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Sabores e Dissabores: poemas e reflexões
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Sabores e Dissabores: poemas e reflexões
E-book125 páginas30 minutos

Sabores e Dissabores: poemas e reflexões

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Sobre este e-book

Este livro se apresenta em três momentos. No primeiro, temos versos de um eu lírico que busca seu lugar no mundo, que dá voz ao amor, um amor tanto de família quanto de paixão. Em um segundo momento, somos deliciados pela escrita do autor, que reflexiona, em textos curtos, sobre as várias facetas da vida, nesse momento o leitor se depara com aprendizados de vida sendo passados. Por fim, nos deparamos com alguns poucos versos finais, que se apresentam também em Espanhol e Inglês.
IdiomaPortuguês
EditoraViseu
Data de lançamento9 de mai. de 2022
ISBN9786525413891
Sabores e Dissabores: poemas e reflexões

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    Sabores e Dissabores - Rogério Costa

    Prefácio

    POESIA, A ARTE DE DESAFI(N)AR

    Apesar de não figurar entre os gêneros literários mais queridos entre os leitores, a poesia continua a germinar aqui e acolá, como se fosse uma plantinha resistente num jardim dominado pelos textos em prosa. Numa livraria – que está para uma grande estufa cheia de plantas-livros –, a poesia ocupa geralmente uma pequena estante, e poucos são os que se desviam dos best-sellers, dos romances, dos livros de autoajuda etc. e vão (a)colhê-la.

    Como se pode deduzir das palavras acima, além de seu aspecto de arte que não se deixa dobrar facilmente, a poesia carece de atrativos comerciais, não vende como outros tipos de publicações. Nesse sentido, é uma arte (meio) marginalizada, arte do anticonsumo, conforme a sintética definição de Décio Pignatari. Por seu turno, em O ser e o tempo na poesia, destaca Alfredo Bosi que a poesia parece condenada a dizer apenas aqueles resíduos de paisagem, de memória e de sonho que a indústria cultural ainda não conseguiu manipular para vender.

    Que satisfatório, aliás, que a poesia seja uma arte que permanece desafiando os que querem fazer dela mera mercadoria. É óbvio que não se pode perder de vista que, dentro de uma sociedade pautada pelo capitalismo, ela também é um produto cultural. Todavia, a poesia é sempre margem, está sempre – lembrando Torquato Neto – a desafinar o coro dos contentes com seu espírito de relativa liberdade e, por conseguinte, evitando a todo custo sucumbir aos valores da indústria cultural.

    Certamente, ao apostar na publicação dos poemas de Sabores e dissabores, Rogério Costa, ainda que afirme num dos poemas que tudo é poesia, sabe de antemão que optou por um gênero literário não muito bem aceito pela sociedade. Motivos não faltam para a poesia não ter a acolhida merecida. Embora a justificativa de Platão, em A República, seja uma das mais famosas, existem outras. A mais evidente é o ar de inutilidade e rebeldia que a poesia possui. Tal aspecto a põe quase na categoria de erva daninha no canteiro de flores da literatura.

    Como sucede quando um campo ou jardim é olhado de longe, a imagem é de planura. Entretanto, quando os olhos se aproximam destes espaços, várias plantas, a irregularidade do solo etc. tornam-se detectadas. De modo análogo, os leitores vão perceber que Sabores e dissabores não é uma obra assinalada pela linearidade. De um lado, a primeira impressão (visão distanciada) é que alguns poemas obedecem a um tom romântico. Tal simpatia ao Romantismo é inegável nos temas, nas metáforas e metonímias empregadas. Todavia,

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