Uma Espécie de cinema
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Poesia para você
Pra Você Que Sente Demais Nota: 4 de 5 estrelas4/5Eu tenho sérios poemas mentais Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo que já nadei: Ressaca, quebra-mar e marolinhas Nota: 5 de 5 estrelas5/5Se você me entende, por favor me explica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Alguma poesia Nota: 4 de 5 estrelas4/5o que o sol faz com as flores Nota: 4 de 5 estrelas4/5meu corpo minha casa Nota: 5 de 5 estrelas5/5Tudo Nela Brilha E Queima Nota: 4 de 5 estrelas4/5Todas as flores que não te enviei Nota: 5 de 5 estrelas5/5Sonetos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSede de me beber inteira: Poemas Nota: 4 de 5 estrelas4/5Poesias para me sentir viva Nota: 4 de 5 estrelas4/5O Profeta Nota: 5 de 5 estrelas5/5Desculpe o exagero, mas não sei sentir pouco Nota: 5 de 5 estrelas5/5Marília De Dirceu Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAs palavras voam Nota: 5 de 5 estrelas5/5Reunião de poesia: 150 poemas selecionados Nota: 4 de 5 estrelas4/5Para não desistir do amor Nota: 5 de 5 estrelas5/5Antologia Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5Jamais peço desculpas por me derramar Nota: 4 de 5 estrelas4/5Bukowski essencial: poesia Nota: 5 de 5 estrelas5/5Melhores Poemas Cecília Meireles (Pocket) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasWALT WHITMAN - Poemas Escolhidos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Coisas que guardei pra mim Nota: 4 de 5 estrelas4/5Laços Nota: 5 de 5 estrelas5/5Os Lusíadas (Anotado): Edição Especial de 450 Anos de Publicação Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAristóteles: Poética Nota: 5 de 5 estrelas5/5A Odisseia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTodas as dores de que me libertei. E sobrevivi. Nota: 4 de 5 estrelas4/5
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Pré-visualização do livro
Uma Espécie de cinema - Luís Miguel Queirós
© Celia Pedrosa et al., 2019
© Oficina Raquel, 2019
EDITORES
Raquel Menezes
Evelyn Rocha
Luis Maffei
REVISÃO
Oficina Raquel
CAPA
Luísa Martelo
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Julio Baptista (jcbaptista@gmail.com)
PRODUÇÃO DE EBOOK
S2 Books
www.oficinaraquel.com
oficina@oficinaraquel.com
facebook.com/Editora-Oficina-Raquel
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Pedrosa, Celia et al.
Uma espécie de cinema. Celia Pedrosa et al. – Rio de Janeiro : Oficina Raquel, 2019.
178 p. 16 cm x 23 cm ISBN 978-65-86280-03-6
1. Literatura portuguesa 2. Literatura Brasileira 3. Poesia 4. Cinema
CDD B869.8
Este livro foi impresso com apoio da
Sumário
Capa
Folha de rosto
Créditos
Apresentação
I. Indo ao cinema
Cinema
A cidade e os livros
Aracne (fragmento)
A matiné das duas
Jazz
Turim número dois
A preto e branco
Cinemas
Balada amarela
Cinemas king (sessão da meia-noite)
O atalante – Jean Vigo (1934)
Geração paissandu
Vida de Cristo
Cinema fechado
E de resto, Glaura? Tem ido ao cinema?
Um quadro, outro
01006-001
Pan cinema permanente
II. Depois do filme
Psycho
Pálido céu abissal
Crítica de Miguel Gomes a Funny Games de Michael Haneke
Amarcord
Cinemateca
As mulheres de Ozu
Ordet
Do Titanic no Ecrã
Soneto cinematográfico
Splendor in the grass
Buster keaton
Recordações da casa amarela
Anna Magnani
Via San Niccolò
Retrato de Pasolini em Nova Iorque
A iguana no filme de Jafar Panahi
Nuance entre lilases
Peeping tom
Sobre imagens de a infância de Ivan de Andrei Tarkovsky
Antiga casa faz frio
Vai e vem
A alegria de partir
Dies irae i (dreyer)
O efeito do cinema na cabeça de quem não vai ao cinema
Um segredo
Wong Kar-Wai
P/B
Em certo Noir de Fritz Lang
III. Filmagens
Invitatório
Minha esperança de morte
Um filme português
66-12-ZZ
Metamorfoses
Sétima arte
MM
Três tipos de pedra
Hospital Curry Cabral
As metamorfoses
Inimigo 1
Cinema
Quando já desfeita a mímica
Home movie
Bushido
Nu sobre uma duna
Filmes
O rapaz de cabelo verde – Joseph Losey (1948)
Ladrões de bicicletas – Vittorio de Sica (1948)
Vozes apanhadas do chão na igreja de San Miniato Al Monte/2
Os poros flóridos. canto III [fragmento]
Passagem
Numa beira de estrada
Registradora
A carne
Com Job, sob o céu de calar alto
Coimbra B
Do ritmo das ondas: algumas estações/coda
Filmar o vento
O cineasta, tentando respirar
M.A.
Do outro lado da tela
Onde a noite cai sobre antuérpia
Cine-olho
Cine-ouvido
Na margem de todas as coisas: uma canção
6 Movimentos de câmera
Mad Max
Mnemo
Carta aberta a John Ashbery
Índice de autores
Índice
Apresentação
Diz Herberto Helder no primeiro texto de Antropofagias
que as palavras, devido ao poder de invenção que as caracteriza, têm a virtualidade de ganhar autonomia, passando então a reportar-se a um novo universo ao qual é possível assistir/ ‘ver’/ como se vê o que comporta uma certa inflexão/ de voz
. É esse universo que depois descreve como uma espécie de cinema das palavras/ ou uma forma de vida assustadoramente juvenil
: um mundo nascente, concebido em imagens articuladas com o som, provindas das modulações da voz. Um mundo dado em imagens reorganizadas, que cabe ao leitor resgatar, do mesmo modo que o poeta as resgatou do caos.
Ao retomar as palavras de Herberto Helder no título desta antologia – Uma Espécie de Cinema, expressão também presente em A carne
, de Luís Miguel Nava –, pretendemos sublinhar o cinematismo dos poemas aqui reunidos. Em alguns dos textos que selecionamos é, de fato, a valorização do fluxo das imagens e dos processos de montagem que determina um vínculo com o cinema. No entanto, a relação entre a poesia contemporânea e o cinema não se esgota neste tipo de articulação, como também o demonstram outros textos convocados, nos quais são sobretudo visíveis as articulações temáticas e os processos ecfrásticos que retomam sequências fílmicas específicas.
Reunimos cinquenta poemas brasileiros e cinquenta poemas portugueses, em função da presença temática e estrutural do cinema. Provenientes dos dois lados do Atlântico, os poemas foram escritos por setenta e três autores – quarenta e um brasileiros e trinta e dois portugueses – e partilham uma faixa cronológica limitada, já que apenas se consideraram textos publicados a partir de 1990. Como se caracteriza essa presença do cinema? Eis a questão para a qual o presente conjunto de textos pode certamente trazer algumas respostas. O simples fato de reunirmos autores de dois países facilita a seus leitores o contato com poetas que talvez leiam agora pela primeira vez, o que é, quanto a nós, um aspecto a salientar desde logo neste livro. Mas, muito para além disso, torna-se interessante podermos comparar atitudes perante o cinema, e vermos como este pode ser hoje uma referência nas mais variadas circunstâncias do quotidiano.
As três partes em que o livro está organizado – Indo ao Cinema
, Depois do Filme
e Filmagens
– apontam para critérios organizativos bastante amplos, transversais às duas literaturas envolvidas. Na primeira seção, Indo ao Cinema
, juntamos poemas que traduzem, de modo mais ou menos direto, a relação com o espaço físico das salas de cinema e com a experiência de assistir a um filme. São vários os poemas que falam de formas de projeção da imagem e de sua virtualidade na tela (real, ou imaginada com palavras). Mas, nesta primeira seção, também é a vida que surge pensada como filme, a partir da experiência cultural