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Catarina e a Bruxa do Pântano (Livro 2)
Catarina e a Bruxa do Pântano (Livro 2)
Catarina e a Bruxa do Pântano (Livro 2)
E-book108 páginas1 hora

Catarina e a Bruxa do Pântano (Livro 2)

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Sobre este e-book

Uma estranha boneca de lã aparece na casa de Catarina pedindo pela sua ajuda, e criaturas monstruosas feitas de lama a perseguem. Ela não tem outra escolha a não ser fugir de casa, a até mesmo do seu mundo.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento29 de dez. de 2021
ISBN9781526047069
Catarina e a Bruxa do Pântano (Livro 2)

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    Catarina e a Bruxa do Pântano (Livro 2) - Paulo Mateus

    Catarina e a Bruxa do Pântano

    Paulo Mateus

    Pouso Alegre – MG

    2021

    Sinopse

    Uma estranha boneca de lã aparece na casa de Catarina pedindo pela sua ajuda, e criaturas monstruosas feitas de lama a perseguem. Ela não tem outra escolha a não ser fugir de casa, a até mesmo do seu mundo.

    Palavras do Autor

    Este livro é uma obra independente, portanto alguns erros podem estar presentes no texto, mas nada que atrapalhe a sua leitura ou a sua compreensão da história.

    Capítulo 1

    Fazia bastante frio e o quarto inteiro estava congelando, mesmo com três cobertas os pés de Catarina se recusavam a esquentar. Lá fora o vento assobiava forte agitando as poucas árvores da rua vazia, em algumas casas ainda se viam lâmpadas acessas, mas a grande maioria estava no completo escuro. Todos estavam dormindo.

    Mas foi quando ela já estava quase pegando no sono que alguma coisa despertou a atenção de seus ouvidos, era o som de alguma coisa quebrando, um copo talvez. Imediatamente seus olhos se abriram e fitaram o teto escuro do quarto. Pensou que talvez um de seus avós tivesse ido até a cozinha à noite para beber água e sem querer quebrou um copo, mas segundos depois ouviu outro som de vidro se quebrando.

    Desta vez ela se levantou e calçou os sapatos apressadamente sem se importar com as meias, precisava verificar que barulhos eram esses e precisava tomar cuidado caso pisasse em alguma coisa. Abriu aporta e acendeu as luzes do corredor, caminhou devagar até a velha escada e desceu para o andar de baixo, antes de pisar no último degrau mais uma vez o barulho se repetiu. Som de vidro se quebrando em centenas de pedaços e se espalhando em todas as direções.

    — Tem alguém aí? — perguntou Catarina quase sussurrando.

    Imediatamente ela ouviu um chiado, um som esquisito como o de alguém fazendo muita força para assoprar, mas quando ela entrou na cozinha suas dúvidas e medos foram respondidos com mais perguntas e dúvidas. A figura que avistou na cozinha a deixou estacada no lugar, era algo difícil de descrever e acreditar, por isso ela apenas ficou olhando, imóvel.

    — Desculpe pela bagunça, é que é meio difícil segurar certas coisas com essas minhas mãos de lã — disse encarando Catarina de volta.

    — O que... O que diabos é você?

    O chão da cozinha estava coberto por cacos de vidro e manchas de café, a garrafa térmica estava jogada em cima da mesa, vazia.

    — Meu nome é Júlita, é um prazer conhecê-la — disse ela estendendo a mão.

    Catarina retribuiu o cumprimento com receio, seus olhos analisavam aquela figura de cima à baixo tentando entender o que era aquilo. Era colorida, macia, muito bonita, e aparentemente amigável.

    — E você é feita de...

    — Lã, tudo em mim é feito de lã, sei que está achando curioso — um grande sorriso se desenhou em seus lábios de lã rosa seguido por uma breve gargalhada —, já estou acostumada com essa reação, não é todo dia que se vê alguém assim tão diferente.

    — Realmente, você é bem esquisita.

    A figura na frente de Catarina era basicamente uma boneca de lã colorida, com cabelos longos e vermelhos que caíam até a cintura, uma blusa azul com alguns detalhes em preto e uma saia amarela que se estendia até os joelhos. A pele era um grande emaranhado de fios brancos que se entrelaçavam, um par de botões pretos eram seus olhos e fios de lã vermelha se entrelaçavam para formar as sobrancelhas e o nariz.

    — O café de vocês é excelente — disse ela esvaziando o copo que segurava e em seguida deixando-o em cima da mesa.

    — Espero que meus avós não tenham acordado com essa barulheira toda que você fez.

    — Se tivessem já estariam aqui, mas felizmente não estão, o que nos dá tempo para conversar.

    — E sobre o que você quer conversar?

    — Sobre os motivos pelos quais vim aqui buscar você.

    ***

    Catarina e Júlita se sentaram na mesa da cozinha, ela não conseguia tirar os olhos daquela boneca de lã diante dela, algo nela a hipnotizava e Catarina dizia a si mesma que aquilo não podia ser real. Mas ela sabia que era.

    — Meu povo foi escravizado por uma bruxa terrível, ela destruiu toda a vida e beleza do Reino de Lã, precisamos de alguém para nos ajudar a acabar com ela. O rei e a rainha foram expulsos do reino, estão desesperados tentando pedir ajuda para todos que encontram, mas ninguém parece muito disposto a ajudá-los. E os poucos que aceitaram... Não terminaram muito bem. Por isso por ordem deles vim aqui pedir para que nos ajude.

    Catarina a fitou com um misto de susto e curiosidade, ao mesmo tempo em que memórias antigas voltavam em sua mente.

    — Olha, eu entendo a situação complicada de vocês, mas não estou disposta a arriscar a minha vida. Nem mesmo saberia como ou teria meios de fazer uma coisa dessas.

    — Mas você destruiu a bruxa Anabela e conseguiu escapar das garras da Colecionadora.

    — Como você sabe disso? — indagou franzindo a testa.

    Em sua mente as coisas malucas que tinham acontecido em sua infância eram uma fantasia distante, mas que estavam longe de serem um sonho, e o fato de estar olhando para aquela boneca de lã só comprovava isso ainda mais.

    — Suas aventuras ficaram famosas, as histórias sobre você se espalharam por todo canto. Humanos naturalmente se destacam e despertam atenção, mas você se tornou quase uma lenda.

    — Isso foi há muito tempo, nem sabia direito o que estava fazendo ou acontecendo — disse Catarina passando a mão na nuca e revendo as lembranças ainda vívidas. — Se sobrevivi foi por pura sorte, é difícil acreditar que tudo aquilo foi real, é difícil acreditar que você é real.

    Catarina fitou a boneca de lã que a encarava de volta com seus olhos de botões, os fios de lã vermelha que formavam seu cabelo eram incrivelmente longos e lindos.

    — Digo o mesmo sobre você e o seu mundo de humanos — disse Júlita desviando o olhar para além da janela da cozinha e fitando a escuridão lá fora. — Nosso reino é muito rico, caso tenha sucesso tenho certeza de que será muito bem recompensada.

    — Não estou interessada em riquezas.

    — Você teria o suficiente para viver uma vida confortável e sem preocupações.

    — Já tenho uma vida confortável e sem preocupações.

    — Tem certeza? — indagou a boneca curvando as sobrancelhas. — Seus pais morreram em um grave acidente não faz muito tempo, você tem dezessete anos e mora com os avós, em pouco tempo vai estar indo para o que vocês chamam de... faculdade. E depois vai viver a vida chata e previsível de um humano adulto. Não me parece nada confortável.

    — Você

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