois

    A preto e branco

    Cinemas

    Balada amarela

    Cinemas king (sessão da meia-noite)

    O atalante – Jean Vigo (1934)

    Geração paissandu

    Vida de Cristo

    Cinema fechado

    E de resto, Glaura? Tem ido ao cinema?

    Um quadro, outro

    01006-001

    Pan cinema permanente

    II. Depois do filme

    Psycho

    Pálido céu abissal

    Crítica de Miguel Gomes a Funny Games de Michael Haneke

    Amarcord

    Cinemateca

    As mulheres de Ozu

    Ordet

    Do Titanic no Ecrã

    Soneto cinematográfico

    Splendor in the grass

    Buster keaton

    Recordações da casa amarela

    Anna Magnani

    Via San Niccolò

    Retrato de Pasolini em Nova Iorque

    A iguana no filme de Jafar Panahi

    Nuance entre lilases

    Peeping tom

    Sobre imagens de a infância de Ivan de Andrei Tarkovsky

    Antiga casa faz frio

    Vai e vem

    A alegria de partir

    Dies irae i (dreyer)

    O efeito do cinema na cabeça de quem não vai ao cinema

    Um segredo

    Wong Kar-Wai

    P/B

    Em certo Noir de Fritz Lang

    III. Filmagens

    Invitatório

    Minha esperança de morte

    Um filme português

    66-12-ZZ

    Metamorfoses

    Sétima arte

    MM

    Três tipos de pedra

    Hospital Curry Cabral

    As metamorfoses

    Inimigo 1

    Cinema

    Quando já desfeita a mímica

    Home movie

    Bushido

    Nu sobre uma duna

    Filmes

    O rapaz de cabelo verde – Joseph Losey (1948)

    Ladrões de bicicletas – Vittorio de Sica (1948)

    Vozes apanhadas do chão na igreja de San Miniato Al Monte/2

    Os poros flóridos. canto III [fragmento]

    Passagem

    Numa beira de estrada

    Registradora

    A carne

    Com Job, sob o céu de calar alto

    Coimbra B

    Do ritmo das ondas: algumas estações/coda

    Filmar o vento

    O cineasta, tentando respirar

    M.A.

    Do outro lado da tela

    Onde a noite cai sobre antuérpia

    Cine-olho

    Cine-ouvido

    Na margem de todas as coisas: uma canção

    6 Movimentos de câmera

    Mad Max

    Mnemo

    Carta aberta a John Ashbery

    Índice de autores

    Índice

    Apresentação

    Diz Herberto Helder no primeiro texto de Antropofagias que as palavras, devido ao poder de invenção que as caracteriza, têm a virtualidade de ganhar autonomia, passando então a reportar-se a um novo universo ao qual é possível assistir/ ‘ver’/ como se vê o que comporta uma certa inflexão/ de voz. É esse universo que depois descreve como uma espécie de cinema das palavras/ ou uma forma de vida assustadoramente juvenil: um mundo nascente, concebido em imagens articuladas com o som, provindas das modulações da voz. Um mundo dado em imagens reorganizadas, que cabe ao leitor resgatar, do mesmo modo que o poeta as resgatou do caos.

    Ao retomar as palavras de Herberto Helder no título desta antologia – Uma Espécie de Cinema, expressão também presente em A carne, de Luís Miguel Nava –, pretendemos sublinhar o cinematismo dos poe­mas aqui reunidos. Em alguns dos textos que selecionamos é, de fato, a valorização do fluxo das imagens e dos processos de montagem que determina um vínculo com o cinema. No entanto, a relação entre a poesia contemporânea e o cinema não se esgota neste tipo de articulação, como também o demonstram outros textos convocados, nos quais são sobretudo visíveis as articulações temáticas e os processos ecfrásticos que retomam sequências fílmicas específicas.

    Reunimos cinquenta poemas brasileiros e cinquenta poemas portugueses, em função da presença temática e estrutural do cinema. Provenientes dos dois lados do Atlântico, os poemas foram escritos por setenta e três autores – quarenta e um brasileiros e trinta e dois portugueses – e partilham uma faixa cronológica limitada, já que apenas se consideraram textos publicados a partir de 1990. Como se caracteriza essa presença do cinema? Eis a questão para a qual o presente conjunto de textos pode certamente trazer algumas respostas. O simples fato de reunirmos autores de dois países facilita a seus leitores o contato com poetas que talvez leiam agora pela primeira vez, o que é, quanto a nós, um aspecto a salientar desde logo neste livro. Mas, muito para além disso, torna-se interessante podermos comparar atitudes perante o cinema, e vermos como este pode ser hoje uma referência nas mais variadas circunstâncias do quotidiano.

    As três partes em que o livro está organizado – Indo ao Cinema, Depois do Filme e Filmagens – apontam para critérios organizativos bastante amplos, transversais às duas literaturas envolvidas. Na primeira seção, Indo ao Cinema, juntamos poemas que traduzem, de modo mais ou menos direto, a relação com o espaço físico das salas de cinema e com a experiência de assistir a um filme. São vários os poemas que falam de formas de projeção da imagem e de sua virtualidade na tela (real, ou imaginada com palavras). Mas, nesta primeira seção, também é a vida que surge pensada como filme, a partir da experiência cultural

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