Linguagem no Transtorno do Espectro do Autismo: Processos de Interpretação e Significação
De Kizzi Lecy
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Linguagem no Transtorno do Espectro do Autismo - Kizzi Lecy
1 ABORDAGENS TEÓRICAS E TERAPÊUTICAS SOBRE O TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO
O processo de desenvolvimento das crianças com Transtorno do Espectro do Autismo vem sendo estudado ao longo dos anos por diversos pesquisadores da área da saúde. Os artigos de Assumpção e Pimentel (2000) e Schwartzman e Araújo (2011) são exemplos de estudos que abordam o tema focalizando as questões de natureza orgânica e suas consequências para o desenvolvimento dessas pessoas.
Outros temas que vêm ganhando espaço nas pesquisas atuais têm focalizado a natureza histórica e social do desenvolvimento desses sujeitos. É o caso, por exemplo, dos trabalhos desenvolvidos por Araújo (1995), Bagarollo (2010), Bragin (2011), Chiote (2013), Lemos, Salomão e Agripino-Ramos (2014), Delfrate, Santana e Massi (2009), Martins (2009), Zia (2006) entre outros. Nesses estudos, é dado destaque aos processos de interação social, o que tem possibilitado uma análise mais prospectiva do desenvolvimento dos sujeitos com TEA. O estudo aqui apresentado se enquadra nesse segundo grupo de pesquisas.
Neste primeiro capítulo, a fim de contextualizar o objeto de estudo, abordo o chamado Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), trazendo primeiramente um panorama de descrições e definições, bem como um breve apontamento de diferentes teorias e abordagens que relatam sobre os casos de crianças e adolescentes que apresentam transtornos no desenvolvimento.
A grande complexidade dos casos do TEA referente aos sintomas, etiologias e tratamentos é apontada por Kwee, Sampaio e Atherino (2009) como o que mais chama a atenção e justifica a grande variedade de abordagens e processos terapêuticos.
1.1 DESCRIÇÃO DO TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO
O autismo foi descrito pela primeira vez por Leo Kanner em um artigo publicado em 1942, referindo-se a um quadro de obsessividade, estereotipias e ecolalias, inserido no quadro das psicoses
. Em 1976, Ritvo fez as primeiras alterações dessa concepção relacionando o autismo a um déficit cognitivo, considerando-o não como uma psicose, mas sim como um distúrbio do desenvolvimento. (ASSUMPÇÃO; PIMENTEL, 2000).
As diversas concepções sobre autismo geralmente identificam alterações em três grandes áreas: 1) interação social, 2) comunicação e 3) padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses e atividades. (LAMPREIA, 2003).
No Brasil em caráter de diagnóstico como também de pesquisa, dois descritores médicos são utilizados: CID – 10 – Classificação Internacional de Doenças - CID 10
(OMS, 1993) e o DSM IV – TR Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais
(4ª Edição, 2006). Após sete anos foi lançado, 2013, o DSM-V, pouco utilizado ainda no Brasil nos grandes centros de diagnósticos médicos.
A nova versão da edição do DSM não traz mudanças significativas em relação ao DSM IV – TR, mas descreve as características dos sujeitos identificados com o transtorno como uma díade ao invés de tríade, definindo o TEA pelo déficit de comunicação social e pelos comportamentos / interesses restritos e repetitivos.
Assim, pela classificação do DSM-V, o TEA compreende dois grandes eixos: déficits persistentes na comunicação social e interação social em vários contextos (déficits na reciprocidade socioemocional, déficits de comportamentos comunicativos não-verbais utilizados na interação social e déficits para desenvolver, manter e entender as relações) e comportamentos restritos repetitivos, atividades e padrões, que se manifestam pelo menos em dois sintomas (motores de movimentos, usando objetos ou discurso estereotipado ou repetitivo; insistência na igualdade, rotinas ou padrões verbal e não verbal; adesão ao comportamento ritualizado inflexível altamente restrito; interesses obsessivos que são anormais em intensidade ou foco e interesse sensorial ou incomum; hiper ou hiporreatividade em aspectos sensoriais do ambiente). (SELDAS,