Gestão De Riscos - Obras Especiais De Engenharia

De Erickson De Lima Arving

Este livro refere-se ao estudo de gerenciamento e planejamento de obras, com ênfase no gerenciamento de riscos, voltado a obras especiais, neste citando como exemplo, obras de Hospitais. Pode-se afirmar que nesse tipo de obra, a necessidade de um bom planejamento e por consequência o seu pleno gerenciamento são fatores que incidem diretamente a qualidade do sucesso final da obra, não apenas ao sucesso, mas sim da manutenção do mesmo, pois refere-se a um tipo de obra que não tem fim, nunca se conclui, pois sofre modificações e manutenções diariamente, por isso foi considerado nesse trabalho a como principal necessidade o conhecimento do gerenciamento dos riscos em sua execução e por consequência esse gerenciamento olhado a longo prazo, ou seja durante a sua vida útil ao sistema, à sociedade.

• Idioma: Português
• Editora: Clube de Autores
• Data de lançamento: 31 de ago. de 2015

Pré-visualização do livro

"Os grandes monumentos, construídos a partir do concreto e das modernas técnicas de engenharia,

só expressam seu real valor, quando se agregam a eles o simbolismo e a cultura das civilizações que

os construíram, além dos sentimentos dos seus construtores. Do contrário, seriam mais um tipo de

rocha na paisagem, do que um marco da história humana."

Dimos Iksilara.

"Pelas vigas metálicas de nossas pontes, friamente calculadas, estiram-se as curvas dos momentos,

que nos embridam as fragilidades traiçoeiras do ferro.E ninguém as vê, porque são ideais.

Calculamo-las; medimo-las; desenhamo-las e não existem. .E assim por diante, indefinidamente, em

tudo o que fazemos e em tudo o que pensamos, ainda quando lançados na trilha heroica da

profissão, vamos pulsar no deserto as dificuldades e os perigos. Porque quando nós vamos pelos

sertões em fora, num reconhecimento venoso, verificamos, encantados, que só podemos caminhar na

terra com os sonhadores e os iluminados: olhos postos nos céus, contrafazendo a lira, que eles já não

usam, com o sextante, que nos transmite a harmonia silenciosa das esferas, e seguindo no deserto

como os poetas seguem na existência, . . a ouvir estrelas!"

Eng.Augusto Carlos

"Uma pessoa não pode esperar sucesso numa primeira, ou mesmo segunda

ou terceira tentativa. As coisas não são fáceis de realizar como se pode

imaginar ou desejar. Para alguém menos persistente, as três primeiras

recolhas do pescador sugeriam desistir, pois cada esforço levava apenas a

coisas piores. A mensagem de que uma pessoa não deve desistir, apesar de

insucessos iniciais, é tão importante para as crianças que está contida em

muitas fábulas e contos de fadas."

(A psicanálise dos contos de fadas, Bruno Bettelheim, 2012. Ed. Paz e Terra

Ltda)

O trecho acima me foi dito em um momento em que acreditava que nada

mais daria certo, em que o desânimo e a vontade de desistir dos meus

sonhos era maior do que a vontade de voltar a produzir algo. Por isso

dedico este trabalho a minha esposa, Thays que me mostrou

compartilhando uma de suas leituras, o quão importante é não desistirmos,

ainda a meus filhos que me apoiaram e tiveram paciência pelo aguardo da

disponibilidade do meu tempo e me deram oportunidade e suporte para

que chegasse até aqui, percebi que é muito importante aprendermos desde

cedo a lutarmos por nossos objetivos e sonhos, meus amores, sem vocês eu

não teria pilares.

Dedico a Deus, Tu és a minha fundação, a minha rocha em terrenos

arenosos, minha fé me conduz por caminhos espinhosos, mas a terra

prometida me aguarda, não cortarei a cruz que carrego, pois certamente ela

me levará ao outro lado do abismo.

Agradeço primeiramente a Deus, aos amigos e familiares. Aos professores

da pós graduação, principalmente ao Prof. Dr. Gil Fábio de Souza, da

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), orientador do trabalho

de conclusão de curso de Especialização em Gestão de Projetos em

Engenharia, escolhido pela Editora NEA para tornar-se um livro científico,

sendo vendido em países da Europa e o mesmo dando origem a este que

espero venha a contribuir para a literatura técnica e informativa.

Ainda agradeço aos meus queridos alunos do curso de Engenharia Civil da

UNOESTE (Universidade do Oeste Paulista), FELIPE CORONADO

ANTUNES DEPES, GUSTAVO MATEUS POLETO, YURI ALEX M.

PEDROSO, que contribuíram com a criação dessa ideia, pois sem a atitude

de me convidarem a co-orientador de seu projeto de conclusão, não teria

certamente chegado a esse compêndio.

Em especial, agradeço ao Sr. José Ilário Pasquini, presidente da Fundação

do Hospital do Câncer de Presidente Prudente, que contratou a minha

empresa em 2012 para prestar serviços de gerenciamento de execução na

obra do Hospital do Câncer de Presidente Prudente, aplicando por diversas

vezes a teoria por mim aprendida na pós-graduação. Assim pude realizar a

coleta de dados, possibilitando o balizamento em uma obra real e de

extrema importância social na região, agradeço também a toda a equipe de

execução da obra com os quais pude trocar experiências e obter

informações.

Agradeço ainda a todos os que de alguma forma contribuíram para o meu

crescimento individual e profissional, aos meus alunos queridos de

Engenharia e companheiros de profissão e jornada.

Obrigado!

Erickson de Lima Arving

"Não importa quão excelente seja a equipe e quão eficiente seja sua metodologia, se você não

estiver resolvendo o problema correto, o projeto falhará". Woody Williams (1966), famoso

jogador texano de beisebol.

"Todas as coisas são criadas duas vezes; primeiro, mentalmente; depois, fisicamente. A chave

para a criatividade é começar com o fim em mente, com uma visão e um esboço do resultado

desejado".

Stephen Covey (1932 – 2012), escritor, empresário e palestrante Americano. Autor de "Os

sete hábitos das pessoas altamente eficazes, foi um dos 25 most influential Americans of

1996", pela revista Time.

Gestão de Riscos – Obras Especiais de Engenharia, por Erickson de Lima Arving

PREFÁCIO

A ELABORAÇÃO DO GERENCIAMENTO EM OBRAS ESPECIAIS – COM ÊNFASE

EM GERENCIAMENTO DE RISCOS

Hospitais:

Alerto aos profissionais de Engenharia, Arquitetura ou áreas afins, de que nós não

somos formados para simplesmente participar de uma edificação a partir do ponto

onde ela está sendo criada. No contexto de cada obra a que somos desafiados a criar

ou a participar de alguma forma, em alguma etapa, dela há a necessidade de

conhecermos com profundo estudo, de onde ela vem, para onde vai, qual a sua

importância dentro de uma sociedade ou de um núcleo social a qual ela pertence.

Sendo assim, iniciamos sempre o processo criativo ou gerencial buscando descobrir

cada vez mais informações que possam nos munir de argumentos e armas com

intuito de minimizarmos problemas ou possíveis transtornos que possam surgir

dentro do cronograma executivo, entendendo-se que esse período não existe apenas

quando suas bases se iniciam, mas sim desde sua concepção e ainda não acaba com

[ 1 ]

Gestão de Riscos – Obras Especiais de Engenharia, por Erickson de Lima Arving

a entrega do objeto, mas sim dentro de uma responsabilidade técnica, ela fará parte

de nosso acervo vitaliciamente. Algumas etapas devem ser entendidas, como a fase

de projetos (desde a visualização do conceito que a gerará até o planejamento e

projetos (confecção de plantas), a fase de execução seguindo os projetos criados, a

fase de manutenção futura e contínua, a fase de reformas e ampliações, onde o ciclo

recomeça.

Em estudos encontrados a partir da leitura do livro: História da Evolução dos

Hospitais, do MINISTÉRIO DA SAÚDE DEPARTAMENTO NACIONAL DE SAÚDE

DIVISÃO DE ORGANIZAÇÃO HOSPITALAR, editado no Rio de Janeiro em 1944,

com reedição de 1965, verifica-se a importância do conhecimento histórico dos

Hospitais para sua execução como obra civil. Na Espanha um dos mais notáveis

hospitais da antiguidade foi o xenodóquio que MAUSONA edificou em MÉRIDA

durante a dominação visigoda. Entre os mais remotos hospitais da Espanha citam-se

o de Oviedo, fundado por Afonso Ely Casto, em 802; o de Córdoba (873), e os de

Toledo, Sevilha e Algéricas estabelecidos pelos muçulmanos; o de Barcelona,

[ 2 ]

Gestão de Riscos – Obras Especiais de Engenharia, por Erickson de Lima Arving

restaurado (1045) por Guilart; o Domus Dei, em Pôrto Marin, em 1126; o de

Santiago, ampliado por Gelmirez 1126; o del Rey, em Burgos; o Colon ou Santa Cruz,

em Barcelona (1238); o de Valência, em 1238. Os tipos destes edifícios foram

classificados por LOMPEREZ Y ROMEA em basilical, cruciforme e palaciano.

Tipo basilical:

"Un gran edificio de piedra, extensas naves abobedadas sostenidos por macizas

columnas; estreches ventanas; galeria claustral, circumdante; em el fondo, uma

capil a; fran chimenea en el outra frente; en las paredes, al lado de las camas, nichos

para lamparas y otros á moda de mesas de noche".

Era o caráter dos hospitais da idade média de que foi exemplo, na Espanha a

hospital de Burgos.

Tipo cruciforme:

"Consiste en dos grandes crujias de igual longitud, que formam una cruz griega con

dos pisos; en el encuentro de los brazos hay un crucero con la altura de ambos,

[ 3 ]

Gestão de Riscos – Obras Especiais de Engenharia, por Erickson de Lima Arving

coronado por una linterna. Los brazos de la cruz abrazan cuatro patios cuyo

perimetro se cierra con crujias que continem los servicios.

El edificio, en totalidad, ten planta quadrada. La capil a se colocaba en el crucero ó

en el extremo del brazo en la cabecera. Los enfermos, desde las camas a assomndose

à las balaustradas presenciaban los divinos oficios".

Gestão de Projetos:

Este livro refere-se ao estudo de gerenciamento e planejamento de obras, com ênfase

no gerenciamento de riscos, voltado a obras especiais, neste citando como exemplo,

obras de Hospitais. Os estudos apresentados tiveram como base alguns trabalhos

acadêmicos desenvolvidos em parcerias com alunos formandos do Curso de

Engenharia Civil da UNOESTE (Universidade do Oeste Paulista), sendo eles FELIPE

CORONADO ANTUNES DEPES, GUSTAVO MATEUS POLETO, YURI ALEX