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Contos para lembrar de não esquecer
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Contos para lembrar de não esquecer
E-book45 páginas22 minutos

Contos para lembrar de não esquecer

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Sobre este e-book

Contos para lembrar de não esquecer é a reunião de três incríveis contos de Eduardo Bakr. O autor nos oferece deliciosas aventuras com espetaculares bonecos, envolvendo amores, sorrisos e cambalhotas.

Um mundo mágico, onde a amizade, o respeito e a generosidade com o outro estão presentes.

São contos para crianças pequenas e grandes refletirem sobre a importância da valorização do outro e a necessidade de viver em um mundo mais justo, sem compactuar ou silenciar diante dos preconceitos, injustiças e toda forma de exclusão.

O leitor não tem como não se emocionar ao ler essas arrebatadoras histórias de amor, integração, tolerância e cumplicidade.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento20 de abr. de 2022
ISBN9786589902119
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    Contos para lembrar de não esquecer - Eduardo Bakr

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    Ela era branca. Branca com formas acinzentadas lhe desenhando o corpo frágil e de cabelos azuis noturnos. Quando sua dona a olhava, assim, de uma vez só, achava-a vítima de uma tristeza solitária, dessas que afundam qualquer um. Mas não era nem tristeza, nem solidão, o carrego da moça era o raiar de seu viver que trazia encrustado na pele. E mesmo com seu jeito melancólico, era feliz, feito borboleta assanhada que pousa e silencia por opção.

    Quando a casa fingia-se vazia, ela se divertia à vera com os elementais do ar e da terra, vez por outra até com os do fogo e da água – esses eram mais raros naquelas bandas. Desses que sabem de tudo, criam mistérios e exalam seus cheiros. O único incômodo que causavam era quando falavam numa tal verdade que ela não gostava de ouvir. Sobre, às vezes, ser na dor e no vazio que o amor se faz, ou refaz.

    Ana Dulce chamava-se, Ana de Ana e Dulce, porque era dulcíssima. Foi de um dia para o outro que se viu às voltas com um fio de intuição que lhe trazia novas de casamento. Nem piscou e já estava toda enrolada, embrulhada viajando, com os pensamentos em rebuliço, misturados pelo chacoalhar do trem. Havia sido doada – sua dona original não se sentia bem e estava a par de que partiria para o céu e não queria Ana Dulce devorada pelos herdeiros.

    Ele era azul. De um azul esmaltado repleto de um céu matutino. Visto num único golpe, parecia mesmo um pedacinho do firmamento fincado na prateleira. Mágico do circo, sempre ocupado e atarefado, sempre sereno de luz, vivia às voltas com magias, buscando equilibrios e harmonias. Todos da coleção, independentemente de serem da

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