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Compulsão agridoce
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E-book74 páginas26 minutos

Compulsão agridoce

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Sobre este e-book

O livro, do premiado poeta Antônio Aílton, dá continuidade ao desenvolvimento de seu projeto lírico, em diálogo com a produção poética do norte e nordeste brasileiros e em contato com o universalismo que acompanha o poeta em sua formação.
Compulsão Agridoce mostra, com fina ironia e saboroso humour, que é necessário perseguir um projeto lírico e existencial que ultrapasse modismos e vãos coloquialismos.
A voz de Antonio Aílton, poeta de justos prêmios como o Cidade do Recife, encontrase solidária às muitas conquistas de um estado que já gerou tantas vozes inigualáveis, tais como Sousândrade, Nauro, Tribuzi, Chagas, Gullar.
Este livro não é apenas o diálogo profícuo com a lírica do norte e nordeste brasileiros. Nele, nota-se o permanente contato cosmopolita / universalista que tem alimentado o poeta ao longo de sua formação. Nesse sentido, este livro consagra-se triunfante.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento22 de set. de 2016
ISBN9788546203215
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    Compulsão agridoce - Antonio Aílton Santos Silva

    Final

    [NOTAS DO POETA E DO SENSÍVEL]

    Num poeta desponta a madurez quando sua dicção dá provas de autonomia e plenitude: Aílton Santos parece chegar a esse momento meridiano na presente recolha de seus poemas. De extração variada, de tempo e lugares de visitação que deixam sua marca – a infância, esse tema sempiterno, mas nem sempre terno; as cidades que nos assombram como certos amores; a paixão pelo dizer, a compulsão do poeta.

    Explode as palavras, e o silêncio

    insiste em que trabalhe a teu favor

    para ouvires o que nasce e pulsa em ti

    [Carta à filha]

    O poeta exige da poesia – que não o poupa. Conjunção de duas exigências: se a linguagem não se renova, o poema não acontece; se o poeta se quiser só cerebral e dono de si, a poesia não pousa. Aílton Santos traz consciência aguda desse embate; o poema, lugar da lacuna: o homem se define pela falta – que a criação poética tenta preencher na fluidez rítmica:

    Poesia não é tampouco tradução

    é outro modo que tem a consciência

    de preencher buracos da existência.

    [Contra dicção]

    Há uma caída no real que sobreleva o mundo imediato como querendo desposar a realidade; sem fugas para amanhãs que cantam nem para consolações retroativas:

    Em meu pequeno jardim, eu sei, há flores

    grandes e minúsculas, coloridas e tristes, às vezes

    perfumadas

    e há também flores falsas como é natural das

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