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Integrando as Ciências: sequências didáticas interdisciplinares de Ciências da Natureza à luz do letramento científico
Integrando as Ciências: sequências didáticas interdisciplinares de Ciências da Natureza à luz do letramento científico
Integrando as Ciências: sequências didáticas interdisciplinares de Ciências da Natureza à luz do letramento científico
E-book126 páginas1 hora

Integrando as Ciências: sequências didáticas interdisciplinares de Ciências da Natureza à luz do letramento científico

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Sobre este e-book

Como forma de garantir a formação integral dos estudantes, faz-se necessário o rompimento da visão fragmentada entre componentes curriculares e áreas de conhecimento.
Trabalhar de forma interdisciplinar é desafiador e muitas vezes confundido com a multidisciplinaridade. A interdisciplinaridade prioriza o diálogo entre diferentes componentes curriculares, conectando-os por meio de um tema e uma problemática em comum.
Na área de Ciências da Natureza, as práticas experimentais são os recursos mais comentados pelos estudantes quando o quesito é aula atrativa e dinâmica, mas nem sempre é fácil trabalhá-las em sala de aula.
A interdisciplinaridade e as práticas experimentais têm em comum o objetivo de dar sentido aos conteúdos trazendo-os o mais próximo possível da realidade e cotidiano dos estudantes. Logo, associar interdisciplinaridade às práticas experimentais em Ciências da Natureza é um desafio que pode gerar bons resultados.
Integrando as Ciências é um material prático que apresenta, além do passo a passo de como estruturar uma aula interdisciplinar, dez sequências didáticas prontas para serem aplicadas visando o letramento científico e englobando práticas experimentais de fácil aplicação voltadas para o ensino médio no âmbito da Biologia, Química e Física, perpassando as áreas da Matemática, Geografia e História sob diferentes perspectivas.
IdiomaPortuguês
Data de lançamento18 de jul. de 2022
ISBN9786525241210
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    Integrando as Ciências - Monique Perini

    COMO ELABORAR UM PLANO DE AULA INTERDISCIPLINAR?

    Para melhor compreensão, pontuamos o planejamento de uma atividade interdisciplinar em etapas, entretanto, os professores devem ter ciência que esse planejamento precisa ser pensado como um todo. Reiteramos que o material a seguir retrata uma forma didática para compreensão da elaboração de um plano de aula interdisciplinar.

    Para elaboração de um plano de aula interdisciplinar os professores envolvidos precisam definir o objetivo pedagógico da execução da atividade. Pode-se pensar: Os professores identificaram por meio da avaliação diagnóstica habilidades e descritores que precisam ser consolidados, então se trata de uma atividade de nivelamento? Se trata de uma atividade concomitante ao conteúdo que está sendo trabalhado em sala de aula? Qual objetivo pedagógico do planejamento dessa atividade? Quais áreas atuarão? Quais componentes curriculares estarão envolvidos?

    PASSO A PASSO DIVIDIDO EM ETAPAS

    1ª Etapa

    Com objetivo pedagógico da atividade traçado, deve-se refletir sobre quais competência, habilidades e/ou descritores deseja-se desenvolver ao longo da atividade. A definição das competências, habilidades e descritores tende a nortear o trabalho dos professores. Os descritores detalham as habilidades que são elementos mais amplos e podem ser encontrados na matriz de referência do Enem e Paebes, assim como nas Orientações Curriculares do Espírito Santo 2022. As Orientações Curriculares são organizadas por componente curricular, trimestre e série, nesse documento encontram-se diversos materiais norteadores além das competências, habilidades e descritores mencionados aqui, como também eixos do Saeb, sugestões de objetos de aprendizagem e objetivos de conhecimento interdisciplinares.

    Ciente do objetivo pedagógico da atividade interdisciplinar, competências e habilidades os professores devem dialogar entre si alinhando áreas de conhecimento, componentes curriculares, série contemplada e temas integradores.

    Uma dica quanto a definição do tema integrador é que este pode se basear nos temas considerados na Base Nacional Comum Curricular: Direito da criança e do Adolescente; Educação para o trânsito; Educação Ambiental; Educação Alimentar e Nutricional; Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso; Educação em Direitos Humanos; Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; Saúde; Vida Familiar e Social; Educação para o Consumo; Educação Financeira e Fiscal; Trabalho, Ciência e Tecnologia; Diversidade Cultural. Assim como no Currículo do Espírito Santo: Trabalho e Relações de Poder, Ética e Cidadania; Gênero, Sexualidade, Poder e Sociedade; Povos e Comunidades Tradicionais; Educação Patrimonial; Diálogo Intercultural e Inter-religioso.

    De modo geral, os temas integradores envolvem a compreensão sobre a sociedade atual, relações sociais e propostas de políticas públicas futuras, garantindo a educação escolar vinculada ao mundo do trabalho e práticas sociais como menciona a Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB Nº 9.394, 20/12/1996).

    Observe o exemplo:

    2ª Etapa

    Com a definição do tema integrador interdisciplinar, o próximo passo é alinhar as unidades temáticas e objetos de conhecimento que serão trabalhados. As unidades temáticas são encontradas no Currículo do Espírito Santo. Para Ciências da Natureza indica-se as unidades: Matéria e Energia; Vida e Evolução; e Terra e Universo. Os objetos de conhecimento também são encontrados no Currículo e variam conforme componente curricular. Lembrem-se a unidade temática, objeto de conhecimento precisam ter estreita relação com as habilidades e competências a serem desenvolvidas.

    O ponto chave para que uma atividade seja interdisciplinar está na elaboração da problemática. Nesse momento os professores traçam o problema que será investigado comum a todos os componentes curriculares envolvidos. Uma forma prática para delimitar a problemática, é por meio de uma pergunta a qual deve ser respondida ao longo e/ou na conclusão da atividade. Por exemplo, após breve contextualização pergunta-se: quais ações nossa escola e comunidade podem realizar para reduzir o consumo e dependência do uso de fontes de energias caras, poluentes e não sustentáveis?.

    Para que o estudante consiga responder ao questionamento da problemática ele precisa ter conhecimento dos conteúdos específicos das disciplinas que serão trabalhadas na atividade. Logo, a problemática está intimamente associada aos objetivos do plano de aula. São os objetivos que conectam as disciplinas e conteúdos, para isso deve-se questionar: com a execução dessa atividade, quais conteúdos específicos meus estudantes precisam consolidar?

    Retornando ao exemplo da introdução com a problemática cujo objetivo foi compreender o risco de extinção de espécies florestais que sofrem com a fragmentação de habitats, com a atividade espera-se que os estudantes: Caracterizem a Floresta Atlântica; associem fragmentação de habitats ao histórico social local; relacionem as ações antrópicas e as causas de extinção; estimem por meio de análise espacial os fragmentos remanescentes; compreendam as causas que levam a fragmentação de habitats, dentre

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