Sabores e Dissabores: poemas e reflexões
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Sabores e Dissabores - Rogério Costa
Prefácio
POESIA, A ARTE DE DESAFI(N)AR
Apesar de não figurar entre os gêneros literários mais queridos entre os leitores, a poesia continua a germinar aqui e acolá, como se fosse uma plantinha resistente num jardim dominado pelos textos em prosa. Numa livraria – que está para uma grande estufa cheia de plantas-livros –, a poesia ocupa geralmente uma pequena estante, e poucos são os que se desviam dos best-sellers, dos romances, dos livros de autoajuda etc. e vão (a)colhê-la.
Como se pode deduzir das palavras acima, além de seu aspecto de arte que não se deixa dobrar facilmente, a poesia carece de atrativos comerciais, não vende como outros tipos de publicações. Nesse sentido, é uma arte (meio) marginalizada, arte do anticonsumo
, conforme a sintética definição de Décio Pignatari. Por seu turno, em O ser e o tempo na poesia, destaca Alfredo Bosi que a poesia parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender
.
Que satisfatório, aliás, que a poesia seja uma arte que permanece desafiando os que querem fazer dela mera mercadoria. É óbvio que não se pode perder de vista que, dentro de uma sociedade pautada pelo capitalismo, ela também é um produto cultural. Todavia, a poesia é sempre margem, está sempre – lembrando Torquato Neto – a desafinar o coro dos contentes
com seu espírito de relativa liberdade e, por conseguinte, evitando a todo custo sucumbir aos valores da indústria cultural.
Certamente, ao apostar na publicação dos poemas de Sabores e dissabores, Rogério Costa, ainda que afirme num dos poemas que tudo é poesia
, sabe de antemão que optou por um gênero literário não muito bem aceito pela sociedade. Motivos não faltam para a poesia não ter a acolhida merecida. Embora a justificativa de Platão, em A República, seja uma das mais famosas, existem outras. A mais evidente é o ar de inutilidade e rebeldia que a poesia possui. Tal aspecto a põe quase na categoria de erva daninha no canteiro de flores da literatura.
Como sucede quando um campo ou jardim é olhado de longe, a imagem é de planura. Entretanto, quando os olhos se aproximam destes espaços, várias plantas, a irregularidade do solo etc. tornam-se detectadas. De modo análogo, os leitores vão perceber que Sabores e dissabores não é uma obra assinalada pela linearidade. De um lado, a primeira impressão (visão distanciada) é que alguns poemas obedecem a um tom romântico. Tal simpatia ao Romantismo é inegável nos temas, nas metáforas e metonímias empregadas. Todavia,