Integrando as Ciências: sequências didáticas interdisciplinares de Ciências da Natureza à luz do letramento científico
()
Sobre este e-book
Trabalhar de forma interdisciplinar é desafiador e muitas vezes confundido com a multidisciplinaridade. A interdisciplinaridade prioriza o diálogo entre diferentes componentes curriculares, conectando-os por meio de um tema e uma problemática em comum.
Na área de Ciências da Natureza, as práticas experimentais são os recursos mais comentados pelos estudantes quando o quesito é aula atrativa e dinâmica, mas nem sempre é fácil trabalhá-las em sala de aula.
A interdisciplinaridade e as práticas experimentais têm em comum o objetivo de dar sentido aos conteúdos trazendo-os o mais próximo possível da realidade e cotidiano dos estudantes. Logo, associar interdisciplinaridade às práticas experimentais em Ciências da Natureza é um desafio que pode gerar bons resultados.
Integrando as Ciências é um material prático que apresenta, além do passo a passo de como estruturar uma aula interdisciplinar, dez sequências didáticas prontas para serem aplicadas visando o letramento científico e englobando práticas experimentais de fácil aplicação voltadas para o ensino médio no âmbito da Biologia, Química e Física, perpassando as áreas da Matemática, Geografia e História sob diferentes perspectivas.
Relacionado a Integrando as Ciências
Ebooks relacionados
Ensino De Ciências Na Atualidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasItinerários de Pesquisa na Formação Docente em Biologia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO conceito energia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTemática Ambiental, Educação Ambiental e Ensino: dos Limites da Lógica Formal à Necessidade da Dialética Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMetodologias de Ensino no Contexto da Formação Continuada de Professores Nota: 0 de 5 estrelas0 notasSobre o (Não) Domínio da Linguagem Química e sua Influência na Aprendizagem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPercursos de Formação de Professores de Ciências: Histórias de Formação e Profissionalização Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEpistemologias e processos formativos em Ciências e Matemática Nota: 0 de 5 estrelas0 notasConexões com o ensino de biologia: desafios, reflexões e abordagens Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Lei Da Inércia: Planejamento Pedagógico e Aprendizagem Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação a Distância e a Formação de Professores: Pesquisas, Experiências, Relatos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação Ambiental Interdisciplinar no Contexto Amazônico: Universidade, Escola e Comunidade Nota: 0 de 5 estrelas0 notasQuanta ciência há no ensino de ciências Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Escola Pública de que Precisamos: Novas Perspectivas Para Estudantes e Professores Nota: 0 de 5 estrelas0 notasBiologia Na Sala De Aula: Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPerspectivas Metodológicas para Sala de Aula Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAmbientalização curricular no ensino médio profissional: experiências e possibilidades Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEducação Ambiental e Educação do Campo: Caminhos em Comum Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPolíticas docentes de formação no estágio supervisionado: Colômbia, Brasil, Argentina e Chile Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFiguras geométricas espaciais: alunos de quinto ano e suas professoras aprendendo juntos Nota: 3 de 5 estrelas3/5Conhecimento Disciplinar das Ciências Naturais de Futuros Professores do Ensino Fundamental Nota: 5 de 5 estrelas5/5Vídeo/Software em Powerpoint®: Métodos Para Ensino-Aprendizagem de Eletroquímica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Políticas de Educação Ambiental na Escola Pública Nota: 0 de 5 estrelas0 notasO lugar da pedagogia e do currículo nos cursos de Pedagogia no Brasil: reflexões e contradições (2015-2021) Nota: 0 de 5 estrelas0 notasEnsino de química: superando obstáculos epistemológicos Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Temática Ambiental na Escola e os Artefatos da Indústria Cultural Nota: 0 de 5 estrelas0 notasClima e saúde no Brasil Nota: 0 de 5 estrelas0 notasMostra Científica: desafios e possibilidades para o princípio da educação pela pesquisa Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Ciências e Matemática para você
A Química Do Dia A Dia Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Origem das Espécies Nota: 3 de 5 estrelas3/5Neurociência aplicada a técnicas de estudos: Técnicas práticas para estudar de forma eficiente Nota: 4 de 5 estrelas4/5O que é inteligência artificial Nota: 5 de 5 estrelas5/5Guia Prático Para a Reprodução de Plantas: Do Tradicional à Biotecnologia Nota: 5 de 5 estrelas5/5NIKOLA TESLA: Minhas Invenções - Autobiografia Nota: 5 de 5 estrelas5/5O Mistério por trás das nossas origens: Uma jornada para além da teoria da evolução Nota: 5 de 5 estrelas5/5Feitiços De Amarração E Separação Nota: 5 de 5 estrelas5/5Como fazer projetos de iniciação científica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasA Teoria Do Design Inteligente Para Crentes De Todas As Crenças Nota: 0 de 5 estrelas0 notasAstronomia Básica Nota: 5 de 5 estrelas5/5Manipulando O Carma Com Gráficos Radiônicos Nota: 5 de 5 estrelas5/5Engenharia Mecanica Nota: 0 de 5 estrelas0 notasTerapias espirituais:: rumo à integração ao tratamento convencional Nota: 4 de 5 estrelas4/5Respostas de um astrofísico Nota: 5 de 5 estrelas5/5Técnicas De Atendimento Em Psicanálise Nota: 0 de 5 estrelas0 notasFísica Quântica Para Iniciantes Nota: 5 de 5 estrelas5/5Física Simples E Objetiva Nota: 0 de 5 estrelas0 notasOrigens Nota: 4 de 5 estrelas4/5Uma Nova Ciência da Vida Nota: 5 de 5 estrelas5/5Manual de biometria para avaliaçao do desempenho humano Nota: 3 de 5 estrelas3/5Medicina Tradicional Chinesa Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPrevenção Contra Incêndios Nota: 0 de 5 estrelas0 notasPython Para Iniciantes Nota: 0 de 5 estrelas0 notasProcessamento Auditivo Central Nota: 5 de 5 estrelas5/5Guia Técnico Pericial Nota: 0 de 5 estrelas0 notasGuia De Química Para O Enem Nota: 0 de 5 estrelas0 notas
Avaliações de Integrando as Ciências
0 avaliação0 avaliação
Pré-visualização do livro
Integrando as Ciências - Monique Perini
COMO ELABORAR UM PLANO DE AULA INTERDISCIPLINAR?
Para melhor compreensão, pontuamos o planejamento de uma atividade interdisciplinar em etapas, entretanto, os professores devem ter ciência que esse planejamento precisa ser pensado como um todo. Reiteramos que o material a seguir retrata uma forma didática para compreensão da elaboração de um plano de aula interdisciplinar.
Para elaboração de um plano de aula interdisciplinar os professores envolvidos precisam definir o objetivo pedagógico da execução da atividade. Pode-se pensar: Os professores identificaram por meio da avaliação diagnóstica habilidades e descritores que precisam ser consolidados, então se trata de uma atividade de nivelamento? Se trata de uma atividade concomitante ao conteúdo que está sendo trabalhado em sala de aula? Qual objetivo pedagógico do planejamento dessa atividade? Quais áreas atuarão? Quais componentes curriculares estarão envolvidos?
PASSO A PASSO DIVIDIDO EM ETAPAS
1ª Etapa
Com objetivo pedagógico da atividade traçado, deve-se refletir sobre quais competência, habilidades e/ou descritores deseja-se desenvolver ao longo da atividade. A definição das competências, habilidades e descritores tende a nortear o trabalho dos professores. Os descritores detalham as habilidades que são elementos mais amplos e podem ser encontrados na matriz de referência do Enem e Paebes, assim como nas Orientações Curriculares do Espírito Santo 2022. As Orientações Curriculares são organizadas por componente curricular, trimestre e série, nesse documento encontram-se diversos materiais norteadores além das competências, habilidades e descritores mencionados aqui, como também eixos do Saeb, sugestões de objetos de aprendizagem e objetivos de conhecimento interdisciplinares.
Ciente do objetivo pedagógico da atividade interdisciplinar, competências e habilidades os professores devem dialogar entre si alinhando áreas de conhecimento, componentes curriculares, série contemplada e temas integradores.
Uma dica quanto a definição do tema integrador é que este pode se basear nos temas considerados na Base Nacional Comum Curricular: Direito da criança e do Adolescente; Educação para o trânsito; Educação Ambiental; Educação Alimentar e Nutricional; Processo de Envelhecimento, Respeito e Valorização do Idoso; Educação em Direitos Humanos; Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena; Saúde; Vida Familiar e Social; Educação para o Consumo; Educação Financeira e Fiscal; Trabalho, Ciência e Tecnologia; Diversidade Cultural. Assim como no Currículo do Espírito Santo: Trabalho e Relações de Poder, Ética e Cidadania; Gênero, Sexualidade, Poder e Sociedade; Povos e Comunidades Tradicionais; Educação Patrimonial; Diálogo Intercultural e Inter-religioso.
De modo geral, os temas integradores envolvem a compreensão sobre a sociedade atual, relações sociais e propostas de políticas públicas futuras, garantindo a educação escolar vinculada ao mundo do trabalho e práticas sociais como menciona a Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB Nº 9.394, 20/12/1996).
Observe o exemplo:
2ª Etapa
Com a definição do tema integrador interdisciplinar, o próximo passo é alinhar as unidades temáticas e objetos de conhecimento que serão trabalhados. As unidades temáticas são encontradas no Currículo do Espírito Santo. Para Ciências da Natureza indica-se as unidades: Matéria e Energia; Vida e Evolução; e Terra e Universo. Os objetos de conhecimento também são encontrados no Currículo e variam conforme componente curricular. Lembrem-se a unidade temática, objeto de conhecimento precisam ter estreita relação com as habilidades e competências a serem desenvolvidas.
O ponto chave para que uma atividade seja interdisciplinar está na elaboração da problemática. Nesse momento os professores traçam o problema que será investigado comum a todos os componentes curriculares envolvidos. Uma forma prática para delimitar a problemática, é por meio de uma pergunta a qual deve ser respondida ao longo e/ou na conclusão da atividade. Por exemplo, após breve contextualização pergunta-se: quais ações nossa escola e comunidade podem realizar para reduzir o consumo e dependência do uso de fontes de energias caras, poluentes e não sustentáveis?
.
Para que o estudante consiga responder ao questionamento da problemática ele precisa ter conhecimento dos conteúdos específicos das disciplinas que serão trabalhadas na atividade. Logo, a problemática está intimamente associada aos objetivos do plano de aula. São os objetivos que conectam as disciplinas e conteúdos, para isso deve-se questionar: com a execução dessa atividade, quais conteúdos específicos meus estudantes precisam consolidar?
Retornando ao exemplo da introdução com a problemática cujo objetivo foi compreender o risco de extinção de espécies florestais que sofrem com a fragmentação de habitats, com a atividade espera-se que os estudantes: Caracterizem a Floresta Atlântica; associem fragmentação de habitats ao histórico social local; relacionem as ações antrópicas e as causas de extinção; estimem por meio de análise espacial os fragmentos remanescentes; compreendam as causas que levam a fragmentação de habitats, dentre