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Infinity
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E-book610 páginas7 horas

Infinity

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Sobre este e-book

Envolvente em uma paixão provocante, arrebatadora e cheia de mistérios, Darky Gray tenta se encontrar na vida. Coberta de ego, raiva, psicopatia e traumas, a sua maior guerra não é a luta contra vilões, está dentro de si mesma. E um romance com um bad man vai complicar ainda mais as coisas. O que ela vai conseguir descobrir sobre ela mesma? Ela não sabe, só sabe que a vida depois de Zack será infinita.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento3 de jun. de 2023
Infinity

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    Pré-visualização do livro

    Infinity - Iglaya Iglesias

    Iglaya Iglesias

    Um romance caótico

    INFINITY

    Esse livro é dedicado a todos aqueles que lutam contra alguma doença mental. Não desistam. Vocês sobreviverão para encontrar a luz, após suas estações.

    — Você está bem?

    — Eu espero que um dia eu fique.

    Talvez em alguma esquina da vida, esteja a felicidade.

    S U M ÁRIO

    Dedicatória

    Paráfrases

    Agradecimentos

    Introdução

    Prólogo

    ANOS DEPOIS

    Um

    Dois

    Três

    Quatro

    Cinco

    Seis

    Sete

    Oito

    Nove

    Dez

    Onze

    Doze

    Treze

    Quatorze

    Quinze

    Dezesseis

    Dezessete

    Dezoito

    Dezenove

    Vinte

    Vinte e um

    Vinte e dois

    TRÊS MESES DEPOIS

    Vinte e três

    Vinte e quatro

    Vinte e cinco

    Vinte e seis

    MAIS TRÊS MESES DEPOIS

    Vinte e sete

    Vinte e oito

    Vinte e nove

    Trinta

    Trinta e um

    Trinta e dois

    Trinta e três

    Trinta e quatro

    Trinta e cinco

    Trinta e seis

    Trinta e sete

    Trinta oito

    Trinta e nove

    Quarentena

    Quarentena e um

    Quarentena e três

    Quarentena e quatro

    Quarentena e cinco

    Quarentena e seis

    Quarentena e sete

    Coringa

    Quarentena e oito

    Quarentena e nove

    Cinquenta

    Cinquenta e um

    Cinquenta e dois

    Cinquenta e três

    Cinquenta e quatro

    Cinquenta e cinco

    Cinquenta e seis

    Cinquenta e sete

    Cinquenta e oito

    Cinquenta e nove

    Sessenta

    Sessenta e um

    Sessenta e dois

    Sessenta e três

    Sessenta e quatro

    Sessenta e cinco

    Sessenta e seis

    Sessenta e sete

    Sessenta e oito

    Sessenta e nove

    Setenta

    Setenta e um

    Setenta e dois

    Setenta e três

    Setenta e quatro

    Setenta e cinco

    Setenta e seis

    Setenta e sete

    Setenta e oito

    Setenta e nove

    Oitenta

    Oitenta e um

    Oitenta e dois

    Oitenta e três

    Oitenta e quatro

    Oitenta e cinco

    Oitenta e seis

    Oitenta e sete

    Oitenta e oito

    Oitenta e nove

    Sobre Autora

    Agradecimentos

    Eu agradeço a Deus primeiramente por eu me descobrir, e depois a mim mesma por todas as noites mal dormidas que passei chorando e escrevendo, por eu aguentar quando desejava me matar, por conseguir sobreviver as diferentes estações da minha vida, por eu nunca desistir quando era tudo que eu mais queria.

    Agradeço também a todos que passaram na minha vida e me fizeram sofrer. Vocês me inspiraram a criar um universo literário tão infinito. Existe gente incrível que irá ser nosso herói em momentos caóticos, e irá nos ajudar a nos fazer fortes, e podemos ser gratos, embora não continue pra sempre conosco. Também agradeço as pouquíssimas e raras pessoas que fizeram-me feliz e me ajudaram a criar lindas memórias e cenas para os meus livros, mesmo que eles não estejam mais comigo. Pode ser que muitas pessoas passageiras nos machuque, mas também há aquelas que marcam nossa alma como um ponto de felicidade e saudades.

    À minha família — claro — por ter me aguentado nas minhas crises enquanto eu dizia que queria ser normal, mas então percebi que ser diferente é a melhor vivência. De verdade, eu agradeço a todos que me fizeram sorri e aos que me fizeram derramar uma lágrima, de certa forma o caos é importante para nos fazer forte.

    E esse caos todo gerou um infinito.

    Introdução

    A origem

    Respira fundo, tome um longo copo d'água, selecione uma música da sua playlist antes de colocar os fones e leia o livro.

    Ela obedeceu ao seu espírito literário, mas sabia que não podia apenas entrar nos livros e sumir para o mundo de fora. Seus filhos precisam dela presente, e foi aí que teve que largar os amigos.

    Não pode haver distração.

    A madrugada foi intensa de muita atenção. A casa está parecendo ser observada, mas é apenas parte de um transtorno. Ninguém consegue ficar sossegado. As mentes estão danificadas pelo cansaço.

    A maior luta do ser humano é brigar pela sobrevivência.

    Foi-se muito tempo voando livremente, desde o aparecimento da ditadura enquanto a família de Caitlin Walker passa o tempo escondidos na cabana cercada pela floresta gelada.

    A casa cheira mofo, faz tempo que não abrem as janelas, também as condições climáticas não deixam. O sangue mancha o carpete da sala de estar, as teias de aranha assemelham a uma caverna, o pó que se acumula nas mobílias desgastadas, as vezes dar uma sinusite nela, não adianta limpar se tudo estar um caos difícil de consertar.

    Eles tinham entrado na casa e levado o seu marido do segundo casamento, sorte que não voltaram, impressionante que não denunciaram. A penumbra da casa pode ser assustadora, mas o amor da mãe pelos seus filhos, Aurora e Nero ilumina tudo e relaxa um pouco da tensão. Nesta casa o amor é fundamental nesse tempo de perseguição.

    Mas cadê os heróis?

    Nenhum aparece. Cadê esses poderesos com machados, escudos, manoplas e armas de qualquer maneira? Não é Hitler. É Harkus. O seu domínio é como nenhum outro na história do mundo. É horrível. Os míssil balístico passam por cima da cabana, fazendo um estrondo desesperador.

    Qualquer míssil podem os atingir e não terá nenhum homem com superpoderes para ajudar. As olheiras dessa Mulher Fantástica estão parecendo crateras tão profundas, e o corpo tão molengo promove medo de não conseguir fugir se eles vinherem.

    Caitlin não sabe nem mais o que é dormir. Talvez os soldados já estejam vindo.

    O que fará?

    O vidro das janelas estão rachando detrás das cortinas azul. A escada range a qualquer peso que é posto, o silêncio é algo principal, algo que pode salvar vidas.

    Alguns minutos atrás, uma Senhora jovem veio pedindo abrigo com seu filho pequeno. A sentença é clara; morte. Se não se opôr ao lado de Harkus.

    Ela disse que seu marido estava procurando pela irmã quando se perdeu dela. A cidade está terrível, carros abandonados e casas destruídas, suicídio é sair para a rua da cidade. Caitlin pensa nas chances que uma mãe e um bebê tem de sobreviver. Ela ofereceu hospedagem, mas a mulher recusou. Tinha que ir atrás do marido para ficarem juntos.

    Aurora Walker fazia cócegas na barriga do bebê. E ele mostrava a sua risada fofa, e a gaiatice dela de chupar o dedo do meio do bebezinho tira risadas mudas de Caitlin, que ficou mexida quando Aurora ousou tocar os seus lábios nos lábios dele. Foi rapidinho. Um selinho. Um beijo apaixonado? Ela é pequena demais pra entender.

    Aurora não ficou pra conhecer a mãe do bebê. Ao mesmo tempo que Aurora saiu do quarto, a mãe do bebê foi para o banheiro, certamente chorar, pois se fez forte na frente do filho. Se ela não tivesse sido chamada pelo irmão, quando a mulher saiu do banheiro, Aurora a interrogaria com muitas perguntas, e poderia até fazer brincadeiras, pois suas travessuras são para todos, pensa Caitlin.

    Eles se amaram, dá pra ver, observou Nero a irmã brincando com o bebezinho.

    Realmente dava pra ver nos olhos dos dois uma conexão rápida e profunda. Embora fossem pequenos, dava pra saber o quanto poderia ser importante um para o outro se crescessem juntos, mas seus caminhos se separaram, e talvez nunca mais se vissem.

    O assobio da chaleira sobre o fogão anuncia que o chá de camomila está pronto. Os olhos violeta da menina de três anos se mistura com os azul-esverdeado do irmão de cinco anos, ao sairem para a pequena luz que estava impedido pelo escuro do quarto. Os irmãos estão de mãos dadas e vigilantes, embora estejam na própria casa, eles caminham no corredor, conversando baixo.

    A Caitlin levanta-se da poltrona velha e suja que estava sentada, e para diante da cômoda, amarra o cabelo carvão com o pompom e passa um rímel para realçar os olhos que deu origem a sua filha. A vaidade é apenas um hobby, uma distração, antes disso tudo começar não ligava muito. Também a sua beleza não precisa de maquiagem, como disse o seu irmão César numa certa vez.

    Há uma hora atrás, Caitlin estava no sótão. O lugar está vazio, devido as caixas com várias coisas valiosas dentro estarem guardada num outro lugar mais seguro para quando alguém do exército de Harkus entrar não achar.

    Ela olhou para a aliança de casamento no seu dedo, e agradeceu por ter conseguido esconder a tempo.

    A mãe das crianças cantava baixinho enquanto ocupava-se nas cardas, com a janela redonda fechada. O clima ainda está quentinho. O vidro também ainda está embaçado por uma camada de gelo fino.

    Aurora, se comporta, pediu Caitlin num tom suave a sua filha que rebolava sem maldade, — quer dizer, tentava dançar.

    O jeito dela era desengonçado, as mãos nas coxas e a cabeça inclinada para baixo, mas era uma cena cômica. Ela logo parou, e ficou procurando o que mexer.

    A barra do vestido de Caitlin estava em forma de círculo enquanto pedalava com vontade a roca, fazendo os fios ficarem prontos para a seguir trabalhar em seu tear pente-liço. Ela tinha feito a um pouco de tempo mais atrás uma roupa para Nero que ficou satisfeito, e fazia sorridente os últimos ajustes no vestido da menina.

    Seus dons de tecelagem é impecável, a maioria que ela e sua família veste e toalhas diversas foram feitas por suas próprias mãos.

    O espírito travesso da menininha faz automaticamente ela riscar as paredes do sótão com pincéis coloridos, onde foi repreendida pela mãe, e na cozinha tentou derrubar a geladeira, sacudindo-a, mas Nero brigou e chamou para brincar. 

    Praticamente a cada novo minuto, alguém está gritando para impedi-la de fazer bagunças fora do normal. A única hora que seu corpo se aquieta é na hora de dormir, mas as vezes nem nessa hora.

    Ela não gosta de pensar que seus filhos tiveram que se acostumar com essa vida perigosa, que a um tempo atrás tudo estava normal.

    Caitlin caminha para fora do quarto revirado, passa pelo corredor, e desce a escada. Ela entra na sala, o toca disco ecoa uma música suave e baixinha para não deixar tudo mais melancólico que já estar. Seus filhos estão sentados sobre o chão com bolinhas de gude espalhados. Nero esconde o rosto com as mãos, e Aurora fica séria a procura. Cadê?... Achou! Ela cai na risada, e ele pega um pano e cobre o rosto. Cadê? Achou! Ela rir divertida, ainda mais, perdendo o equilíbrio cai de costas. Nero gargalha, e depois sorrir orgulhoso, mostrando que só porque algo sumiu, não quer dizer que deixará de existir.

    O sorriso de Caitlin é radiante ao entrar na cozinha para tirar a chaleira e desligar o fogão. Quando olha para a janela, quase derruba o objeto com o susto, ao ver um tordo observando-a.

    Ela pega uma xícara e derrama o chá, a fumaça quente sai e espalha no ar.

    "Mãe? Eles estão vindo", sussurra a menina parada na porta, Caitlin vira-se soltando a chaleira contra o piso deteriorado, fazendo um barulho alto capaz de chamar atenção, se tivessem vizinhos.

    O líquido escorre, e mancha mais o chão. E nem teve a oportunidade de tomar um gole, pois a xícara vira derramando o chá sobre o balcão. Só agora que Caitlin parou para averiguar, sente o chão tremer pelos soldados do tirano, estão manchando perto da cabana, a floresta assobia parece querer ajudar, o desespero na mãe ao ver seus dois filhos em perigo assola o seu coração.

    Onde mais posso ir, se tudo está sobre o domínio do vilão? Se pergunta, matutando e instigada por solução.

    Caitlin corre saindo da cozinha para o hall de entrada, puxando a filha pela mão, mas para quando o menino aparece com um jeito machão, e segurando dois casaco no braço esquerdo. Mãe o que vamos fazer? Pergunta ele, vestindo o casaco marrom. Eu sinto que eles estão vindo. Veste depressa e delicado o casaco da cor roxa na irmã. O frio está enorme lá fora, basta colocar o pé que já faz o corpo todo tiritar.

    Os olhos de Caitlin estão frenéticos buscando soluções na cabana, a pulsação do coração falta soar pra fora do peito.Eu sei, responde coçando a cabeça. O ramo de flores vermelhas dentro do vaso trás lembranças a Caitlin que se limita a emoção.

    Então mãe? Nero ergue os braços e suspira.

    Estão com as pulseiras? Pergunta Caitlin, pegando o casaco do cabide para fechar sobre o corpo. A seguir o gorro para cobrir a cabeça.

    Aurora e eu, sim, responde o menino enquanto mexe na gaveta da mesinha tirando dois gorros de crochê. Ele dá uma subida no casaco da irmã para dar uma conferida na fralda que usa dentro da calça, e inclusive está seca.

    Nero é muito novinho, mas é considerado o homem da casa. O que deixa a mãe triste por saber que o filho está perdendo a infância e orgulhosa por ser tão grande, mas ao mesmo tempo pequeno.

    Ele põe o gorro na cabeça, e depois o da irmã que puxa para cobrir as orelhas. A cada segundo que passa, os passos dos soldados apertam. Caitlin toma uma decisão difícil que poderá custar caro, mas por motivos de sobrevivência.

    Uma cabana sempre trouxe péssimas lembranças a Caitlin; os gritos, as discussões e lutas por sobrevivência e muito mais, não seria algo triste de deixar, mas também guarda lindos momentos que os marcaram.

    Não tem jeito. Temos que nos separar. Mas mantenhamos a distância perto. O menino arregala os olhos, apertando a mão da irmã que brinca com um chocalho na outra mão. Aurora está muito inocente, não sabe o que está acontecendo direito. Se eles me encontrarem será apenas eu. Não vamos passar despercebidos dessa vez.

    Mas mãe... A minha irmã é muito nanica para andar sozinha numa floresta.

    Aurora joga o chocalho no chão e olha para os cantos inquieta, se coçando para mexer em alguma coisa.

    É a única chance que temos de sobreviver. Vamos nos encontrar. Ela é inteligente, saberá nos encontrar. Aqui em casa, quando a barra estiver limpa vamos nos unir novamente.

    Eles calçam as botas de inverno, e as luvas para se aquecerem mais.

    Caitlin pega os dois filhos nos braços antes de abrir a porta, encaminhando-se para a varanda.

    Rajadas de vento estão congelando-os de cara. Ela põe os filhos no chão, e arruma-os para se agasalharem bem.

    A neve cai mansamente na floresta virgem, o rio à frente está praticamente pedrado. As pedras de gelo formam uma empilhadeira sobre o banco, as plantinhas que antes estava quentinhas e vivas, hoje são apenas galho seco, o boneco de neve feito pelas crianças continua intacto e decorativo. Entretanto, manter-lo inteiro é revelador.

    Nero chuta o boneco que se desfaz juntando-se as neves no chão, e aproximando-se da mãe robusto e orgulhoso.

    O menino sempre foi muito orgulhoso de sí mesmo.

    Caitlin agacha-se para beijar a testa do menino, o beijo sai seco e frio devido ao ar gélido, mas o amor é transferido quentinho. "Não se esqueça... O amor sempre será a batalha mais difícil, mas há mais recompensada." Diz para o menino, enquanto suas palavras sai como uma nuvem gelada no ar.

    Mãe, não faça o tom em despedida, vamos nos ver. Questiona o menino segurando o rosto da mãe para depositar um beijo. Caitlin tem suas contradições, e segura as lágrimas firme para não chorar e alarmar os filhos. O perigo é grande. O chão treme, os soldados são muitos.

    Depois olha para a menina que chupa o dedo do meio. Filha, você corre para distanciar um pouco da cabana. Vamos brincar de se esconder, dessa vez na floresta. Só saia do esconderijo quando eu acha-la, ou quando eu assobiar como o tordo. Você sabe diferenciar a minha voz do pássaro?

    Sei, responde animada. Os flocos de neve caem, a menina olha como se tivesse vendo tudo pela primeira vez.

    Tá bom, ela abraça os filhos, bem apertado. E volta a dá atenção para a menina, pois a olha confusa. "Não se esqueça de voltar pra casa, siga o caminho e seja forte para o que vim." A voz é melodiosa, romântica e aconchegante em meio a uma nuvem de vapor gélida que parece mostrar retraidamente o que parece ser um adeus.

    Eu vou voltar pra casa. Eu vou encontrar o caminho de volta, prometo, diz a menina sorrindo.

    No fundo Caitlin sabe que talvez nunca mais os vejam. Mas é a única alternativa. Os três se separam, seguindo caminhos distintos e moldantes.

    Aurora está seguindo o caminho da esquerda, parecendo um pontinho locomovendo-se em meio a neve branca, Nero pega a direita, correndo veloz e sagaz. Caitlin respira fundo com o coração partido ao parar pra ver seus dois pacotinhos se distanciando um do outro. Tem gente aqui! Avisa um soldado saindo do meio da árvore, seguido de vários.

    Será que ainda vamos nos encontrar, mesmo? Pensa enquanto foge. A cada passo um aperto no peito com a imagem dos seus filhos na cabeça e o toque dos seus abraços na pele.

    Prólogo

    Eu te amo até o

    Oi gente da terra, eu sou Darky Gray e bem-vindos ao meu mundo caótico, onde nele o meu interior está morto e na física uma existência apenas. Conheçam As Caóticas Estações de Gray.

    Quem estiver lendo, tome cuidado para não se contaminar com o meu inormal e não sigam o meu mal exemplo em nenhuma parte da minha jornada.

    A pior coisa que vocês podem se tornar, é alguém como eu. Os meus pensamentos os levarão a morte e não façam de mim algo pra romantizar em suas vida.

    Como parece não haver luz pra mim, é melhor tentar avisar os outros que se deixar-se consumir, é uma ruína lenta. As vezes acho que sou movida pela dor.

    Eu estou morta literalmente por ser tão deprimida e não dêem ouvidos ao fantasma que está sussurrando tais horríveis palavras nas suas mentes.

    Mas a frase: "Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer, e triunfar. Enquanto há vida, há esperança", de Stephen Hawking contraria alguém?

    E existe esperança? Até pra mim que estou aqui feito uma carcaça?

    Eu venho falar sobre uma dor. Ela não pode ser tocada, é algo abstrato que pode fazer um estrago enorme em alguém e até fazer se desistir de sí.

    Uma dor que começa de um fato e gera consequências. Traumas que marcam uma vida. Um vácuo se intensifica e você acha que não tem saída.

    Aí começa o sentimento de querer se proteger dos outros. É aí que os muros começam a cercar e as pontes a ser destruída. Para muitos é uma batalha longa, para outros não.

    Heróis e vilões, estamos submetidos a esses dois tipos em momentos diferentes de nossas vidas. As vezes, na maioria das vezes estamos sendo nossos próprios vilões por alguma coisa que está acontecendo dentro de nós.

    Um sorriso pode ter por trás um tornado passando por uma estação desconhecida que agonia um coração querendo o ar e desejando sobreviver.

    Eu parei, decidir que precisava sair daquele mundo caótico da realidade e comecei a mexer os dedos — como se dançasse uma melodia mental que o cérebro fértil produzia a música e eu querendo desesperadamente sair dali, procurei um método — bailando conforme o ritmo...

    Mas eu me perdi, me perdi na minha face da vida e tive que ter uma grande reviravolta.

    Estou cansada, é o que eu repito o tempo todo.

    Um fone de ouvido soube cantar pra mim quando o coração pede um estímulo, e o travesseiro por um tempo se fez um absorvente do meu peito.

    Eu sou uma garota problemática e caótica que teme ter o que não estou acostumada, por um medo de perder.

    Há dias sem vontade de me levantar, de fazer algum movimento necessário, de ter um objetivo pra dizer: oba! Vamos lá!

    Eu faço a mesma coisa, e isso causa a minha vida um cansaço de estar preso numa prisão que lhe sufoca.

    Uma pausa, parece uma pausa, que quando percebe o dia passou. Todo dia enfrentando o caos, lutando para sobreviver.

    Vocês ouviram isso?

    Não.

    Vocês viram isso?

    Não.

    Não podem ver, não podem ouvir, são invisíveis e silenciosos exteriores. Por dentro, há um cenário lastimável, há vozes perturbadoras. É necessário força no corpo para atravessar o mar de minha mente. Oxigênio, falta por alguns momentos que parecem mortais.

    Você pode tentar e fracassar, e apenas tentar novamente porque é só isso que terá por enquanto.

    As vezes não percebemos que alguma coisa de errado está acontecendo, e quando vemos, estamos em uma situação totalmente drástica.

    Mas mesmo com tudo caótico, eu terei que sobreviver a tudo que vier. Porque ou nado ou me deixo ser levada.

    Caramba, eu odeio e ao mesmo tempo amo sentir algo pelo Britânico Sexy. Ele bagunçou os meus lençóis dobrados e marcou meu quarto com seu cheiro. Me arrebatou no beijo e me faz voar no seu olhar e sorriso. Irá revirar totalmente a minha vida com muitas das suas estações também e já marcou infinitamente sua presença em minha alma.

    É, o universo é grande e cheio de perigos. Mas eu ouvi dizer que para ver as borboletas voarem, é preciso vê-las antes se rastejando sem asas.

    Conhecer Zack Boyd mudará pra sempre a minha vida em todos os sentidos. Ele é melhor que qualquer livro, mais gostoso que chocolate e mais perfeito que uma melodia.

    ANOS DEPOIS

    Jamais pensei que o rumo que tomasse longe de casa, fosse tão caótico. Eu só queria ser normal...

    1

    Darky

    ૂི•̮͡• ૂ

    Eu acordo para os meus pesadelos reais. Mais um dia onde as cinzas é tudo da minha alma. Aperto o play para a música tocar. Uma bem triste para me fazer chorar. Mas não consigo, sinto que já chorei tanto.

    Você tem sorte. Sem memórias, sem problemas! Procurando Dory

    Mas eu queria a minha família. Sem memórias me deixa perdida e perdida nado sozinha no oceano caótico. O quarto está apagado. Não sou rápida, porque estou sozinha neste mundo para me apressar a levantar da cama.

    Me reviro de um lado para o outro, olho para o teto, para os lados. Não me sinto bem faz um tempão, não sei o que é senti bem. Eu estou extremamente só que posso ouvir eu pensando coisas irracionais.

    Não encontro o sossego. Não encontro a paz.

    Me levanto para tomar um banho. Os toalhetes estão carregado de meninas que me olham torto. Não julguem o meu rosto vazio, acreditem que o peito está muito pior.

    Com licença, peço quando uma delas esbarra-me. Elas são as patricinhas, só querem chamar atenção e não ligam para o conceito que estamos na mesma situação. Ou eu estou pior psicologicamente. Já vai tomar banho na nossa área? Já discutimos que você deve tomar banho de mangueira no quintal. Você é horrorosa, Molly diz cruel se achando a dona do pedaço.

    Eu sorrio fingindo que sua palavra não me machuca. Por favor, para de implicar comigo, eu peço calmante. Para de pegar no meu pé. Elas sempre pegam no meu pé, mas hoje talvez as coisas mudem.

    Molly e Shelly riem e só abrem espaço porque a durona e fria Sra.Cabeça-Quente passa reparando e lança um olhar dominante para o banheiro feminino, imenso e cheio de espelhos. Suspiro ouvindo risadinhas.

    O chuveiro da casa acolhedora está enferrujada e não alcanço a manivela. Faço força nas pontas dos pés e estico muito os braços. Depois de me faltar fôlego consigo girar e a água cai sendo para mim as lágrimas de um caos interno.

    Eu desejo que alguém não venha com perguntas se estou bem, nunca estive bem. Quer dizer, quando eu era uma criança. No começo da minha vida. Eu acho, sei lá. Até as melhores lembranças eu não as tenho em memória.

    Saio me enxugando e procuro por uma roupa. Visto-a na frente do espelho, desanimada e a música continua tocando, passando. Penteio os cabelos soltando-os como uma cascata e passo o perfume de chocolate no meu pescoço e depois espalho por outros lugares.

    Mais um dia. Tão depressivo. Sem vida. Sem sentido. O que hoje me espera? Se não acontecer algo de bom, será meu último dia. Mas eu sinto que se eu não me sentir terrível, essa não sou eu.

    Exaurida dos dias que sobrevivo, me perco dentro do meu vácuo deserto e basta. Basta tudo. Nada muda, então vou fazer o que deveria ter feito a muito tempo.

    Qual é a espécie de peixe da Dory? Bom, se você perguntar à ela, claramente ela vai ter problemas para lembrar e se ela obter o sucesso, são grandes as chances dela te contar em baleiês.

    Assim é a minha vida. Eu nado sozinha no mar não sabendo quem eu sou nem para onde ir senão apenas continuar a nadar. Me falta uma comunicação, ou seja alguém louco para me completar, que fale beleiês comigo.

    Mas eu estou sonhando demais. O oceano é tão grande e cheio de possibilidades, talvez sim ou não.

    Eu tenho uma vida, e estou triste porque dela eu não faço nada. Mesmo que eu tente, ainda não tenho direção para onde ir. Me perco no que não sei, e não sei de nada deste mundo. Uma família poderia me ajudar, mas eu não tenho. Não sei quem são. Não lembro.

    A solidão é a minha triste companhia que está a todo tempo dentro de mim.

    É irônico ter a mente cheia de lembrança em noites tão vazias. — Alguém aqui te ama.

    Eu estou cansativa, tenho algumas recaídas que vão cada vez caindo. Meus pulmões estão trabalhando excessivamente puxando o ar, tenho necessidade do oxigênio e tenho o peito dolorido. Está difícil escolher que filme assistir, devido está tudo conturbado. A minha mente está gritando, me sinto tonta.

    Os piores momentos são as noites tristes, pois nelas eu penso mais que os costume.

    Caminho sozinha pela rua, recebendo vozes de criaturas que moram dentro da minha cabeça. Dos meus pensamentos. A minha imaginação inexistente tem sido uma ferramenta para inventar coisas. Tô tosca. Machucada. Sinto falta de pessoas que não lembro quem são.

    Eu comecei a escrever o que eu sentia. É libertador. Comprovei que o melhor psicológico é escrever. As folhas nos escutam em silêncio e nos permitem chorar a vontade, e sabe de uma coisa? Os papéis a qual escrevemos muitas vezes se sacrificam com as gotas de nossas lágrimas. Elas não se importa em deteriorar.

    Versos melancólicos, escrevi um vazio, não é do tamanho de medir. O ar está evaporando, os passos estão lentos e o suspense alto.

    Escrever um livro é poetizar com toda a ardência de uma alma fértil e de uma mente de gênio. Palavras bonitas se formam lindas ao sair de pensamentos povoados. Ter um coração que deseja inspirar e tocar alguém é um sentimento puro e prazeroso.

    A paixão estar na vontade de persistir em um mundo imaginário e sonhar acordado. É sentir cada emoção e fingir estar ali de verdade.

    Tudo começa de verdade quando se sonha. A vida é algo muito incrível, e se tivermos um cantinho só pra nós? Melhor ainda. Podemos criar um mundo só pra nós com pessoas incríveis que sempre quisemos conhecer.

    As vezes só precisamos de uma boa dose de fantasia para levar a vida em meio a tanto caos.

    Arranco os fone dos ouvidos balbuciando nos pensamentos um trecho. Mundo é tão perigoso, e você tão perdida. Do que teme? — Eu temo encontrar alguém e ama-lo./Garota voe para isso, não se prende no medo. — A questão estar em amar quem pode ser inesquecível. E em muitas vezes, o inesquecível é ruim./Mas em meio aos trilhões existirá um homem que dará o que você precisa e o que sua alma precisa é ser amada.

    Me desligo da música para o mundo desconhecido que para mim é esse. Sobreviver a ele é o meu objetivo. Mas eu não quero ficar existindo e sobrevivendo, quero viver uma vida.

    Eu olho para uma rosa vermelha sobre um descanso e penso que ela parece está desorientada como eu, sem sua família.

    A minha pele parece pálida, pior que de um vampiro sem pegar sol. Muitas centenas dessas vozes não me deixam dormir. O meu bumbum está dolorido e finalmente saio do assento para caminhar.

    Eu não tenho trauma nisso, o coma me trouxe incrivelmente uma energia. Londres tem uma elegância por toda cidade e parece que será a minha casa fixa. Eu respiro fundo tirando uma respiração fundamental da força dos meus pulmões para expeli...

    Estou com sono, não dormir direito pensando nessa adoção. Alguns homens de terno das multinacionais me olham atraídos, nos corredores. Nenhum interesse da minha parte.

    O prédio é muito elegante e arrumo os meus cabelos. Eles pegaram um vento forte. Depois de viver no lugar que não vou sentir falta, enfim fui liberada. Eu paro para dá uma olhada em uma pequena caixa de vidro com insetos. São lindas, voam suavem.

    Mariposas são borboletas sem cores, em sua face mais triste, mergulham na escuridão da noite e procuram por uma luz que as alegre novamente.

    São julgadas por parecerem sombrias, mas são apenas borboletas que uma dia perderam a alegria. Mariposa Borboleta Tristeza Cores Escuridão Noite.

    Suspiro e retorno à andar.

    Me sinto besta por ter quase 27 anos e estar na guarda do estado. Ou desamparada. A única coisa que lembro de mim é que vou completar 27. Não sei quando. Talvez já tenha ou não. Sinto esse mundo muito estranho como se fosse novo. Uma boa parte do meu cérebro apagado me faz consumir curiosidade.

    A minha vida misteriosa precisa ser investigada por Sherlock Holmes.

    Eugênia me conduz para a sala de encontro com Maria e não gosto do fato que ela não contou nada ainda para o seu marido. Para ninguém. Foi de repente sua decisão.

    Mas é muito melhor do que um hospital, que a própria trabalha. A chuva vem de relance na minha cabeça. Ela pediu a minha guarda sem consultar o maridão.

    Os pingos martelando sob minha cabeça protegida pelo teto e segurando uma caneca por entre as mãos que levava a borda cuidadosamente para entre os meus lábios, onde tomava pequenos e delicados goles de chocolate quente enquanto uma calorosa conversa fluía com ela.

    2

    Bad man

    Eu acordo para o meu mundo cinzento e caótico. Me reviro entre as cobertas da cama de meu Apê assombrado pela minha tristeza. A minha cabeça está latejando, significando que álcool não resolve nada.

    Não encontro o sossego. Não encontro a paz.

    Esfrego as palmas entre as mãos. Não tenho pressa, não tenho uma voz me dizendo bom dia antes de eu te amo. Não sou ligeiro se não tenho ninguém ao lado, dividindo a cama. Ou não me viro para o lado, afim de abraçar ela. Encaixa-la numa cochicha enquanto sentimos o efusivo calor de nossos corpos.

    O lado da cama está vago. Eu espero por alguém que talvez tenha esquecido que eu existo, e percebo o quão sou tão infeliz por não acha-la.

    Sento, cansado, mesmo depois de dormir. Eu olho para o sol atravessando as janelas e não encontro a luz dele. Tudo está deprimido, cinza, a vida sem cor.

    Me levanto para tomar um banho, o chuveiro despenca as águas que poderia ser de minhas lágrimas. Saio e procuro minha roupa formal. Meu famoso terno cinza, e procuro também por um sorriso falso na minha gaveta.

    Me olho no espelho apertando a gravata, após fechar os botões do paletó que ao pega-lo dei um movimento sutil. Fecho a calça, sabendo que só tenho o que está dentro da cueca para oferecer de prazeroso a alguma mulher frívola. Calço os sapatos e penteio os cabelos. Passo a mão na lateral para joga-lo de lado e suspiro.

    É tão solitário que por consequência silencioso. Eu posso ouvir os meus terríveis pensamentos.

    Não é o meus trajes negros, porque decidi que hoje farei do meu dia, mesmo falso, como deveria ser; feliz. Um homem feliz de terno. As pessoas me julgam por eu ser quem sou, mas na verdade, nunca quis ser assim. Ganhei uma marca que me transformou na Fera.

    Uma dor que venho enfrentando a anos. Ninguém pode ler a minha mente, e por isso não sabem o que tenho que passar a cada amanhecer até ao anoitecer. E nem dormindo encontro calma, os pesadelos sempre vem.

    Se eu quero chorar pus a música certa, mas nenhuma lágrima desce. Apenas forço o rosto. Passo o perfume de baunilha no meu pescoço e espalho por outros lugares do meu corpo.

    Achei uma música bacana e triste na minha opinião. Nada de bom, é só tristeza. Se uma coisa de boa acontecer, eu me surpreendo.

    Eu não farei falta. Ninguém sente falta de problemas.

    Mais um dia sobrevivendo, e decidi que será o último.

    Exaurido dos dias que sobrevivo, me perco dentro do meu vácuo deserto e basta. Basta tudo. Nada muda, então vou fazer o que deveria ter feito a muito tempo.

    3

    Darky

    ૂི•̮͡• ૂ

    Foram nas lágrimas e na dor que escrevi um grito de desabafo. São infinitas estações, todas com uma fase diferente, mas que todas embora difíceis, luto para sobreviver.

    Embora faltasse-me oxigênio, e que pensamentos traiçoeiros me fizeram ficar com medo, de certa forma me preparava para voar.

    É que eu precisava inventar o meu próprio mundo ou me afogaria nas próprias palavras. Mesmo que ele não fosse tão bom. Desculpa a trama, é que eu ainda estava apenas descobrindo como nadar

    Eu não quero ser ingrata, o problema é comigo, mas eu queria fugir. O arcano de minha mente me agoniza. Eu não sei nada a partir que acordei no hospital...

    Suspiro. Eu tenho que focar numa nova vida. É minha chance de fazer uma nova. A vida é para viver, mas alguns existem, e para outros eternizam.

    De repente, chegamos ao bairro nobre, e não demora muito para avistar uma grande mansão cercada por vegetação, muros altos, cercas e câmeras. Parece uma fortaleza em meio a essa grande cidade.

    O que eu vou encontrar lá?, Pergunto tremendo no meu interno. Eu ainda não estou acostumada em viver com outras pessoas.

    Meu subconsciente responde:

    Você não deve ter medo de conhecer as pessoas. Deixe se cativar. O medo de conviver com outras pessoas, causando um afastamento, faz um deserto solitário dentro de sí. Um dos grandes erros que você pode cometer, é deixa-la quando ela te quer perto.

    A TV do carro está ligada em algum evento em San Francisco como está escrito na legenda do telejornal. Uma cidade linda. O aquecedor deixa o ambiente aquecido. Estou nervosa e ansiosa para conhecer sua família.

    Depois de passamos por toda aquela segurança, no portão de entrada, e a curta trilha até o local, o carro estaciona em frente à mansão Grayson que possui uma enorme área externa de jardim.

    Numa certa parte vejo a área para refeições ao ar livre, tendo lareira, mesas de vidro como base o tronco de árvore, poltronas com madeiras em pátina e verniz. Pense numa residência enorme, de muitas janelas, nada simples, e muito refinado.

    Um empregado vem ao nosso encontro, descemos do carro e respiro fundo olhando para essa enorme residência.

    A primeira coisa que vi quando acordei era o teto de um hospital. Fiquei tentando saber o que estava acontecendo, não sabia que mundo eu estava, eu era completamente desorientada. Pior do que não lembrar de nada, era não ter nenhum familiar perto de mim. E conheci Maria. Ela se apaixonou por mim, mais tarde ela ia ter a minha guarda. Ela me contou que eu estava em coma, dormir por muito tempo, e no mesmo momento que eu acordava sentir que antes tinha sido beijada. Como se o beijo tivesse me despertado. Loucura, não é?

    Maria faz um gesto de cabeça agradecendo o empregado que entra no carro para guarda-lo na garagem. Ela contou que o teto da garagem é de vidro para que se possa apreciar a coleção de carros, e também contou sobre como é a mansão, cada cômodo e cada detalhe.

    O portão se abre automaticamente. Ali dar pra montar uma loja de roupas, e ainda sobra espaço para uma manicure e pedicure.

    Vá em direção a porta. Ela pede e fica em silêncio por um segundo. Ganhará um sobrenome para completar seu nome. Se chamará Adrianna Grayson a partir de agora. Ela declara, sorridente.

    É muita coisa num só dia.

    Está indo tudo muito depressa, até sobrenome ganhei.

    "Darky Gray", eu me chamo. Eu preciso me chamar do que sou. Eu não tinha nome nem sobrenome, onde eu estava todo mundo só me chamava de Pequena.

    Eu caminho de passos vagarosos. Chegando perto da porta de entrada, que está trancada em segurança absoluta, eu olho para atrás. Maria se aproximando estende o braço, e digita os números do código numéricos e o sistema desarma. Não sei o que me espera quando eu passar por essa porta.

    Continue. Eu quero que você faça isso sozinha. Diz ela, atrás de mim.

    Porque está fazendo isso? Qual o motivo disso? Pergunto com os olhos concetrado na porta. Não estou entendendo nada.

    Caminhe, querida, por favor, apenas caminhe. Pede em tom suave.

    Embora, sem entender nada, abro a porta lentamente...

    Nossa! Não achei que fosse tão grande como você contou. Sussurro para ela, e ouço sua risadinha.

    Lanço um olhar, em torno de sí, na mansão, nunca havia visto algo tão bonito, pelo menos não que me lembra-se. O piano se destaca, com as pinturas e poucas fotografias pendurados na parede mostrando um bebê, e algumas fotos de Maria ao lado de um homem.

    Uma decoração predominante em tons de bege, para contrastar com o estilo moderno visualizado no sofá de linhas retas e no centro da mesa espalhadas as poltronas em madeira.

    Outras poltronas estão posicionadas perto da lareira ornamentada, e uma grande tevê pendurada, mas parece de um cinema que deixa a sala super de bilionários.

    A área interna é enorme, e contém ainda mais, uma sala de jogos com muito videogame, um spa, um cinema, uma grande biblioteca e escritório simultâneos, no fundo uma piscina de tirar o fôlego.

    Cozinha no estilo espelhado com muito luxo atribuindo a tecnologia, luzes e persianas inteligentes, uma adega.

    No teto é diferente; o céu aberto é impecável, tudo extravagante e sofisticado. A sala de jantar mais parece de palácio, deslumbrante!

    A escada curva em forma de U é uma arquitetura perfeita, de acesso para área das suítes e quartos para convidados, banheiros e uma sacada. No corredor há um bombê com pintura em um tom de cereja e detalhes em dourados dar mais charme ao lugar.

    Dentro de uma das suítes possui uma banheira de hidromassagem, que se enchem até o limite permitido com água na temperatura ideal, tenho que ficar com essa.

    A verdade é que tudo se destaca, tudo tão organizado, espaçoso e chique, tem tudo que uma mansão deve ter. Olho para trás e Maria fecha a porta atrás de sí, e o sistema se arma. Então ela segue até mim esboçando um sorriso.

    Essa é sua casa agora, Darky. Anuncia ela, de rosto baço.

    "O que significa o que acabou de fazer

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