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Histórias que não contamos
Histórias que não contamos
Histórias que não contamos
E-book157 páginas41 minutos

Histórias que não contamos

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Sobre este e-book

Aglomerado de sentimentos e memórias que se alojaram na periferia do meu peito, até que ela desabou em versos nas folhas em branco que eu havia guardado para uma ocasião especial.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento28 de mar. de 2022
ISBN9786525411255
Histórias que não contamos

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    Histórias que não contamos - Yúri Scarlatti

    Sobre mim

    Em homenagem aos demônios

    que mantive no cativeiro

    de minhas memórias

    A prosa de Adão

    Agradeço sua persuasão

    Me senti seguro

    Na palma de sua mão

    Melhor que encarar de frente

    Essa fria vastidão

    Preferi sentir nosso calor

    No meu velho surrado colchão

    Mas a liberdade traz certo medo

    De ter que acordar e já me sentir sozinho

    Tão de repente

    Assim tão cedo

    E quanto mais empurro meus passos

    A tua distância

    Me foge mais a cada suspiro

    Aquela última esperança

    Que nossos corpos se lembrem da última saudação

    Daquele encontro marcado

    Por nossas peles

    E por nosso coração

    E se porventura algum dia

    Eu hei de esquecer

    Te devoto a mais bela das máximas

    Diante da vastidão do tempo e da imensidão do universo, é um imenso prazer para mim dividir um planeta e uma época com você.

    Trajeto

    Às vezes eu peço

    Às vezes eu corro

    Às vezes eu peco

    E me perco no choro

    Às vezes me pego

    Pedindo de novo

    Às vezes me esqueço

    De respirar no sufoco

    Às vezes me falta

    Um pouco de ar

    Às vezes pedem

    Para eu me calar

    Às vezes meus calos

    Insistem em doer

    De tanto correr

    Atrás de você

    Às vezes me acho

    No meio dessa névoa

    Abrindo caminho

    Em meio a essa selva

    Braçadas esforçadas

    Para nadar na multidão

    Pois somos únicos

    Em meio bilhão

    Às vezes separo

    As tarefas do dia

    Que irei postergar

    Com primazia

    Às vezes me agacho

    Pra tentar juntar

    Os cacos que deixei

    Pro caminho encontrar

    Às vezes me perco

    E fico feliz

    Pois pude seguir

    Por onde eu sempre quis

    Aquela de Milton

    Não tenho de esconder

    Fingir que eu não sou

    Abrace os meus erros

    Não fuja desse horror

    E não diga que me conheces

    Não assuma o meu teor

    Se findas o teu desejo

    Não estou a teu dispor

    Eu te dedico aquela de Milton

    Mas não irei cantar

    Pois minha voz está carregada

    Por dores a se curar

    Então me atenho apenas

    A tentar assobiar

    E correm os cachorros

    Que despertei a atenção

    Deitados ao meu lado

    Em um surrado velho colchão

    E comem a carne nova

    Que sirvo em minha mão

    E o cheiro que sinto dela

    De longe já dá pra saber

    Que o perfume que tem o teu beijo

    Não irei mais esquecer

    Mas jamais o destinatário

    Será novamente você

    Eu me entrego agora à peleja

    Dos embates que a rua me propõe

    Mentiras limpas em pratos sujos

    É tudo que me dispõe

    E os retratos todos manchados

    Pelo que o tempo nos expõe

    E não vejo mais uma razão

    Para continuar a traçar

    Um plano elaborado

    Para conseguirmos nos amar

    Prófugo

    Ao me ler as pessoas costumam errar

    Tô mais pra um conto de Veríssimo que você não quer terminar

    Do que um poema de Drummond que você não sabe como começar

    Na tentativa de me levar às tentações

    São perdidos os sentido e partidos corações

    Meus lábios eu entrego à peleja

    Enquanto os seus

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