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Catarina
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E-book113 páginas1 hora

Catarina

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Sobre este e-book

Catarina e seus pais estão se mudando para uma cidade diferente. A caminho da nova casa eles acabam fazendo uma parada imprevista no meio do caminho, uma mesa cheia de comida acaba atraindo a atenção dos seus pais, que sem pensar duas vezes começam a comer. Seus pais acabam se transformando em balões, e Catarina é transportada para um mundo estranho por um mergulhador usando um escafandro, onde ela terá que dar um jeito de salvar seus pais.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento24 de set. de 2022
ISBN9781526034328
Catarina

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    Catarina - Paulo Mateus

    Catarina

    Paulo Mateus

    Pouso Alegre – MG

    2021

    Sinopse

    Catarina e seus pais estão se mudando para uma cidade diferente. A caminho da nova casa eles acabam fazendo uma parada imprevista no meio do caminho, uma mesa cheia de comida acaba atraindo a atenção dos seus pais, que sem pensar duas vezes começam a comer. Seus pais acabam se transformando em balões, e Catarina é transportada para um mundo estranho por um mergulhador usando um escafandro, onde ela terá que dar um jeito de salvar seus pais.

    Palavras do Autor

    Este livro é uma obra independente, portanto alguns erros podem estar presentes no texto, mas nada que atrapalhe a sua leitura ou a sua compreensão da história.

    Capítulo 1

    O interior do carro chacoalhava bastante com o avanço do veículo pela estrada esburacada, sempre que passavam por um buraco maior ou mais fundo pequenos objetos saltavam e faziam barulho. Para a esquerda e para a direita tudo o que se via eram apenas árvores e mais árvores, uma incrível diversidade de tons de verde que adorariam admirar com mais atenção e paciência se pudessem parar. Mas não podiam, e o carro avançava velozmente pela estrada de terra, deixando atrás de si um rastro de poeira que se elevava e era carregado pelo vento.

    Uma notificação pipocou na tela do celular, indicando que a bateria estava prestes a descarregar, Catarina fechou o joguinho em que estava entretida, já prevendo que a diversão não iria durar muito mais do que alguns minutos.

    — Ainda falta muito? — indagou ela abaixando um pouco o vidro e deixando o vento entrar com força.

    — Segundo o GPS do celular só mais alguns quilômetros. — Seu pai deu uma rápida olhada para o aparelho preso ao carro para conferir.

    Estavam tão cansados e com tanta fome que poderiam ouvir os próprios estômagos roncando se não fosse pelo barulho do motor, mas logo estariam em casa e poderiam desembrulhar todos os pratos, talheres e utensílios que estavam exprimidos no porta-malas.

    — Mas você tem certeza de que essa estrada chega até lá? — Sua mãe Alice era a única dos três que parecia preocupada.

    — Eu conferi antes de sairmos de casa, e o pessoal do caminhão de mudança disse que por aqui dava para economizar quase uma hora de viagem.

    — E você acreditou neles?

    — Claro! Esse pessoal anda para todo lado, devem saber as melhores rotas sem precisar de um celular — disse ele dando uma olhada mais demorada para o aparelho, tinha uma leve suspeita de que o GPS tinha travado.

    — Que seja... Não vejo a hora de sair desse fim de mundo e sentar em uma cadeira que não esteja se mexendo.

    Catarina ajeitou uma mecha do cabelo encaracolado atrás da orelha, poeira e até mesmo algumas folhas voaram em direção ao seu rosto quando ela colocou o nariz alguns centímetros para fora da janela. Acostumada a vida e ao clima da cidade, ela achou que as árvores tinham uma aparência e um cheiro estranho, não necessariamente ruim, apenas estranho.

    Ela não queria se mudar, tinha amigos e toda uma vida com eles na antiga casa, mas essas coisas não dependiam dela, seus pais é que decidiam esse tipo de coisa por ela, e o trabalho decidia por eles. Mas ela já tinha se mudado duas vezes antes e sabia bem como era esse tipo de experiência, no início existia uma sensação de perda e vazio, mas depois de algum tempo a casa nova e os lugares novos a consumiam por completo. E toda a vida que teve antes virava apenas uma lembrança, um sonho, uma recordação agradável que aparecia às vezes quando se deitava para dormir.

    A CINQUENTA METROS VIRE À DIREITA

    A voz feminina e artificial do GPS findou o breve silêncio que pairava entre eles, o pai de Catarina fitou surpreso o celular.

    — Pensei que fosse uma estradinha sem bifurcação — disse ele tirando um pouco o pé do acelerador.

    Imediatamente o carro diminuiu de velocidade e alguns instantes depois eles pegaram a estrada da direita.

    — O pessoal do caminhão de mudança não mencionou nada sobre isso? — Alice também fixou os olhos no GPS por um momento. A essa altura ela só não queria que eles ficassem perdidos no meio do nada e tivessem que voltar, o que adicionaria um bom tempo extra na viagem.

    — Não — enquanto falava seu corpo era jogado levemente para a esquerda por causa da leve, mas longa curva para a direita —, devem ter esquecido, mas de qualquer forma é só seguir o GPS, não tem erro.

    No banco de trás Catarina estava alheia à conversa dos dois, as árvores passavam como um borrão hipnotizante e ela estava atenta a isso, qualquer coisa era uma arma contra o tédio.

    Capítulo 2

    Depois de quase meia hora seguindo pela rota imprevista tudo continuava igualmente tedioso como antes, até que o carro vermelho com a tinta desbotada pelo tempo freou e parou abruptamente. A estrada tinha acabado.

    — Deus do céu! — disse Alice surpresa. — Mas que coisa é essa?

    — Um carvalho — respondeu o marido abrindo a porta do carro e saltando para fora, era bom poder esticar as pernas um pouco.

    — Eu sei que é um carvalho, quero dizer... Por que abriram um buraco no meio dele? Não era mais fácil simplesmente fazer a estrada um pouco mais para o lado?

    O carvalho em questão era uma árvore monstruosa, que bloqueava a estrada por inteiro, mas o que mais impressionava era a abertura esculpida na madeira, grande o suficiente para uma pessoa atravessar em pé sem problemas. Catarina também abriu a porta e saltou para fora do carro, se juntando ao pai que coçava o queixo e analisava a abertura com uma perspectiva nada boa.

    — O carro não passa — disse ele passando a mão pela testa salpicada de suor.

    — Tem certeza? — indagou a esposa com o semblante visivelmente desanimado por serem obrigados a parar.

    — Sim, se avançarmos no mínimo o carro vai ficar sem os dois retrovisores. — Ele não estava contente por terem parado, óbvio. Mas diferente da esposa estava vendo tudo aquilo como uma pequena aventura, um imprevisto, uma coisa que nunca teria visto na vida confusa da cidade grande, e que provavelmente nunca voltaria a ver.

    Provavelmente foi por este súbito espírito de aventura e curiosidade que ele avançou para as plantas altas que cobriam o outro lado da passagem esculpida, eram tão grandes quanto uma pessoa e formavam uma espécie de cortina verde natural. Mas suas mãos não enfrentaram resistência nenhuma quando jogou aquele amontoado de verde para o lado.

    — Aquilo lá é uma casa? — Foi a primeira coisa que Catarina avistou quando seu pai afastou as plantas.

    — É o que parece... — disse ele se acostumando com a luz súbita que inundou seus olhos. Realmente existia uma casa ali.

    — Definitivamente não é a nossa casa. — Alice que seguia logo atrás se juntou ao lado dos dois, a esta altura sua raiva pelo

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